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AI ENTRUDO AI ENTRUDO

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     O Entrudo é sinal de alegria, muita diversão e borga até às tantas. É uma festa de origem pagã e comemora-se sempre numa terça-feira, 47 dias antes do Domingo de Páscoa. No dia do Entrudo havia vários momentos de cariz comunitário e toda a gente assinalava o fim do Inverno e a chegada da Primavera. Mas depois, a religião veio mudar algumas coisas e uma delas foi encurtar os dias de festa.   Contudo, nunca conseguiu acabar com o Entrudo porque o povo o festeja antes do início da Quaresma. Assim o Entrudo festeja-se até à Quarta-Feira de Cinzas. É uma alegria quando os entrudos entram no lar da aldeia.    - Olha que entrudos! Ai mãe do céu, mas que acareios!     - Ó Maria, hoje é entrudo. Canta e ri, porque esta vida são três duas e o entrudo dois!     - Tens razão Manel Zé! Ai se fosse noutros tempos...quando eu era mais rapariga,        o entrudo era para a borga…    A conversa foi interrompida pelos entrudos que entraram na sala.     - Olhem estes, quem são estes entrudos?      

DOMINGO GORDO E GALOS

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  Quem tem lembranças desta tradição?                                                                                  ( Morte do galo)        Hoje é um domingo como muitos outros domingos do ano. Em tempos que já lá vão, o último domingo antes do início da Quaresma, era um domingo diferente, além de ser dia de descanso, era dia de comer bem. E o que era comer bem na aldeia? Se tivermos em conta a tradição da matança, as mulheres quando guardavam a carne do porco já o faziam a pensar nos dias mais importantes, como é este dia de Domingo Gordo.    Há na minha memória umas imagens muito ténues sobre as coisas que aconteciam na nossa aldeia na tarde de Domingo Gordo. Dessa cerimónia, recordo-me que a rapaziada pendurava uma corda de um lado ao outro da largura da estrada e a meio penduravam um galo. O povo juntava-se na tarde de Domingo Gordo e assistia ao jogo que consistia em acertar no galo, com uma vara e de olhos vendados.   Não sei se também o faziam montados num cavalo ou num burr

O ENTRUDO NA ALDEIA

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     O CÂNTARO E AS BUGALHAS Atirar um cântaro de barro para dentro da casa da moçoila nada diz para um qualquer grupo de jovens desta "geração à rasca".    Mas nos anos 50, 60 os rapazes da raia, na região do Sabugal, curtiam à brava e era uma das brincadeiras preferidas da juventude da "geração emigração". E aquilo até não tinha grande dificuldade em levar a cabo. Tratava-se de pegar num cântaro de barro inutilizado, encher com bugalhas secas e escolher a vítima. Em grupo a brincadeira tinha outro sabor e por isso na noite vespertina da terça feira do entrudo ( carnaval ), juntavam-se e com o(s) cântaros preparados, escolhiam as casas das vítimas e tinham preferência por aquelas onde havia raparigas em idade de namorar. Depois de anoitecer, protegidos pela escuridão da noite e apenas com a luz da lua, iam até à primeira casa a visitar. O grupo escondia-se debaixo da varanda da casa. No momento certo, um elemento subia com muito cuidado as escaleras ( escadas ),

OS ENTRUDOS DE MALCATA