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5.8.23

A FEIRA DE ARTESANATO E SABORES NO ROSSIO TEM (AINDA) MAIS GRAÇA


 

  À medida que os dias se aproximam as pessoas andam na azáfama das reparações e das limpezas, dos espaços públicos e dos contentores dos resíduos urbanos empurrando-os para longe do recinto da festa. E até passar estes dias aqueles caixotes de latão têm dali desaparecer porque dá uma imagem péssima e é melhor esconder dos olhares estranhos, porque aos que moram habitualmente na aldeia, não os incomoda.
   Quanto custa a realização da Feira de Artesanato?
   Quem paga?
   A Feira de Artesanato é organizada pela Junta de Freguesia e a iniciativa merece aplausos e é a freguesia que ganha mais vida e dinamismo, sendo bom e importante viver e saber que afinal vale a pena ter uma feira como esta e perto da festa. Os expositores vão poder vender os seus próprios produtos, o mel, azeite, bolos caseiros, compotas variadas, bijutarias, sabonetes aromatizados, pequenas bonecas, panos e toalhas, raízes com vida, ferros velhos decorativos, tripa doce e crepes, momentos musicais e de dança…
   Também é importante perguntarmos e sabermos, afinal, que feira é esta, que se faz uma vez por altura do mês da festa de Verão e que este ano vai para a número oito?
   Durante estes oito anos de feira já alguma vez perguntaram ou foram informados dos seus custos e quem paga a conta? A iniciativa é para continuar sempre igual à primeira edição ou há intenções e planos para a valorizar e alargar a mais expositores?
   O facto de ter havido a preocupação de aprovar o regulamento da Feira de Artesanato é um sinal muito positivo e mostra o importante que é para os participantes e para a entidade que organiza a regulamentação estar aprovada. É bom, com sabor a pouco e deve existir ainda mais apoios aos artesãos que em Malcata produzem as suas peças. É insuficiente as horas dedicadas à Feira e à promoção e apoio do nosso artesanato e dos sabores típicos da aldeia.   Sei que não existem lanches/jantares/ceias grátis e que há gostos para tudo e mais não sei o quê! Olhando para o cartaz desta VIII edição da Feira de Artesanato e Sabores, o programa é igual às edições anteriores e o povo continua a comer o que lhes dá, sem sequer se questionar sobre o preço que a festa custa.
   Quantos expositores vão lá estar desta vez?
   Suponho que serão os mesmos dos anos anteriores. A organização informou que o número de bancas de exposição são poucas e que até pode haver necessidade de dividir o espaço por mais do que um expositor. Os artesãos da casa parece que têm prioridade.
Ainda no que respeita ao regulamento da Feira, será que foi dado a conhecer às pessoas?
   O programa, já o referi e volto a ele para dizer, que a feira e os dois espectáculos de animação, têm os seus custos e precisam também da logística para o normal decorrer dos mesmos. Uma vez que estão associados à feira de artesanato, a feira já valeu pelos momentos de convívio, pelo que se conseguiu vender, tanto pelos expositores como pelo bar da Festa em Honra de São Barnabé.
   Sei que é a Junta de Freguesia que vai pagar as despesas da feira de artesanato. Mais digo, que vão ser os cidadãos a pagar!  Podem os cidadãos ser depois informados e ficar a saber o valor da conta?
                                                   José Nunes Martins

 
  

 

8.8.17

A IMPORTÂNCIA DA PRAÇA DO ROSSIO EM MALCATA

   


   Este ano a Junta de Freguesia organiza a IV Feira de Artesanato e Sabores de Malcata, que será nos próximos dias 9 e 10 de Agosto, no antigo Quartel da Guarda Fiscal, na Rua do Cabeço. Tal como tem acontecido nos anos anteriores, também este ano haverá animação com música e teatro. São dois dias, ou melhor dizendo, são duas noites em que os artesãos de Malcata e outros que vêm de fora, têm oportunidade de mostrar e comercializar os seus produtos.
   Ainda bem que a feira de artesanato tem continuação. É uma actividade que causa interesse por toda a aldeia e os artesãos ganham vontade de mostrar os seus trabalhos ao público que os quer conhecer, observar nos seus afazeres e sempre compram algo que lhes interesse.
   Nas últimas edições estive presente e andei um pouco atento ao desenrolar do certame, tentando analisar os prós e os contras da feira, ou seja, as causas e os efeitos provocados.
   Ao ler o cartaz desta IV Feira de Artesanato e Sabores de Malcata, depois de fazer umas contas de somar e subtrair, conclui que são quatro horas por dia, num total de 12 horas, durante o qual funciona a feira. Tendo em atenção que os visitantes da feira também querem ver e aplaudir os artistas convidados e estes vão actuar nos dois dias, restam 5 horas de verdadeira feira de artesanato, pois no primeiro dia teremos um grupo e no último dia para além da música popular, vamos ver e ouvir uma peça de teatro. Ou seja, a feira abre das 20:00 às 0:00, com uns intervalos pelo meio ficam umas 5 horas de feira.
   Agora vamos pensar um pouco sobre a escolha do local para a realização desta feira. Para tal temos que recuar no tempo e regressar aos anos de 2001 e 2013. Se bem se lembram, em 2011 a Assembleia Municipal do Sabugal na reunião realizada a 29 de Abril desse mesmo ano, declarou que o Quartel da Guarda Fiscal em Malcata, era de Interesse Público. Na mesma reunião, o presidente da Junta de Freguesia, Vítor Manuel Fernandes, deu a conhecer uma candidatura ao programa de financiamento PRODER para a recuperação do edifício e adaptá-lo com as condições para exposição de produtos locais, servir de local de apoio aos diversos desportistas que apareçam por Malcata, podendo funcionar como balneário e de espaço para guardar as tralhas dos desportistas e/ou turistas. O projecto incluía também uma sala para exposição de produtos locais, provas gastronómicas e até algumas refeições ligeiras. O projecto da obra foi enviado para os serviços técnicos da Câmara e foi aprovado.
    Desde que foi inaugurado, tem sido utilizado para a actividade “Mãos na Massa” e no seu interior permanece uma exposição de artesanato e alguns quadros da actividade “Pintar Malcata” e é neste espaço que tem decorrido a feira de artesanato. Nesta obra de recuperação, que diga-se, veio dar uma nova cara ao edifício e foi uma valorização patrimonial para a aldeia. A obra custou 80.186,92 € e teve apoios do PRODER. Pergunto se alguma vez foi usado por turistas ou desportistas, se o espaço serviu para alguma actividade cultural, divulgação da nossa gastronomia, etc. (para além da feira anual de artesanato, claro).
   Sabem, fico surpreendido pela atitude tão despreocupada da população em relação ao papel que o antigo quartel tem desempenhado. Com as obras ali realizadas, com a falta de instalações com condições dignas, dói-me a alma não ver aquele edifício mais vezes de portas abertas à comunidade e aos artistas de todas as artes e saberes.
   Atrevo-me a perguntar ao povo de Malcata se pensam que o antigo quartel é o melhor e o mais funcional local para a realização das feiras de artesanato, em detrimento, por exemplo, da Praça do Rossio. Aqui há espaço para o palco, para instalar as barraquinhas, para integrar o Forno Comunitário no espírito da própria feira, sendo uma excelente oportunidade para dar a conhecer o “pão” da nossa aldeia, o bar da festa aberto, mais facilidade de acesso a todos, o próprio ambiente parece-me mais acolhedor e menos frio que lá para o Cabeço.
   É importante ter consciência do que se vai passando na aldeia. A obra do quartel está acabada e ponto final, dirão alguns de vós. Mas essa não é a minha opinião, pois soube da obra e algumas informações do fim a que se destinavam para os tempos vindouros. Lembro que a obra foi dada por concluída em 2013, ano de eleições para a Junta de Freguesia. Há quem tenha colocado um “ponto final” neste assunto. Eu prefiro substituir esse ponto final por uma pergunta: porque não preservaram a história, as memórias, o interior do quartel devidamente recuperado e dele fazer um ponto único, marcante e atractivo e honrar todos os que de uma forma ou de outra, nasceram, sobreviveram, combateram aqueles tempos do contrabando?
   É para evitar erros de planeamento, de estratégias e de debate das coisas públicas, que há necessidade de maior participação do povo na gestão da coisa pública, sejam obras novas ou de recuperação, quando implica dinheiro e recursos públicos, há que ir mais além da decisão tomada apenas nas paredes das juntas de Freguesia.
   Desenganem-se todos aqueles que não se incomodam ou aqueles que só passam palmadinhas nas costas e contra nada dizem.
   Pensem lá um pouco, um pouquinho mais que até agora, vejam lá se, unidos e juntos conseguimos transformar a aldeia de Malcata numa comunidade auto-sustentável, uma aldeia ribeirinha e de montanha.
   Acreditem que Malcata vai mudar! Está nas nossas mãos realizar esse sonho e se nós quisermos mesmo, Malcata transformar-se-á na melhor aldeia para viver uma vida com todo o sentido.
   As decisões são todas importantes. Mais digo, as minhas decisões não as podem tomar outras pessoas. Qual será a sua decisão? Viver e lutar simplesmente para sobreviver, para ter a comida que o mantenha vivo para lutar pelo amanhã, ou viver desafogadamente? A decisão é sua, é minha, é de cada um de nós. O destino é meu, é vosso e cada um pode escolhê-lo e vivê-lo. Se não fizermos a nossa escolha, corremos o perigo de viver condicionados pela escolha dos outros.
  
  






1.3.17

EXPOSIÇÃO DE PINTURA EM MALCATA


    Abriu no passado dia 26 de Fevereiro de 2017, uma exposição de pintura, na sede da Associação Malcata Com Futuro, na Praça do Rossio, nº13, em Malcata.