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Escola Primária da aldeia encerrada! |
Nasci numa aldeia e lá passei toda a minha infância. Andei
pelas ruas a brincar e a respirar os aromas campestres. Na casa dos meus pais
aprendi o que era trabalhar a terra, a importância dos animais, como o burro e
as vacas, as cabras, coelhos, galinhas e porcos. Foi na Escola Primária que
havia na aldeia que aprendi a ler e a escrever. Depois do exame da 4ª Classe,
para continuar a poder estudar, tive de sair e fui parar bem longe. Nas férias,
voltava à aldeia porque ali viviam os meus pais, a minha família e os meus
amigos de infância. Que bem me fazia aquele regresso!
A aldeia era pequena e tinha sempre
saudades e vontade de estar uns dias naquele paraíso, com pessoas a ir e a vir,
uns carregavam coisas e outros carregavam os carros de vacas e os burros com
tudo e mais alguma coisa, até acharem que estava com a carga completa. A aldeia
tinha vida de dia e de noite. Começava a fervilhar ao nascer do sol e sossegava
ao fim da noite. Moravam muitas pessoas e pareciam felizes, mesmo com pouco,
não havia muita coisa, portanto, não fazia falta nenhuma, logo chegariam dias
melhores e vida mais desafogada era bem-vinda.
Hoje, ainda há gente à espera que algo
de diferente aconteça!
NOUTROS TEMPOS...
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A ponte era uma passagem |
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Igreja de São Barnabé |