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8.12.10

ANPC DESRESPEITA OS BOMBEIROS DO SABUGAL

 Assinatura do Protocolo na sede da ANPC
   A fotografia é verdadeira e retrata a assinatura dos Protocolos de Cedência da VSAT ( Viatura de desencarceramento) à Associação Humanitária dos Bombeiros de Sabugal.  Outras duas corporações de bombeiros também estavam presentes para assinarem os seus "protocolos". Nada correu bem e aquela cerimónia vai ficar na memória dos dirigentes dos Bombeiros Voluntários do Sabugal. Imagino a alegria e a satisfação com que viajaram até à sede da ANPC, em Carnaxide, Lisboa, pois, finalmente iriam receber a viatura que há muito tinha sido prometida e que tanta falta faz para aumentar a capacidade de melhor ajudar quem dela necessita. Tudo estava bonito, bem encenado, com todos os convidados presentes, tendo mesmo a presença do senhor ministro Rui Pereira para sorrir e abraçar os nossos bombeiros. Até chegaram a entregar as chaves da viatura. Tudo nela era novo, desde os pneus até às antenas. Quando quiseram experimentar o "brinquedo" o material recusou-se a trabalhar! Os "rapazes" nem puderam experimentar e teve que ser recambiada para a oficina que, através de concurso directo( ver aqui:
 lá conseguiu ganhar uns bons milhares de euros.


VSAT-Bombeiros Voluntários de Sabugal

   E o que sucedeu com a viatura VFCI ( Veículo Florestal de combate a incêndios) que os bombeiros Voluntários de Milfontes tanto desejavam levar para o seu quartel? Será que também os bombeiros de Alcácer do Sal ficaram de queixo caído?
   É de louvar a postura dos representantes dos Bombeiros do Sabugal. Pelo que consegui investigar, foram os únicos a denunciar esta situação. As outras duas corporações nada disseram nos seus "sítios" informáticos.
Mas no Sabugal há quem não se conformasse e escreveu :

«Após todas as peripécias já conhecidas, de falta de informação, concursos feitos e anulados, na sexta feira 3 de Dezembro, o Presidente da Direcção, acompanhado mpelo Presidente da Assembleia Geral, sob o olhar do Presidente da ANPC e do Secretário de Estado da Protecção Civil, assinaram o protocolo de cedência de uma viatura de socorro e apoio táctico (VSAT) que poderá tornar mais eficaz o socorro no que a acidentes (rodoviários sobretudo) diz respeito.
E digo poderá, porque, não é que o material montado na viatura, mesmo sendo novo, se recusa a trabalhar?
Parte do material  não aguentou sequer as demonstrações para instrução da "rapaziada", pelo que vai já ter que ser recambiado para a oficina que o montou. Material e viatura, para que venha montada "como Deus manda".
Após tanto tempo de espera, até dei de barato que a organização falhasse e tivesse um protocolo preparado para ser assinado por directores específicos e se tivessem esquecido de no-lo comunicar para que esses directores se deslocassem lá ou fossem atempadamente substituídos, em caso de impossibilidade. Até dei também de barato que estivesse lá todo o staff desde ministro a secretário de estado, governadores civis (dos distritos contemplados), e a ANPC quase em peso, e mesmo assim acontecesse aa peripécia de Vila Nova de Milfontes 
No grupo das quatro viaturas que deviam ser entregues nesse dia, encontrava-se um VFCI (Veículo florestal de combate a incêndios) que deveria ser entregue aos bombeiors de Vila Nova de Milfontes, que para o efeito se deslocaram a Carnaxide. Quis o destino, ou a imcompetência, que apenas ali fossem informados que não poderiam levar a viatura (nem assinar o protocolo) por esta ter defeitos de montagem na transformação, mas também de motor.
Fiquei, mesmo dando barato, e acho que ficaria qualquer um, revoltado com o desrespeito pelos homens que fizeram a viagem em vão; ou será que só se descobriu na hora de entregar?
Se se sabia e não se informou, confirma o desrespeito que a ANPC há muito tempo vem demonstrando pelos Bombeiros, e sobretudo pelas Associações e seus dirigentes.
Se não se sabia antes, demonstra que a fiscalização  da produção das viaturas falhou, por falta de sentido profissional, ou incompetência.
Se toda a gente tira uma tarde de folga, para festejar, porque ao fim de três anos se entregam (mal) as primeiras 3 das 95 prometidas (e se aprazam as restantes para um espaço de cerca de 60 semanas - mais de m ano), não admira que o tempo escasseie para a preparação e fiscalização. Os bombeiros que ali se deslocaram, na sua maioria, tiraram o dia, mas das suas férias ou do seu salário, por isso a festa, sabe um pouco a azedo».

Já não há paciência para tanta incompetência!

6.6.10

NOVOS BOMBEIROS NA CORPORAÇÃO DO SABUGAL

Na semana passada andei por terras da raia e na manhã de 30 de Maio e ao querer passar pela rua do quartel dos Bombeiros Voluntários do Sabugal  não o pude fazer porque estava cheia de bombeiros. A curiosidade levou-me a estacionar o automóvel e aproximar-me do quartel a fim de ver o que estava ali a acontecer.
- Bom dia! Porque estão aqui tantos bombeiros, minha senhora?
-É a entrada dos novos bombeiros na corporação. Acabaram o estágio e agora estão na cerimónia do juramento e cada um recebeu as suas divisas e o seu capacete. Olhe, no fim eles vão apanhar um banho...coitados!

Nesta importante e singela cerimónia esteve presente o Presidente da Associação, que por motivos óbvios, na altura do banho, subiu para a varanda e lá do alto viu os mais molhados, os assim assim e algumas bombeiras que conseguiram aguentar firmes e sairam de cabelos sequinhos...apesar de tanta água, apagou-se o incêndio e nada lhes aconteceu.
Os Bombeiros Voluntários do Sabugal, em particular os novos(as), perdoem estas minhas fotos, mas pela 1ª vez assisti a parte desta cerimónia. Daqui a uns dias coloco o vídeo...se concordarem.
Sejam todos bem vindos ao Sabugal.

15.3.10

O PADRE QUE TAMBÉM É BOMBEIRO

  O hábito não faz o padre

Os tempos de infância são propícios para os sonhos. Ser bombeiro fez parte do imaginário de César Cruz. Para além de concretizar esse sonho, César Cruz é também pároco em

várias paróquias da Diocese da Guarda.

Apesar de ter o uniforme, o padre César Cruz não se considera bombeiro a tempo inteiro. “O meu cargo é mais moralizar e incentivar a malta” – confidenciou à Agência ECCLESIA. Tudo começou na paróquia de Meimão… “Decidimos criar uma corporação de bombeiros, ligados à secção de Penamacor”. Como tinha um grupo de jovens a preparar-se para o sacramento do Crisma, “fizeram-me o pedido para os incentivar a inscreverem-se nos bombeiros”.


Os cerca de 30 jovens ouviram o pedido e, juntamente com o Pe. César, entraram para a corporação. “Não cruzei os braços”, mas reconhece que “tenho faltado muito à escala de trabalho” – lamenta. Estas ausências são compreensíveis visto que tem várias paróquias - Casteleiro, Malcata, Meimão, Sto Estêvão e Póvoa – e é professor de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC). Na festa de inauguração benzeu os carros e o quartel na presença do Secretário de Estado que achou “piada um padre fazer parte da corporação”. Quando toca a sirene dos bombeiros “nem sempre estou disponível” – confidencia.


No Verão passado, a zona do Sabugal foi bastante fustigada com incêndios. Mesmo desfardado, “estive com os meus colegas bombeiros”. Apesar de ser um dia de reuniões na escola e de missas, no final de uma delas foi ajudar um grupo de jovens de Santo Estêvão na eliminação do fogo. “Meti mãos à obra com uma pá”.


Quando as labaredas proporcionam cenários dantescos, os bombeiros e as pessoas que observam os seus bens a desaparecer “consideram-se muito pequenas junto daquelas chamas” – esclarece. Aparecem também as questões: “como acabar com o fogo?; como é possível isto acontecer?...”. Há uma sensação de revolta quando “sentimos que foi fogo posto” – afirma o padre da diocese da Guarda.


Todos os anos desaparecem muitos hectares de floresta. Perante esta verdade irrefutável, o Pe. César Cruz alerta: “é necessário olhar para a floresta como um bem imprescindível”. Vive na zona da Reserva Natural da Malcata que outrora era verdejante, mas, actualmente, o concelho do Sabugal tem pouca floresta. “Os incêndios das últimas décadas destruíram quase tudo”. E aconselha: “é importante reflorestar…”


Para se chegar a bombeiro é necessário tirar um curso e depois as especialidades. “Devido a minha ocupação é impossível tirar essas especializações porque são quase sempre ao fim-de-semana”. “Não é bombeiro quem quer, mas quem quer pode chegar a bombeiro” – sublinhou o Pe. César Cruz. Ao falar do seu escalão naquela corporação, o padre bombeiro afirma que é “aspirante com orgulho e prazer”.


Nunca andou vestido com a farda de bombeiro na luta contra o fogo porque “quase sempre ando ocupado noutros serviços”. No entanto já fez “serviços de ambulância, nomeadamente no transporte de doentes”. E relata: “As pessoas quase ganharam uma nova alma quando souberam que eu era padre”.


O quartel de bombeiros de Meimão tem cerca de 40 voluntários (homens e mulheres) e o padre bombeiro considera que “existe um ambiente saudável”. Com o aumentar da confiança entre as pessoas “podemos evangelizar no quartel”. E adianta: “não se consegue evangelizar só e apenas na igreja”.


Sabe manusear os utensílios dos bombeiros. “O que me faz falta é a formação porque não tenho disponibilidade”. Mesmo com a escassez de tempo “fiz piquetes e dormir no quartel” – realça. Os paroquianos “aceitaram bastante bem” este serviço à comunidade. Ao som das sirenes, tanto das ambulâncias como dos carros de bombeiros, as pessoas devem “questionar-se sobre o que podemos fazer para ajudar”.


Ser bombeiro “é um estado de espírito”, mesmo que D. Manuel Felício, bispo da Guarda, o transferisse para outra paróquia “teria todo o gosto em inscrever-me na corporação dessa terra”. No entanto reconhece que “teria de ver primeiro a minha disponibilidade”.


Nascido em 1974, o Pe. César Paulo foi para o seminário com 11 anos de idade. Esteve no Seminário do Fundão até ao 9º ano, no Seminário da Guarda até aos estudos teológicos e, posteriormente, na Universidade Católica do Porto. Ao relatar a sua experiência sacerdotal, o Pe. César Cruz frisou que, actualmente, “não é fácil ser pastor em lado nenhum”.


Nesta região serrana onde a palavra rebanho é comum, o padre bombeiro utiliza a metáfora para explicar a relação entre o pastor e o rebanho. O concelho raiano tem “uma vivência muito própria da religião”. “Há ovelhas que me acompanham e outras nem tanto”. Perceber os modos de caminhar das pessoas “é de extrema importância” – disse.


Como professor de EMRC, o Pe. César Cruz sente que há “uma luta constante para que o ensino religioso esteja nas escolas”. E completa: “é muito complicado implementarmos a nossa disciplina nas escolas”. Neste diálogo, o Pe. César Cruz concluí que, diariamente, “apago «fogos» na escola”.
Copiado daqui:
http://www.fregmeimao.com/index.php?option=com_content&view=article&id=98:cesar-cruz-padre-e-bombeiro&catid=3:destaques
 

23.10.09

MANIFESTO POPULAR

 O Jornal Cinco Quinas publica na sua edição "on line" o Manifesto elaborado por cidadãos, naturais e residentes no Concelho do Sabugal.Ver aqui:

http://www.cincoquinas.com/index.php?progoption=news&do=shownew&topic=3&newid=2164


 Os momentos trágicos já passaram. Muitas pessoas já esqueceram o acontecimento e alguns escreveram que os bombeiros fizeram tudo o que estava ao seu alcance e lutaram para que a tragédia fosse minimizada.
É bom que este manifesto tenha sido escrito e enviado a estas entidades oficiais. O documento vai pôr a descoberto a falta de coordenação dos serviços de protecção nacional. Quem escreve e quem assina sabe do que viveu e do que não se falou, mas que aconteceu. Quando é necessário, o cidadão pode e deve manifestar as suas preocupações. Ler este manifesto faz bem. Faça-o.


Movimento de Cidadãos
Naturais e residentes nas
Freguesias do Concelho do
Sabugal


Excelentíssimo Senhor
Ministro da Administração Interna
Ministério da Administração Interna
Praça do Comércio
1149-015 Lisboa




Assunto: Descontentamento social, relativamente à prestação das Instituições Públicas no combate ao Incêndio ocorrido entre 30 de Agosto de 2009 e 02 de Setembro de 2009, no Concelho do Sabugal.

Somos um grupo de cidadãos, naturais das freguesias do concelho do Sabugal, revoltados e indignados com a actuação das diversas corporações de bombeiros e da Protecção Civil da Guarda no combate ao incêndio supracitado. Vimos desta forma manifestar o nosso descontentamento, uma vez que é unânime a interpretação que fazemos da deficiente e, absolutamente, ineficaz actuação das entidades empenhadas e dos seus superiores e representantes.


O incêndio deflagrou no dia 30/08/2009, tendo, no mesmo dia, sido dado como extinto junto da comunicação social. No entanto, instantes depois de se ter feito propaganda deste facto, o incêndio ganhava proporções de absoluto descontrolo.


As atitudes criminosas serão a grande causa dos incêndios, por essa razão, não serão fáceis de evitar, mas a diminuição das consequências, não só é possível, como é, acima de tudo, uma obrigação das entidades públicas criadas para esse fim.

A ausência de formação específica nesta área, não nos permite ajuizar dos desempenhos, técnicas e prioridades em relação ao trabalho de especialistas, contudo, temos legitimidade absoluta para nos insurgirmos, veementemente, contra a ausência de desempenho, a inoperância de técnicas, o abandono de prioridades e contra o desleixo, flagrante, dos homens e mulheres que para ali foram deslocados.

Sob um desagrado infindo e até um constrangimento que nos fere a humildade, vemo-nos obrigados a denunciar as atitudes dos bombeiros, altamente negligenciadas e de absoluto desdém, em relação ao perigo e ao avanço horripilante que o incêndio lograva em direcção às populações, dissipando florestas, culturas, olivais, vinhas, pastagens e um sem número de recursos, que embora pobres, eram o garante do sustento de muitos populares.

O nosso desagrado e protesto, não visam culpabilizar os Bombeiros e a Protecção Civil pela catástrofe natural que se desencadeou de forma não conhecida, mas visam denunciar a total ausência de esforço e de acção que, seguramente, teriam reduzido muito as consequências funestas deste incêndio.

Enquanto o incêndio devorava livremente as áreas de “mata e pinhal”, como a comunicação social lhe chama, as corporações de bombeiros aguardavam, inertes, a chegada da frente de chamas, às estradas que a GNR ia interditando, sem fazerem uma única tentativa de combate no terreno, enquanto o incêndio respirava força.

Mesmo nos locais onde as chamas perdiam energia enquanto abrasavam pastos e mato rasteiro, perfeitamente acessíveis, os bombeiros limitavam-se a observar, o que contrastava com a atitude brava dos populares que, indo buscar forças onde já não as havia, se estiolavam num combate desproporcional e injusto, sem medo, mas também sem forças e sem meios.

O incêndio ameaçou várias populações, tendo mesmo morto animais e destruído algumas habitações. Contudo, a descoordenação ou a táctica escolhida, faziam com que o Comando das operações, parecesse ser conivente com o incêndio, em vez de, como seria de esperar, ser um inimigo afoito e disposto a enfrentá-lo.

As causas dos incêndios rondam as mais diversas causas, sendo certo que o crime e a negligência grosseira, estão estreitamente ligados a elas, assim sendo, torna-se mais do que imperioso agir, tendo em conta a realidade dos factos e não apenas agir de uma forma que se sustenta em mera propaganda, sem credibilidade e sem frutos.
10º
Tendo em conta o número de horas que o incêndio se manteve activo, o número de populações que foram atingidas, os hectares de mata e floresta que foram devorados, e observando a quantidade de meios empenhados, só podemos concluir que da batalha travada entre o incêndio bruto e selvagem e o homem inteligente e socializado, uma única coisa resultou: a derrota e o esmagamento do homem.
11º
Estivemos no terreno, vimos e vivemos de perto os factos e lamentavelmente, temos que nos manifestar absolutamente desiludidos e humilhados pela prestação dos nossos Bombeiros. Sim, dizemo-lo por ser verdade, dizemo-lo porque batalhámos na frente das chamas horas a fio, porque nos vimos rodeados de dezenas de populares audazes, armados como podiam, cortando mato, abrindo caminho, cavando terra, chicoteando pastos e porque durante dias, tardes, noites e madrugadas, não tivemos connosco no terreno, na frente de fogo, uma única equipa de bombeiros, um único veículo, uma única explicação, até mesmo quando o incêndio devorava uma habitação em ruínas, acostada a outras e mesmo no centro habitacional de uma aldeia.
12º
Não nos falem de falta de acessos porque os havia numa grande parte dos locais agora queimados, não nos falem de falta de meios porque os veículos, homens e tanques se acumulavam nas estradas asfaltadas, não nos falem de exaustão porque não vimos um único soldado da paz empunhando uma pá, mas ao invés, víamo-los descontraídos, sem nada fazerem, junto das viaturas onde assistiam impávidos e serenos a um inferno que nos roubava quase tudo.
13º
A política das chefias parece-nos excessivamente preocupada em mostrar, com vocabulário técnico, aos meios de comunicação, os meios, os veículos e a vaidade dos tripulantes, mas estão muito longe de cumprir a obrigação e o papel que as populações esperam delas.
14º
As corporações empenhadas, para além de não conhecerem o terreno, não têm preparação para apear e lutar sem um canhão de água, vimo-los limitados a esperarem pela frente do incêndio, enquanto conspurcavam os locais por onde passavam com garrafas vazias, restos de reabastecimentos, embalagens vazias e também os vimos, deixarem que ele passasse por eles, sem receio, sem medo, sem desvanecer. Estamos certos que alguns destes “Soldados” deram o melhor de si, mas muitos deles, nem sequer terão precisado de lavar a farda.
15º
Queremos que fique claro que não estamos revoltados com a força da natureza e com tudo o que de mal ela poderá fazer, estamos sim, profundamente sublevados, tristes, magoados e muito desapontados com a fraca, inútil e displicente prestação dos Bombeiros. Algo de tão grave que moveu os populares de uma terra desertificada, a manifestarem o seu desapontamento da forma que acreditam que venha a ser a mais respeitada e devidamente apreciada, para que no futuro algo seja corrigido.
16º
Elaborado o presente manifesto e depois de ser tornado publico, vai o original, conjuntamente com as assinaturas dos subscritores, ser enviado a Sua Excelência o Ministro da Administração Interna, seguindo cópia autenticada, para as seguintes entidades:
-Sua Ex.ª. O Presidente da República
-Governo Civil da Guarda
-Autoridade Nacional da Protecção Civil
-Presidente da Câmara Municipal do Sabugal
-Presidente da corporação de Bombeiros do Sabugal
- Provedor de Justiça.


Com os Melhores Cumprimentos

27.8.08

A PRESIDENTE SEM MEDO





Maria Benedito Rito Dias, presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários do Soito pede justificaçãoes ao INEM.

A Associação dos Bombeiros Voluntários do Soito foi ignorada pelo INEM, pela ARS do Centro, Centro de Saúde do Sabugal, pela Câmara do Sabugal e, pasme-se, pelos Bombeiros Voluntários do Sabugal. Para estas entidades os Bombeiros do Soito só existem para socorrer as populações em caso de aflição, quando as chamas ardem onde não deviam arder ou ir socorrer um cidadão que teve o azar ou infortúnio de andar por estas terras do Sabugal. Todos no concelho do Sabugal sabem que o Soito possui uma corporação de bombeiros voluntários. Uns porque hoje lhes devem a sua vida, outros porque foi graças ao seu voluntariado e dedicação que um seu parente chegou a tempo ao Centro de Saúde e hoje ainda dá graças a Deus porque os Bombeiros do Soito existem.
Bem fez Maria Benedito Rito Dias, presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários do Soito, lembrar a estes senhores que preside realmente a uma instituição tão digna e tão sabugalense como todas as presentes na reunião cujo tema era a ambulância SIV para o concelho do Sabugal.



É mais que justificado o seu pedido de justificação ao senhor Presidente do INEM, do porquê ignorar a existência da ABVS. Mais estranho, para mim, é o facto dos Bombeiros Voluntários do Sabugal se manterem calados e terem estado numa reunião sabendo que o assunto também interessava aos Bombeiros do Soito. Não acredito em esquecimentos, não acredito que a Câmara não tivesse antecipadamente conhecimento da dita reunião, nem qualquer uma das outras entidades que estiveram presentes.
O assunto da reunião é muito sério e de grande interesse para toda a população do Sabugal:
transmitir a decisão de que, a partir de 15 de Setembro de 2008, irá ser colocada uma ambulância SIV no Centro de Saúde do Sabugal.
A pergunta que coloco é esta: porquê a presença dos Bombeiros Voluntários do Sabugal e a ignorância dada aos Bombeiros Voluntários do Soito? Alguém que saiba a resposta que a divulgue.




Nota: Ainda bem que o "Capeiaarraiana" existe e sabe muitas coisas, que muitos pensam, que não sabe.







Perguntas
& Respostas












O que é uma ambulância SIV?
Denominada ambulância de Suporte
Imediato de Vida será um meio
operacional do INEM que visa melhorar
os cuidados prestados em ambiente préhospitalar
à população, missão do INEM
de acordo com a sua lei orgânica
enquanto coordenador do Sistema
Integrado de Emergência Médica. Estas
ambulâncias significam um upgrade
relativamente aos cuidados prestados
pelas ambulâncias de socorro.





Onde vão ser criadas as Ambulâncias
SIV?
As Ambulâncias SIV vão ser criadas em
diversas localidades de Portugal
Continental, num processo faseado, a
iniciar em 2007 e que se estenderá até
ao início de 2009. Os locais exactos
foram definidos na sequência de um
processo em que intervieram o
Ministério da Saúde, o INEM, as
Administrações Regionais de Saúde
(ARS) e autarcas de vários concelhos.

Fonte: INEM




































































































































13.6.07

A IRRESPONSABILIDADE DOS BOMBEIROS DO SABUGAL E DA MÃE QUE ACOMPANHAVA FILHO DOENTE


A notícia surpreendeu-me.
Li uma vez, voltei a ler e continuo a não acreditar na notícia que “O Mirante On Line”, publica hoje (13/06/2007) referindo-se ao dia 5 de Junho, no Entroncamento, aos Bombeiros Voluntários do Sabugal. A notícia é esta:
Um jovem esteve quase a assar dentro de uma ambulância ao sol enquanto os bombeiros que o transportavam almoçavam descansadamente num restaurante do Entroncamento. O insólito aconteceu no dia 5 de Junho no largo 1º de Dezembro, onde ficou estacionada a viatura de socorro com o doente entubado e deitado na maca. Este vinha transferido de um hospital de Lisboa e dirigia-se para o Sabugal, de onde eram também os bombeiros, segundo informou a PSP.
Ao fim de algum tempo a aquecer, num dia em que as temperaturas estiveram elevadas, o doente terá começado a chamar por socorro. Alguns populares que deram com a situação começaram a protestar e chamaram a Polícia do Entroncamento que se deslocou ao local para acabar com o sofrimento. Verificou-se que o jovem era acompanhado pela mãe que também estava a almoçar com os dois tripulantes da ambulância. A situação acabou por se resolver e o jovem lá seguiu caminho com a mãe e os bombeiros depois de ter suado a bom suar." In "O MiranteOnline"de 13/06/2007
Assim não é trabalhar para o bem da saúde em Portugal. Transportar doentes é uma responsabilidade enorme. Há procedimentos e cuidados a ter pelas tripulações das ambulâncias que têm que ser efectuados e respeitados. Por vezes, as viagens são mais longas e há a tentação de parar para almoçar, para lanchar...mas atenção: e o doente que está na ambulância? O que é mais urgente e mais importante? A tripulação sabe mais ou menos o tempo de viagem, portanto, pode precaver-se e "matar" a fome antes de iniciar a viagem. É que ao matar a fome e a sede dos bombeiros, acabam por matar o doente que transportam. Ás vezes é preciso ser capaz de dizer NÃO aos familiares dos doentes, mesmo que isso nos venha a custar um almoço grátis.
Oxalá o jovem tenha aguentado bem o resto da viagem e desejo-lhe as rápidas melhoras. E para a próxima vez, por favor, soldados da paz, pensem antes de responder aos desejos do estômago.
Nós, as gentes do Sabugal, louvamos o vosso esforço e dedicação que durante estes anos de existência sempre demonstraram ter para connosco.