11.10.16

OS PORTUGUESES FESTEJARAM 100 ANOS




 







   OS PORTUGUESES FESTEJARAM OS SEUS 100 ANOS
                    COM UMA GRANDE FESTA

 
  
Mais de 500 comensais, na sua maioria descendentes dos primeiros portugueses que chegaram a terras argentinas  no princípio do século passado, reuniram-se no sábado à noite para encerramento das celebrações dos 100 anos da Associação Portuguesa de Salliqueló.

   Na noite de sábado o pavilhão gimnodesportivo do Club Roberts brilhava maravilhosamente enfeitado com as cores da bandeira portuguesa e argentina. O motivo era a celebração dos 100 anos de vida da Sociedade Portuguesa de Salliqueló. Ali marcaram presença mais de 500 comensais sendo a sua maioria descendentes dos primeiros portugueses que chegaram a estas terras nos inícios do século passado.
   Estiveram também presentes nesta importante celebração representantes enviados pelo Governo português, membros de outras associações vindas de toda a Argentina, familiares dos sócios fundadores que não residem nesta localidade, autoridades locais e público.

   Numa emotiva celebração, que abriu com umas sentidas palavras por parte de um dos descendentes do primeiros emigrantes, foram desfilando pelo palco diversas  apresentações artísticas que incluíram danças argentinas com a apresentação dos artistas locais Eugénia Sueldo e Martin Palomino de “Esencia de mi Tierra”, com a participação do grupo local “Saudades Lucitanas” e o prato forte foi a apresentação do “Rancho Folklórico Mocedade Portuguesa del Club Portugués del Grand Buenos Aires”, que interpretou várias cantigas portuguesas ao ritmo da orquestra típica que arrancou algumas lágrimas nos presentes talvez recordando a terra que deixaram para trás.
  
  Depois chegou o momento do reconhecimento aos familiares dos que integraram a primeira comissão da associação. A quem lhes foi entregue uma placa comemorativa para dar em seguida lugar às alocuções às entidades presentes. O primeiro orador foi o presidente da Associação Portuguesa de Salliqueló, Leonel Fernandes Chamusco, que proferiu palavras sentidas e explicou o que representava ser um emigrante e estar a comemorar o centenário desta associação.
Seguiram-se as palavras e a mensagem do presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas na Argentina D.José Joaquim de Sampaio. Seguiu-se Jorge Hernández, intendente, que agradeceu a visita de todos aqueles que tinham chegado à cidade para a celebração deste centenário e encorajou os membros desta associação a seguir a trabalhar como o têm feito até agora. O fecho das alocuções esteve a cargo da conselheira Maria Violanteou  Martins, que em representação do Governo português, deixou uma mensagem e destacou a importância que uma associação de uma terra tão pequena tenha podido manter-se ao longo destes 100 anos.
   Para o final da festa ficou o partir do bolo e o brinde com todos os presentes ao som do Parabéns. Como encerramento, realizou-se a eleição da rainha deste centenário, escolha que recaiu na jovem Josefina Corceiro, como vice-rainha foi eleita Florencia Joaquin, primeira princesa foi Milagros Landriel e como segunda princesa Yanet Nuñez.

Notícia traduzida daqui:
http://www.veradia.com/nota.php?id=8925om



FOTOGRAFIAS DA FESTA DOS 100 ANOS



















 
                                               PIONEIROS




   

   Parabéns.

3.10.16

AS CONTRAPARTIDAS NO MEU PONTO DE VISTA

                                                                 Rua da Capela em obras
                                                            (Foto da J.Freguesia Malcata)



   A construção da Barragem  e do Parque Eólico mudou para sempre a vida dos malcatenhos.
   Hoje Malcata tem bons arruamentos no povoado. Aos poucos os caminhos de terra batida foram substituídos por calçadas em pedra. Quem se recorda da Rua do Carvalhão, da Rua da Fonte Velha, da Rua da Escola Primária, da Rua da Tapadinha, Rua do Cabeço ou o Bêco da Tapada, Bêco da Courela, etc, etc.  Agora são ruas sem terra, lama ou pó, mas são pedras pouco polidas porque em Malcata são cada vez menos pessoas e animais a caminhar pelas calçadas. A Junta de Freguesia acabou de calcetar a Rua da Capela. Uma obra “negociada entre a Tecneira e a Junta de Freguesia por contrapartida da ampliação do parque eólico” como muito bem está anunciado no local da empreitada.
   Olhando para as ruas e em particular para a Rua da Capela acabadinha de arranjar, interrogo-me se  Malcata precisava realmente desta beneficiação! O que falta mesmo em Malcata? Mais calçadas novas ou empregos para quem vive na terra? É claro que todos apreciamos e gostamos de viver numa aldeia com bons arruamentos e uma boa estrada. E isso Malcata já possui, graças ao bom trabalho já desenvolvido. Mas, EMPREGO ajudaria muito mais as pessoas a manterem-se na nossa aldeia. Como já referi, a obra da Rua da Capela vem facilitar a ida até à Capela de São Domingos, ou até ao moinho de água. Mas, dou comigo a pensar que talvez este dinheiro das contrapartidas da ampliação do parque eólico poderia ser melhor aplicado na criação de empregos. Por exemplo, apostando na pastorícia, na carne de cabrito, na apicultura. Outro exemplo, poderia ser na ajuda à instalação de um bom Restaurante aquele malcatenho que quisesse voltar à terra, que após muitos anos lá por fora, onde fez dinheiro e deseja voltar mas a quem lhe falta apoio e incentivo para investir na sua terra…temos a Floresta que também é uma área com grande potencial de criação de emprego. Isto sim seria uma boa aposta e um bom investimento do dinheiro das contrapartidas recebidas, uma aposta no desenvolvimento de Malcata e que traria mais bem estar e mais futuro a toda a comunidade. Sem pessoas as ruas não servem para nada. Se em Malcata não se potenciar a fixação de pessoas através da criação de empregos as ruas serão calçadas sem sentido.