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É PRECISO MAIS DO QUE A BELEZA NATURAL

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Ainda me passou pela minha cabeça que, com a mudança de equipa na autarquia, a chegada de gente jovem, as coisas começassem a levar-nos para um futuro diferente. A realidade está à vista de todos e ainda nos falta muita informação sobre o que não está assim tão perto. Daí que...     Uma caminhada em passo lento pelas ruas da nossa aldeia ou por becos e travessas dá para observar muitas coisas e fico com vontade de escrever sobre aquilo que vejo.    E o que mais predomina é um silêncio longo, apenas perturbado pelos voos rasantes e livres das andorinhas. E junto com os silêncios e as andorinhas vejo paredes de antigas casas em derrocada desregulada, talvez forçada pelas raízes dos sabugueiros e carvalhos que ali vivem e se ocupam das manjedouras de outros animais.    Na rua principal da aldeia abundam abusos e o cimento agora já não consegue disfarçar o abandono a que isto chegou. Se numas paredes era preciso para dar um ar de habitação cuidada e habitada, sobram colheradas em escadas

MALCATA: VIVER FELIZ

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  “A vida é feita de pequenos nadas”, escreveu um dia Miguel Torga.   De coisas simples e banais se constrói a felicidade. Admirar o voar das borboletas, que tantas vezes poisam como levantam voo; sentarmo-nos num dos bancos do jardim da Sra. dos Caminhos e sentir o agradável aroma da flor de tília a entrar pelas narinas e a deixar invadir todo o nosso corpo suado e cansado; olhar para o sol a esconder-se por trás dos montes, enquanto se toma um café quente e saboroso, sentados na esplanada do bar da Zona de Lazer e admirar os mais jovens em banhos na piscina.   A felicidade está tão perto de nós que não damos pela sua presença. A felicidade mora num sorriso, numa palavra, num gesto amável, num simples olhar.                                                                         Josnumar                                                                     (José Nunes Martins)

MULHERES DA ALDEIA

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   Hoje as mulheres celebram o seu Dia Internacional. Algumas recordam aquele grupo de mulheres, operárias numa fábrica de tecidos em Nova Iorque, gritavam por melhores condições de trabalho, incluindo a redução da carga horária de 16 horas para 10 horas, um ordenado igual ao que pagavam aos homens e serem tratadas com dignidade no local de trabalho. Estas operárias foram reprimidas violentamente e trancadas dentro da fábrica que depois foi incendiada. Aproximadamente, morreram carbonizadas 130 tecelâs.    Em todo o Mundo, comemora-se hoje, o Dia Internacional da Mulher, data recordada desde 1910, mas que somente em 1975, através de um decreto, foi oficializado pela ONU. Mulher camponesa     Em Portugal, o dia de trabalho para muitas mulheres continua a começar muito mais cedo e termina mais tarde do que o dos homens. Nas aldeias vivem mulheres puras e imaculadas, sem maldades escondidas por apitos de metais preciosos. São mulheres que continuam a desconhecer a vida das outras mulh