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2.3.19

MALCATA: JUNTAR PESSOAS E ÁGUA



   
Visita à aldeia de Malcata

   O concurso de ideias “Juntar água para a autossustentabilidade” é parte integrante de um projecto muito mais ambicioso conhecido pelo nome de “Malcata-Aldeia Autossustentável”, apresentado em Dezembro de 2016.

   Da autoria de José Escada Alves da Costa, presidente da AMCF ( Associação Malcata Com Futuro), homem formado em engenharia, com uma ligação de longa data com a EDP. Entre 1982 e 1995 foi quadro superior do grupo e entre 2004 e 2006 foi também adjunto do conselho de administração da EDP Produção e vogal em sete conselhos de administração de empresas participadas do grupo EDP, nomeadamente a Turbogás, a LBC tanquipor,a Soporgen, a Energin, a Enerfin, a carriço Cogeração e Centro de Biomassa para a Energia.  Licenciado em Engenharia Mecânica, pelo Instituto Superior Técnico, e mestre em Política, Economia e Planeamento Energético pelos ISEG/IST, este responsável foi ainda, entre 2011 e 2004, vogal executivo do Conselho de Administração da REN. Escada da Costa foi ainda, entre 1995 e 1996, adjunto do Secretário de Estado da Indústria e Energia do Governo de António Guterres. É desde 2015 presidente da Associação Malcata Com Futuro e tem sido nesse âmbito que continua a acreditar no futuro autossustentável para Malcata.

   Trata-se de uma ideia ambiciosa e todos sabemos que até alcançar esse objectivo teremos que vencer etapas intermédias. E uma dessas etapas é esta ideia de um concurso com a participação da secção de arquitectura da Universidade da Beira Interior e nesta primeira fase envolver os alunos do primeiro ano do curso de arquitectura. Foi o que aconteceu no passado dia 20 de Fevereiro. Com certeza que as pessoas em Malcata se aperceberam da presença de 80 jovens a visitar a aldeia. Esses jovens vieram acompanhados dos seus professores de curso e tiveram a oportunidade de ficar a conhecer a nossa aldeia e os espaços onde poderão criar um anfiteatro ao ar livre e um auditório multi-usos, tendo em conta a existência do plano de água da barragem. Foi a pensar nessa ideia que decorreu a visita pelos sítios mais significativos a nível do património material e imaterial, tendo ficado a conhecer a Praça do Rossio, a Rua da Ladeirinha, a Igreja e o Adro, o moinho de água e a barroca do Bradará, o quartel da Guarda Fiscal, a Rua do Cabeço, a Rua da Moita até ao Calvário, a Rua da Fonte e a Fonte de Mergulho, o busto de Camões, a Zona de Lazer de Malcata (praia fluvial), Senhora dos Caminhos e Capela de São Domingos.

   Esta foi a primeira visita de trabalho e os alunos levaram os seus blocos de notas os primeiros rabiscos dos locais e também algumas fotografias de cenários que lhes chamou a atenção.

   Esta iniciativa mereceu o apoio da Junta de Freguesia de Malcata. Ambas as entidades, Junta de Freguesia e Associação Malcata Com Futuro, estiveram bem representadas e à altura da importância deste evento. Tenho informação segura que o presidente da Junta de Freguesia, João Vítor, ofereceu os levantamentos topográficos e outros elementos necessários para o conhecimento dos terrenos onde os alunos irão trabalhar nos próximos seis meses. Já o presidente da Associação Malcata Com Futuro, assinou o protocolo com a Universidade da Beira Interior, tendo participado em várias reuniões na universidade para preparar as acções no terreno, preparou textos e memorandos descritivos da nossa aldeia e manteve sempre a via aberta do diálogo entre todos.

   Dada a importância desta iniciativa, ambas as entidades concordaram em partilhar os custos associados e ambas disponibilizaram os seus espaços e pessoas para que no fim da jornada, se sentissem recompensados pelo trabalho.

   A cooperação entre todas as instituições existentes em Malcata é de suma importância e crucial para que as grandes iniciativas e projectos inovadores sejam realmente realizados. Alguém um dia escreveu que “os homens passam e as instituições ficam”. Temos todos a ganhar, não se trata de cantar vitória, trata-se de celebrar o bem comum.


Recepção aos alunos da Universidade
Reforço alimentar ao meio da visita
   
                                          por   José Nunes Martins