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19.11.23

MALCATA: HÁ COGUMELOS QUE SÓ SE COMEM UMA VEZ!

 

Chefe Valdir Lubave, aprendeu e ensinou
a apreciar cogumelos silvestres.


   Estamos no tempo das castanhas e dos cogumelos silvestres, dois sabores característicos do mundo rural e da nossa aldeia também. E porque é importante transmitir e divulgar o nosso comum, as tradições e os saberes dos nossos antepassados, venho chamar a atenção dos malcatenhos para a riqueza que são estes e outros produtos, como o mel e a batata e que ainda se vão encontrando na freguesia.
   A nossa aldeia é igual às outras terras vizinhas e há muitas coisas em comum, são saberes e costumes que foram transmitidos de geração em geração. Somos aldeias beirãs e as pessoas mantêm boas relações humanas e que se fortaleceram através dos casamentos e dos convívios ocasionais.
   Muitos costumes e tradições estão a desaparecer e não existem registos desse património, pois quando a pessoa morre leva com ela esses segredos. 
E é pena que se perca esta riqueza natural e tradicional, por não existir nenhum projecto que os preserve e guarde.
   

Engº Henrique Gravito, um amigo dos cogumelos silvestres,
pessoa com muitos conhecimentos científicos e experiências de campo
no vasto mundo dos cogumelos silvestres, em particular, as 
espécies existentes na nossa região beirã.

   
   A nossa freguesia devia fazer e ainda não fez o que já se falou em encontros e reuniões. Dar mais atenção a estes dois produtos deve ser uma das prioridades a ter em conta.  Com a castanha e os cogumelos silvestres e alguma imaginação e visão a longo prazo, podemos trazer mais desenvolvimento, mais negócios, mais bem-estar aos que vivem na freguesia. Com um pouco de imaginação e muita vontade, por exemplo, promover os percursos pedestres que existem na nossa aldeia, associar um grupo de pessoas e abrir uma espécie de cooperativa, com. as caminhadas e os passeios pelos castanheiros e pinhais e levar as pessoas à descoberta da castanha e do míscaro ou boleto. Tantas outras actividades que se  podem organizar! Podem ser aqueles projectos que há muito se fala e que ajudarão a melhorar as condições de vida, contribuindo para a manutenção e fixação de gente jovem e activa na região. 
   Lembro-me do meu tempo de criança que as pessoas se preocupavam com limpar os pinhais e as carvalheiras. Juntavam a caruma e a folha e levavam este material para os campos e substituíam os adubos e serviam para fazer a “cama” aos animais. E os míscaros, quando se via a terra gretada, a minha mãe espetava um pau aguçado na ponta e lá saltavam inteiros. Esta espécie de cogumelos são muito saborosos e bem cozinhados, a minha mãe dizia que sabiam bem melhor que alguma carne! São mesmo deliciosos!
   E se pensam que os cogumelos e as castanhas são dois produtos normais, pouco apreciados, ou que não existe pessoas que procuram estas iguarias gastronómicas, digo-lhes que por falta de conhecimento e informação, não sabem os sacrifícios que essa gente está disposta a passar! Alguns viajam centenas de quilómetros e vão de GPS ligado até aquele pequeno lugar, meio escondido, numa rua estreita e só a pé lá se entra, empurradas pelos aromas vindos da cozinha da casa lá do canto, sorrindo umas para as outras por não se terem perdido no caminho e desejam experimentar o famoso "arroz de míscaros" da Avó Bi - Sabores de Malcata"!
   Esta riqueza oferecida de forma quase gratuita pela Natureza, pode e deve merecer muito mais atenção e como todas as outras riquezas naturais, necessitam de ser cuidadas, respeitando o seu ciclo normal de vida. Por isso é importante aprender a conhecer e a respeitar o seu habitat, o seu mundo.
   E para que os recursos naturais, mesmo aqueles que crescem no campo, nos montes e florestas, onde não há poluição industrial ou lá despejada por homens, não sejam culpados e riscados da nossa alimentação, deixo aqui um conselho em forma de AVISO sério que as autoridades de saúde há muito que não se cansam de divulgar. É importante ler e seguir estes conselhos:
   
   
   

   



   

 

24.11.22

OS COGUMELOS SILVESTRES EM MALCATA

 


   Os cogumelos sempre fizeram parte da alimentação das pessoas e em Malcata já vem dos nossos antepassados. Saberemos nós o verdadeiro valor dos cogumelos?
   No meu entender, dado o interesse das pessoas pelos cogumelos, sendo eles um recurso natural que apesar da abundância, a apanha sem regras e o desconhecimento do potencial deste produto e dos cuidados que ele merece para que não desapareça, há que criar condições na nossa freguesia para consciencializar o maior número possível de cidadãos, para a importância de formação sobre micologia.


 Engenheiro Agrónomo e Micologista Gravito Henriques

   Seja através da realização de jornadas micológicas, workshop’s, provas de culinária, passeios com acompanhamento técnico ou até mesmo com a aposta em cursos mais aprofundados e que leve os participantes a interessarem-se por esta fileira tão interessante e que faz vir tanta gente aos campos da nossa freguesia durante a época de apanha.  Quem me diz que entre os participantes e depois de adquirir mais conhecimento e até sentir vontade de investir, de criar negócio com os cogumelos, aparece gente empreendedora?



   Tanto os cogumelos silvestres
como os que se produzem em troncos de carvalho
 ou em fardos de palha, todos têm procura elevada
e são muito apreciados na alimentação.
    E todos são uma boa oportunidade de fazer negócio
 e felizmente, no nosso meio, no nosso concelho
vive gente preparada, com conhecimentos técnicos
e prática na formação na área dos cogumelos silvestres.
Tudo vai do interesse das pessoas e conjugar as vontades de todos!

                           José Nunes Martins


Um guia muito útil

                                                             

 
   

24.11.13

COGUMELOS SILVESTRES

Cartaz das jornadas 2013

Pelo quarto ano consecutivo vão realizar-se as jornadas micológicas em Malcata. É a oportunidade para dar a conhecer mais algumas espécies de cogumelos que nesta época do ano se encontram nas terras malcatanhas. Mais uma vez a ACDM, Associação Cultural e Desportiva de Malcata,  que volta a contar com o apoio da Junta de Freguesia, vai organizar  este encontro das pessoas com a natureza.
 É importante criar este ciclo de eventos e que anualmente se continuem a organizar. Estes encontros devem contribuir para favorecer a população de Malcata. A nossa aldeia está rodeada por um património natural riquíssimo. E essa riqueza não se encontra só na variedade e qualidade dos cogumelos ou tartulhos, como popularmente lhe chamamos nós.
   Com as jornadas micológicas e outros eventos que periodicamente se realizam em Malcata, é
uma oportunidade que as pessoas da aldeia devem saber aproveitar para melhorar  a sua vida comum e de cada habitante. É importante abrir estas actividades a todas as pessoas. Quem nos visita nestas ocasiões, por vezes percorrem centenas de quilómetros porque ouviram, leram ou lhes falaram que valia a pena conhecer esta nossa região. É por isso importante abrir as portas e deixar que as pessoas entrem na nossa terra e conheçam o nosso património, as nossas tradições, as nossas gentes.
   
   Por esta altura do ano as jornadas  micológicas começam a ser uma praga, pois todas as terras da nossa região organizam a sua. É um sinal de dinamismo das associações que existem nas nossas aldeias. Faz-me lembrar o mês de Agosto e a quantidade de festas e capeias  que são tantas que uma pessoa fica  sem saber a qual deve ir. Nisto das jornadas penso que há necessidade de lhes acrescentar algo mais, procurar encontrar e oferecer mais qualquer coisa que todos as outras jornadas oferecem. As que conheço foram bem organizadas e parece haver a preocupação de convidar uma pessoa especialista em micologia. E este ano a organização já  deu mostras que esse é o futuro destas jornadas ao convidar uma pessoa que vive dos cogumelos que cria, o senhor Fernando Castro, da Cogus Box, que certamente vai ser um motivo de interesse para os participantes. É desta forma diferenciadora que se transforma numa mais valia e uma segurança para os participantes. A presença do especialista é bom, diria mesmo que é o cerificado de qualidade da jornada e a presença de alguém que viu nos cogumelos uma forma de melhorar a sua vida é outra ajuda no enriquecimento desta actividade.Manter e subir outro  patamar se queremos manter estas jornadas vivas e participadas é crucial e para isso há que criar outros factores de diferenciação em relação aos outros organizadores e dessa forma as jornadas micológicas em Malcata continuarem a realizar-se e transformarem-se  numa oportunidade de benefício para as pessoas da aldeia. A ACDM e a Junta de Freguesia de Malcata têm que pensar de que forma é possível valorizar ainda mais este evento. 
      Muito está a ser feito e muito mais há a fazer. As associações da nossa terra durante o ano organizam diversas  actividades e agora até já as divulgam na internet, alargando dessa forma o número de pessoas informadas e que até podem decidir participar. Eu vejo desta maneira:se cada um de nós sentir carinho e gosto por aquilo que é nosso, as coisas ficam mais valorizadas . Tratar com carinho, divulgar, desenvolver , criar entusiasmo e com certeza que mais pessoas virão de fora para participar nestes e ventos e ao mesmo tempo ficam a conhecer Malcata. E para além das riquezas naturais, o nosso património pode ajudar no chamamento de mais pessoas, pode até ser um factor de desenvolvimento da nossa terra.

 


PROGRAMA:


A Jornada começará com a reunião das pessoas na sede da ACDM, na Rua da Escola Primária
9.30h- Início e apresentação: serão prestados alguns esclarecimentos. O trabalho de campo (procura e recolha dos cogumelos) será orientado pelo engenheiro Gravito Henriques, personalidade idónea e competente na matéria, e será feito em locais a indicar por pessoas conhecedoras do terreno.
12h30- Almoço, na sede da Associação. As pessoas devem levar o seu farnel que poderão partilhar.

Depois do almoço haverá uma exposição e demonstração sobre o cultivo de cogumelos em caixas e sacos pelo sr. Fernando Castro, da Cogus Box. Seguir-se-à a identificação dos cogumelos recolhidos, a cargo do sr. engenheiro Gravito Henriques.
17.00- haverá um lanche ajantarado, onde poderemos saborear o arroz de cogumelos e o caldudo (de castanhas), ao sabor da tradição.
COMO PARICIPAR:
Para participar neste evento deve inscrever-se através do email:
 ruichamusco@sapo.pt do número 966509086 ou ainda através do facebook da ACDM, e ainda do email:vitormalcata@hotmail.com presidente dessa Junta de Freguesia de Malcata, ou do site da Freguesia. 
O valor da inscrição é de 2€ para os não sócios e será grátis para os sócios.
Os participantes devem levar calçado apropriado e uma cesta.
Esta Jornada Micológica é uma organização da Associação Cultural e Desportiva de Malcata, com a colaboração da Junta de Freguesia de Malcata e da Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Centro.


ALGUNS CONSELHOS




Como colher







   
Conhecer

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE COLHEITA E CONSUMO DE COGUMELOS :


31.10.12

JORNADA MICOLÓGICA EM MALCATA

III JORNADAS MICOLÓGICAS em Malcata

COM A PARTICIPAÇÃO DO ENGENHEIRO GRAVITO HENRIQUES,
técnico da DRAP Centro e especialista em cogumelos.



Engº.Gravito Henriques

5.12.11

II JORNADA MICOLÓGICA EM MALCATA

A ACDM  ( Associação Cultural e Desportiva de Malcata ) em colaboração com a Junta de Freguesia de Malcata e com o apoio da Câmara Municipal do Sabugal, organizou pela segunda vez um dia dedicado aos cogumelos. O engenheiro Gravito Henriques, já conhecido na nossa região como um expert no que diz respeito aos cogumelos, orientou os trabalhos de campo. Foram quase uma centena de participantes, novos e menos novos, que participaram nesta actividade. A LocalVisão esteve lá e gravou esta reportagem:

20.10.10

NÃO AOS CALDUDOS GRATUITOS

   O mês de Novembro não tarda muito e já aí está. Este ano a Câmara Municipal do Sabugal em parceria com as Juntas de Freguesia baptizou o mês de Novembro como "Mês da Tradição e dos Sabores".
   E com este lema, durante todo o mês realizam-se várias actividades que vão desde as Feiras de Sabores, Feiras de São Martinho, Mega Magustos da Raia, Provas de Água Pé e de Vinhos, Matanças de Porco, degustação de cogumelos, mostra de doces e compotas locais...ou seja, as aldeias do concelho vão viver uns dias de folia, talvez para esquecer as amarguras da vida e do mau momento que o país atravessa.
   Malcata também vai ter o seu dia de festa. Ou vão ser dois? É que ao ler a AGENDA MUNICIPAL, editada pela Câmara do Sabugal, nos dias 6 e 7 de Novembro, na Aldeia de Malcata, vai ter lugar as Jornadas Micológicas, como se pode ler aqui na foto dessa mesma agenda:
Recorte da AGENDA MUNICIPAL
   
   Agora se formos consultar o sítio da Câmara Municipal do Sabugal, e observarmos atentamente o cartaz deste evento, ficamos informados que a Jornada Micológica de Malcata e a sopa de castanha -CALDUDO, se vai realizar no dia 6 de Novembro, ou sou eu que leio mal?
Cartaz oficial da C.M.Sabugal
   E  agora se lermos o folheto informativo deparamo-nos com este programa:
   E afinal, quem são os parceiros desta jornada em Malcata? Na agenda Municipal dizem que é a ACDM (Associação Cultural e Desportiva de Malcata). Mas no cartaz oficial da Câmara o parceiro passa a ser a Junta de Freguesia de Malcata. Claro, eu sei que estas coisas são pormenores, o importante é que as Jornadas se realizem, o caldudo seja apreciado por quem o comer. Fico é a pensar no real interesse que os organizadores têm e na atenção que dão à preparação destas actividades. 
   Todas as actividades são gratuitas para os participantes? Todos sabemos que hoje, nada é gratuito, nem almoços...tudo tem um preço. A Câmara e as Juntas de Freguesia têm dinheiro para pagar? É bom para quem participa, mas que raio, tudo sem pagar também é demais. Aqui, como nas auto-estradas, devia prevalecer a regra de "participante" logo "pagante", mesmo que pouco fosse. Sei de autarquias que o fazem. Porque não faz o mesmo a Câmara do Sabugal?

19.11.09

HÁ COGUMELOS QUE MATAM


   OS COGUMELOS SILVESTRES MATAM
   Continuando a escrever sobre cogumelos, hoje o Jornal de Notícias publica a opinião do Dr.Linhares Furtado e podemos ficar a saber que segundo ele que "os cogumelos venenosos podem provocar uma hepatite aguda, que dá origem a uma insuficiência hepática de tal modo grave que, por vezes, é impossível salvar os doentes. Ou há a oportunidade de transplantar imediatamente as vítimas - o que não é assim tão fácil, porque não há dadores de fígado ao dobrar da esquina e as compatibilidades dificultam ainda mais os transplantes - ou elas morrem. Apesar de tudo, ainda há muitos doentes que escapam com vida apenas com tratamentos médicos.
   É por isso que eu só como cogumelos de cultivo e nunca silvestres. Não arrisco, porque sei que os cogumelos venenosos não só danificam o fígado, como, por vezes, danificam de forma tragicamente irreverssível, todos os orgãos que estão à volta. As pessoas têm de ser mais responsáveis, mais ponderadas e não devem dar tiros no escuro".

   Ora aqui temos um bom conselho. Se o senhor António Pires, de 80 anos e a sua mulher Maria tivessem tido mais cuidado com os cogumelos silvestres que foram apanhar e os cozinharam para comer no sábado ao jantar, talvez eles e família evitassem o sofrimento e a morte.
   "Os meus pais sempre comeram cogumelos, desta vez alguma coisa correu mal"
   "O tacho ainda estava em cima da mesa" 
   Foi assim que o filho deste casal comentou o trágico desfecho dos seus pais. E a minha mãe, que todos os anos ia apanhar cogumelos e com tanto cuidado e carinho os arranjava para quando eu fosse à aldeia os trazer para a minha casa. De facto são saborosos, são algo de especial...mas acho que agora vou seguir o conselho do doutor Linhares Furtado.

OS MÍSCAROS DOS DEUSES


A tradição de comer cogumelos silvestres já vem de muito longe. Por toda a Beira Interior e claro na aldeia de Malcata as pessoas da aldeia rebuscam todos os pinhais e campos em busca destes "camarões" do campo.
Realizou-se há bem pouco tempo nos Fóios uma Jornada Micológica. Os participantes para além de apanharem os cogumelos, com a ajuda do engenheiro Gravito, aprenderam a melhor forma de os apanhar e deixar aqueles que são tóxicos para a saúde humana.
Aos cogumelos silvestres muitos chamam também "míscaros", sendo o miscaro amarelo um dos mais apanhados e consumidos.
Em Espanha este cogumelo conhecido pelo nome de Tricholoma Equestre, passou a ser proibida a sua apanha e a sua comercialização. Em Portugal, segundo as palavras do Engº.Gravito, está quase pronta a legislação que vai também proibir o seu consumo por humanos. As razões desta medida são as de que é um cogumelo, quando consumido ao longo de muitos anos e muitas vezes, pode ser venenoso, pois, os efeitos maléficos podem até só manifestarem-se ao fim de uma vintena de anos...e acredita-se que às vezes não se associam as mortes humanas ao consumo deste cogumelo por causa desta particularidade ser tão espalhada no tempo.

Tricholoma Eqestre ( Míscaro amarelo )
Esta informação não deve ser ignorada e como medida cautelar, desaconselha-se o seu consumo. Mas caso tenha consumido cogumelos e se sinta mal, não deve hesitar e contactar o Centro de Informação Anti-venenos:
 Clicar em cima da imagem para ler melhor


CIV ( Centro Informação Anti-Venenos )
   É que quem consome cogumelos tem de ter em conta que existem algumas espécies que só se consomem uma vez na vida...porque depois da primeira vez já não está vivo para repetir a dose.
   Infelizmente, em Portugal as mortes causadas pelo consumo de cogumelos venenosos é uma realidade. Leia esta notícia vinda na comunicação social:

   Os cogumelos são, apesar de tudo, um alimento natural, um excelente produto de culinária e quem desejar saber algumas receitas aqui deixo um sítio seguro e interessante:


Chefe Valdir Lubave

Ainda a propósito da Jornada Micológica dos Fóios, aqui publico algumas fotografias do evento que contou com a participação de cerca de 70 pessoas, estando também esta gente de Malcata:


















José Manuel Campos satisfeito com a iniciativa
   Foi um sábado diferente!

30.10.09

OS MICOLÓGICOS DOS FÓIOS

Foi mesmo à berma da estrada que a Jornada Micológica dos Fóios teve início. Dadas as boas vindas pelo Presidente, seguiu-se uma breve explicação feita pelo engenheiro Luís Gravito.



Mas havia mais para aprender:



E depois do almoço há que cantar o hino dos Fóios.

29.10.09

UMA JORNADA NOS FÓIOS


PARTICIPANTES NA JORNADA MICOLÓGICA
Eu e a minha família vivemos em Matosinhos. Soubemos através da internet que a Junta de Freguesia dos Fóios ia organizar umas jornadas micológicas, com almoço e tudo. O cartaz da jornada informava que os interessados podiam inscrever-se enviando um mail. E foi assim que eu fiz. A confirmação da minha inscrição e de mais três pessoas foi rápida e dada a prontidão da resposta fiquei ansioso que chegasse o dia 24 de Outubro.
Foi preciso acordar bem cedo, percorrer os trezentos quilómetros até que às 9 horas chegámos ao Centro Cívico dos Fóios. Após a caloroso e simpática recepcção que o senhor José Manuel Campos nos fez e a quem ia ao mesmo tempo chegando, aceitámos o seu convite para tomar um café e uns bolinhos.
E enquanto aguardava pela chegada da hora marcada para a saída de campo, encontrei três malcatenhos que também iam participar nesta jornada. A música ambiente que se ouvia no largo ajudava a criar nas pessoas que se agrupavam em pequenos grupos um espírito de alegria, de entusiasmo e cada um ia relembrando os apetrechos que ia usar para a apanha dos cogumelos. Quase todos vinham de cesta de verga na mão, um bordão de castanheiro oferecido pela organização e uma navalha ou pequena faca completava todo o material necessário.
Pelas conversas que ia escutando deu para perceber que também participavam pessoas do país vizinho.Não fiquei espantado pela sua presença, pois, o mundo e o negócio dos cogumelos feito pelos espanhóis, há muito que alguns vivem destes fungos e são eles os maiores compradores dos portugueses.
Á hora marcada e nos automóveis de cada um, lá subimos pela nova estrada que vai dos Fóios para o Soito e ao sinal do Presidente e do Engenheiro Gravito, estacionámos as viaturas à berma da estrada e o dia estava a começar.
Por lá andámos entre castanheiros e alguns pinheiros até cerca do meio dia.Seguindo sempre o engenheiro Gravito todos escutávamos com atenção as suas palavras, os seus conselhos e a cada descoberta de cogumelo havia uma surpresa que nos era revelada.
Depois de descobertas, cortes, explicações, conselhos e de algumas entrevistas para a televisão, por muito que estivessemos a disfrutar, tivémos que deixar o local e antes de nos dirigirmos para o restaurante, fomos levados a conhecer e a visitar o Sabugal Velho. É um local mesmo velho, a necessitar urgentemente de maior cuidado e de maior investimento. As paisagens que se avistam desse local são espectaculares, mas o Sabugal precisa mesmo de olhar para este sítio e revalorizar o espaço que tanta importância histórica tem para o concelho do Sabugal.
Com as paisagens na mente lá descemos todos até ao largo dos Fóios e seguimos logo para o restaurante El Dorado. Saboreei uns bons cogumelos, uma boa morcela, não esqueci a fatia de melão e presunto. E que dizer do Javali, acompanhado com a batata cozida, seguindo-se o cabrito. Ai o cabrito assado, para mim estava no ponto e quentinho. Carne desta só mesmo nas terras da raia. E de cozinha é conhecedor o senhor Valdir, chefe de cozinha de renome, que ao meu lado me segredou que o cabrito estava mesmo "gourmet" e lhe fez a boca em água.
Foi um almoço bem animado, com vários brindes, vários agradecimentos, muitos elogios à organização. No fim foi a surpresa: cantou-se o hino dos Fóios. Foi a cereja em cima da sobremesa.
Depois todos se dirigiram para o Centro Cívico, onde decorreu a exposição e demonstração dos diversos cogumelos colhidos e também outros que pela sua importância a organização achou por bem colocar na mesa.
Foi uma jornada em cheio e muito bem conseguida. Adorei e regressei feliz com a minha família a casa e todos nós agradados pelo dia diferente que passámos nos Fóios.