31.5.13

AS RAÍZES DA VIDA


Rui Chamusco e as raízes da sua vida

 
 Pequenos gestos que engrandecem a humanidade


 
Foi no dia 27 de Maio no IPO de Lisboa. Em consulta de vigilância e à espera da minha vez, com a sala repleta de pacientes, ouvem-se vozes delicadas que falam com cada um dizendo: “Olá, Bom dia! Aceita uma sandes e uma bebida?” A quem nada desejava faziam questão que aceitassem ao menos um rebuçado. Creio fazerem parte do serviço de voluntariado. Pois é! Um pequeno gesto que faz toda a diferença. Num ambiente em que cada um tem os seus problemas, em que a ansiedade e a expectativa são constantes, fazem ideia o que isto representa? A simpatia e a amabilidade das pessoas que integram os serviços são uma força que muito ajuda os utentes a aliviar o stress característico destes ambientes e a enfrentar as notícias e os problemas que a cada um são prestados. Todos ficamos com uma disposição diferente. Bem hajam!
De seguida, outro episódio a remarcar. De um dos gabinetes de consulta, sai uma senhora que se agarra ao filho a chorar. Logo uma voz amiga de um senhor sentado ao lado, peremptoriamente tentou animá-la, dizendo:
 “minha senhora não chore que o seu problema se irá resolver. Sabe quantas vezes eu já fui operado? Quatro. E cá ando como você pode ver. Com a sua idade e com essa força toda não se pode deixar ir abaixo…” Palavras consoladoras que aparentemente provocaram algum alívio.
Como diz o cantor Sérgio Godinho “a vida é feita de pequenos nadas”. Pequenos gestos que engrandecem a humanidade e sobretudo quem os pratica. Ao reflectir sobre estes episódios continuo a acreditar que vale a pena viver, mesmo enfrentando problemas; que a vida é bela mesmo que as dificuldades nos apoquentem; que a vida é um dom de Deus que devemos cultivar e agradecer. Em condições de privação, mesmo da saúde, qualquer sinal de vida nos faz bem. É observar a natureza, é contemplar o nosso mundo em constante movimento, é olhar para as pessoas sobretudo as mais necessitadas e logo uma vontade enorme de viver e lutar por um mundo melhor nasce dentro de nós. Será que com os nossos pequenos gestos o mundo não poderá ser melhor?!
Estamos em plena primavera. E as manifestações de vida, particularmente na natureza, são abundantes. Ao estilo de Francisco de Assis apetece-me tocar e cantar o “Cântico das Criaturas” ou “Cântico do Irmão Sol” por tudo o que existe no mundo (sol, água, vento, terra, fogo, árvores, flores, pessoas, etc… e até pela morte natural).
Louvado sejas, ó meu Senhor, Maravilhosas são as tuas obras.
A Ti a glória e o louvor!
Louvado sejas, meu Senhor, nós te cantamos com todo o amor.
 OBS.: Agradeço e informo todos os meus amigos que têm manifestado o seu apoio sobre o meu estado de saúde que, depois dos últimos exames e consultas realizados, tudo está em ordem e a decorrer da melhor forma.
 Rui Chamusco

Nota:
Este texto escrito pelo Rui, está publicado no Jornal Cinco Quinas. Como o texto é público e sendo o autor natural da nossa aldeia e pessoa muito querida por todos os malcatanhos, pensei que o devia publicar para mais pessoas o lessem.
Desejo a continuação da plena recuperação ao Rui.

23.5.13

MALCATA, A SERRA E A CARQUEJA



   E como tem sido costume, o nosso querido Rui Chamusco escreveu para o Jornal Cinco Quinas umas palavras sobre a Festa da Carqueja. Para quem não tem acesso a este texto aqui vai:







"Mais uma vez um sucesso. É assim há 25 anos e está para durar. As pessoas de Malcata, da região e do país já não podem passar sem ela. Com efeito, é sempre uma grande honra e alegria podermos organizar e realizar este evento.


 A ACDM (Associação Cultural e Desportiva de Malcata )tudo fará para lhe dar continuidade. O espírito e o objectivo que presidiu à sua criação são cada vez mais pertinentes e atuais. Malcata e as povoações vizinhas que confinam a Serra sempre tiveram uma relação de amizade e de agradecimento para com ela. Outrora fonte de sustento (de lá vinha o carvão, lá se semeava e ceifava o pão, por lá se palmilhavam as veredas e os caminhos para se ir ao contrabando, lá viviam famílias com o seu pastoreio e os seus campos de cultivo). Com o aparecimento da emigração para França a serra foi progressivamente abandonada até que, pela década de setenta, pelo que a empresa Portucel surgiu com um projecto de plantação que ocupou uma boa parte dos seus terrenos. De seguida foi a criação da Reserva Natural da Serra da Malcata começou a ganhar corpo levando-a à sua criação em 1981, com um objectivo e uma campanha de âmbito nacional: “Salvemos o Lince e a serra da Malcata”. Adquiriu terrenos onde pode levar a efeito alguns projectos específicos, sobretudo de vigilância e de preservação da natureza. Estendeu depois a sua influência com a criação das áreas protegidas que, para bem da verdade mais não passa de limitações e obrigações aos proprietários de terrenos. O lince desapareceu por falta de habitat e as estruturas da reserva continuam bem ou mal.


Mas a Festa da Carqueja quis sempre que esta relação de amizade entre a serra e a terra continuasse e se fortificasse. Por isso o dia principal, que tem sido o segundo ou o terceiro domingo do mês de Maio, datas em que a carqueja e o resto da flora está em flor, é uma jornada vivida no meio da serra, no aprazível Espigal, onde a partilha da fé (eucaristia), do pão (almoço) e da amizade (convívio) tem sido uma constante. Esta serra é um dom de Deus. É uma pérola preciosa que não podemos desperdiçar e que devemos usufruir com respeito e amizade. Queremos viver em empatia com ela e não com antipatia. Saibam os poderes locais ou centrais que não abdicaremos desta relação, custe o que custar. A serra é nossa e nós somos da serra. Queremos respeitar a legislação feita pelos sábios e doutores mas também exigimos que nos respeitem a nós. Sempre prontos para colaborar, assim como foi no princípio, agora e sempre.
VIVA A SERRA DA MALCATA!… VIVA A FESTA DA CARQUEJA!…
OBS.: Obrigado a todos os que vieram à nossa Festa. E já agora, porque não pensar numa Festa da Carqueja mais envolvente, em que participassem activamente as povoações que, de todos os quadrantes, confinam com ela? Esta ou outras iniciativas talvez possam ser uma forma de melhor defendermos e preservarmos a Serra da Malcata. Aqui fica o repto…"
Rui Chamuscopublicado no Jornal Cinco Quinas





22.5.13

FESTA DA CARQUEJA 2013








AMOSTRA DE SABORES DE MALCATA

   Pelo segundo ano da Festa da Carqueja fez parte a amostra de sabores de Malcata. A abertura aconteceu às 16 horas de sábado, 18 de Maio, na Praça do Rossio e na Torrinha, mesmo ali no centro da aldeia. Ao convite feito pela Associação Cultural e Desportiva de Malcata responderam uma dezena de malcatanhos que exposeram os seus produtos nas tendas que a ASTA colocou à disposição da ACDM. 








EXPOSITORES















































































































































































15.5.13

MALCATA E A FESTA DA CARQUEJA




PROGRAMA DA FESTA DA CARQUEJA 2013


Dia 18 de Maio:

15h00 - Arruada: Gigantes e cabeçudos de Aldeia do Bispo
16h00 - Abertura da Amostra de Sabores de Malcata, no Largo do Rossio e Torrinha
(as pessoas de Malcata interessadas em participar devem fazer a sua inscrição junto de qualquer membro da direção)
21h00 - Sarau Musical
- Academia de Música do Sabugal
- Banda da Bendada
- Duo Malcatanho

Dia 19 de Maio:

09h00 - Ronda Musical
10h00 - Caminhada para a Serra/Peddy Paper: à descoberta de plantas e flores, até ao Espigal
12h00 - Missa Campal
13h00 - Almoço convívio (oferta da ACDM)
14h00 - Jogos tradicionais de entretenimento/Passeio livre pela Serra
17h00 - Regresso da Serra
18h30 - Encerramento da Exposição e Amostra de Sabores
Arruada Final

10.5.13

MALCATA SOLIDÁRIA

Homenagem ao Presidente da ASSM
(
Foto do jornal Cinco Quinas )
    Foi em ambiente de festa que o povo de Malcata celebrou os 18 anos de vida do lar da ASSM (Associação de Solidariedade Social de Malcata ) e que este ano teve como ponto alto a homenagem ao seu presidente, senhor Carlos Clemente, cargo que ocupa desde 1995. "Pavilhão Carlos Clemente" é o nome com que agora passa a ser conhecida a obra que foi construída em 1998 e que todos chamavam pavilhão multiusos.
Carlos Clemente agradece a homenagem
                                                              ( Foto do Jornal Cinco Quinas )
 
   


A homenagem a Carlos Clemente foi acompanhada pelo senhor Jacinto Dias, actual Director do Centro Distrital da Segurança Social da Guarda, pelo senhor António Robalo, actual presidente da Câmara Municipal do Sabugal e pelo senhor Carlos Gonçalves, actual presidente da mesa da Assembleia Geral da associação.
   E antes de todos cantarem os parabéns, houve comes e bebes, música e cantares pelo Grupo de Cantares da Meimoa. A cereja em cima do bolo foi colocada pelo comovido presidente da instituição ao anunciar que brevemente se irão iniciar as obras da Unidade Residencial  Para Idosos, com capacidade para receber e apoiar 31 utentes. A unidade social ocupará os terrenos ao lado do Pavilhão Carlos Clemente.
   E pensar que tudo começou com um sonho, com a bondade doTi Cidades ( Manuel Augusto Cidades ), que doou à ASSM os terrenos onde em 1992 se iniciou a construção do lar. A sua inauguração decorreu no ano de 1994, em 1995 eram já 25 os utentes do lar, aumentando para 37 utentes em 1997, após obras de adaptação. Seguiu-se em 1998 a construção do pavilhão multiusos, um espaço que tem servido toda a população de Malcata sempre que dele necessita.
   A ASSM está VIVA e o céu é o limite dos seus sonhos. 



Funcionários do Lar


 
   Uma palavra de apreço para todas as pessoas que fizeram parte da direcção da instituição. Também uma palavra de agradecimento e de ânimo para todos os funcionários da instituição que diariamente dão o seu melhor para o bem estar dos nossos queridos idosos.