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28.2.21

CARTA COM RESPOSTA

                      

    A CARTA 
   

   Bem Vindo ao blog Malcata.net ( www.aldeiademalcata.blogspot.com ) nascido em 2006 por minha vontade. 

   Não é nenhum jornal “on-line”, mas sim um blog que, desde sempre, pretende um olhar atento sobre a terra onde nasci e vivi a minha infância e sempre que posso, regresso a esse cantinho.
   Não estranhem encontrar chamadas de atenção para situações que, por diversos motivos, não são divulgadas e não têm lugar nos meios de comunicação tradicionais, acabando por cair no esquecimento dos malcatenhos que, como eu, vivemos alguns tempos distantes da nossa terra onde nascemos mas que não escolhemos.
   As palavras e as imagens são permanentes neste espaço e são dois elementos muito importantes para comunicar com os leitores. São para mim ferramentas com que gosto de trabalhar para promover uma comunicação aberta, intencional na procura de debate e troca de ideias, de pontos de vista diferentes dos meus, com plena liberdade e respeito.
   Eu sei que nem todos aprenderam a lidar com os computadores e a nova geração de ferramentas digitais. Não é que eu seja especialista em matéria digital, contudo sei que ao abrir e manter um blog, sou de opinião que se trata de um espaço aberto e nele muitos podemos expressar as nossas ideias, os nossos anseios, pontos de vista e debater todos os temas que nos despertem interesse.
   Com a utilização da internet e de algumas ferramentas digitais, podemos aceder ao Mundo Global, mesmo a partir da mesa da cozinha cá da nossa casa, seja em que canto do mundo nos encontremos.
   O Malcata.net é um espaço que procura contribuir para o desenvolvimento de massa crítica, levar a uma maior e mais transparente participação cívica e é um palco que aceita e permite dar voz aos malcatenhos que não a têm no mundo e no quotidiano do seu dia a dia e muito menos no mundo da internet .
   Por tudo o que já referi e por uma veia que nos une à mesma terra, manter e participar neste blog é para mim uma questão de cidadania participativa e uma das ferramentas mais bem conseguidas para criar relações entre pessoas, entre cidadãos e instituições, aproximar e ajudar, informar e divulgar, dar a conhecer e aceitar o conhecimento alheio e no fim, podemos ser nós mesmos, mas todos malcatenhos. Cumprimentos a todos.

                                         José Nunes Martins

3.9.20

ESCREVO ESTA CARTA PARA VÓS


    Esta minha incapacidade de estar calado pode ter criado alguma animosidade em relação à minha pessoa. E isso eu tenho a certeza e também tenho a certeza de que tenho a liberdade de dizer tudo. Também sei estar calado e guardar segredos. Quando diz respeito à comunidade, ao povo, eu digo sempre tudo e não preciso que me digam para o fazer. Olhem, já que tenho a fama de dizer mal de tudo, fico com a fama e o que desejo é que o povo ganhe alguma coisa com as minhas maluquices. 

   Esta minha forma de pensar e dizer porque penso, seja através da internet ou numa conversa de rua, é porque não sou pessoa de olhar para as consequências ou do resultado daquilo que digo ou escrevo. Não me censuro a mim próprio, portanto não vou censurar os outros. Isto tem um preço alto? Sim, é claro que tem, estou disposto a pagar pela minha liberdade de pensamento.
    
   Eu, como bem sabem, não abdico de defender as minhas ideias, até que me provem que estou errado. Acho que é importante a crítica, o elogio e o reconhecimento do que se faz e do que não se faz. Muito mais do que ficar calado e e dizer amém a tudo, mesmo que não se concorde. E ter pontos de vista diferentes é muito natural e acontece em muitas situações das nossas vidas. Até quando discutimos “bola” e depois de assistirmos a um jogo de futebol, temos pontos de vista diferentes sobre o mesmo jogador, o mesmo treinador e árbitro.
   E se há quem não goste das minhas críticas, ao longo destes anos aprendi e faço questão de o fazer, é assinar os textos que escrevo. A liberdade democrática que Abril de 74 nos trouxe continua a ser uma das maiores conquistas alcançadas e ao meu dispor para defender o que acho estar correcto, apontar o que está errado, sem ter medo das consequências
   
   E como malcatenho, o que o assumo com tudo o que isso significa, não me vou cansar de defender as minhas ideias. Em Malcata temos que procurar ser sensíveis e corajosos para corrigir os erros do passado e pensar (planear) um pouco (ou muito) antes de tomar decisões definitivas, porque é possível fazer melhor. É claro que as coisas são feitas com boa vontade, mas a nossa freguesia é do povo, não é só minha, não é só tua, pertence a todos. Esta aldeia tem história e tem tanta coisa bonita, que bem aproveitada e cuidada pode ser um verdadeiro paraíso.
                                                                           
                                                                                                                                                                José Nunes Martins

2.11.17

CARTA ABERTA À JUNTA DE FREGUESIA DE MALCATA

   Um mês após as eleições autárquicas e depois da tomada de posse da Junta de Freguesia, terminou formalmente, o mandato do anterior executivo.
    É o fim de um ciclo e o início de um mandato novo, com os eleitos nas eleições do passado dia 1 de Outubro.

   Estar próximo dos cidadãos, tanto na vida política, como na vida da comunidade é sem dúvida uma nobre missão.
   O que eu desejo e espero da acção deste Junta de Freguesia é que seja mais social e mais compreensiva e pouco agarrada à política partidária.
   A vida dos cidadãos é muito mais importante e tem muito mais valor do que os circunstanciais confrontos políticos e associativos. Como malcatenho eu aguardo que haja debates de ideias sempre que o assunto implique a vida da comunidade, tendo sempre em conta o sentimento dos fregueses e a vontade pessoal de cada um, de forma clara e transparente, com responsabilidade e a realidade de respeitar as diferenças de opinião e a forma como cada uma das partes olha para a realidade. É que ter uma opinião diferente nem sempre é sinal de espírito mau, mas sim de olhar de forma diferente para o mesmo assunto.
   Sabemos, pelos episódios e tomadas de posição por parte de alguns cidadãos, que nestes últimos tempos a participação cívica activa causou alguma surpresa na aldeia. Todos e cada um dos cidadãos têm o dever de zelar pela governação do bem público, da forma como gere e aplica na freguesia o dinheiro do erário público.
   Seria um passo bem dado pela Junta de Freguesia se nas obras a realizar na aldeia fossem atempadamente do conhecimento da população, evitando-se dessa forma aquele sentimento do cidadão sentir-se ignorado e de pouca importância quanto às decisões tomadas em reuniões de Câmara ou de Junta de Freguesia. Acrescento também a necessidade, por parte da Junta de Freguesia, informar com mais clareza quem paga esta ou aquela obra que se faz na freguesia, por exemplo, colocando um painel com a informação respeitante à obra em questão, quem adjudicou a obra, se é a Câmara que paga ou é a Junta de Freguesia; isto porque, a ausência dessa informação traz mal entendidos e todos devem ficar a saber quem manda executar e quem paga.
É que apesar de a Câmara fazer transferências de competências e de dinheiro há obras que não são pagas com o orçamento da Junta de Freguesia, mas sim com o orçamento da Câmara Municipal. Ou estou errado?
   Há muitos desafios para serem alcançados e, mais importante que o cimento e o tijolo, é a construção de uma comunidade unida, coesa e participativa na vida da aldeia.
   O respeito recíproco e as boas relações institucionais com todas as associações da nossa terra devem ser privilegiadas, promovidas e cultivadas procurando trabalhar para o bem comum e assim promover um ambiente saudável e melhorar a qualidade de vida de todos os que vivem na aldeia de Malcata.
    Uma relação franca e aberta, mais próxima do cidadão é a forma de exercer a democracia e das associações poder facilitar o dia-a-dia da junta.
   Votos de um bom trabalho, aqui deixo o meu desejo e  esperança que juntos somos mais capazes e mais fortes.
   Viva Malcata!
                                                                                                     José Nunes Martins
Nota:
Esta carta foi primeiro enviada para o mail da JFM.
                        

17.8.16

UMA CARTA ESCRITA AOS MALCATENHOS

                                A Serra e Malcata não são apenas um nicho ambiental do lince,
                uma espécie em vias de extensão; são o ponto de chegada de um longo processo
                de acção antrópica em que os malcatenhos desempenharam ( e desempenham )
                um papel importante. José Rei, no livro "Malcata e a Serra - Passado Presente com Futuro"             
      Estimados Malcatenhos,
   Espero sinceramente que esta minha carta vos vá encontrar a todos de boa saúde. Eu estou bem, graças a Deus!
   O Futuro não existe e o Passado já lá vai.
   O Hoje é uma dádiva e é por isso que chamamos Presente.
   Sempre que não nos questionamos e nos mantemos na nossa zona de conforto, estamos a colocar limites à nossa inteligência criativa,à nossa lucidez e à nossa capacidade de genuinamente compreender os novos desafios e as novas oportunidades que nos vão aparecendo. Esta atitude do “politicamente correcto” impede as pessoas de compreender verdadeiramente os problemas e afastá-las das soluções mais adequadas e mais inteligentes.
   Aqueles que assumem a atitude do “politicamente correcto” vão variando e mudando de opinião ao sabor do momento e das conveniências de uns e de outros. Por vezes a hipocrisia pseudo-intelectual leva à proliferação de posturas impositivas de tentativa de pensamento único exercendo pressão psicológica sobre aqueles que desejam pensar objectivamente.
   O grande potencial de Malcata e dos malcatenhos é limitado por ideias e noções ultrapassadas de algumas pessoas.
   A falta de conhecimento, de visão estratégica, de boa informação, coloca as pessoas naquela atitude de nem sequer questionar, por exemplo, as acções ou inacções de quem preside às diversas instituições da nossa terra ou da nossa região. Comenta-se e arranjam-se guerrinhas por causa de uma árvore e não se tem uma ideia inteligente e estratégica sobre a floresta.
    Muitos de nós continuamos a viver agarrados ao passado. Não temos criatividade, nem frescura. Mas há uma oposição permanente daquelas pessoas que, erradamente, assumem a posição do politicamente correcto, assustando o povo e trazem com elas os medos do velho-do-restelo.
   Deixo no ar esta pergunta: é politicamente correcto que o poder local e institucional monopolize os cidadãos?
   Há potencial em Malcata e cada malcatenho possui o seu. O futuro de Malcata está no bom uso desse potencial, na audácia e estratégia, na imaginação e inteligência estratégica de desbravar o nosso território e criar novas oportunidades para todos.
   Malcata precisa de continuar a afirmar-se e a surpreender as outras aldeias vizinhas. Só assim podemos deixar de continuar a encaminhar os malcatenhos para fora da nossa terra. E um dos caminhos é aproveitar as oportunidades que estão a surgir, nomeadamente na Eficiência Energética e na Floresta.
  Em Malcata, de há um ano para cá, a Associação Malcata Com Futuro, através de várias iniciativas que apoiou, organizou e incentivou, promoveu o território da Malcata e de Malcata.
   O “politicamente correcto” e aquela atitude amorfa de “deixa correr, estamos aqui tão sossegados da vida”,  deu lugar a um tocar de ruidosos “despertadores”  acionados pela Associação Malcata Com Futuro, que levou os malcatenhos e muitos outros a tomar conhecimento e informação acerca da sua vida colectiva e individual e das consequências que a todos afectará, se as pessoas e as instituições continuarem a criar barreiras e obstáculos ao trabalho de pessoas que lutam pelo desenvolvimento económico, social, ambiental e cultural do território da Malcata.
Vosso conterrâneo,
José Nunes Martins
  
   

22.12.15

CARTA ABERTA AOS MALCATENHOS



   O que se tem passado estes últimos anos em Malcata é muito mais do que umas birras ou modas associativas. É antes uma mudança de mentalidades e de formas de organizar o futuro da nossa terra. Queremos que as mudanças se façam com tranquilidade, ao nível das ideias, do conhecimento e das atitudes. O movimento associativo que existe em Malcata tem vindo a assumir-se como um dos motores dessa mudança e as associações têm conjugado tradições e modernidade para manter e fortalecer o carácter da nossa terra como uma aldeia dinâmica e uma gente que faz da união a sua força.
   Malcata tem-se destacado e tem vindo a afirmar-se como umas das aldeias mais dinâmicas no que respeita a eventos desportivos e culturais, graças à existência de um movimento associativo com ideias determinadas, mas que às vezes lhes falta estratégias bem definidas, uma direcção precisa, apesar da enorme satisfação e entusiasmo pelo trabalho realizado.
   A Associação Malcata Com Futuro, que iniciou a sua caminhada em Julho deste ano, tem definido com clareza a ideia de uma aldeia com futuro. O desenvolvimento da Malcata de que falo, está definida na missão e nos valores defendidos pela AMCF e que oportunamente apresentou aos malcatenhos, na IªAudição Pública, tendo como suporte uma séria reflexão previamente elaborada, quanto ao papel de Malcata e dos seus habitantes quanto aos caminhos a desbravar no sentido de posicionar Malcata na senda do desenvolvimento.
   Há muito trabalho por fazer e a fazer, pois na nossa terra o empreendedorismo assusta muitas pessoas. Mas Malcata possui um elevado potencial de investimento e de crescimento.
   Um dos objectivos da AMCF é o apoio aos empreendedores que desejam criar e investir e que escolham Malcata para o fazer. O aparecimento de negócios em Malcata contribuirá para o desenvolvimento económico da nossa aldeia, cria valor e emprego e a AMCF quer ajudar essas empresas a crescer e a ter êxito.
   A AMCF quer e trabalha para o desenvolvimento da nossa terra e convoca todos os parceiros locais, públicos e privados, a partilhar a mesma visão, a trabalhar e a funcionar todos juntos como facilitadores e influenciadores, utilizando todos os meios disponíveis e em rede, sempre numa base de confiança e com a convicção de que todos podemos sair vencedores.
   A AMCF sempre desejou funcionar como um agente agregador de vontades, continua a trabalhar na facilitação da criação de estruturas de apoio e está a trabalhar em projectos que irão contribuir para o desenvolvimento da nossa terra.
   A AMCF pretende e luta pela construção de uma aldeia VIVA, onde todas as instituições vivam ligados aos cidadãos.
   Queremos posicionar Malcata no topo das aldeias portuguesas focada numa visão de desenvolvimento sustentado e assente numa economia cívica e com responsabilidade social.
   Boas Festas.
                                              José Nunes Martins
                                                          1ºSecretário da AMCF

8.11.07

CARTA ABERTA AO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO SABUGAL, DR.MANUEL RITO ALVES

QUANDO TERMINAM AS OBRAS DA ESTRADA DE MALCATA?
Senhor Presidente,
A população da aldeia de Malcata não entende a nova paragem das obras na estrada. Ela é a única estrada que os liga ao resto do concelho. Não há outra, não há alternativa.Quando as primeiras máquinas e trabalhadores iniciaram os trabalhos na estrada, todos suspiraram de alívio, pois, tinha chegado a altura de renovar a velhinha estrada. Coitada, estava mesmo a necessitar de obras e uns remendos já não remediavam,tal o péssimo estado em que a via se encontrava.As máquinas começaram a trabalhar e deu para perceber que iamos ficar com uma estrada diferente, mais larga, menos curvas e com melhor sinalização e mais segurança.Entretanto, veio o mês de Agosto e durante uns dias os trabalhadores desapareceram do local da obra, ficando algumas máquinas e uns paus a servir de lembrança e sinalização de obras...sem o mínimo de segurança, diga-se. Nessa altura, tive a oportunidade de expressar o meu desagrado pela falta de segurança na estrada.Passaram os festejos da aldeia, as capeias e a festa da Europa e as obras iam avançando, mais devagar que o caracol, mas vi lá os operários . Pensando bem, era Verão, fazia muito calor e claro, não havia assim tanta pressa em terminar a obra...a coisa ia-se fazendo e quem ali tivesse que transitar, mais não tinha que aguentar o tempo que fosse necessário.Era tempo de festas e as pessoas não ligavam à estrada.
O prazo da obra parece que anda pelos 5 a 8 meses...não tenho bem a certeza. O que sei, é que as obras estão outra vez paradas. Desde os finais de Agosto que " não anda lá ninguém " informação de fonte segura,e disse-me que "aquilo está tudo parado e não sabemos quando vão terminar", "será por falta de dinheiro?", "nós queriamos era a estrada pronta e estamos a ver que,assim,nunca mais" .
Senhor Presidente da Câmara Municipal do Sabugal, para quando o fim das obras? Porque voltaram a parar? Será que o Pelouro das Obras Públicas da Câmara já lhe comunicou o ponto da situação dessas obras? A população da aldeia de Malcata merece ser informada do que se está a passar. Felizmente (infelizmente para outros) a chuva não tem caído. Quando vier a chuva é garantido que a estrada de malcata vai transformar-se num rio de água e lamas, transformar-se-á numa estrada perigosíssima para os condutores.E, senhor Presidente, sabe muito bem, que Malcata não tem outra saída. Olhe por aquela gente e lembre-se que as pessoas de Malcata nunca foram de organizar protestos, mas quem sabe, os tempos mudam, as mentalidades vão também mudando e o que o povo precisa mesmo é que as obras recomecem e que a estrada devolva a liberdade e segurança aos que a utilizam, particularmente aos malcatenhos .
Viva o Sabugal! Viva Malcata!