O lince inspirou a mais célebre campanha de conservação da Natureza que até hoje se fez em Portugal. Apesar disso, o animal acabou por desaparecer da Serra da Malcata, não se importando em nada que lhe tenham criado, por decreto, uma reserva natural, que já lhe pertencia. O animal não aguentou que lhe andassem a mexer no seu ninho. Nos idos anos 1960 a 1980 foram muitos os intrusos que incomodaram o sossego do bicho. A empresa de celulose, Portucel, lançou-se na plantação de pinheiros bravos, mansos e de eucaliptos e acabou por limpar aqueles matagais que existiam e que ajudavam os coelhos a viver e a esconderem-se do lince. As pessoas que vivem ao redor da serra, pelo avançar da idade e por mudanças nos seus hábitos, abandonaram a agricultura tradicional, deixando de limpar e usar a lenha da serra. Depois, apareceram aquelas doenças da mixomatose e da pneumonia hemorrágica viral, matando enormes coelhadas e outros animais, que serviam de alimento ao lince. Para agr