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3.7.08

TRANSPORTE DE DOENTE DO HOSPITAL DA GUARDA SOB INVESTIGAÇÃO

O Hospital Sousa Martins, Guarda, abriu um processo de averiguações para apurar as circunstâncias em que um doente foi enviado para casa sem roupa, tendo os bombeiros entregue às duas horas da manhã, apenas embrulhado num lençol. O doente tem 73 anos, não anda sozinho, fala com pouca clareza e sofre de ataques de esquizofrenia. A irmã, a quem foi entregue o idoso, não se calou e dirigiu-se ao hospital onde fez reclamação por escrito.
Agora o caso está em processo de averiguações. O Presidente do Conselho de Administração do Hospital Sousa Martins quer saber se houve ou não falhas na unidade de saúde a que preside e considerou que é necessário ouvir toda a gente, para saber como é que o doente saíu e se, eventualmente, ele se despiu.

Eu pergunto: A que horas efectivamente saiu o doente do Hospital? No estabelecimento de saúde onde trabalho as saídas dos doentes têm um limite horário e os profissionais têm normas e procedimentos que devem cumprir sempre que haja uma alta ou transferência de um doente. Mas às duas da manhã baterem à porta do familiar para deixar a pessoa...é de facto muito tarde se tivermos em conta que as altas dos doentes não são dadas assim tão tarde.
Fez bem em reclamar a irmã do senhor. É para isso que há o Livro de Reclamações nos hospitais.Oxalá que no fim das averiguações haja conclusões e que sejam dadas a conhecer à família do senhor.

13.6.07

A IRRESPONSABILIDADE DOS BOMBEIROS DO SABUGAL E DA MÃE QUE ACOMPANHAVA FILHO DOENTE


A notícia surpreendeu-me.
Li uma vez, voltei a ler e continuo a não acreditar na notícia que “O Mirante On Line”, publica hoje (13/06/2007) referindo-se ao dia 5 de Junho, no Entroncamento, aos Bombeiros Voluntários do Sabugal. A notícia é esta:
Um jovem esteve quase a assar dentro de uma ambulância ao sol enquanto os bombeiros que o transportavam almoçavam descansadamente num restaurante do Entroncamento. O insólito aconteceu no dia 5 de Junho no largo 1º de Dezembro, onde ficou estacionada a viatura de socorro com o doente entubado e deitado na maca. Este vinha transferido de um hospital de Lisboa e dirigia-se para o Sabugal, de onde eram também os bombeiros, segundo informou a PSP.
Ao fim de algum tempo a aquecer, num dia em que as temperaturas estiveram elevadas, o doente terá começado a chamar por socorro. Alguns populares que deram com a situação começaram a protestar e chamaram a Polícia do Entroncamento que se deslocou ao local para acabar com o sofrimento. Verificou-se que o jovem era acompanhado pela mãe que também estava a almoçar com os dois tripulantes da ambulância. A situação acabou por se resolver e o jovem lá seguiu caminho com a mãe e os bombeiros depois de ter suado a bom suar." In "O MiranteOnline"de 13/06/2007
Assim não é trabalhar para o bem da saúde em Portugal. Transportar doentes é uma responsabilidade enorme. Há procedimentos e cuidados a ter pelas tripulações das ambulâncias que têm que ser efectuados e respeitados. Por vezes, as viagens são mais longas e há a tentação de parar para almoçar, para lanchar...mas atenção: e o doente que está na ambulância? O que é mais urgente e mais importante? A tripulação sabe mais ou menos o tempo de viagem, portanto, pode precaver-se e "matar" a fome antes de iniciar a viagem. É que ao matar a fome e a sede dos bombeiros, acabam por matar o doente que transportam. Ás vezes é preciso ser capaz de dizer NÃO aos familiares dos doentes, mesmo que isso nos venha a custar um almoço grátis.
Oxalá o jovem tenha aguentado bem o resto da viagem e desejo-lhe as rápidas melhoras. E para a próxima vez, por favor, soldados da paz, pensem antes de responder aos desejos do estômago.
Nós, as gentes do Sabugal, louvamos o vosso esforço e dedicação que durante estes anos de existência sempre demonstraram ter para connosco.