Este ano, realizou-se a "X Feira de Artesanato e Sabores" em Malcata. Esperava ver nas imagens divulgadas, alguns artesãos e produtos agrícolas ou gastronomia usual na nossa aldeia - como batatas, alfaces, tomates, pimentos, abóboras, feijão verde, pão caseiro cozido no forno a lenha, alguns enchidos, queijos de cabra, filhós, aletria, arroz doce, papas de milho e caldudo, que é aclamado como a sopa mais típica da aldeia, mel em frascos e em favos, licores com ervas naturais, chás e outras ervas, flor de carqueja...
Mas infelizmente, as imagens divulgadas pela Freguesia de Malcata, não consegui ver estes produtos, nem artesanato genuíno e típico da aldeia e quanto a sabores, a amostra piora ainda mais! Fico com a sensação de que foi mais uma feira de "penduricos". "crepes" e pipocas doces e coloridas a gosto que as pessoas de fora vieram fazer, mas que eu saiba, os sabores em Malcata são outros.
Salvou-se a animação do recinto. Os artistas convidados marcaram os dois dias, ou antes, as duas noites, de feira. Claro, vêem-se as pessoas alegres, com sorrisos e a desfrutar do evento e os mordomos agradecem a ajuda que a Junta de Freguesia tem vindo a oferecer.
Deixo aqui algumas questões para quem quiser responder:
1-O que mais gostou na X Feira de Artesanato deste ano?
2-Qual foi o "artesão" ou "sabor" que mais surpreendeu?
3-Que tipo de artesanato e sabores gostaria de ver no próximo ano?
4-Convidava alguém de fora da aldeia e que nunca tenha vindo, a visitar?
A Feira deste ano está encerrada e deixou no ar o cheiro a coisas doces e sons de música, sapateado e "sevilhanas" que trouxeram mais brilho ao Rossio.
Mais do que uma feira, tratou-se de reencontrar gente da terra e de outras paragens, que raramente se encontram durante os outros meses do ano. Fica a confirmação da falta de artesãos e de verdadeira aposta nos genuínos sabores da nossa terra, que sabemos, existem e são de qualidade top. São duas vertentes que identificam e valorizam a freguesia.
Está a ser uma semana de festa, hoje é o penúltimo dia e vésperas do grande dia da festa. É natural que já se sintam cansados e com ressaca emocional, física, então depois de pipocas e crepes, de sumos e outras doçarias, o sol não foi mais brilhante porque era já noite adiantada, com sorte por não terem vindo carros e camionetas cheios de gente, assim pelo menos os da terra não tiveram que explicar o que se vendia na feira da praça. Bem, e se os que ali foram, mas não compraram nada ou quase nada, pelo menos levaram calor no corpo de tanto bailar.
Que venha a próxima feira, com outra roupagem, com mais artesanato, com mais sabores e cheiros saídos do forno comunitário e claro, queijos feitos com o leite recolhido pela maquinaria da sala de ordenha que, Deus queira, estar em pleno funcionamento no edifício do cabril de Malcata, lá em cima nos baldios.
Eu quero acreditar que a XI Feira de Artesanato e Sabores de,...e não em Malcata será um sucesso de toda a freguesia.
José Nunes Martins
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