30.3.23

O BRASÃO DA FREGUESIA DE MALCATA

    
   

  Brasão: escudo de prata, cabeça de lince de sua cor, animada de vermelho e dois ramos de castanheiro verde, com ouriços do mesmo, abertos de ouro, tudo alinhado em roquete; em campanha, monte de verde movente da ponta, carregado de faixeta ondada de prata e azul de três peças. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «MALCATA».
  Foi estabelecida em reunião de Assembleia de Freguesia, em 29/06/2003, publicada no Diário da República, 3.ª Série, Parte A de 30/08/2003 e registado na Direcção Geral de Autarquias Locais, com o n.º 297/2003, em 22/09/2003



Heráldica 
                                                     
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                    CUIDAR  DOS  NOSSOS  SÍMBOLOS  IDENTITÁRIOS!
                    NÃO  PERMITIR  ALTERAÇÕES  NEM  UTILIZAÇÕES  COMERCIAIS!

   Há muito que defendo que, a Junta de Freguesia de Malcata, deve tomar medidas para a utilização do brasão da freguesia de Malcata na identificação de outras entidades ou instituições. Será que a Junta de Freguesia de Malcata, ou a Assembleia de Freguesia de Malcata, autorizou a utilização do símbolo heráldico da freguesia por duas associações de Malcata? Se houve autorização para a utilização do brasão, a tal autorização tem que estar documentada, nomeadamente nas actas das reuniões do Executivo e da Assembleia de Freguesia, no tempo em que isso aconteceu. E a situação complica-se ainda mais, mostrando mesmo algum desrespeito com os símbolos representativos da autarquia e freguesia de Malcata, por uma dessas associações ter alterado o brasão oficial, com a exclusão dos castanheiros e a introdução de uma arma de caça, numa alteração/falsificação que não devia ter sido, de qualquer modo, tolerada.
   O exercício da cidadania e do poder local também se nota e também se mede nestes pequenos pormenores de mais ou menos zelo e respeito com que se cuidam e tratam os símbolos da nossa aldeia, do povo malcatenho.
   E eu não ando a perseguir ninguém, não estou à procura do que está errado, nem ando com pedras nas mãos para atirar aos outros. Essa não foi, não é e não será a razão das minhas palavras. Não se trata disso, apenas e só, tornar conhecida a minha opinião e alertar as instituições legalmente constituídas, que tenham mais cuidado e mais atenção ( ou o que lhe quiserem chamar…) pelos símbolos oficiais autárquicos da freguesia de Malcata.
   E como, quem não cuida e respeita, corre o risco de não ser respeitado, lembro às Juntas de Freguesia, fieis e legais depositários dos símbolos heráldicos das freguesias, que no Diário da República, estão definidas as regras da Lei e da Comissão de Heráldica, que ditam que a bandeira, outro dos símbolos heráldicos, é para ser hasteada em público e o brasão da freguesia de Malcata tem três torres e não quatro ou cinco!

                                Brasão heráldico da Freguesia de Malcata
                                                                                 👍✔


                                          José Nunes Martins


29.3.23

HERÁLDICA DA FREGUESIA DE MALCATA

 


   Há um assunto que tem passado despercebido à maioria das pessoas, mas que é digno de análise e para mim, tem importância e merece ser analisado.
   Os símbolos heráldicos têm atribuições especiais e há uma série de regras de concessão e de desenho.
   Este é o brasão da freguesia de Malcata. Foi aprovado pela Associação dos Arqueólogos Portugueses ( Sessão de Heráldica) e foi legalizado, oficializado e publicado em Diário da República, cumprindo-se a Lei. E uma das regras em vigor é de que as freguesias urbanas ou povoações simples sejam representadas por uma coroa mural de três torres. Quando o Brasão apresenta quatro torres, quer dizer que se trata de uma Vila. O que não é o caso de Malcata. As cidades identificam-se com cinco torres na sua coroa. Mas tudo nos brasões tem um significado: formas, cores, os vários elementos presentes…
   O Brasão da nossa freguesia tem as três torres na coroa a que tem direito e entre os dois ramos de ouriços, está representado o lince ibérico, ficando em baixo os montes e o rio que rodeia a aldeia.
   O Brasão, a Bandeira e o Selo Branco completam os símbolos heráldicos da nossa terra. Será que os malcatenhos têm a noção clara do que é o brasão da freguesia de Malcata?
                                                                 

                                                 José Nunes Martins

24.3.23

SALVAGUARDAR É PRECISO

   

                                    Como era a vida do campo
                               dos nossos pais e nossos avós?

  

   Gostaria de vos lembrar alguns apetrechos da vida quotidiana, das ferramentas que as gentes da nossa aldeia utilizavam para fazer as tarefas agrícolas e as outras ligadas à vida rural.
   Sempre se cultivou na nossa aldeia e ao longo dos séculos, tem sido a base económica da freguesia. Hoje, é praticada uma agricultura de subsistência. Cultiva-se de tudo um pouco, o suficiente para o autoconsumo doméstico. Por sempre existir tanta variedade de culturas, existem diversas ferramentas para amanhar as terras e culturas, enfim, uma inúmera diversidade de afazeres, mas que aos poucos vão deixando de se fazer e as ferramentas vão ficando encostadas a um canto, substituídos por tractores e as alfaias que os acompanham. Até o pipo e a dorna, onde se guardava o vinho novo, foram postos de lado porque as cubas de inox é que são boas.
   Quando andamos pela aldeia e tropeçamos nas velhas ferramentas, antes de as cortar para o lume ou enfiá-las no caixote do lixo, a nossa obrigação é verificar se a podemos salvar. Há que olhar uns minutos para a peça ou peças e se por falta de espaço, ou porque não interessa guardar porque já não tem uso, deixo aqui um apelo para os entregar, por exemplo, à Junta de Freguesia ou a mim, quando por aí estiver. Eu terei o cuidado de guardar tudo para uma exposição permanente aberta a todos.
   Para avivar a memória aqui ficam as imagens:

   
Arca 
                                              


Banca de protecção dos joelhos
durante a lavagem da roupa no ribeiro


Arado


Canga


Ancinho


Ancinho e cesta
      E há tantas em falta: sachos, forquilhas, engaços, sacholas, peneiras, bancas, bancos, mochos, mesas, cantareira, cântaro, candeeiro, candeia, vara, chambaril, alforges, albarda, cabresto, bornal, alguidar, penico, lavatório, panelas de ferro, grelhas, dedeiras, gadanha, guilhos, francela, botelha para o vinho ou água, bilha de barro e o seu irmão de quem agora não lembro o nome...tanto para salvaguardar!
                                                               José Nunes Martins

8.3.23

AS MULHERES DA MINHA ALDEIA

   

   Dia Internacional da Mulher celebra a coragem e determinação da mulher que teve um papel fundamental na história do Mundo. A primeira celebração foi realizada em 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. Em 1975, as Nações Unidas instituíram que o dia 8 de Março seria comemorado o Dia Internacional da Mulher.
   Como tudo começou? Com as mulheres trabalhadoras numa fábrica a fazer greve. Reivindicavam a redução do seu horário de trabalho, em vez de 16 horas por dia, reclamavam e exigiam 10 horas. Nesse ano de 1857 as mulheres recebiam menos de um terço dos homens. Alguém as fechou na fábrica e incendiou-se o edifício e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. 
 No dia 8 de Março de 1857, operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque, entraram em greve, ocupando a fábrica para reivindicar a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto se declarara um incêndio. Cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
     



Mulheres operárias na aldeia 
que não tem fábricas!

 As mulheres da minha aldeia estão cada vez mais cansadas, trabalham como se fossem homens e deixaram de andar só de saia, avental e lenço na cabeça. 

  As mulheres da minha aldeia já não mostram medo e não têm vergonha de entrar nos cafés, vestem calças e adoram conduzir e ir às compras.
   Neste dia internacional da mulher, tanta treta e tanta propaganda cor-de-rosa anunciada por todo o lado. São as próprias mulheres que muitas vezes se deixam levar pela onda E as que não aprenderam a nadar, que remédio, esbracejar braços e pernas para se salvarem.
 As mulheres da minha aldeia estão cada vez mais cansadas, trabalham como se fossem homens e deixaram de andar só de saia, avental e lenço na cabeça. 
   As mulheres da minha aldeia já não mostram medo e não têm vergonha de entrar nos cafés, vestem calças e adoram conduzir e ir às compras.
   Neste dia internacional da mulher, tanta treta e tanta propaganda cor-de-rosa anunciada por todo o lado. São as próprias mulheres que muitas vezes se deixam levar pela onda E as que não aprenderam a nadar, que remédio, esbracejar braços e pernas para se salvarem.
     

Esta é a minha homenagem: