26.5.22

OLHAR E IMAGINAR MALCATA MELHOR

Logradouro da antiga escola primária, em Malcata
   O logradouro relativo ao edifício da antiga escola primária, onde hoje  se situa o Salão da Freguesia e é sede da Associação Cultural e Desportiva de Malcata, ainda está por explorar em toda a sua capacidade. Aquele espaço em volta da escola, no meu entender, está pouco valorizado e ali existem condições para muito mais.       Desconheço quem seja a entidade responsável pela manutenção do terreno. Tendo eu frequentado aquela escola primária, na época de 70, o seu exterior pouco se alterou. Foi bom nivelar o terreno e ter desaparecido o antigo “campo da bola” e gostei da ideia de construir um campo para jogar a petanca. Este serve para praticar o tão interessante e divertido jogo das bolas e bolinha, mas lamento não ter as medidas regulamentares e necessárias para um torneio mais a sério, pois em Portugal, existe um campeonato de petanca e uma federação deste desporto! Sendo a petanca do agrado de gente madura e dos jovens, é um desporto que não exige investimentos avultados para se praticar. Mas agora que está assim, vamos deixar este tema da petanca e do campo para outras núpcias e sendo assim, mais vale avançar naquilo que me leva a escrever estas palavras sobre aquele espaço.
   Eu acredito que aqui é possível criar um espaço de vivência e de utilização pelas pessoas da freguesia e quem nos visita. Por exemplo, criar naquele lugar sobranceiro à aldeia, de onde se tem uma vista fantástica da freguesia e da serra, um miradouro, um jardim bonito, com uns bancos e passeios, uma espécie de ramada apoiada numa pérgula, criando um lugar de repouso e contemplação.
   Há quantos anos o logradouro está assim? Aquele terreno e naquele lugar, tem muita utilidade e não deve ser apenas o depósito ou armazém da junta, como tem sido, desde que a escola primária encerrou. Eu tenho outras ideias para aquele espaço, contudo vou deixar em banho-maria e esperar os vossos comentários e desejos para o mesmo espaço que é o antigo recreio da escola primária.
   Algumas imagens do logradouro que estou a referir atrás:


Entrada para o recreio
   



Armazém às estrelas




 

Fachada principal

Coberto a servir de armazém 


Estamos no século XXI, cinquenta e dois ano estamos...quase na mesma!
      Tantos anos depois, para além da adaptação das salas de aulas a um salão, estando como está e com a utilização que dele têm feito, tem satisfeito os malcatenhos, pelo menos alguns, menos a um, o do contra, como às vezes me chamam. As pessoas são livres e têm liberdade de pensar, escrever, ficar em silêncio, ir ali ou não sair do lugar. A liberdade de escolhas é tão vasta que cada um de nós vive como quer, come o que quer, participa no que deseja e ninguém tem nada a ver com as decisões pessoais de cada um! As coisas mudam de figura quando entramos na comunidade e ali queremos e desejamos viver a nossa vida. Contudo, o mundo privado e o pensamento de cada membro da comunidade é para não ficar fechado e escondido. E cada membro deve fazer a sua vida e sempre que for bom, participar na vida da comunidade, porque ofertas estão sempre a acontecer. Importante mesmo, e isso eu não abdico, é a liberdade de escolha, de ir ou ficar, de comer o que me oferecem ou recusar. Não por não gostar, mas sim porque cada pessoa consume o que gosta e não tudo o que lhe dão!
                                                           
                                                           José Nunes Martins


21.5.22

OUVIR, ASSINAR E CALAR ?

 

    QUEM ESTÁ A SALTAR À CORDA?
   Todos os Municípios assinam contratos interadministrativos
com as freguesias e Uniões de freguesias que integram o respectivo concelho.
Encontro Câmaras Municipais que seguem estes passos:




Foto 1

                 

   Também encontro Municípios que também assinam Contratos Interadministrativos com as suas respectivas Juntas e Uniões de Juntas de Freguesia. A diferença, não estão nas cláusulas do contrato.
O caminho para chegar a um acordo e ser assinado é que é bem diferente! 
  

Foto 2

                  
     As perguntas que aqui deixo são estas:
     1- Há uma leitura errada da minha parte?
     2- Qual dos dois municípios está a respeitar mais a lei ?



     

   

19.5.22

É PRECISO MAIS DO QUE A BELEZA NATURAL

Ainda me passou pela minha cabeça que, com a mudança de equipa na autarquia, a chegada de gente jovem, as coisas começassem a levar-nos para um futuro diferente. A realidade está à vista de todos e ainda nos falta muita informação sobre o que não está assim tão perto. Daí que...


   Uma caminhada em passo lento pelas ruas da nossa aldeia ou por becos e travessas dá para observar muitas coisas e fico com vontade de escrever sobre aquilo que vejo.
   E o que mais predomina é um silêncio longo, apenas perturbado pelos voos rasantes e livres das andorinhas. E junto com os silêncios e as andorinhas vejo paredes de antigas casas em derrocada desregulada, talvez forçada pelas raízes dos sabugueiros e carvalhos que ali vivem e se ocupam das manjedouras de outros animais.
   Na rua principal da aldeia abundam abusos e o cimento agora já não consegue disfarçar o abandono a que isto chegou. Se numas paredes era preciso para dar um ar de habitação cuidada e habitada, sobram colheradas em escadas e paredes que já tiveram escaleras. Bem, ao menos este mês deu-lhes para lavar a cara e a sede da nossa freguesia que bem fica vestida novamente de branco! Oxalá a Fonte Velha seja a próxima a beneficiar obras de restauro, porque a cara tem mesmo que ser mais bem cuidada. Por muito bonito que aquele lugar é, como ele se encontra, nem as andorinhas ali vão beber da água. E mesmo com árvores e copos que com todo o gosto as recebem, tanto desleixo é sinal de desinteresse e sendo assim, os beirais são mais práticos para criar família. São as andorinhas e sou eu que esperamos um dia, dentar no banco e à sombra da pérgula descansar, mesmo que por breves momentos, as pernas e a cabeça. Mesmo com a Fonte de Mergulho ali ao lado, não convida a descer aquela catacumba moderna e cinzenta, não é natural e à vista de toda a gente é que ela gostava de estar. Lá onde ficou, foi onde se criou, mas os seus anos fizeram sentido enquanto esteve descoberta, todos a viam e dela se serviam, gostavam de lá ir encher os cântaros, até as vacas, os burros que de nabos não tinham nada, só de nome e tanto eles trabalharam, puxaram mais cargas de milho e aguentaram a vagarosa vaca leiteira, sem nunca deixarem de ser burros.
   Eu não conheci a fonte de chafurdo, que à fonte de mergulho também lhe chamavam fonte de chafurdo! Alguém que tenha paciência e quem sabe venha aqui explicar a origem e as razões de lhe chamarem a esta fonte, a Fonte de Chafurdo!
E já que está com as mãos na massa, pode também, se souber é claro, contar-nos a história desta fonte.
   E como as crises vêm, na Fonte Velha tenho saudades do Minimercado a Fonte e de ser sempre bem servido. Ainda hoje gosto de usar aquelas facas pequenas que lá comprei. Foi um sonho e cá para mim, aquela história que venderam e que muitos acreditaram vir a ganhar com o futuro hospital, provocou alguns danos colaterais neste e noutros negócios. Mas isto são contas de outro rosário. Ainda não foi bem rezado, mas a fé é inabalável e a sua história um dia será do conhecimento de todos.
   E como a estrada me apareceu limpa, sem regos e altinhos de cimento para desviar a água das chuvas, ao caminhar em direcção ao poeta da pala num dos olhos, aquele olhar do lince quase me faz cair. Mas à medida que me aproximo cada vez mais do poeta e do bicho gato, fico tranquilo porque vejo que um é cego e o outro tem um cadeado que o prende da boca à pedra de cantaria que ali espetaram. Agora a aldeia também pode exibir a sua arte urbana. A terra que tem a serra com o mesmo nome, passou a estar presente na rota da arte urbana e dizem que é mais um ponto a favor da aldeia e mais um motivo para as pessoas visitarem a nossa aldeia. Poesia e pintura é arte, é cultura e quem não gosta, tem bom remédio, deixa na borda do seu prato. Olha o que eu agora me lembrei de escrever, mas eu estava só a fazer uma caminhada pela rua principal da nossa aldeia. Bem, vou terminar neste ponto e um dia destes continuo a caminhada. Preciso de parar para descansar os pés.  Vou sentar-me numa das cadeiras da esplanada do Café Camões, ser bem servido e saborear um bom café. Entretanto, vão olhando para estas imagens e quem sabe tenham alguma ideia de mudar a situação!

                                           
José Nunes Martins

   




 

17.5.22

MALCATA : A MINA

         Pá, picareta e muita força de braços foram necessários 
        para levar a água até à Torrinha!

Fonte da Torrinha 


   

 
 Em 1935, as pessoas que viviam em Malcata, iam até à Fonte de Mergulho e aí enchiam as vasilhas de água para o sustento da família e do gado. Entre 1935 e 1937, a água escasseava e a população ia aumentando. Com a escassez de água potável, a população mobilizou-se e em conjunto com a Junta de Freguesia de Malcata, presidida na altura pelo senhor António Nita, arregaçaram as mangas e construíram manualmente uma mina e o respectivo canal para o transporte da água até ao povo. Viviam-se tempos difíceis, a aldeia ainda não tinha rede de electricidade, não havia rede de esgotos, criavam-se muitos animais. A água era indispensável para a vida de todos e as culturas necessitavam dela para se desenvolver. Portanto, a água dentro da povoação existia, mas não estava devidamente aproveitada. Havia poucos poços e a água servia mais para regar a horta ou as culturas como as batatas, o milho, os feijoeiros, precisando de burras (picotas), noras e mais tarde, motores a petróleo. Daí a importância de a água na povoação ser tão necessário a construção de fontes.
   

                                                                  Amigo da Verdade - Malcata
                                         António Nabais da Cruz ( Ti António Nita ) e a história da fonte

      A construção de chafarizes e fontes foi uma das apostas do Estado Novo nos anos 40. O abastecimento de água fazia parte das obras importantes e era normal e vulgar a presença de gente do governo na inauguração de uma fonte numa das aldeias do nosso concelho. Nessa altura, o Sabugal foi daqueles que maior número de inaugurações fez no que respeita a chafarizes e fontanários. Entre 1930 e 1940 muitas foram as aldeias que ficaram com abastecimento público de água assegurado por fontes e chafarizes. A Câmara do Sabugal, sempre que podia, aproveitava a vinda das equipas de engenheiros e de técnicos a uma freguesia para executarem medidas, estudos, medidas e visitavam todas as obras, bem como a compra de materiais necessários, poupando em dinheiro e em tempo.

    O caso das obras do abastecimento de água à nossa freguesia tem alguns contornos que não são conhecidos de todos vós. A construção da mina demorou e todo o trabalho foi feito à pá e picareta. Contaram-me que quando surgiu a água, foi uma alegria e alguns pensavam que o trabalho tinha terminado. Mas isso não foi o que o senhor António Nita pensou e ainda quis continuar os trabalhos com a ideia de aumentar ainda mais o volume de água a jorrar da nascente. Não foi fácil fazê-lo parar e avançar para a abertura da vala para conduzir a água até ao povo. A distância que vai das Eiras à Torrinha não é mais do que uns 3000 metros, mas sendo o trabalho todo feito à mão, os homens tiveram que organizar-se em equipas. A forma encontrada pelo presidente da junta foi a de ir uma equipa por cada rua e durante uma semana de trabalho.
   Foram semanas duras de muito trabalho, muita terra, pedras e lama até chegar à Torrinha. A data “1937” que hoje se pode ler numa das pedras da fonte, confirma que pelo menos a Junta de Freguesia trabalhou há volta de dois anos até a obra ficar pronta. O velado (túnel) foi com certeza a parte mais difícil de construir. A fonte, feita toda em cantaria, foi desenhada com muita simplicidade, mas satisfazia as necessidades de fornecimento de água potável a toda a freguesia. A fonte é um dos ex-libris da nossa aldeia, que nem sempre tem sido bem cuidado. Foi um lugar importante durante muitos anos, um lugar que guarda inúmeras histórias de namoro, de lutas pela água do tanque, de algumas indisposições nos dias de muito calor, etc.
(continua...)

                                                     José Nunes Martins
 





11.5.22

MALCATA: CONTRIBUTO PARA A SUA HISTÓRIA

 


Data das obras levadas a cabo
pela Câmara Municipal do Sabugal, em Malcata



       A Fonte da Torrinha (das Bicas)


   Poucos serão (infelizmente) aqueles que, não sendo naturais ou não residam em Malcata, conheçam a Fonte da Torrinha (Fonte das Bicas ).
   É uma fonte que merece ser visitada e conhecer um pouco a sua história, que começou antes de 1937.
   Como curiosidade, e para a história desta fonte, existem documentos em arquivo que registam que esta fonte foi assunto discutido em várias reuniões da Comissão Administrativa da Câmara Municipal do Concelho do Sabugal, realizadas em 1935, 1936 e 1937.
   A inscrição “1937” que ostenta um das pedras de granito  é, no meu entender, referente ao ano civil de início da entrada em serviço de abastecimento público de água potável à freguesia, isto tendo presente que, a obra da fonte fez parte dos assuntos tratados em anos anteriores pela Comissão Administrativa da Câmara Municipal do Sabugal, que nos dá alguma informação do decorrer da obra. Ver cópia da acta de 1935:
   




Livro de actas da CMS em 1935
                                                                                +++
+
       As fontes noutros tempos tinham enorme importância na vida quotidiana das pessoas, particularmente as populações das nossas aldeias. E em Malcata essa forma de olhar para uma fonte grande ou fontinha bem mais pequena, permitiram garantir o abastecimento de água às pessoas e aos animais que com eles trabalhavam. 
       Na nossa freguesia a água é tão importante como ter boa saúde. E apesar desta importância que têm por este recurso natural, permanecem alguns maus hábitos no seu uso, caindo algumas vezes em atitudes contrárias ao respeito que este escasso recurso merece.
       Porque a água é indispensável, cada vez mais escassa, devemos ver  nas fontes, nas torneiras e nas diversas estruturas que conduzem a água até onde precisamos dela, bem como aqueles locais emblemáticos e tão característicos da nossa aldeia, onde sabe bem beber um copo de água fresca e limpa, com respeito e tudo fazer para os manter e preservar, procurando dessa forma dar continuidade às coisas boas que nos legaram aqueles que nos antecederam e que, por necessidade e amor à coisa pública, tanto trabalharam gratuitamente.
PS: Tema a continuar com ... António Nita e a sua luta pela água ao povo!
        Não deixe de ler!

  

Quem tiver mais informações que o diga!
   

                                                      José Nunes Martins


8.5.22

MALCATA: Cabras sapadoras nos baldios

    

   As obras continuam lá para os baldios da Freguesia de Malcata. Em 2019, foi a grande conhecida a aceitação e aprovação do projecto e da sua inclusão nos programas PDR-2020. Só quem tem meios próprios para se deslocar até aos baldios e tiver bom sentido de orientação, encontra o lugar e observar a obra. José Escada da Costa, em 2019, na sua habitual coluna no Jornal Cinco Quinas, presenteou-nos com um texto sobre este importante investimento que está agora a ser realizado. Dada a importância do tema e também a experiência profissional e como gestor de muitos projectos, alguns de enorme impacto e importância nacional, penso que é essencial ler o que este "conterrâneo" reflectir acerca do presente e principalmente do acautelar o crescimento sustentável no futuro, tendo em conta, por exemplo, as ideias expressas neste texto. Boa leitura e partilhem também as vossas ideias.



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7.5.22

OS CÃES TAMBÉM MORDEM EM MALCATA





 

      Segundo a lei se um cão atacar uma pessoa ou outro cão/animal é considerado perigoso.
      Hoje foi notícia em vários jornais mais um caso grave que envolveu uma criança de 3 anos e um cão. A menina ficou muito maltratada na face e na cabeça, pelo cão que pertence ao vizinho. A mãe da menina também ficou com mordeduras nos braços quando tentou ajudar a filha.
      No Jornal de Notícias vêm reproduzidas as declarações do presidente da junta de freguesia onde o autarca conta que tudo aconteceu no momento em que o pai da menina abriu o portão da garagem e a filha correu em direcção dele que o cão atacou!

      No caso que aconteceu na nossa aldeia foi que o cão do vizinho atacou o cão de um familiar meu. Uns dias depois desse ataque ouvi algumas histórias de outros ataques com o dito animal e outros que andam soltos pelas ruas da freguesia.  E naquela tarde de Verão a mulher andava no seu passeio habitual na companhia do cão, um animal de porte pequeno e com trela e quando ia a chegar à Zona de Lazer. o portão daquela moradia abriu-se e saíra de forma brusca o cãozarrão que costuma estar no jardim protegido pela rede da vedação que disparado se lançou ao pequenote. A minha prima foi em seu socorro e foi uma desgraça aquilo que se seguiu. Só houve tempo de pegar no cãozito ao colo e fugir, não sem antes, sentir os maxilares do cão perigoso a rasgar a carne do cão e da sua dona. Ambos tiveram que receber cuidados de saúde para evitar males bem mais graves.
      Há uns anos atrás ninguém punia os donos dos animais que atacavam pessoas ou outros animais. Apesar de ser um facto gravíssimo, estes acidentes indesejáveis, têm que ser levados mais a sério e punir os responsáveis. Quem tem dois cães para guardar a sua propriedade fez uma escolha e ao optar pelos cães tem que também saber tomar conta deles, tratá-los muito bem,

manter a sua saúde e as suas vacinas sempre em dia e não lhes deixar rédeas soltas para fazer tudo. E todos os animais podem atacar, pois eles são irracionais e agem por instintos, eles não pensam, ao contrário dos donos.
      As leis que estão em vigor determinam que quando um cão ataca e provoca lesões a pessoas ou outros animais, automaticamente o cão é retirado ao dono e é levado para um canil e será avaliado pelas autoridades veterinárias e o seu futuro terá em conta esses mesmos exames e investigações.
      Estes incidentes devem ser comunicados às autoridades e aguardar pelo decorrer do processo penal, sendo que o dono pode ainda ser alvo de um processo cível.
      O que podemos concluir é que os cães como animais irracionais que são, principalmente aqueles que atacam, são perigosos. E tal como os cães que são de raças já de si potencialmente perigosas, têm que obedecer a determinadas regras e condutas como um treino obrigatório de obediência numa escola de formação especializada.
      E na nossa aldeia ataques de cães contra pessoas e contra outros animais são bem do conhecimento das pessoas e da autarquia. Desconheço o número de cães perigosos que tenham sido declarados como perigosos à Junta de Freguesia ou tenham sido considerados pelas autoridades competentes como um risco para a segurança de pessoas e outros animais, devido ao seu comportamento agressivo.
      Estamos a entrar na época do calor e da ida das pessoas até à Zona de Lazer e outros lugares aprazíveis da aldeia. Compreendo que às vezes as pessoas não apresentem queixa, por medo de represálias e alguns dos donos contam com isso mesmo e continuam a não cumprir a lei; mas é uma das maneiras legais de resolver os problemas. Aconteceu em Março deste ano comigo também na rua de acesso à Zona de Lazer. Não aconteceu nada porque, por coincidências do destino, tinha acabado de me sentar no banco e fechado a porta da carrinha e o cão bateu com o focinho no vidro que já tinha fechado!


 

 

 

1.5.22

A LENDA DAS MAIAS

 

   Hoje, dia 1 de Maio, há uma tradição que ainda se mantém viva em algumas aldeias e cidades do país, é os enfeites com as maias, as giestas floridas, nome por que são conhecidas na nossa terra.
    Diz a lenda que Herodes soube que a Sagrada Família quando fugia para o Egipto ficou alojada numa aldeia. E Herodes já estava decidido a mandar matar todas as crianças do sexo masculino. Houve alguém que foi ter com Herodes e disse-lhe que não valeria a pena, mas também não lhe ia revelar onde estava o Menino Jesus, mas que colocaria um ramo de giesta florida na casa onde ele estivesse a passar a noite. Assim, bastaria aos soldados encontrar essa casa e, pronto!
   Na manhã seguinte, os soldados foram em busca da tal casa. Para espanto de todos, todas as casas daquela aldeia tinham à vista um raminho de giesta florida!
   Os soldados voltaram sem a missão ser cumprida!

   Todos os anos, da noite de trinta de Abril para um de Maio é costume colocar à porta de casa ramalhetes de giestas amarelas, também chamadas maias, por florirem em Maio.
   Todas as casas ficavam protegidas dos “diabos” e afastadas do mau-olhado, da fome, dos bruxedos...