O Dia Mundial das Florestas este ano ficará na memória de muitas crianças, jovens e adultos do nosso concelho. O Município, em colaboração com as Escolas do Concelho (pré-escolar, 1ºe2ºciclos"), Centro de Saúde do Sabugal, ICNF, Bombeiros Voluntários, Sapadores Florestais, Junta de Freguesia de Malcata, Assembleia de Compartes de Baldios de Malcata e Zif de Malcata assinalaram esta data com diversas actividades pedagógicas,informativas e lúdicas.
Um homem é capaz de transformar o mundo com a sua atitude.
Em Julho visitei Malcata e fui até á
Zona de Lazer da Rebiacé. Foi para este espaço que a Câmara Municipal do
Sabugal atribuiu dez mil euros e uns trocos para a aquisição e construção de um
bar e um parque infantil. Recentemente fiquei um pouco confuso porque a câmara
rebaptizou o mesmo espaço como Zona Balnear de Malcata.
Guerra de nomes à parte, vou falar-vos
sobre o parque infantil situado junto à piscina fluvial e parque de lazer.
Trata-se de um equipamento recente, construído pela Junta de Freguesia, com o
apoio da Câmara Municipal e do qual toda a gente gosta e muitas crianças já
experimentaram e de lá vêm felizes.
Tudo naquele parque infantil se
apresenta em bom estado de utilização e até agora, que tenha informação, não
ocorreram acidentes.
Como é do vosso conhecimento agora em
Malcata existem dois parques infantis. Pela sua localização e por quem os decidiu
executar, são ambos da responsabilidade da junta de freguesia.
Pois é assim, não basta construir ou
mandar fazer. Quando se trata da construção destes equipamentos de jogos e
recreio, maioritariamente utilizado pelas crianças, há regulamentos que não
devem ser ignorados e que têm que ser implementados.
Penso que em ambos os parques infantis
da nossa freguesia há falta de informação, ou seja, a ausência dessa informação
embora não ponha em causa a utilidade e uso dos parques e já o mesmo não se
pode dizer da preciosa ajuda e eficiência em casos de situações imprevistas ou acidentes
inesperados só porque uma criança ali está a divertir.se. Mesmo quando se ouve
pelo povo que as crianças são irrequietas, os acidentes acontecem na mesma com
avisos ou sem nada, a lei é muito clara quanto aos bom funcionamento dos
espaços de jogos e recreio, nomeadamente quanto à colocação de avisos ( ou
informação ) em local bem visível e de leitura fácil, indicando a entidade
responsável pelos espaços em causa, a identificação da entidade que fiscaliza (
no caso dos parques de jogos e recreio públicos das autarquias, é a ASAE),
informação sobre a localização do telefone mais próximo, a localização e o
número de telefone da urgência hospitalar mais próxima e ainda o número
nacional de socorro.
Sabemos todos que não foi por falta de
espaço que não está afixada essa preciosa informação, que contribui para uma
ajuda mais rápida e dá alguma tranquilidade aos pais ou familiares das
crianças.
Aproveito também para deixar um alerta
para que a autarquia verifique se os parques infantis estão ou não abrangidos
por algum seguro de responsabilidade civil e se está em vigor, bem como a
existência do livro de inspecção e manutenção devidamente preenchido onde
contenha também as datas e os trabalhos feitos e/ou a realizar.
Tudo isto porque pode estar em causa a
saúde e a segurança das crianças que utilizem aqueles parques infantis, seria
bom para todos a afixação da informação que a lei determina. Lembro que, no
caso destes espaços públicos, fiscalizados pela ASAE, o não cumprimento da lei
constitui contra-ordenação punível com coima. José Martins
Há dias, o Parlamento da Catalunha, aprovou uma proposta assinada por 180 mil pessoas que proíbe as touradas naquela região a partir de Janeiro de 2012. Touradas em Espanha são uma tradição secular, mas que aos poucos vai tendo gente que pensa de forma diferente. E a votação do Parlamento foi o resultado de uma petição levada ao Parlamento por um grupo de cidadãos liderados pela plataforma Prou. A principal praça de touros de Barcelona, uma das mais antigas de Espanha, vai ficar vazia, uma vez que o apoio à petição ganhou tanta força que marcou a diferença. O movimento de cidadania ( não de pessoas irresponsáveis ), foi determinante na mudança da lei, como o também podia ser o movimento "Vamos Salvar Sortelha" caso houvesse mais vontade das autoridades em aceitar que por vezes erram nas suas decisões.
Esta decisão tomada pelo Parlamento da Catalunha é um exemplo para que "todos os cidadãos que acreditam e lutam que vale a pena exercer o direito de apresentar, individual ou colectivamente, aos orgãos de soberania. aos orgãos da nossa região ou a quaisquer outras autoridades petições, representações, reclamações ou queixas para a defesa dos seus direitos, da Constituição, das leis ou do interesse geral e, bem assim, o direito de serem informados, em prazo razoável, sobre o resultado da respectiva apreciação".-Artº52º(Direito de Petição e Direito de acção popular).
O movimento cívico "Vamos Salvar Sortelha" continua com uma petição online, tendo até este momento recolhido 1122 assinaturas, todas com o intuito de impedir a destruição da envolvente paisagística e histórica de Sortelha. As obras do parque eólico nas imediações da Aldeia Histórica de Sortelha estão a avançar a um ritmo assustador e têm recorrido ao uso de explosivos para destruir o meio ambiente, mesmo que de rochas se tratem. Não é uma obra no litoral algarvio, porque aí todos os lobbys do turismo sairiam em defesa dos seus hotéis, condomínios luxuosos ou montes paradisíacos dado que iriam afastar os turistas. Mas, Sortelha fica no interior, não há interesses a defender e fiados nas ilusões dos investidores baixam os braços e aceitam umas notas de euros para que os terrenos rendam já que o trabalho dá muita canseira.
Em Sortelha, pelos caminhos que servem as eólicas, o Presidente da Câmara do Sabugal, engenheiro, já rabiscou um projecto de por exemplo, cito frase da entrevista dada ao Capeiaarraiana:"para um centro interpretativo da energia ao longo da história".Fim de citação.
E que pensa fazer com os outros caminhos dos outros parques eólicos de Malcata, Aldeia Velha, Fóios...as aldeias estão a entrar num autêntico campeonato para ver quem consegue exibir mais torres eólicas!!! Nestes últimos tempos tenho visto nascer à volta das serras do concelho do Sabugal mais torres eólicas do que crianças nas maternidades da região. É duro, é triste, mas a realidade é mesmo esta. E eu não sou contra as energias renováveis. Eu sou contra a forma como estão a aparecer os parques eólicos, escondidos nos sub-parques, fugindo assim, a muitas condicionantes que reprovariam a construção dos mesmos. O pior é que as autoridades sabem destas jogadas e aprovam com pareceres favoráveis. O preço destas irresponsabilidades e destas "engenharias" vai ser muito caro e além do impacto visual e ambiental, a região poucos benefícios directos da energia eólica irá beneficiar. São os consumidores das grandes cidades do litoral, que são os grandes consumidores de energia, que beneficiarão, mas são as pessoas do interior a aguentar e a suportar os estragos. Infelizmente, muitas pessoas do interior, muitas pessoas das nossas aldeias beirãs, continuam a acreditar que o desenvolvimento está em ter barragens, auto-estradas, centros comerciais, parques eólicos. Aqueles que vivem no interior vivem demasiado concentrados a compararem-se com os que vivem no litoral. As pessoas do interior deviam era lutar pela vida, pelo aumento da natalidade, porque sem pessoas de nada serve tudo o que nos rodeia. Deviam lutar pela melhoria das estradas nacionais, por exemplo, a Nac.233(Sabugal-Guarda) e outras, pela coesão do concelho, pelo desenvolvimento das estruturas já existentes. O turismo é uma das alavancas para salvar a nossa região. Apoiar os empresários da nossa região, acarinhar e incentivar aqueles que diariamente trabalham para que as pessoas que nos visitam se sintam bem recebidas, comam e levem as nossas tradições, a nossa cultura e voltem mais vezes, simplesmente porque foram amados.
A região já tem as barragens e os parques eólicos suficientes. Abandonem esse campeonato de ser a aldeia que mais eólicas tem na sua terra. Preservem a paisagem, as culturas, as tradições e a história.
Mas será mesmo isso que todos queremos?
A minha filha revoltada prometeu-me “Pai, quando for grande, eu e o mano, vamos abrir a escola outra vez”. Ela só deixou de chorar pelas 11 horas da manhã, quando ouviu o seu antigo professor dizer “tem calma, eu estarei sempre aqui, na sala ao lado Dificilmente se apagará da minha memória aquilo que vivi no dia 15 de Setembro de 2008 na freguesia de Baraçal. Algo de surrealista que nunca pensei experimentar na minha vida. Abracei a minha filha às 8 da manhã para lhe dizer que era dia de voltar à escola. Já tínhamos tudo preparado do dia anterior, mochila, livros, canetas, lápis, etc.. Ela levantou-se muito satisfeita, iria reencontrar o seu professor (aquele de quem tinha falado mais de 1000 vezes durante as férias), a sua cadeira e a sua escola. Tão feliz que ela ia… Nada! O professor não chegou… Eram 9.30 e nada! Nem professor, nem noticias, nem NADA! Um autocarro da firma Viúva Monteiro, Lda. Chegou logo a seguir. O condutor, educadamente, comunicou que vinha buscar as crianças com destino à escola do Sabugal... A minha filha desatou aos gritos “ Eu não quero ir para o Sabugal, quero a MINHA escola!”. Ouvi da boca das crianças palavras nobres, palavras “ocas” para alguns, mas que soam como bombas nos meus ouvidos “Eles são pessoas más, pois não pensam no sofrimento das crianças”. Um homem não chora, mas as lágrimas forçaram a saída. Arrasado foi tomar um café, na única cafetaria da aldeia, onde deparei com a dona lavada em lágrimas. Chorava pela falta das crianças, pela falta do professor (que todos os dias ali ia almoçar), pela falta dos pais que ao levar as crianças ali paravam para tomar o café. Confessei que nada mais podia fazer e as lágrimas também voltaram a assomar. Ao sair do café deparei com uma senhora a chorar e a dizer “Já nos levaram os nossos meninos, só conheci o Alexandre, mas iam lá os outros todos. Que serás de nós, sem o barulho das crianças, sem a sua alegria?”. Para ela, avó de QUATRO das crianças, e para toda a população o choque foi grande. Acabámos de perder a única coisa que ainda tínhamos! Para quem tem tudo não percebe este sentimento.Revoltam-se quando ouvem falar no fecho do serviço de urgências, ou no encerramento do Tribunal, mas não se compadecem daqueles que até o pouco que têm lhes é arrebatado. Fiquei triste, amargurado e desiludido com o “sistema”. A política não é o que eu pensava, não se age a pensar no bem comum, mas sim no bem de alguns. Se são necessários alunos aqui então vamos buscá-los ali, custe a quem custar. E não me venham com a treta do costume “e a qualidade de ensino?” quando sabem perfeitamente que a escola do Baraçal tem MUITO melhores condições para o ensino que a do Sabugal. “Mas são poucos alunos, e assim não aprendem a viver em sociedade” dizem eles. Pois é, era bom que não aprendessem a viver nesta sociedade hipócrita, era bom que aprendessem o verdadeiro significado da palavra justiça e solidariedade…A minha filha revoltada prometeu-me “Pai, quando for grande eu e o mano vamos abrir a escola outra vez”. Ela só deixou de chorar pelas 11 horas da manhã, quando ouviu o seu antigo professor dizer “tem calma, eu estarei sempre aqui, na sala ao lado.” Como dizia uma menina, eles não sabem o sofrimento que causam nas crianças. Eu acrescento - eles não sabem a dor que causam quando nos sentimos pisados. Por: Luís Carlos Lages
Este artigo foi publicado no jornal "Cinco Quinas" e não pode ficar esquecido. Eis o retrato real do estado em que está a educação no nosso país. Li, acreditei e não posso ignorar. Façam o mesmo.
QUE CANTEM AS CRIANÇAS QUE VIVEM EM PAZ E AQUELAS QUE SOFREM DOR.
QUE CANTEM POR ESSAS QUE NÃO CANTARÃO PORQUE APAGARAM A SUA VOZ.
EU CANTO PARA QUE ME DEIXEM VIVER. EU CANTO PARA QUE SORRIA MAMÃ
EU CANTO PARA QUE VEJA O CÉU AZUL.
E EU PARA QUE NÃO ME POLUAS O MAR.
EU CANTO PARA OS QUE NÃO TÊM PÃO.
EU CANTO PARA QUE RESPEITEM A FLOR.
EU CANTO PARA QUE O MUNDO SEJA FELIZ.
EU CANTO
PARA NÃO ESCUTAR O CANHÃO. .......
Este texto é uma tradução "livre" de uma canção do cantor Jose Luis Perales, cujo título original é "Que canten los niños". Ouçam e voltem a ouvir e depois voltem a ouvir.
Quem não teve um pião na sua meninice? E quantas "pioscas" se racharam com o nosso pião de estimação? Os miúdos de agora olham para o pião e querem aprender a lançá-lo, a apanhá-lo e colocá-lo na palma da mão a dar voltas e voltas. Qual GameBoy ou PS1,2,3...o jogo do pião era a alegria dos garotos. Belos tempos esses...