Mostrar mensagens com a etiqueta comunicação. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta comunicação. Mostrar todas as mensagens

26.7.21

A REVOLUÇÃO DIGITAL É UMA CERTEZA

Direito de acesso igual para todos


   Lembram-se do tempo em que as pessoas tinham que ir ao comércio do Ti Varandas e da D. Deolinda levantar as cartas vindas pelo correio? Onde é que esse tempo vai... hoje as cartas já quase não se escrevem e existem tantas maneiras e meios de comunicar que todos o podem fazer e sem precisar de sair de casa.
   As comunicações telefónicas já são feitas sem nos preocuparmos com o contador de impulsos, enfiamos a mão a um dos bolsos ou das bolsas de andar ao ombro, ligamos o aparelho e uns segundos depois encontramo-nos a comunicar com quem escolhemos e queremos.
   Vistas as coisas assim, comunicar nunca foi tão fácil. É para facilitar e aproximar, desligar ou simplesmente não atender ou barrar o acesso que existem todos estes novos meios de comunicar.
   E acreditem se quiserem, há serviços que somos atendidos por vozes previamente gravadas e passo a passo nos encaminham até ao número correcto para resolver o nosso problema, satisfazer o nosso pedido, dar a leitura da água que consumimos e da luz lá de casa. Há quem ainda não acredite, mas nem sempre do outro lado está um ser humano de carne e osso a escutar, está apenas um computador e um cérebro artificial.
   Em resumo, quando eu não quero ser incomodado e nem quero saber do resto do mundo, desligo-me das tecnologias de comunicação. Às vezes complica a minha vida e outras pessoas ficam tristes e aborrecidas, mas acaba por passar e tudo fica bem.
   O mesmo não deve suceder com as entidades e os serviços públicos do Estado. Há sectores que não querem ser incomodados e não querem dar a conhecer os problemas e os resultados do seu trabalho. Depois quando chegam aqueles momentos das escolhas e do deita fora ou fica mais um pouco, dão corda aos sapatos e às mãos e as comunicações já acontecem, os sinais de fumo dão agora lugar a notícias e a partilhas, a cliques de “gosto”, “riso”, “choro”...fotos de gente feliz e alegre e eles lembram que lá se encontram sempre ao nosso dispor.
   A Revolução Digital demora a passar por aqui, as facilidades das tecnologias de comunicação parece que fragilizam alguns serviços que representam o Estado, não se democratiza o seu uso e não se incentiva o povo a usar. Apesar das resistências, das dificuldades e barreiras que nos têm levantado aqueles que nos governam, não lhes vai servir de nada, pois mais dia menos dia, mais ano menos ano, as comunicações e as relações entre cidadão e autarquia local não terão uma vida fácil neste nosso mundo. Mas até isso acontecer, cá continuarei a minha luta e o meu direito a reclamar, mesmo condicionado e correndo o risco de não ser ouvido.


                                                                        José Nunes Martins,
                                                                  (Malcatenho e cidadão do mundo)

 

15.12.20

MALCATA: JUNTA DE FREGUESIA TEM NOVA PÁGINA NA INTERNET

Junta de freguesia de Malcata tem nova página oficial



   A Junta de Freguesia de Malcata tem novo site.
  Acho importante que se saiba como a autarquia trabalha.


Fica aqui a ligação para o mesmo:

 malcatafreguesia (freguesiamalcata.pt)

  
Gostaria de começar por referir o facto, em meu entender incompreensível, qualquer referência à actividade da autarquia, das instituições sociais que existem na freguesia, disponibilização de documentos on-line, como sejam as actas, os orçamentos, os balanços do ano, formulários para pedir via internet licenças, declarações, autorizações, assuntos relacionados com o cemitério e outros...uma caixa de sugestões!
   Estou a pedir muito? Penso que não!
   Vivemos uns tempos difíceis e a importância da informação, a clareza e a rapidez de respostas tem de ser valorizado. Esta página da Junta de Freguesia é uma ferramenta de comunicação excelente e ajuda na aproximação dos cidadãos ao poder local, à autarquia e muitos contratempos e obstáculos evitam-se sempre que usarmos bem esta ferramenta e dela retirarmos todas as vantagens.
Não estou a dizer com isto que se faça tudo através da internet, mas ao menos que a “nova página” tenha realmente novos conteúdos, uma informação mais rica, mais actualisada e uma ferramenta mais útil a quem a quiser utilizar, a quem nos quiser visitar e claro, que sirva para promover toda a freguesia.
    A nova página não pode ser apenas uma mudança para uma nova página, mas sim, sinal de uma aposta na melhoria da comunicação com os malcatenhos, vivam eles onde vivam, são cidadãos que se poderão sentir mais próximos e com os mesmos direitos e deveres dos que, regularmente, residem na freguesia.

                                                                                                     José Nunes Martins

17.6.20

AS PLACAS E UM CÓDIGO QR DESLIGADO

                                       
                                                 

   A Junta de Freguesia de Malcata instalou um conjunto de placas informativas junto aos principais edifícios da aldeia. O objectivo é servirem de orientação para as pessoas que visitam a freguesia, valorizando o património existente, pois era uma necessidade detectada há bastante tempo. Como já se devem ter apercebido, colocaram uma placa junto à porta do Forno Comunitário, ao lado da Fonte da Torrinha e da Fonte Velha, outra ali ao Calvário, na Rua da Ladeirinha, no adro da Igreja e na Capela de São Domingos, ao lado do Cruzeiro ali existente desde os tempos do padre Miguel. Em cada placa as pessoas podem ler uma breve descrição do monumento ou lugar e está disponível em quatro línguas: português, francês, inglês e espanhol. A esta breve descrição, o visitante também pode ligar à página oficial da Junta de Freguesia disponibilizada na internet. Basta que utilize o telemóvel e apontar a máquina de fotos para o Código QR inserido nas placas e seguir as indicações dadas. Não sei se me esqueci de referir alguma das placas que foram espalhadas por toda a aldeia.
   Sem dúvida que a Junta de Freguesia deu a entender que há necessidade de oferecer mais informação a quem nos visita. Estas placas tiveram um custo e são para alargar a informação, dignificar e valorizar o património da freguesia. Até aqui, estamos de acordo. O trabalho já está terminado? Para que serve o Código QR se depois não consigo a ligação à página da Junta de Freguesia? Há que concluir o que ainda não está feito e devia estar. Outra acção a desenvolver é informar a população residente na freguesia a utilidade destas placas e porque as colocaram onde estão e não noutros lugares, bem como chamar Fonte das Bicas e não Fonte da Torrinha, como vulgarmente ela é mais conhecida no povo.
   Já agora, que estamos a falar sobre placas, o que pensa a Junta de Freguesia fazer em relação às restantes placas informativas existentes na freguesia, algumas apresentam erros ortográficos e riscos, outras com informação e indicação de serviços que já não existem, outras a precisar de reescrever as palavras que entretanto descolaram e voaram com o vento? Para além do aspecto de desleixo e desactualização, transmite uma imagem negativa da freguesia no seu interesse pela conservação e preservação da freguesia.
            Dois bons exemplos de valorização do património da freguesia e respeitando
   a cultura popular dos malcatenhos que nos legaram estes nomes e estes lugares.
           

                                                                                                                     
   

15.4.13

OS SINOS TAMBÉM FALAM

Campanário da igreja matriz

     Ao chegar a Malcata não se assuste se de repente ouvir o som dos sinos. É ainda normal escutar esses sons na aldeia e nos campos que a rodeiam. E é normal que quem venha a esta aldeia pense e se interrogue porque estão os sinos a tocar.
   Acredito que, se perguntar a uma pessoa da aldeia que esteja ao seu lado e já for de idade avançada, obterá uma resposta acertada, mas se fizer essa mesma pergunta a um jovem, quase de certeza que não satisfará a sua curiosidade.
   Na nossa aldeia existem três sinos em pleno funcionamento: dois no campanário da Igreja Matriz e outro na Torre do Relógio. Durante muitos anos estes três sinos têm sido importantes na vida quotidiana das pessoas da aldeia. Os sinos do campanário continuam a enviar a mensagem a quem deseja participar nas diversas cerimónias religiosas que ao longo do ano se realizam na igreja, agora de cara renovada. E também o sino da torre do relógio continua a ser o marcador do tempo para muitas pessoas.
 
   



Última chamada para a missa

   Será que o toque dos sinos sempre foi feito como o sacristão o faz hoje? E por que razão só os homens tocavam e ainda hoje, é deles o exclusivo desta tarefa? Alguma vez os sinos terão sido tocados através da ajuda de cordas? Sabiam que há variados tipos de toques?
   A verdade é que na aldeia continuamos a poder ouvir os três sinos a tocar sempre que é necessário. Por mais quantos anos vamos continuar a ouvir os sinos do campanário? Hoje já muitas pessoas deixaram de dar importância ao som dos sinos. Aquilo que hoje chamamos internet e comunicação digital, desde há muitos anos que os sinos serviam de mensageiros rápidos e sem interferências no envio das mensagens importantes que eram necessário e urgente às vezes, transmitir ao povo.
   E o sino da torre do relógio? Lá continua a resistir e a transmitir as horas e as meias horas a quem quiser ouvir. Hoje o martelo eléctrico substitui os dois pêndulos que durante anos e anos davam a corda ao relógio e ajudavam os ponteiros a passar as horas do dia e da noite. Nunca compreendi a decisão desta mudança na forma de o relógio trabalhar, mas ninguém me venha dizer que a electricidade é melhor do que as duas pedras. Na altura deviam ter reparado o que estava defeituoso e nunca terem destruído uma sistema que hoje faria  do relógio uma máquina invulgar e única. 



São 5 horas da tarde no relógio da torre
        Como vêem, os sinos também falam e ainda conseguem enviar mensagens sem erros, desde que o operador saiba badalar correctamente.