OS FINS JUSTIFICARAM OS MEIOS?
Com diálogo e bom senso ficarão todos a ganhar. |
Das poucas obras
que a Junta de Freguesia tem feito nestes últimos anos foram as demolições de
casas velhas a cair aos pedaços. Terão contribuído para melhorar a vida das
pessoas? Sim, em alguns casos isso aconteceu e alargaram-se algumas ruas, espaços
para estacionamento. Desconheço quem foi a entidade que pagou os custos dessas
demolições, mas para que tivessem acontecido foi necessário chegar a acordo com
os proprietários das casas e terrenos, e como tal merece o meu aplauso.
A demolição da casa que existia na Rua
da Moita e no início da Travessa do Calvário parece ser um bom exemplo da
melhoria daquele espaço. Já a demolição a uns metros antes, na antiga casa do
saudoso Ti Abel, não faz grande sentido, uma vez que não alterou a situação e
os perigos lá continuam. Derrubar paredes para o interior e deixar acesso livre
pode um dia causar dissabores e chatices. Da mesma forma que exigiram à
proprietária de uma casa o derrube e cimentação das paredes que ficaram de pé,
mesmo contra a sua vontade, também outros casos mereciam o mesmo tratamento.
Eu sei que não sei tudo e que às vezes
a informação que me chega não é totalmente correcta. Por isso e para que estas
situações fiquem claras e compreendidas por todos, gostava que alguém
explicasse as razões e os custos da demolição mais recente na nossa aldeia,
mesmo ao início da Rua de Baixo.
Foi esta demolição necessária para a
freguesia? Porquê?
Foi esta obra de demolição realizada
pela Junta de Freguesia? Porquê ser a Junta de Freguesia a realizá-la e a que
preço? Vai fazer-se alargamento da rua neste local? Ou o trabalho está concluído
e assim vai ficar?
Como estão a ver, as dúvidas neste
caso são muitas e devem ser esclarecidas. Ser bem explicadas as obras que ali
foram feitas e que também fosse explicado se a requalificação que a Junta de
Freguesia se comprometeu a realizar na Rua de Baixo, estão ou não ligadas, uma
vez que foi criada uma grande espectativa às pessoas que apoiam o alargamento
daquela rua.
Eu, por ter entrado algumas vezes nesta
casa, posso dizer-vos com sinceridade que foi com pena que vi agora as paredes
borradas de cimento. Contudo, compreendo e aceito que a demolição era mesmo
necessário ser feita, pois as paredes estavam em muito mau estado e o peso do
telhado poderia provocar uma derrocada inesperada.
Como esta casa, existem outras que
estão em mau estado de conservação e ainda nada foi feito para garantir a
segurança de quem passa na via pública. Só que não têm a importância que tem
este caso da Rua de Baixo. Esta casa demolida, totalmente demolida, viria mudar
para melhor toda a Praça do Rossio.
José Nunes Martins
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