20.12.20

APOIAR O COMÉRCIO LOCAL COM 30.000 EUROS, ATÉ 15 DE JANEIRO

    

Campanha de apoio ao comércio local
                                                       (Foto da CMS)

   As Câmaras Municipais estão numa de lançar campanhas de dinamização do comércio local. Os Vales ou "Vouchers" têm a preferência da maior parte dos municípios. Há quem disponibilize 200.000 €, 100.000€, 50.000€ ou 30.000€ ( por exemplo, Sabugal ). 
   Soubemos pelas palavras do senhor presidente da Câmara que o executivo decidiu "implementar  mais uma medida de apoio à economia local,
no valor de 30.000 euros, com a criação de um sistema de vouchers
que podem ser trocados por bens ou serviços no concelho.
   Estes vouchers serão atribuídos a cerca de 1500 pessoas,
todos os funcionários das Ipss's, forças de segurança, bombeiros, centro de saúde
e juntas de freguesia, por estarem na linha da frente no combate à pandemia,
bem como aos funcionários do município, neste caso também como 
substituição da festa de Natal do município". - palavras de António Robalo, presidente
da Câmara Municipal do Sabugal.

   Vamos a contas e analisar um pouco esta campanha.
   O que são 30.000 euros a distribuir por 1500 pessoas?
   Se os vouchers são para trocar, onde e em que estabelecimentos o cidadão sabe que 
receberá essa oferta?
   
O mini-mercado ( comércio ) da minha aldeia também vai ter vouchers?
   É importante apoiar o comércio local? É sim, muito importante e felizmente a Câmara Municipal lá vai canalizando verbas para esse fim. Este montante em vouchers é insuficiente, mas é importante e vai ajudar alguns comerciantes com negócios no nosso concelho. Perante o número de pessoas e as instituições que se pretende abranger, temo que também as considerarão insuficientes. E que me dizem da inclusão dos funcionários do Município, que como substituição da sua festa de natal, foi decidido que será desses 30.000 euros que sairá
o dinheiro em forma de vouchers?  
   Durante o ano houve muitas actividades que foram canceladas e que com certeza deixaram alguma margem financeira no orçamento. É normal que o cidadão se interrogue e ao mesmo tempo seja ajudado a ultrapassar algumas das dificuldades que esta pandemia lhe tem trazido desde Março. Bem, até 15 de Janeiro, procurem as lojas aderentes a esta campanha!
   
   

18.12.20

COMO VAI SER O NATAL?

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  

 
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   

Como vamos passar este Natal?
  Quem sou eu para dar conselhos? Mas também não considero que os conselhos oferecidos pelo subdirector da saúde sejam mesmo para seguir. Dizia esse senhor que “as pessoas fizessem pequenas confraternizações nos quintais ou nos patamares dos prédios”! Na nossa aldeia, fria e chuvosa no Inverno, não estou a ver quem queira trocar o quentinho da lareira pelo bater de dentes do quintal?
  A primeira vaga já era e estamos a aguentar a segunda. Também esta nos continua a assustar pelos números dos infectados, número de internados e sobretudo o número de mortes.
  Ou seja, a pandemia continua e não sabemos quando termina. Já se ouve falar na terceira vaga e as medidas para nos protegermos. Numa situação assim, planear o Natal é tarefa difícil de executar. E com tantas regras e restrições, como vamos conseguir reunir a família? Há condições para acender a fogueira de Natal e participar na Missa do Galo? Outra dúvida para muitas pessoas tem a ver com ir ou não ir ver o presépio ao Sabugal. Este ano, a maioria dos eventos de Natal estão cancelados e optaram por acções diferentes e que não implicam a participação directa das pessoas. Foi o caso da Câmara da Guarda, que cancelou a “Guarda Cidade Natal”, o “Madeiro do Natal”; em Óbidos, cancelaram o evento “Óbidos-Vila Natal” que leva 150.000 a 200.000 visitantes às ruas da Vila; em Priscos, depois de 14 anos a realizar o Presépio ao Vivo, este ano, por causa da pandemia, foi cancelado; também o Presépio Monumental de Alenquer, que há mais de 50 anos se faz e com figuras que atingem os seis metros de altura, este ano foi cancelado, bem como a exposição de presépios.
  E nós por cá? Cancelar o maior presépio do país, tradição com meia dúzia de anos? O Município reuniu e decidiu não cancelar o evento. Eu sei que a enttrada é livre e que só lá vai quem quiser, estão asseguradas todas as condições de segurança sanitária e podemos contar com vigilância atenta. Isso e muitas outras coisas prometeu o município e disso tem dado conhecimento à comunicação social.
  Eu decidi que este ano e dadas as circunstâncias em que vivemos, o melhor a fazer é guardar a visita para o Natal de 2021, 2022, 2023...ou quando a pandemia deixar.

                                                                                       José Nunes Martins                                                                                                                                                                                                                                                 



 

15.12.20

MALCATA: JUNTA DE FREGUESIA TEM NOVA PÁGINA NA INTERNET

Junta de freguesia de Malcata tem nova página oficial



   A Junta de Freguesia de Malcata tem novo site.
  Acho importante que se saiba como a autarquia trabalha.


Fica aqui a ligação para o mesmo:

 malcatafreguesia (freguesiamalcata.pt)

  
Gostaria de começar por referir o facto, em meu entender incompreensível, qualquer referência à actividade da autarquia, das instituições sociais que existem na freguesia, disponibilização de documentos on-line, como sejam as actas, os orçamentos, os balanços do ano, formulários para pedir via internet licenças, declarações, autorizações, assuntos relacionados com o cemitério e outros...uma caixa de sugestões!
   Estou a pedir muito? Penso que não!
   Vivemos uns tempos difíceis e a importância da informação, a clareza e a rapidez de respostas tem de ser valorizado. Esta página da Junta de Freguesia é uma ferramenta de comunicação excelente e ajuda na aproximação dos cidadãos ao poder local, à autarquia e muitos contratempos e obstáculos evitam-se sempre que usarmos bem esta ferramenta e dela retirarmos todas as vantagens.
Não estou a dizer com isto que se faça tudo através da internet, mas ao menos que a “nova página” tenha realmente novos conteúdos, uma informação mais rica, mais actualisada e uma ferramenta mais útil a quem a quiser utilizar, a quem nos quiser visitar e claro, que sirva para promover toda a freguesia.
    A nova página não pode ser apenas uma mudança para uma nova página, mas sim, sinal de uma aposta na melhoria da comunicação com os malcatenhos, vivam eles onde vivam, são cidadãos que se poderão sentir mais próximos e com os mesmos direitos e deveres dos que, regularmente, residem na freguesia.

                                                                                                     José Nunes Martins

11.12.20

LUZES E PRESÉPIOS


 

   Este ano vamos viver um Natal bem diferente. Para mim, desde 2008, que esta época do ano é um misto de alegria e alguma tristeza e saudade.
   Na companhia da minha família, mulher e filhas, mais um cão e um gato, porque todos os outros familiares estarão comigo em pensamento.
   A magia do Natal, apesar das circunstâncias que o mundo vive, chegará a todos aqueles que partilham as alegrias e as luzes dos presépios e das ruas por onde caminham.
   É fundamental que se partilhe alegrias e luzes neste Natal. Basta de covid-19 !
   Muitos de nós sabemos que este ano, por causa da pandemia, por causa da situação que se vive no nosso concelho, o Natal não é para viver como estamos acostumados.
   É importante manter a magia do presépio no coração dos malcatenhos. Felizmente que na nossa aldeia há pessoas dedicadas e com memória e trabalharam estes dias na construção do seu presépio de rua. E que bonitos estão, cheios de cor, luz, musgos e figuras em barro como sempre vimos fazer.
   Estes presépios ajudam os malcatenhos a viver num clima mais natalício e a levantar um pouco o ânimo. E quanto mais pobre e simples for o presépio, mais a mensagem se aproxima da sua essência principal: harmonia, paz, humildade, compreensão, numa só palavra, amor!
  
   NOTA: Daqui envio o meu reconhecimento e agradecimento a todos os que estão a contribuir para manter viva a tradição desta quadra festiva. O exemplo da nossa freguesia, nomeadamente os presépios que embelezam as ruas do Carvalhão, a Praça do Rossio e a Rua da Tapadinha. Também as decorações que iluminam a torre do relógio e a árvore iluminada junto à Sra. dos Caminhos.

Bem-haja!
Boas Festas.

 

5.12.20

BAGUNÇADA NA TOPONÍMIA DA FREGUESIA

   

  

    Quem consegue ler a placa com o nome da rua
 sem se habilitar 
a um torcicolo?

    A toponímia em Malcata está num caos, há muitos anos. Ruas sem placas toponímicas, outras que as têm apenas numa das extremidades, outras estão tapadas por sinais de trânsito, há placas que indicam rua e devia ser bêco sem saída. Também há números de polícia repetidos ou domicílios sem número.
   

Estas são as novas placas aprovadas pela CMS

 

   O município do Sabugal elaborou e aprovou o Regulamento....com o qual pretendeu ordenar a toponímia do concelho. No que respeita às placas toponímicas se lerem o regulamento e o compararem com o que acontece na nossa freguesia, a conclusão a que chegam é a de um caos e o regulamento é lei morta. Bem, a verdade é que são poucos aqueles que se interessam com esta problemática das placas e dos números das ruas e lugares. Talvez isso aconteça muito por causa da forma como os regulamentos são aprovados e divulgados. Mas parece-me urgente corrigir a toponímia da nossa freguesia para evitar confusão a quem não conhece as ruas e necessita de executar bem o serviço que tem em mãos. Até agora, apesar da existência de regras, cada junta de freguesia tem feito o que lhe apetece e os malcatenhos limitam-se a assistir passivamente. Placas há e com nomes atribuídos sabe-se lá por que motivo, que alguns cidadãos nem sabem que existem. E este tema das placas, nomes e números têm a sua importância porque as juntas de freguesia ( os autarcas ) vêm e vão mas as ruas ficam, sendo mais difícil, senão impossível, mais tarde corrigir os erros e os disparates.
   Na nossa freguesia não faz sentido a ausência, por exemplo, de placas toponímicas na Rua da Fonte, na Rua da Rasa ou chamar Rua do Soitinho a uma via sem saída, acontecendo o mesmo com a Rua do Canto!
   Quanto às placas e aos critérios a ser seguidos, as placas mais antigas, têm resistido ao passar dos anos, da chuva e dos raios solares, apenas algumas necessitam de uma pincelada a tinta preta.  Já o modelo que colocaram na Rua Braz Carvalhão e Rua do Cabeço, feito em plástico, basta olhar com atenção para as placas feitas com o mesmo material e método, desbotam e revelam-se pouco duráveis. Ao contrário do que acontece com as placas antigas, em pedra de mármore, estas novas placas toponímicas deixam muito a desejar.
   Uma boa toponímia na nossa freguesia é indicador único de verificar o amor que as diversas juntas de freguesia tiveram pela nossa terra.

                                                 
José Nunes Martins


4.12.20

POR QUEM TOCAM OS SINOS EM MALCATA?

   

Tocar os sinos da igreja

  
  Ouvem-se por toda a aldeia.
  A tradição está a perder-se e isso nota-se na diminuição da importância que muitos de nós damos a este fantástico meio de comunicação.
   Sempre que os sinos da igreja tocam, vêm-me muitas memórias da minha infância e do respeito que as pessoas tinham quando tocavam.


  No que diz respeito aos sinos das igrejas, encontrei algumas curiosidades interessantes, como a de ver uma mulher a tocar os sinos. Isto porque as pessoas acreditavam que a mulher que se atrevesse a tocar o sino, ficaria condenada à esterilidade até que casasse e o marido cravasse os dentes num badalo. Talvez aqui esteja explicado o facto de, em Malcata, a tarefa de tocar os sinos, fosse sempre a cargo de um rapaz ou homem. Antigamente, os fundidores e os modeladores de sinos, trabalhavam junto à igreja, ermida ou catedral e ali permaneciam até terminar o serviço contratado. Naquele tempo, não havia meios de transporte capazes de poderem transportar os sinos e os acessórios, ferramentarias e todo o material que precisavam para instalar os sinos. Foi o desenvolvimento dos transportes que estes trabalhadores começaram a trabalhar em espaços maiores e com todas as condições.
 
 
      

      
Elementos do sino


   

   Hoje, em Malcata, ainda se continuam a tocar os sinos, mas já se nota um desinteresse generalizado da sua importância. Toda a gente tem relógio de pulso, telemóveis, internet...e as horas das celebrações religiosas deixaram de ser marcadas apenas pelos sinos. Actualmente, o sineiro usa uma técnica um pouco diferente quando tem de tocar os sinos do campanário. Depois das obras de recuperação efectuadas na igreja, mudaram os suportes dos dois sinos e hoje há que fazer rodá-los para que toquem, deixando aquela forma de antigamente de agarrar no badalo e tocar com ele no sino.   
    

   



         
Legenda: Os sinos da igreja de Malcata da actualidade são de origens diferentes, mas ambos provenientes de fundições com prestígio mundial, Rivera Campanas(Espanha) e Fundição do Porto(Rio Tinto).
   

      Os sinos são muito mais importantes que nós pensamos. São de um valor elevado e constituem parte do património da nossa aldeia, da nossa paróquia. É que o seu valor não está só no valor da liga de metal em que foram fabricados, eles são uns verdadeiros instrumentos de música e têm a força de enviar mensagens, eles comunicam com o povo. 

   Nos últimos tempos conheci paróquias que quiseram modernizar o toque dos sinos. Para que isso fosse possível, substituíram o homem  pela instalação de uma caixinha electrónica que faz os sinos tocar sem ser necessário uma pessoa. Qualquer um de nós pode simplesmente clicar num botão daquela caixinha e os sinos começam a tocar. Simples, fácil, mas muitos já estão arrependidos por terem tomado esta decisão. Os sinos tocam e bem, mas não é bem a mesma coisa. Apesar do descanso que dá à Fábrica da igreja, a caixinha toca sempre da mesma maneira e quando é um homem a tocar e se o tocador for bom, vai fazer toda a diferença.
   Tenho a certeza que há em Malcata quem tenha histórias e curiosidades à volta dos sinos da nossa igreja. Que bom seria ficarem registadas para memória futura! 
                                                              José Nunes Martins

 



  















 


  


   


21.11.20

QUANDO OS SINOS TOCAM EM MALCATA

    

  Os sinos da minha aldeia continuam a ouvir-se, apesar de já não terem a importância que tinham no passado. Na nossa freguesia há os sinos da igreja e o sino da Torre do Relógio. Não se confundem os seus toques e cada um tem a sua função e quando tocam a mensagem é enviada para todos os cidadãos.
  Os toques dos sinos da igreja mudam-se conforme a mensagem que se pretende transmitir. Sempre que o sino grande tocava a rebate desordenadamente, sem jeito e as badaladas soavam repetidamente sem parar, era sinal que estava a acontecer uma situação de perigo, de alguém que necessitava urgentemente de ajuda. Podia ser um fogo numa habitação, num palheiro ou numa meda de pão e o "toque a rebate" era a forma de clamar por auxílio. Nos casos de fogo, fosse lá quem estivesse aflito, todo o povo largava o que estava naquele momento a fazer e com baldes e caldeiros nas mãos, corria até ao local da tragédia e imediatamente formavam uma fila, passavam de mão em mão as vasilhas cheias de água para apagar as chamas e salvar os pertences que o fogo consumia. A prontidão e a rapidez era de tal ordem que, alguns casos de fogo, quando os bombeiros chegavam, já o povo tinha o fogo apagado ou sob controlo.
                                                      ++
  No que respeita a assuntos ligados à igreja e às práticas religiosas, o sacristão tinha a tarefa de tocar os sinos e chamar os fiéis para a igreja. Aos domingos, tocava três vezes antes da missa começar, no final de cada vez que tocava, o badalo do sino grande batia uma, duas ou três vezes, dando assim a conhecer aos fiéis o tempo que faltava para o padre se pusesse ao altar e começar as cerimónias religiosas. Todo o povo conhecia e entendia as badaladas dos sinos da igreja. Quando ouviam tocar as três badaladas do sino grande, era sinal que o padre estava a dirigir-se para o altar-mor e a partir desse momento quem ainda não se encontrava no interior da igreja, ia chegar atrasado e havia que despachar-se para valer a pena ir à missa.
  Isto de avisar o povo, com as três badaladas, que a missa ia começar, às vezes serviam de sinal para aquelas almas desejosas das coisas do alheio, pois sabiam que estavam todos dentro da igreja e portanto, podiam entrar na propriedade alheia com mais tempo e mais à vontade...
  Nos dias festivos também se tocavam os sinos e muitas vezes era dessa forma que o povo ficava a saber da cerimónia de um casamento, baptizado, funeral, etc.
  A história ensinou-nos que o som dos sinos era importante e respeitado por toda a gente. Tal como hoje as mensagens do telemóvel, outrora, nos tempos em que havia dois telefones na freguesia, não havia luz eléctrica e poucos tinham relógio em casa e muito menos no bolso ou no pulso esquerdo, os sinos enviavam as mensagens de interesse público e como hoje, o cidadão depois de ouvir a mensagem, tomava a sua decisão. 
  
  Continua...

                                                                                José Nunes Martins




20.11.20

A VIDA QUE NÃO QUEREMOS

 



  

  Estamos todos a viver tempos de incertezas e de medos. Já não sentimos a liberdade para planear uma viagem à terra ou visitar familiares que vivem numa região que não a nossa. E pior, é que o Natal está à porta e corremos o sério risco de o termos que passar dentro da casa de cada um de nós. Cada vez mais a nossa vida está dependente das decisões dos que nos governam e hoje não sabemos se amanhã vamos poder sair de casa. O vírus e os políticos estão a tomar conta de nós e são eles que têm a faca e o queijo nas mãos. Nós, os cidadãos, parece que nos contentamos com aquilo que nos querem impor e achamos que isto é tudo normal.
  Na nossa aldeia, tivemos a polémica entre dança zumba e saúde comunitária, entre facilitar e ignorar e a preocupação de contribuir para o bem estar social e de saúde. Os fregueses, na nossa aldeia, são pessoas que gostam de momentos alegres e divertidos, pessoas pouco dadas a pensar e a tomar atitudes que beneficiem o bem comum e interessa mais os fins que os meios para se alcançarem os objectivos de um determinado conjunto de pessoas. E o que se passou de Março até hoje na nossa aldeia, foi mau, diria mesmo mau demais para ser esquecido e empurrado para baixo do tapete. Vou continuar a apelar a uma cidadania responsável e à capacidade das pessoas para respeitarem todos por igual e evitar revoltas irracionais.
  Este ano talvez tenhamos de alterar as maneiras de celebrar o Natal, de combinar a matança do porco, de organizar qualquer celebração que implique a participação de grupos de pessoas, mesmo pertencentes à mesma família.
  A cura ainda não foi encontrada e cada pessoa é um caso único. Tudo indica que para a próxima semana saibamos o que o Governo vai querer fazer. Preocupa-me saber que no nosso concelho, há 746 cidadãos infectados, por cada 100 mil habitantes! Quantos habitantes vivem no nosso concelho? Contentemo-nos com 12 mil e demo-nos por felizes viver num concelho com muito território livre de poluição e ruídos incomodativos. Querem lançar o pânico e preocupar ainda mais as pessoas?
  Termino com uma palavra, de conforto e solidariedade, a todos os profissionais de saúde que dia a dia dão o que têm e sabem em prol dos doentes.
  Bem-haja a todos. 

                                                                             José Nunes Martins

                                                                         
 
 

16.11.20

MALCATA: A ALDEIA DA MINHA INFÂNCIA

 

  

Malcata antes da barragem



 
Lembro-me de quando era criança, Malcata era o Mundo. Vivi até aos meus onze anos na aldeia onde havia uma escola, duas professoras que ensinavam a escrever, a ler e a fazer contas. Havia uma igreja com um campanário, três tabernas, dois comércios e duas fontes. As ruas eram estreitas, com o chão em pedras lisas e outras em terra barrenta que se transformavam em lama quando chovia no Inverno. Havia um rio (ribeira) onde cresciam trutas e barbos, moinhos que moíam o grão e moleiros que entregavam as talegas de farinha aos seus donos. Era nas suas águas que se aprendia a nadar e as mulheres lavavam as roupas sujas.
  Quando era criança, na minha aldeia havia um ferrador, um albardeiro, um sapateiro que também era moleiro, um carpinteiro e um barbeiro.  
  Quando eu era criança as casas da aldeia eram mais pequenas, mais frias e com as paredes muito grossas e em pedra de xisto, telhados com telha de barro de um cano. Eram simples, mas cheias de vida humana e animal. As vacas, os burros e as cabras ocupavam a loja, as capoeiras tinham galinhas e ovo e de noite entravam através dum buraco para a loja, onde já havia as coelheiras. O piso por cima da loja acomodava as pessoas da família. Era a cozinha, a sala e os quartos de dormir.
  Quando eu era criança a minha mãe levava-me ao médico sempre que estava a precisar. E a minha mãe, quando o médico receitava injecções, não ficava nada preocupada porque sabia que o Ti Varandas se prontificava a dá-las até acabar a caixa que o doutor receitava. A única maçada era ir à noite ao comércio e dizer à Ti Deolinda ao que ia e esperar a vez.
  Quando eu era criança...
 

 

 

 

 

 

 

12.11.20

MALCATA: TERRA DA BOA CASTANHA


    

     Esta é a altura do ano onde o cheiro a castanhas anda no ar pelas ruas das cidades, vilas e aldeias. Estamos no Outono, altura das castanhas e jeropiga. Adoro castanha assada e não sou fã quando são simplesmente cozidas. Existem diversas receitas em que a castanha pode fazer parte dos ingredientes. Elas são tantas que decidi reunir algumas. Não as conheço e algumas delas foram escolhidas pela sua apresentação fotográfica e o interesse visual.

   Sabiam que no concelho do Sabugal existem cerca de 600 hectares de soutos?
  A Câmara Municipal, desde 1998 que tem um protocolo com a Direcção Regional da Agricultura da Beira Interior disponibilizando terrenos para a instalação de um Campo Experimental e de Produção de Material Vegetativo, situado na Colónia Agrícola de Martim Rei. Aqui está instalado um viveiro de castanheiros com 800 árvores da variedade martaínha, 500 da espécie judia e 400 da variedade longal. Também em 2016 foi criada a
Castcôa-Associação de Produtores de Castanha do Côa.
  Eu gosto bastante de castanhas assadas, mas não posso negar que é maçador descascá-las, especialmente retirar a pelezinha que às vezes fica agarrada, fico com os meus dedos sujos e doridos depois de descascar algumas castanhas. 
  A castanha tem potencial para se transformar num produto importante para a economia local, da nossa freguesia.

  Se alguém tiver alguma técnica que facilite a retirada dessa pelezinha, agradeço a dica!
                                                                                                  
                                                                                                                 José Nunes Martins



14.10.20

MALCATA: NATAL SEM PINHEIRO

 



   Fui apanhado de surpresa pelo ruído das motoserras que naquela manhã de sábado se ouviam na freguesia. Uma pessoa amiga disse-me que estavam a cortar o pinheiro existente no jardim da junta. Também me contou que a Junta de Freguesia estava a cortar a árvore por causa dos estragos que está a causar ao “muro e aos canos da rua”.

   Sou contra o abate de árvores e a favor da floresta, dos espaços verdes e das relações sensatas entre o homem e o arvoredo em geral.

O pinheiro manso começou por ser uma das árvores daquele espaço e hoje parece que se transformou num problema. Naquele tempo em que ali foi plantada, com as crianças a ajudar, todos pensaram na sombra e na beleza que a árvore iria oferecer. 

   Por muito boa intenção e vontade que eu possa ter, não devo plantar ou mandar plantar uma árvore em espaços públicos. Esta acção requer algum cuidado e o respeito pelas leis em vigor. É que nem todas as árvores são as adequadas para serem plantadas nos espaços urbanos, as distâncias têm regras e devem ser respeitadas para proporcionar um correcto desenvolvimento e também para evitar situações de perigo.

   E o pinheiro manso é uma das árvores que não deve ser plantada sem ter os devidos cuidados.

   O pinheiro em causa estava mesmo a pôr em causa a segurança das pessoas, dos moradores, do muro e dos canos?

   A árvore abatida vai ser substituída?

   Será que o pinheiro manso não contava para nada?

   Não conhecendo bem toda a história deste pinho, como cidadão e malcatenho que se interessa pelo que acontece na nossa aldeia, vou dar a minha modesta opinião acerca deste abate que me coloca algumas perguntas às quais eu vou tentar responder. 

   Começo por perguntar as razões do silêncio e da falta de informação da autarquia à Assembleia de Freguesia e ao povo? É que para além dos sinais de trânsito que colocaram na rua, ninguém sabia de mais nada! Será que o povo não merece um AVISO, uma publicação nas redes sociais, espaço que a autarquia muito recorre para colocar informações relativas a acções recreativas e gastronómicas?

   Aquele espaço há muito tempo que anda esquecido e tendo em conta os cuidados que a autarquia lhe tem dado, recordo-me de outra árvore que existia ao lado das escadas e teve o mesmo fim do pinheiro manso. A continuar assim, quando chegarmos a Outubro de 2021, restará a “capoeira em rede verde” porque não têm meios para retirar a pesada sapata cinzenta de cimento.

   Lembro que a Junta de Freguesia tem o direito e o dever de fazer obra, obras necessárias para a freguesia. Isso não lhe dá o direito e não lhe foi passado cheque em branco para fazer tudo e mais qualquer coisa, sem ter de informar quem de direito. 

   Eu tive a oportunidade de registar, para memória futura, algumas imagens que ilustram o abate do pinheiro manso. Observando o tronco, verifico que estava de boa saúde, o muro não me pareceu em iminência de cair e a calçada também me pareceu normal. A árvore  não estava doente e isso parece ser um facto. Estava muito crescido, com uma copa muito alta e apreciável. Então porque abatê-lo já? Eu olhava para aquele pinheiro e admirava-lhe a sua copa e a sombra que ás vezes me refrescava em dias de mais calor. Pelos vistos, outras pessoas olhavam para a mesma árvore e viam um grande estorvo.

   Democracia participativa, já ouviram falar em Malcata?

   

   

                                                   José Nunes Martins

Fotos:







 





8.9.20

MALCATA: MAIS UM VERÃO SEM "CABRAS SAPADORAS" NA SERRA

 


      

   Um cidadão comum, como é o meu caso, quando ouve o presidente da junta informar que está aberto um concurso público para determinada obra na freguesia, em princípio, é porque essa obra irá ser feita. Sendo uma pessoa distraída como eu sou, outras pessoas também ficam com a ideia que essa obra é mesmo para começar em breve, até porque já há concurso e datas para cumprir.
   Ora bem, em Junho foi anunciado na Assembleia de Freguesia de Malcata que estava aberto o Concurso Público para a construção das estruturas que vão receber o rebanho das “cabras sapadoras”, a instalar na nossa freguesia.
  Os prazos de apresentação para as empresas candidatas à construção dos edifícios já terminaram, bem como a data para a abertura das propostas recebidas e estamos em Setembro sem sabermos o resultado final.
   Durante o mês de Agosto estive na nossa aldeia e nunca se falou desta obra. Afinal o que aconteceu ao concurso? As obras vão começar ou não?
   O mínimo que o freguês deve exigir a uma junta é que consiga resolver aquelas tarefas mais básicas da freguesia. Manter a comunidade informada é contribuir para o exercício de transparência, de abertura ao esclarecimento de assuntos importantes para ambos os lados. Ao informar esclarece e ao esclarecer diminui-se a pressão para que o cidadão deixe de fazer perguntas à junta.
   Não parece, mas o presidente de junta exerce um cargo político e exerce as tarefas seguindo um programa político, no qual fez o seu eleitorado acreditar.
   Sabemos que em Malcata é cada vez mais visível a falta de pessoas com coragem de criticar e pensarem na freguesia e na qualidade e bem-estar da vida das pessoas.
   Enfim, no entender de uns, Malcata está muito bem entregue. Dou os parabéns a esse grupo de apoiantes, em especial aos influentes de Malcata que os têm levado nos braços.
   É a realidade assim e eu atrevo-me a perguntar:
   Qual o ponto da situação em que se encontra a
   “Construção de Edifício para Exploração Pecuária” ?
  
Nota: Sendo uma pergunta escrita por mim,  José Nunes Martins, que não é jornalista encartado, apenas administra desde 2006, o blog “Malcata.net” e “Malcatenhos Pelo Mundo”, seguido por muitos malcatenhos, sendo eu natural de Malcata e no meu  direito de exercício de cidadania participativa, deixo o registo da minha posição de cidadão que se interessa pelo que se vai passando ou não, na terra onde nasci e poder fazer perguntas às instituições públicas, como é o caso da autarquia de Malcata. A resposta é livre e as perguntas também. Eu pergunto e não posso ser eu a dar uma resposta verdadeira porque não sei e não é da minha competência política!

3.9.20

ESCREVO ESTA CARTA PARA VÓS


    Esta minha incapacidade de estar calado pode ter criado alguma animosidade em relação à minha pessoa. E isso eu tenho a certeza e também tenho a certeza de que tenho a liberdade de dizer tudo. Também sei estar calado e guardar segredos. Quando diz respeito à comunidade, ao povo, eu digo sempre tudo e não preciso que me digam para o fazer. Olhem, já que tenho a fama de dizer mal de tudo, fico com a fama e o que desejo é que o povo ganhe alguma coisa com as minhas maluquices. 

   Esta minha forma de pensar e dizer porque penso, seja através da internet ou numa conversa de rua, é porque não sou pessoa de olhar para as consequências ou do resultado daquilo que digo ou escrevo. Não me censuro a mim próprio, portanto não vou censurar os outros. Isto tem um preço alto? Sim, é claro que tem, estou disposto a pagar pela minha liberdade de pensamento.
    
   Eu, como bem sabem, não abdico de defender as minhas ideias, até que me provem que estou errado. Acho que é importante a crítica, o elogio e o reconhecimento do que se faz e do que não se faz. Muito mais do que ficar calado e e dizer amém a tudo, mesmo que não se concorde. E ter pontos de vista diferentes é muito natural e acontece em muitas situações das nossas vidas. Até quando discutimos “bola” e depois de assistirmos a um jogo de futebol, temos pontos de vista diferentes sobre o mesmo jogador, o mesmo treinador e árbitro.
   E se há quem não goste das minhas críticas, ao longo destes anos aprendi e faço questão de o fazer, é assinar os textos que escrevo. A liberdade democrática que Abril de 74 nos trouxe continua a ser uma das maiores conquistas alcançadas e ao meu dispor para defender o que acho estar correcto, apontar o que está errado, sem ter medo das consequências
   
   E como malcatenho, o que o assumo com tudo o que isso significa, não me vou cansar de defender as minhas ideias. Em Malcata temos que procurar ser sensíveis e corajosos para corrigir os erros do passado e pensar (planear) um pouco (ou muito) antes de tomar decisões definitivas, porque é possível fazer melhor. É claro que as coisas são feitas com boa vontade, mas a nossa freguesia é do povo, não é só minha, não é só tua, pertence a todos. Esta aldeia tem história e tem tanta coisa bonita, que bem aproveitada e cuidada pode ser um verdadeiro paraíso.
                                                                           
                                                                                                                                                                José Nunes Martins

11.8.20

MALCATA: SOLIDARIEDADE E GENEROSIDADE ACIMA DE TUDO

 

   Para gerir uma IPSS, como é o exemplo da Associação de Solidariedade Social de Malcata, instituição que gere o Lar ( Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas), o Centro de Dia e o Serviço de Apoio ao Domicílio, onde perto de 50 trabalhadores ganham o seu sustento, 365 dias por ano a cuidar de cerca de 80 idosos, requer uma grande capacidade de gestão, empatia e equilíbrio em muitas situações de stress, estabilidade emocional e bom senso.
   A ASSM é uma instituição de solidariedade social, acolhe e cuida de pessoas seniores e quem está à frente tem que saber gerir conflitos e ser generoso e de uma serenidade que ajude a retomar um ambiente tranquilo e leve.
   Sou sócio da ASSM e como muitos outros, tenho as minhas quotas em dia. Nestes últimos anos tive uma aproximação e uma relação mais assídua com o lar da freguesia. Esta proximidade deu para entender que muito e bom serviço é realizado pelos que lá trabalham, de cima até abaixo, têm sido as pessoas que lá trabalham a honrar a instituição e os serviços que presta à sociedade.
    Voltando novamente às qualidades e capacidades de gestão, tenho a dizer que, na minha opinião, o senhor Vítor Fernandes geriu durante três mandatos seguidos, os destinos da nossa freguesia, como presidente de junta. Impõe-se uma análise aos actos de gestão sob o seu comando. Vou lembrar alguns exemplos: ZIF (Zona de Intervenção Florestal) não funcionava e ainda não funciona, apesar de algumas reuniões e contratos assinados; os Compartes (baldios) geridos pela Junta de Freguesia porque não foi capaz de criar condições para uma gestão autónoma e independente; a ACDM, da qual é membro dos órgãos sociais ( e outros elementos da sua lista para o lar), está transformada mais num clube de gastronomia e jogos com cartas; as eólicas geraram uma excelente receita (extraordinária porque nunca pensou ser possível) para a freguesia, dividiu em vez de unir e entretanto o dinheiro já pouco resta; a antena de radiocomunicações, a instalar de surpresa em Malcata, não conseguiu instalar; anunciou uma Praia Fluvial, passou por Parque da Rebiacé, depois para Zona Balnear e hoje chamam-lhe Zona de Lazer, muito condicionada pelas autoridades fiscalizadoras, tendo recebido uma contraordenação no ano de 2019 e só dada a conhecer, oficialmente,
na Assembleia de Freguesia realizada em Junho de 2020. Estes exemplos de gestão levaram-me a pensar no futuro da ASSM.
   Quanto a equilíbrio e sensatez tenho a dizer que, ao fim de três mandatos consecutivos, legitimamente ganhos pelo voto, apesar de vivermos em democracia, com mais participação cívica, nunca foi capaz de aceitar ideias diferentes, inovadoras e de interesse para a freguesia.
   Será que uma pessoa que, perante a divulgação de algumas evidências construtivas de anomalias da sua responsabilidade, ameaça de morte e tenta passar à agressão física, só não o fazendo por ter sido agarrado, tem perfil e capacidade exigida para assumir a Presidência de um lar de 3ª idade? Será isto estabilidade emocional? Equilíbrio?

                                                                                                     José Nunes Martins
                                                                                                           Sócio ASSM

9.8.20

ERPI + CD + SAD EM MALCATA: QUOVADIS?

 



  Os sócios da ASSM sabem agora que existem duas listas a concorrer às eleições, a realizar no próximo dia 16 de Agosto:
- Uma em que predominam nomes da última direcção; 
- Outra em que predominam nomes de pessoas que exercem ou já exerceram outros cargos políticos e associativos.
  Quem se candidata a um acto eleitoral é porque tem o desejo, as qualidades, as capacidades e competências para desempenhar as funções a que se apresenta.
   Sou pessoa de fazer muitas perguntas e interesso-me pela vida em comunidade. Hoje já conheço algumas das razões que levam certas pessoas a entrar nesta coisa das associações e eleições. As instituições podem até ter muitas semelhanças, pois os órgãos sociais têm nome muito parecidos. Bem diferente o objectivo e a missão dessas mesmas instituições. É com alguma surpresa que vejo pessoas da área política autárquica, meio onde permanecem há vários mandatos e ciclos políticos, cargos para os que legitimamente foram eleitos, mas sem experiência e competência na área social, se apresentem com uma lista, às eleições da ASSM-lar. Depois de ler o programa proposto para os quatro anos, de ter ficado a saber o nome das pessoas que fazem parte da lista “NOSSA LISTA”, fico surpreendido pela ausência de alguns nomes. Há dois meses, soube do pedido de demissão por parte de dois membros da direcção do Lar. De um dia para o outro, dois da equipa combinaram uma cena de faca com alguidar, durante uma reunião. O bom, o único capaz, competente e líder. ano após ano, naquele momento, passou a ser ditador nas tomadas de decisão, na estratégia escolhida para assegurar a vida da instituição, a pessoa que nunca ensinou como se devia escrever...e saíram batendo com a porta, deixando aquele bom homem sozinho e com a responsabilidade de aguentar o barco até às eleições de Agosto.
   Agora começo a entender a mudança de alguns comportamentos e atitudes, tomadas por alguns cidadãos, em relação à minha pessoa! Afinal, onde se esconderam esses peões de guerrinhas internas? 
   Todos sabemos agora que há obra feita, há dinheiro guardado num banco. 
   O dinheiro não tem cheiro a leite de vaca, por isso espero que os candidatos ao lar, não estejam a querer alimentar toda aquela gente com esse recurso, pois não lhes vai dar para muito tempo. O que eu espero, é que aqueles quem têm vindo a alimentar o animal, continuem a cuidar bem dele e aumentem os litros em depósitos.
   O que é importante é a instituição e os fins que ela prossegue. A ASSM e o lar nada têm que ver com gestão política autárquica. Nesta instituição não gostaria de assistir ao desmoronamento daquilo que custou muito a construir.
Os exemplos da competência em gestão de dinheiro público estão à vista de todos os sócios. Comparem a gestão das pessoas que compõem as duas listas, a obra feita e bem continua, as obras pagas com dinheiros públicos que valorizaram e continuam a contribuir para o bom nome da freguesia.   Cuidado meus amigos com as almas caridosas que por aí andam a bater nas portas onde vislumbrem qualquer sinal humano. 
   Até agora têm andado afastados da minha área de residência. Eu sei que algumas pessoas nem sequer lhes passa pela cabeça pedir o meu voto. Porquê? Amanhã eu explico!
                                                                                  José Nunes Martins
                                                                                      Sócio da ASSM

Nota: A foto que ilustrava este texto ( direcção do lar em 2019) a pedido de um familiar, foi retirada e substituída, logo que me foi possível.

6.8.20

LAR DE MALCATA PREPARA AS ELEIÇÕES

                                   


  

                                   UM DIA UM HOMEM SONHOU...

      Eu sei que não gozo da simpatia de algumas pessoas da nossa aldeia e de outras, que apenas têm familiares a viver na aldeia, visitando a terra de vez em quando, tal como eu. Não gosto de mandar, ao contrário de certas pessoas, que têm um fascínio pelo poder e pelos privilégios que esse status lhes confere, prolongam  essa forma de estar, mesmo após o fim desses ciclos que, legitimamente, desempenharam. Continuam a sentir-se com legitimidade para mandar, sabendo que já não a têm. Inconscientemente ou por medos, os súbditos acatam e cumprem as ordens como se fosse normal continuar a mandar. 

   Eu não sou assim e é por eu não ser assim tão submisso, que algumas dessas pessoas, quando puxo o assunto, ficam caladas e não me dirigem a palavra porque não perdoam o meu atrevimento, porque sou contra estes comportamentos e sou um inimigo a abater, assim  haja oportunidade de o fazer.
   É muito fácil marcar pontos na campanha eleitoral para o lar.   Constou-me por aí em Malcata que um dos líderes da lista “surpresa” andou (e anda) de porta em porta e de rua em rua, a convidar os sócios a votar na sua pessoa... porque o senhor Carlos Clemente vai sair e o fulano vai entrar para o seu lugar. Ou seja, anuncia-se como o candidato que irá substituir o presidente actual. A verdade é que a mentira tem perna curta e é muito fácil apanhar uma pessoa a enganar e a manipular. E quem se deixa manipular acaba por ser enganado, sem se dar conta que foi numa cantilena falsa. O povo e os sócios do Lar sabem que há uma lista liderada pelo actual presidente da ASSM, senhor Carlos Clemente. Essa conversa de dizer às pessoas que sai um para entrar outro é mentira. Porque para um entrar, outro terá que sair e todos sabem que cabe aos sócios decidir no dia 16 de Agosto quem irá ser presidente da ASSM.
   Que podem os sócios esperar de campanhas de um nível tão baixo? 
   A fome de poder é tanta que não dispensa vestir a pele de cordeiro manso, afável, atencioso para com todos e, ao mesmo tempo, sorrateiramente, vai de pés juntos às pernas do adversário com quem está a disputar o mesmo lugar. 
   Mas enfim, pouco ou quase nada do que possa acontecer até ao dia 16 de Agosto, será surpresa para mim. É caso para perguntar aos sócios da ASSM(Lar)
onde encontramos a seriedade, a solidariedade, a generosidade de gente trabalhadora, dedicada ao amor ao próximo, sem pedir nada em troca e sem usar o poder da manipulação? 
   A obra é visível e real, não se trata de promessas ou desenhos. Os utentes recebem os apoios necessários e possíveis e nunca lhes ouvi falar de guerrilhas ou de que foram entregues aos cuidados de outra instituição. Não tenho conhecimento da existência de sócios a exigir uma devolução, porque simplesmente, as IPSS’S da espécie da ASSM são construções edificadas sobre alicerces fortes, sólidos e se durante os 29 anos conseguiu aprender a andar, crescer e ainda continuar com ambição de melhorar, esqueçam algumas pedras e areias soltas que resultaram no aparecimento de pequenas fissuras, nunca com a capacidade de colocar a estrutura em eminente estado de ruína ou degradação. 
   Quando o homem sonha e trabalha, a obra nasce e o mundo pula e avança.
   E o que é um sonho? O que é a realidade? O que é hoje a realidade ASSM, começou em 1991 com um sonho.
   Pelo sonho é que vamos...                  
                                                                 
                   José Nunes Martins
                                                                                           Sócio ASSM