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21.5.23

QUEM CABRIL CONSTRÓI E CABRAS NÃO TEM...

    

O cabril está feito, agora faltam as cabras e pastores

   A ideia de criar um rebanho de cabras/ovelhas para limpar a floresta já tem alguns anos e na nossa aldeia há muito tempo que este assunto é falado.
   A primeira vez que ouvi ou li sobre as cabras bombeiras foi quando foi anunciado, aos quatro ventos, o programa “SELF PREVENTION” que pretendia que o Distrito da Guarda recebesse rebanhos de cabras “bombeiras” ou também baptizadas de “cabras sapadores”! Esses rebanhos seriam levados para o monte ou os baldios para ali se desenvolver um trabalho de limpeza de matos e contribuir dessa forma para a diminuição do número de fogos florestais.
   E a ideia estava pensada, estudada e planeada pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Duero-Douro, (AECT-Duero-Douro).
   Qual era o plano?
   Os parceiros, ou sócios da AECT-Duero-Douro), ou seja, as pessoas da região abrangida pelo programa, as Câmaras Municipais, as Juntas de Freguesia, cada uma destas entidades contribuiriam para a criação dos rebanhos ou para disponibilizarem os terrenos para alimentar o rebanho.
   Para gerir o rebanho, era preciso criar uma empresa, com uma rede de várias lojas e queijarias.
    Quando este projecto surgiu era novidade no nosso país e criou bastante entusiasmo nas regiões onde se previa ser aplicado.
   O concelho do Sabugal entrou a todo o gás na AECT-Duero-Douro e várias foram as freguesias que entraram para associadas. A Freguesia de Malcata, através da Junta de Freguesia, foi uma das que aceitou entrar na sociedade. Ainda beneficiou de umas pequenas obras e ainda incluiu uma das valências ligadas ao turismo e cultura, onde foi representada pelo senhor Vítor Fernandes, presidente da junta de freguesia nessa época. Ver aqui:
                             https://aldeiademalcata.blogspot.com/search?q=aect

                             http://fronteiranatural.eu/lerNot.php?cod=63&lang=es e
                             https://aldeiademalcata.blogspot.com/2009/12/retrospectiva-do-ano-2009.html
                             https://aldeiademalcata.blogspot.com/2010/08/self-prevention-abrange-malcata.html

                            https://aldeiademalcata.blogspot.com/2012/01/malcata-espaco-natural-fronteirico.html

 

  Hoje a Freguesia de Malcata já não integra os sócios da AECT-Duero-Douro.   Abandonou a associação e não sei se alguma explicação foi transmitida ao povo e se foi assunto deliberado na Assembleia de Freguesia. O que parecia ser uma aposta segura para captar negócios e visitantes, acabou não se sabendo das razões dessa saída.
   Agora que o edifício da exploração caprina e respectivo gado caprino foi aprovado e há ajudas financeiras da União Europeia, caberá à Junta de Freguesia de Malcata liderar a criação e o desenvolvimento sustentável do rebanho.
   Como o vai concretizar e administrar ninguém o sabe, tudo está no segredo do executivo da freguesia. Sendo um projecto de grande importância para toda a freguesia, sugiro que os responsáveis pelo “rebanho” promovam uma audição pública, aberta a todos os fregueses para esclarecimentos, discutir formas de acção e criar maior interesse e participação da comunidade que com certeza também quererá ver o rebanho
a contribuir para o desenvolvimento económico e social da freguesia.

                                                      José Nunes Martins


 

16.6.10

MALCATA: CÃES NO DESEMPREGO

Cão pastor no desemprego

   O animal adormeceu ao sol, apesar de ter sombra por perto. Preferiu as pedras em vez da erva. Nada o incomoda e a soneca está-lhe a saber pela vida. "Agora, disse-me a Ti Ana, o pobre só dorme. Antes, não largava as cabras, mas tive-as de vender. Sabes, João, já estou cansada e a saúde anda fraca.As pastagens são muito longe e o gado tem que comer todos os dias. Eu já não posso andar nesta vida, bem pena tenho mas que vamos fazer?!"
   Depois desta breve conversa fiquei a olhar para o cão e a pensar nos milhares de pessoas que agora têm mais tempo para dormir, para ver a selecção no mundial, porque alguém lhes retirou o trabalho. Para mim, o cão continua a ser o animal com mais sorte, pois, não precisa de trabalhar para viver, comer e dormir. O ser humano, necessita de trabalhar para poder viver e satisfazer as suas necessidades básicas. A boa vida está para os cães, mesmo aqueles que nasceram com o "faro" para guardar cabras e ovelhas.

8.9.08

AINDA HÁ PASTORES EM MALCATA




Foi nas férias de Verão que vi este rebanho de cabras. Dois pastores e um cão vigiavam o pequeno rebanho que deliciando-se com as folhas das árvores que rodeiam o moinho em Malcata. Onde já vão os grandes rebanhos de cabras que havia na aldeia? Agora que Malcata possui uma queijaria os rebanhos são poucos e pequenos. Era de pensar no bom que seria para a freguesia se a queijaria laborasse com leite produzido pelas cabras dos rebanhos de Malcata. Agora que a marca está criada ( Queijos da Serra da Malcata ) dá dó ver um empreendimento a funcionar a meio gáz e às vezes não abre por falta do leite, quando o não tem que ir comprar às aldeias vizinhas. Há que incentivar as pessoas a dedicarem-se ao pastoreio de cabras. Os rebanhos sempre tiveram como rendimentos a venda do leite, dos queijos e dos cabritos. Os queijos de cabra todos os apreciadores reconhecem a excelente qualidade dos queijos fabricados em Malcata. O mesmo se passa com os cabritos que Malcata sempre se orgulhou de criar. Muitos ainda se recordam do Ti Ruvino e dos muitos forasteiros que iam à taberna dele e da Ti Benvinda, principalmente aos sábados, à procura do cabrito. A razão era a qualidade da carne e sabiam que dali iam levar um produto genuino e de grande qualidade. O negócio da carne de cabrito, o negócio do queijo de cabra, o negócio das peles podem ser o futuro risonho para aqueles que desejam investir e ganhar dinheiro. A qualidade destes produtos está mais que provada. Há que explorar estas riquezas que a aldeia de Malcata sempre teve e ainda tem. Parece-me que o que falta é ajuda, é parar e visualizar o que podemos alcançar se nos metermos ao caminho. Sonhar ainda é gratuito e os grandes empreendedores, antes de o serem, primeiro sonharam e visualizaram o seu projecto e quando deram conta estavam no topo irradiando felicidade e desfrutando do trabalho que realizaram.
Ainda há esperança de um dia as coisas acontecerem.