Mostrar mensagens com a etiqueta inverno. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta inverno. Mostrar todas as mensagens

9.3.24

A NEVE BRANCA E FOFA EM MALCATA



Malcata já andou vestida de branco!
(Pequeno vídeo com neve na aldeia)

    No Inverno a chuva, o frio, o vento, o granizo, a geada e outros fenómenos meteorológicos eram normais em Malcata. E as pessoas da aldeia preparavam-se para estas condições adversas alterando as suas rotinas diárias. Quem ditava as regras do trabalho era o tempo. E que remédio havia se não aceitar trabalhar ao sabor do tempo. 
   A nossa região sempre foi chuvosa no Inverno e muito fria. A neve já caiu muito mais que actualmente. Nevão digno de muita neve há muitos anos que não se sentem nem veem na nossa aldeia.

Lembro-me dos grandes nevões na minha infância, tão grandes que chegavam a aguentar a neve durante semanas. Muita coisa ficava por arranjar, por fazer, não por não quererem trabalhar, mas porque a neve não permitia. A vida na aldeia levava uma reviravolta e só depois da neve derreter é que a normalidade regressava. Já se imaginaram a aguentar um Inverno rigoroso, com muita chuva, vento e neve ou geada ? Aguentar o frio e a chuva numa terra sem luz eléctrica, sem água nas casas, com algumas ruas em terra batida e as águas pluviais a correr valeta abaixo?! A neve chegava aos 50 cm de um dia para o outro. Alguns telhados abatiam com o peso da neve, o gado tinha que ficar encerrado e alimentava-se com feno seco, beterraba, nabos, botelhas...porque não havia condições para ir buscar alimento aos campos. 
                                             
Gelo na pia do chafariz na Rua da Moita.
Onde há água e frio, aparece naturalmente gelo.

   O gelo é um dos grandes contratempos na aldeia. Um descuido e os acidentes acontecem. E escorregar no gelo é perigoso para pequenos e graúdos e qualquer animal. 
   Depois de nevar durante toda a noite a aldeia acordava vestida com um manto branco de neve. Os telhados, as árvores, as ruas transformavam o espírito humano e toda a gente aceitava a situação. Era normal, estávamos no Inverno!
   Como mudou o clima! Continua a chover e a fazer muito frio, mas há muitos anos que em Malcata a neve se tornou mesmo passageira e leve, tão leve que não dá para brincar. Já a geada e o gelo continua a justificar os avisos para se ter cuidado ao sair de casa, ao conduzir viaturas na estrada...porque uma escorregadela em cima de gelo, é meio caminho para uma pessoa se partir todinha!
   Tantas são as memórias de nevões! 

   



3.12.08

NEVE PINTA MALCATA DE BRANCO

Cristovão Varandas surpreendido com o manto branco que se estendeu sobre a aldeia de Malcata, não resistiu a tanta beleza e quis retratá-la:







Três belas fotografias da autoria de Cristovão Varandas, mostram a aldeia de Malcata como há muito não víamos. O frio destes últimos dias trouxe a neve às ruas e campos de Malcata e arredores. Faz-me recordar aqueles grandes nevões dos anos sessentas. Isso sim, eram nevões a sério. Para além das guerras com bolas feitas de neve, o que nos dava gozo eram enrolar a neve numa pedrinha e depois se transformava numa grande bola de neve. E os pingentes de gelo nos beirais dos telhados? Lembram-se das sacas de sal que se deitavam nas ruas a fim de se poder caminhar a pé. O gado, esses animais, coitados deles, aguentavam os dias nas lojas e restava-lhes comer o que o dono lhes punha na manjedoura.


24.10.07

RELÓGIOS ATRASAM 60 MINUTOS NO PRÓXIMO DOMINGO


No próximo domingo, dia 28 de Outubro, os portugueses às 02:00 vão ter de atrasar os seus relógios 60 minutos, segundo o Observatório Astronómico de Lisboa.
Com a entrada na hora de Inverno, os relógios vão ser atrasados de 60 minutos às 02:00 da madrugada de domingo, em Portugal .
«A hora muda a nível europeu por decreto de lei sendo alterada no mesmo instante em todos os países membros»,
recordou à agência Lusa Rui Agostinho, subdirector do Observatório Astronómico de Lisboa.
A mudança da hora prende-se com a necessidade de «não haver desfasamento solar» e «não com questões económicas».
A Comunidade Europeia faz estudos regulares para escutar os pareceres de todos os países, no sentido de verificar os indicadores mais e menos benéficos da mudança de hora.
«Chegou-se à conclusão que a mudança de hora era a opção mais favorável, para as actividades económicas e para o próprio bem-estar das pessoas», referiu.
Para se chegar a esta conclusão,«verificou-se o impacto da mudança de hora nas actividades do ser humano, no Comércio, na Indústria (da grande à pequena indústria), na Agricultura e sobretudo no modo como a luz influencia a produtividade e o tempo de lazer das pessoas», justificou o responsável.
Para Rui Agostinho, as decisões desenvolvem-se em torno da necessidade «de se aproveitar o melhor possível a luz nas actividades num modo geral», uma vez que "há muitas actividades, nomeadamente a Agricultura, que dependem muito da luz solar para trabalhar".
Deste modo, para o subdirector do Observatório Astronómico, a mudança de hora «é benéfica para Portugal», porque se pode «aproveitar melhor as horas de sol», apesar de Portugal não ser dos países mais afectados pela mudança de hora, devido à existência de grande simetria entre o número de horas do dia e da noite.
No entanto, para alguns portugueses a adaptação ao novo horário é uma dura realidade.
O facto de se chegar a casa com a sensação de que é muito tarde e de que já não há luz para aproveitar o resto do dia, tráz a sensação de que o dia é menos rentável.
«É como viver um jetlag, porque há uma descoordenação de hábitos», explicou à Lusa Marta Gonçalves, médica especialista do sono. «Vai ter efeitos diferentes se a pessoa é matutina ou vespertina», acrescentou.
Os portugueses vão despertar com maior claridade, sem ter de ligar as luzes, mas regressar a casa de noite, depois de um dia de trabalho ou de escola.
«Isto é um problema sobretudo para as crianças, que se levantam muito cedo e chegam a casa de noite», confirmou Teresa Paiva, neurologista e especialista em Medicina do Sono.
No entanto, para a especialista «bastam 48 horas» para o corpo, biologicamente, se adaptar à nova realidade.
in "Destak"