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CUIDAR DE MALCATA

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       Na aldeia de Malcata há casas, muitas casas velhas, de meia idade e modernas. Umas aguentam-se iguais desde que foram construídas, outras foram refeitas segundo os gostos dos seus proprietários, outras acabaram derrubadas e no seu lugar foram construídas casas de estilo “maison” porque o seu dono é emigrante. Janela ou porta A Rua do Cabeço já foi assim   Percorrendo as ruas do núcleo mais antigo, ainda podemos observar casas de pedra de xisto, janelas de madeira e portas também de madeira, as portas das lojas ainda fechadas com a cravelha e ao lado a argola para ajudar a fechar a porta. Rua da Moita, a mesma  casa antes de restaurada. Rua da Barreirinha, um dia vem tudo ao chão E a janela resiste            E pensar que assim nasceram tantas crianças e que se tornaram em adultos…é um encanto ver e recordar algumas cenas desta aldeia.                                                                                                                                                 

O DIABO QUE OS CARREGUE

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    Caiu e nunca o levantaram    Hoje vou relatar-vos o que tenho visto pela nossa aldeia. Em Agosto e Setembro tive a oportunidade de percorrer todo o concelho do Sabugal, tendo visitado vários lugares e sítios, castelos e igrejas, restaurantes e cafés, artesãos e outras pessoas que diariamente trabalham neste nosso canto português.    A aldeia onde eu nasci e que visito várias vezes durante o ano, está a caminhar para o precipício e cuja queda trará danos difíceis de reparar, isto se houver quem os repare. A cada ano que passa, as mudanças são cada vez mais preocupantes e em nada contribuem para a tomada de consciência do caminho que estamos a percorrer, pois mesmo com os avisos que nos são diariamente dados, existe uma total despreocupação e falta de planos para salvar a nossa aldeia da sua agonia e da sua morte.    Andar pela aldeia e olhar à nossa volta, preocupa-me o enorme número de habitações de janelas e portas fechadas. Casas relativamente recentes e que aparentam ter boas

RONDA PELA FREGUESIA DE MALCATA

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     Nora na Fonte Velha    Tudo o que nasce morre, diz o ditado.    Nós às vezes esquecemos que as aldeias também envelhecem. Estou a referir-me ao seu património, ao seu mobiliário urbano, ao seu edificado...casas que já foram habitadas, nelas se criaram os filhos e hoje essas habitações são um monte de pedras ou para lá caminham. Paredes com “barrigas” que podem romper a qualquer momento, janelas sem vidros, carvalhos e sabugueiros nascem entre as paredes, enfim, um dó de alma olhar para aquilo.    Vesti a roupagem de um turista e dei uma volta pela nossa aldeia. Cheguei à Fonte Velha, ali reparo na nora, uma relíquia de antigamente, arrepio-me ao ver tanta ferrugem e tanta degradação. Olho para as paredes e a tinta onde ela já vai. Disse para mim mesmo: “Valha-me Santa Engrácia! Então não seria possível arranjar a nora e pintar as paredes?” Aqui deixo o pedido, como malcatenho, a quem de direito, que devolva a beleza e a dignidade que aquela fonte merece.    Mas as coisas não ac

AS RUAS DE MALCATA

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Rua da Ladeirinha   Uma das respostas ao despovoamento da aldeia passa pela requalificação de ruas e casas antigas. Ruas, praças, bêcos e casas que fizeram que a esta aldeia de Malcata, esteja ligada a identidade de todos os malcatenhos.   Muitos malcatenhos, principalmente os que optaram por sair desta bela terra em busca de uma vida melhor, não esqueceram as suas origens. A aldeia até pode ter-se despovoado, mas temos de reconhecer que foi com a ajuda dos que saíram (que foram bastantes) que a aldeia cresceu e isso vê-se, quer pela quantidade de casas novas que construíram, quer pela preservação e recuperação de casas antigas. E sobre as ruas de Malcata, temos todos coisas que contar, mas é ali na Rua da Ladeirinha que se encontra o maior número de casas construídas em pedra de xisto, preciosidades que urge recuperar.    E as pequenas casas da Rua do Meio, verdadeiros símbolos dos modelos de habitações que naqueles tempos se usavam, casas baixas e rasteiras, que nos deixam

A MINHA CASA

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Casa rural da aldeia   Casa de emigrantes A CASA DO EMIGRANTE      Malcata mudou muito e hoje tem mais e melhores casas. Amealhar foi e continua a ser a ideia do emigrante da aldeia. Foi a esperança de um dia vir a ter uma vida mais desafogada, com uma boa casa construída ao seu gosto e com melhores condições de habitabilidade que os levou a ir trabalhar para um país distante, desconhecido e diferente.    As casas que os emigrantes construíram em Malcata são na sua maioria modelos de outras casas que eles viram e admiraram nos países onde trabalham ou trabalharam. São construções que representam a concretização dos sonhos daqueles que um dia deixaram a casa dos seus pais. Eram casas de pedra e barro, granito e madeira. Normalmente tinham dois pisos: rés-do-chão que era composto pela loja e o curral. No andar superior ficava a cozinha, uma sala e os quartos. Aquecimento não existia, a não ser quando se acendia o lume na lareira da cozinha, também não tinha quart

MALCATA, UMA ALDEIA COM HISTÓRIA

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 Ir a Malcata, não fosse a família e os amigos, não seria uma viagem lá muito atractiva para fazer. E agora, com o pagamento de portagens mais desanimador se torna visitar uma terra do interior do nosso país e que continua desconhecida por muita gente.    Malcata é uma aldeia aconchegada por montes verdes de um lado e um enorme espelho de água do outro. Para que a aldeia não caia, está amparada de um lado pela Serra das Mesas e do outro pela alta e fria Serra da Estrela, ficando a Serra da Malcata e a sua Reserva Natural  um pouco escondidas e talvez por esse motivo as torres eólicas estão lá a  crescer quase ao mesmo ritmo das árvores, sendo até uma espécie preferida pelos engenheiros em detrimento da plantação e preservação de outras espécies, como os sobreiros, as medronheiras e até destruindo o habitat natural do lince ibérico, aquele que já foi o mais ilustre habitante da serra da Malcata.    A aldeia sempre esteve ligada à serra e durante muitos anos não as pessoas souberam

A SEGURANÇA VOLTOU À RUA DA MOITA

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    Este é um bom exemplo de eliminar as probabilidades de acidentes inesperados e indesejados. No mês de Abril, ao passar pela rua da Moita reparei no mau estado desta casa e na eminente caída de pedras para a via pública. Alertei aqui para o perigo da situação e hoje, 28 de Junho, encontrei-a assim. Ainda bem que tomaram a decisão de derrubar as paredes que eram mesmo um perigo. AGORA NÃO ESQUEÇAM OS PERIGOS NAS OUTRAS RUAS... Rua da Barreirinha    Quem sobe pela Rua da Barreirinha, aconselho a que o faça mais pelo lado direito, pois as lascas (lousas) do telhado estão mal seguras e podem cair a qualquer momento. E AQUI TAMBÉM HÁ PERIGO: É uma das ruas principais da aldeia, ao lado do Largo da Fonte velha, frente à casa do senhor Carlos Coelho. O problema é o mesmo: lousas em perigo de cair para a rua. Enquanto eu observava a rua da Barreirinha, o senhor Carlos Coelho dizia em voz alta: - Olha, as pedras aí podem cair, mas as desta casa estão também na mesma. Olhei para a casa e

MALCATA: O PERIGO NA RUA DA MOITA

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A casa há muito que se encontra desabitada. O telhado deve estar todo caído e as paredes também não devem estar tão firmes assim. O perigo espreita a qualquer momento, mesmo apesar do alerta que a fita da Protecção Civil lembra a quem ali passa. As pedras de lousa que ainda se aguentam no seu lugar de sempre, com um vento mais forte e alguma chuva podem transformar-se numa guilhotina mortal para qualquer ser vivo que tenha o infortunio de ali passar, naquele lugar e nesse preciso momento. Entendo que devem ser tomadas outras acções de protecção e evitar males maiores. Todos sabemos que a Vida é o Momento e todos sabemos que há acontecimentos na vida dos outros dos quais dizemos: "passou no lugar certo, mas no momento errado", ou "já tinha o destino traçado". Vale a pena pensar nisto e quem de direito e dever, colocar segurança naquele sítio da rua da Moita.

MAIS CONFUSÕES DE CONSTRUÇÃO

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Rua do Calvário Rua Principal Sem comentários...

CONFUSÕES ARQUITECTÓNICAS

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Eis três casos de confusão arquitectónica na aldeia de Malcata. Como estes exemplos, infelizmente, existem ainda muitos mais. O cimento parece ser a melhor solução para sesolver problemas de degradação. Rua Principal Rua do Cabeço Rua do Meio