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MALCATA: O ENTERRO DE J.N.R.J.

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     Que memórias tenho da Sexta-feira Santa em Malcata?    As minhas são as de um jovem, nascido nos anos 60, que até aos 11 anos vivia na comunidade malcatenha.    Nesses tempos, a religião católica é que determinava e orientava os comportamentos dos aldeões, pessoas trabalhadoras, respeitadoras das leis da Igreja e dos políticos que mandavam no nosso país. Quem sabia escrever e ler, por vezes entendia a vida de modos diferentes da maioria, por eles não saber ler e escrever.    O povo era muito crente e muito devoto. A igreja, aos domingos e nas festas religiosas, enchia-se de fiéis, rezavam, cantavam, iam às procissões e às confissões. Eram tempos bem diferentes!    E na Sexta-Feira Santa, tudo era escuro e triste. Os adultos cumpriam os preceitos decretados pela Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana, mesmo os mais ricos, que não se importavam de pagar a bula e assim ter carne na mesa. Já nessa época, o pobre obedecia e o rico buscava forma de mostrar quem mandava na vid

AINDA ONTEM...LHE SORRI!

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     Hoje quero lembrar-me do Tó ( António), um primo ainda que de forma afastada, pertence aos membros da minha família. É que ao lembrar-me dele, lembro-me também do seu filho, o rapaz com quem me divertia e que na igreja ajudávamos o padre Lourenço a limpar os dedos das mãos e no fim de tudo, pegar na cana e ir de altar em altar, de vela em vela para as apagar, deixando que a luz da lua entrasse pelos vidros dos caixilhos das janelas.    O pai do meu amigo foi homem de trabalho, de ir para o campo e levar com ele o burro e as cabras. Há uma imagem que me ficou gravada e um dia até registei para memória das minhas paixões de andar com máquina de fotografias. Aquela terra foi tantas vezes cavada, lavrada, tractorada e ali passou muito do tempo da sua vida de agricultor.    Quando me encontrava na rua da Fonte, dirigia-me sempre a palavra:    - Então João, como andas tu? Bem, não é?  Olha, o Augusto lá anda pela França! Ele assim quis ...a vida...não é aquilo que muitas vezes pensam

A PÁSCOA E AS TRADIÇÕES

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   SONS DA PÁSCOA    A Semana Santa está cheia de sinais e sons que ainda hoje alguns nos fazem arrepios. Esta é uma semana carregada de simbologia, de sofrimentos e de penitência. Em tempos não muito longínquos, a Igreja Católica pegou numa série de símbolos e sinais que remetia os fiéis para momentos incríveis e até com alguns medos. E as matracas, que substituíam o tocar dos sinos, faziam-se ouvir pelas ruas da aldeia. Som estranho, som incómodo quando o sacristão passava na minha rua.      Em sinal de luto, não se tocavam os sinos e todos os altares da igreja eram tapados com panos roxos, dando ainda mais uma imagem triste, sombria, mesmo de terror.     Pelas ruas da nossa aldeia o sacristão chamava as pessoas para as cerimónias que iam decorrer na igreja e à volta do povo. Não dava para esconder o ambiente pesado e macambúzio que se vivia na aldeia até ao Sábado de Aleluia. Eram rostos de tristeza e pesar que se viam pelas ruas da povoação e quando a noite se aproximava na sex

SÁBADO DE ALELUIA EM MALCATA

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Os sinos do campanário da igreja de Malcata           Chegou o Sábado de Aleluia. Na aldeia de Malcata no Sábado de Aleluia era costume celebrar-se uma missa por volta da meia-noite. Era uma cerimónia bastante participada e animada. As pessoas levavam consigo campainhas e chocalhos que ainda hoje os ouço a badalar ao mesmo tempo que os sinos do campanário da igreja repinicavam e se anunciava a Ressurreição de Jesus Cristo, enquanto os fieis cantavam “Aleluia, Aleluia, Aleluia, Cristo Ressuscitou”.    E no fim da Missa de Aleluia toda a gente regressava a suas casas alegres e bem-dispostos.    Era assim o Sábado de Aleluia na minha aldeia, quando eu ainda era garoto.    Em 2007 a Marta comentava com estas palavras o tocar dos sinos:     " O raio dos sinos que não nos deixaram dormir...    Tocaram toda a noite, os sinos de Malcata!"    E hoje como vai ser?       CRISTO RESSUSCITOU!     ALELUIA, ALELUIA,ALELUIA!

A PÁSCOA EM MALCATA

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   A igreja de Malcata antes de Domingo de Páscoa apresenta-se despida      A Páscoa é um dos mais importantes eventos cristãos. Nesta época, comemora-se a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação no dia de Sexta-Feira Santa.    Quero saber o que costumam fazer os malcatenhos nesta quadra e/ou as experiências que vivem ou viveram nesta Páscoa ou noutras já passadas.

PÁSCOA NA ALDEIA

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ALELUIA, ALELUIA...ESTAMOS VIVOS!

ALELUIA

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Aleluia!