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20.3.15

FAZER O QUE DEVE SER FEITO

                                                                  Parque de Penamacor 3B bem longe de Penamacor
                                                                                ( Só não vê quem não quer...)


É tempo de arregaçar as mangas e depois de gritarmos “basta” iniciar a caminhada da mudança. O concelho do Sabugal merece um presente bem melhor e um futuro promissor, onde os jovens se sintam parte do território. Olhem para a aldeia de Malcata e ouçam os gritos dos seus habitantes. É tempo de dizer aos senhores que se têm apresentado com pele de cordeiros que um povo necessita de comer, trabalhar, viver com sossego e tranquilidade e com a viva esperança de ver e sentir as pessoas felizes. Os recursos naturais são um bem comum e não só de alguns. É tempo sim, de pelo menos, lutar.Também não sabemos se vamos ganhar ou se ainda vamos a tempo, mas pelo menos estamos a fazer por isso e vamos continuar a tentar fazer o que nunca foi feito: lutar contra o “sobreequipamento do parque eólico de Penamacor 3B”, em terrenos de Malcata.

8.3.15

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DO SABUGAL A FAVOR DE MALCATA


MOÇÃO
(apresentada hoje na Assembleia Municipal do Sabugal e aprovada , por maioria, com 14 abstenções) 
Os membros eleitos da CDU na Assembleia Municipal do Sabugal declaram desde o início que estariam, sempre, ao lado das populações do concelho, fosse onde fosse e por que causa fosse, desde que essa causa fosse justa, pelo que, pelas informações de que dispõem e tendo em conta diversas fontes e a vontade da população, expressa através de, pelo menos, três abaixo-assinados e uma reunião plenária, não podem virar as costas à problemática relacionada com a ampliação do Parque Eólico de Penamacor B3, na freguesia de Malcata, deste concelho.
Assim,
Considerando que: 
Já são três os abaixo- assinados que foram subscritos por, respectivamente, 61, 43 e 107 pessoas, todas residentes em Malcata. A população de Malcata não está dividida porque diz maioritariamente NÃO à ampliação do Parque Eólico; 
O processo, podendo não ter falhas do ponto de vista legal tem-nas do ponto de vista procedimental. Foi cego nos aspectos sociais, de ordenamento / ocupação do território, de respeito pela população de Malcata; 
Malcata considera que está em causa o seu supremo bem-estar, sua qualidade de vida, o futuro da aldeia;
As gentes de Malcata já dão, com os 19 aerogeradores existentes, uma contribuição significativa para a estratégia nacional de combate às alterações climáticas, sem contrapartidas económicas para a microeconomia local e têm todo o direito de continuar a viver, condignamente, na sua terra; 
• As terras de Malcata contribuem ainda significativamente para o PIB nacional, através da Barragem do Sabugal e do Parque Eólico e recebem em troca desconsideração;
A mais-valia local resume-se a umas migalhas que alguns recebem pelo arrendamento dos terrenos, tendo por trás uma intermediação que se apropria com 50%, de uma forma amoral, oportunista e de legalidade muito duvidosa; 
A menos –valia local é substantiva e determinante, em termos de ruido, de paisagem, fauna, flora, desvalorização de activos (casa, terrenos) e todos os malcatenhos são afetados pelo PE;
• As gentes de Malcata solicitaram às autoridades ambientais que sejam considerados e mitigados os efeitos ambientais conjugados da Barragem e do Parque Eólico.
A população de Malcata queixa-se que não obtém respostas a cartas (3 para APA e 2 Para o Sr. Ministro), aos abaixo-assinados (3 para APA) e aos e-mails (7 para o Gabinete do Ministro). Não considera o Ministério que a população tem direito ao esclarecimento?
Por tudo o que foi supra exposto, a Assembleia Municipal do Sabugal, reunida em Sessão Ordinária, no dia 27 de Fevereiro de 2015 delibera: 
- Manifestar o seu repúdio à forma como decorreu a implantação das 19 torres eólicas sem envolvimento da população, das coletividades e associações, e sem a mínima preocupação de dinamização da micro-economia local, de criação de emprego local, directo ou indirecto, de patrocínio de actividades culturais, desportivas, recreativas , etc;
- Repudiar todo o processo associado à ampliação do Parque Eólico, denominado Penamacor 3B, que nitidamente menorizou a vontade de uma população e a sua preocupação em termos do ruÍdo subjacente;
- Instar a Câmara Municipal do Sabugal a iniciar um diálogo, que se espera construtivo, com os representantes da população de Malcata, nomeadamente com o Movimento Malcata Pró-Futuro, para impedir a possibilidade da ampliação;
- Instar as autoridades ambientais a iniciar um processo que considere os efeitos ambientais conjugados da Barragem e dos 19 aerogeradores existentes e consequentemente a definirem as adequadas medidas de minimização e de compensação; 
- Instar o Município do Sabugal a, com urgência, descriminar positivamente Malcata, em termos de projectos de investimento e de orçamento, atendendo à situação de desequilíbrio e de iniquidade que hoje se verifica.
-Dar conhecimento do resultado votação da Moção aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República, ao Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia e à Agência Portuguesa do Ambiente
Sabugal, 27 de Fevereiro de 2015
O grupo da CDU na Assembleia Municipal do Sabugal
João Carlos Taborda Manata
João Manuel Aristides Duarte


26.1.15

EM MALCATA AS COISAS PIOR NÃO PODEM FICAR. OU SERÁ QUE PODEM?

    O povo de Malcata já expressou a sua opinião e os jornais, televisões divulgaram a notícia. Os malcatenhos aguardam uma resposta ao seu apelo. Coisa que não esperam é serem outra vez ignorados e esquecidos por aqueles que têm o dever de lhes dar atenção. O grito do povo é a voz clara de quem já está molhado e por isso não tem medo da chuva.
   São poucos e na aldeia a maioria são idosos, mas são o suficientemente fortes para não se deixarem levar ao sabor do vento e continuarem a deixarem-se aprisionar pelos que se acham donos e senhores dos seus territórios e da nossa região.
   Ainda bem que o sol quando nasce é para todos.
   Só não chega à meta aquele que não avança pelo caminho, mesmo que só consiga dar um passo de cada vez. O importante é chegar ao fim e sentir que valeu a pena caminhar.
   Malcata está viva!

24.1.15

TODOS POR MALCATA



Malcata continua a ser notícia na comunicação social. Ultimamente tem-se escrito muito sobre o aumento do número de torres eólicas à volta da aldeia. Sabemos que alguns residentes em Malcata estão de acordo e afirmam que até são uma mais valia para a terra, são sinal de desenvolvimento e vieram valorizar terrenos que nada valiam.
As eólicas não apareceram do dia para a noite, mas foram implantadas aos soluços e hoje já contamos 19 e querem instalar mais 6, desconhecendo se a coisa fica por aqui.
Como é que a população da aldeia de Malcata tem lidado com a industrialização dos seus montes?
Os residentes em Malcata são quem mais estão incomodados com a presença das torres metálicas, bem visíveis de qualquer canto da povoação e que a ninguém passam despercebidas. Daí existir mais  oposição dos habitantes de Malcata em relação os habitantes do Meimão.
Já pensaram o que será daqui a 20, 30 ou 50 anos? Quando as torres eólicas ficarem obsoletas e já não derem lucro e for necessário desactivar o parque eólico, o que se seguirá? Limpar tudo e deixar tudo como estava é a obrigação da empresa detentora do parque eólico. Mas será de acreditar que nos espaços onde durante esses anos todos existiram toneladas de cimento, ferro e outros metais, bem enterrados e pisados pelas máquinas usadas na sua construção, renasçam frondosas árvores ou novas cearas?
Oxalá esteja errado, pois quando esse dia chegar, os planos escritos e aprovados se forem mesmo cumpridos, tudo voltará a ser como era no passado. Por essa altura já eu e muitos de nós não poderemos ver e não sei se os nossos filhos ou netos estarão interessados nisso.
A luta de hoje, que fique claro, não é contra a energia eólica. A luta hoje é a favor do nosso património natural, da nossa paisagem, da qualidade de vida e o bem- estar dos que vivem em Malcata e também dos que desejarem um dia viver em Malcata num ambiente limpo, tranquilo e saudável.
A luta de hoje é contra aqueles que querem criar a desordem no território que não é deles, mas de todos nós, reconhecido a nível nacional e internacional, como território com valor patrimonial natural e paisagístico. Não podemos esquecer a classificação atribuída à Serra da Malcata e a Albufeira da Barragem. Se para umas coisas o povo de Malcata está impedido de alterar ou realizar obras, porque razão outros estranhos podem? Os impactos negativos da existência das torres eólicas são sentidos mais pelos malcatenhos que aqueles que investiram nesta obra, pois são os residentes na aldeia que diariamente vivem perto delas.
Para além das rendas anuais recebidas pelos donos dos terrenos onde instalaram eólicas, que outros rendimentos existem? Sabe-se que a Câmara Municipal de Penamacor e a Câmara Municipal do Sabugal ganham 2,5%, mas não nos revelam o seu valor em euros. Porque não dão a conhecer esses rendimentos? Tem havido um completo desconhecimento por parte dos habitantes de Malcata e dos munícipes do Sabugal, dos destinos dados ao dinheiro recebido. Porque não revelam o fim desse dinheiro?
Ao não dar o que recebem e onde aplicam os rendimentos do parque eólico, no meu entender, tanto a Câmara Municipal do Sabugal como a Junta d Freguesia de Malcata, estão a falhar. Seria bom, caso esteja a haver ou vá existir, rendimentos para além dos recebidos pelos proprietários particulares, dar a conhecer os valores recebidos e onde investiram ou irão investir ou gastar esse dinheiro.
Malcata é uma aldeia com poucos residentes e muitas das habitações permanecem vazias durante quase todo o ano. São casas de emigrantes e estes vêm à terra uma ou duas vezes durante o ano. Não acompanham devidamente o processo de construção do parque eólico. E tem sido através dos jornais, das televisões e das redes sociais que seguem à distância o desenrolar das obras.
Em Malcata, falar das “ventoinhas” ou das “caravelas” tem sido assunto tabu e até ao surgimento do movimento “Malcata Pró-Futuro” as pessoas mostravam-se receosas e com medo de falar sobre esse assunto. Desconheço as razões dessa forma de pensamento, mas as eólicas não deixam de ser motivo de conversas nos cafés e nas ruas da aldeia, onde cada qual expressa a sua opinião. Contudo e apesar de cada um expressar a sua opinião, muitos têm ainda receios e medos de revelar em público aquilo que realmente é o seu sentimento. Esses receios e esses medos se estiverem relacionados com o poder local, venha ele de onde vier, então é um ponto que nos deve merecer maior atenção.
As pessoas de Malcata não se podem alhear do presente e não podem ignorar o que é real aos seus olhares. Ao apostar tudo no presente, isto é, ao aceitar tudo sem se perguntar o porquê e o que se ganha com isso, estamos a desprezar o futuro da aldeia. É chegada a altura dos malcatenhos saírem da sua lareira e do quentinho do lume e mostrarem que são contra todos aqueles que apenas desejam e ambicionam o seu próprio bem-estar.

21.1.15

TODOS JUNTOS POR MALCATA

EXPANSÃO DO PARQUE EÓLICO EM MALCATA
DOCUMENTAÇÃO OFICIAL

Fonte: http://siaia.apambiente.pt/AIA1.aspx?ID=2698


Nota: clicar nas imagens para melhor leitura.


Carta assinada pelo nosso Presidente de Junta, senhor Vítor Fernandes, enviada à Agência Portuguesa do Ambiente, conjuntamente com a lista das assinaturas ( uma de outras posteriormente enviadas ):















 Lista das 61 pessoas que se opõem ao Sobreequipamento do Parque Eólico de Penamacor 3B
                                        ( São contra a instalação de mais 6 torres eólicas)




 O Movimento "Malcata Pró Futuro" afinal não se restringe a meia dúzia de pessoas! Curioso é ver a forma de assinatura das duas últimas pessoas, pois, muito dignamente e com uma atitude de autênticos malcatenhos de alma e coração, usando a sua assinatura  através das suas impressões digitais, deram um exemplo de cidadania e de saber viver que muitos dos que sabem ler e escrever ignoram.

7.1.15

LINCES DE MALCATA APRESENTAM QUEIXA À UNIÃO EUROPEIA

    Parque Eólico de Penamacor 3B ( em Malcata )

Actualmente este  parque eólico tem 19 torres eólicas instaladas e a produzir energia. A empresa Lestenergia, promotora deste parque eólico, pretende aumentar a produção de energia à custa da instalação de mais 6 novas torres eólicas. As primeiras já se encontram encostadas à Reserva Natural da Serra da Malcata. Estas novas 6 que querem instalar vão estar mais próximas da povoação, vão aumentar o ruído, vão causar ainda maior impacto visual na paisagem e condicionar para sempre o regresso do nosso gato bravo, o lince da Malcata.Para defender o nosso património natural, a tranquilidade e o sossego de um povo, para  dar voz aos que não sabem protestar e lutar contra os abusadores desta gente trabalhadora, que ainda acredita na boa fé dos outros e aceita como verdade e justo o que lhe oferecem, nasceu em Malcata o movimento "Malcata Pró-Futuro", constituído por moradores da aldeia e que querem ser porta vozes dos seus conterrâneos, exigem ser ouvidos e respeitados quanto às suas vontades e anseios.E como no nosso país não os escutam, são pura e simplesmente esquecidos e tidos como pessoas ignorantes, incultas, que se contentam com esmolas, o movimento "Malcata Pró-Futuro" enviou uma carta dirigida à União Europeia, na pessoa de Karmenu Vella, Comissário do Ambiente, que eu vos incito e peço para lerem até ao fim e expressem a vossa opinião.Malcata necessita da vossa ajuda!Malcata não necessita, Malcata não quer,mais eólicas!




Carta enviada à Comissão Europeia




A

Comissário do Ambiente

Exmo. Senhor  Comissário KARMENU VELLA

Comissão Europeia
Secretário-Geral
B-1049 Bruxelas
BÉLGICA



Malcata, Sabugal, 14 de Dezembro de 2014



Assunto: Denuncia de incumprimento de directivas relacionadas com a Rede Natura 2000  por parte da APA (Agência Portuguesa do Ambiente) aquando da emissão da DIA (Declaração de Impacto Ambiental), relativa ao Sobreequipamento do Parque Eólico de Penamacor 3B



Exmo Senhor Comissário,



Somos um Grupo de Moradores Permanentes da aldeia de Malcata que adoptou a designação “Malcata pro-futuro”. A aldeia pertence ao Concelho do Sabugal, Portugal. Situa-se na fronteira com o Concelho de Penamacor. É ladeada a norte pela barragem do Sabugal (rio Côa), a sul pela Reserva Natural da Serra da Malcata e a nordeste por uma autêntica barreira de aerogeradores. Este parque eólico situa-se exactamente na linha divisória de dois concelhos (Penamacor e Sabugal), mas impacta consideravelmente, ou quase exclusivamente, sobre a aldeia de Malcata. A densidade de geradores é muito acentuada. As fotografias emhttps://www.facebook.com/pages/Malcata-Pro-futuro/644326865688082 dão uma ideia dessa densidade.  

A instalação dos aerogeradores decorreu de uma maneira progressiva. Primeiro um, depois outro, outro..., e assim sucessivamente, sem que a população fosse consultada ou informada. O parque foi crescendo e chegou aos 19 aerogeradoressem EIA (Estudo de Impacto Ambiental).

A população considera que, mais uma vez, não foi ouvida. Pela segunda vez é desconsiderada na concretização de projectos de interesse nacional, mas de grande impacto nas suas terras.

A 1ª vez ocorreu na década de 90 aquando da construção da Barragem do Sabugal, uma barragem de fins múltiplos (abastecimento de água, rega e produção de energia eléctrica) inaugurada no ano 2000. A construção, enchimento e exploração da albufeira decorreu também sem EIA (Estudo de Avaliação de Impacto Ambiental). A população de Malcata viu alterado o seu território, em termos de paisagem, de geologia, de geomorfologia, de solos, de modificação do regime fluvial do seu rio, com alteração do meio aquático e dos habitats aí existente, sem aplicação de quaisquer medidas de compensação ou de minimização de impactes. Veja-se a esse propósito o estudo da Profª Adélia Nunes, Instituto de Estudos Geográficos, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.


Este estudo, muito claramente, torna evidente o amplo domínio de acções produtoras de impactes negativos, derivados da construção da barragem e exploração da albufeira e o restrito número de actividades com efeitos positivos. Hoje a população de Malcata convive com um lago artificial que lhe roubou grande parte do seu território. As mais-valias para a economia local, para actividades recreativas, lazer, etc., são escassas ou quase nulas.

A população de Malcata está agora muito preocupada com o projecto de Sobreequipamento e com a possibilidade de instalação de mais 6 aerogeradores no perímetro da aldeia. Nesse sentido se expressou:

·         Em fase de consulta pública através da manifestação de uma posição desfavorável, pela Junta de Freguesia, coadjuvada por um abaixo-assinado subscrito por 61 pessoas (cópia em anexo);

·         Através de uma exposição, subscrita por 43 pessoas, relativa ao Plano de Monitorização do ruído dirigida ao Sr. Presidente da APA (cópia em anexo);

·         Através de uma exposição ao Sr. Presidente da APA, subscrita por 107 pessoas, sobre fragilidades encontradas na (DIA) Declaração de Impacto Ambiental (cópia em anexo).

Consideramos que o processo relativo ao Parque Eólico de Penamacor 3B apresenta enormes fragilidades, que se adicionam, todas em prejuízo da população de Malcata, a saber:

·         A implantação dos 19 aerogeradores não foi submetida a EIA, apesar de impactarem quase totalmente sobre uma única população e apesar de o parque se situar no limite da Reserva Natural da Serra da Malcata;

·         O EIA, agora efetuado, visando o sobreequipamento, abrangeu as povoações de Granja, Malcata, Santo Estevão e Meimão. Ora, Granja é uma Quinta com 9 ou 10 habitações que se situa na outra margem da albufeira do Sabugal, a cerca de 4 kms de distância, onde residem 4 casais em permanência. As outras são habitações periódicas. Meimão fica a cerca de 6/7 kms, num vale, no sopé da encosta e na vertente oposta à da implantação prevista. Santo Estevão fica também a cerca de 6/7 kms, e tal como o Meimão, na vertente oposta à da implantação.  Em todas, o relevo natural do terreno, oculta a quase totalidade do parque, nomeadamente os 6 aerogeradores previstos.Malcata sofre na totalidade o impacto, quer a nível paisagístico, quer a nível do ruído,etc. Perante este enquadramento o que vemos no EIA e que a DIA deixa passar? Um estudo diluído que não focaliza na população verdadeiramente afectada. Ao fazê-lo, minimiza efeitos e compromete resultados;

·         Apesar do ruido ser já hoje significativo, bastante incomodativo, em zonas limítrofes da aldeia, principalmente perante ventos de oeste, a DIA não manifesta preocupação nem determina a densificação de pontos de medição, na aldeia.

·         A DIA não considera e nem sequer aflora os efeitos ambientais conjugados da Barragem e do Parque Eólico.

Malcata, tal como outras povoações do interior de Portugal, tem problemas relacionados com o abandono e o envelhecimento acelerado da população. Não é fácil encontrar, no interior de Portugal, economia subjacente. A maior riqueza é o sossego, a qualidade paisagística e pouco mais. Tudo isso está hoje comprometido com os 19 aerogeradores e com a barragem.

As gentes de Malcata já dão, com os 19 aerogeradores e com a Barragem, uma contribuição significativa para a estratégia nacional de combate às alterações climáticas, sem contrapartidas económicas para a microeconomia local. Os únicos beneficiários são os proprietários dos terrenos de implantação das eólicas e mesmo assim confrontados com uma intermediação arrendatária que, aproveitando-se da ignorância das pessoas, se apropriou de 50% da renda, de um modo usurário e oportunista.

Sr Comissário o pretendemos é apresentar uma queixa à Comissão sobre o Estado Português e mais concretamente sobre a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) porque consideramos que a emissão da DIA é omissa em relação aos seguintes aspectos:

·         Não atende às preocupações da população relativamente ao ruido, não prevendo a localização de medidores em locais significativos e não preconizando medidas que garantam o cumprimento escrupuloso do Regulamento do Ruído;

·         Não apela a alternativas à instalação do sobreequipamento, como sejam, a não instalação, o armazenamento, a relocalização para longe da população de Malcata;

·         Não considera os efeitos ambientais conjugados da Barragem e do Parque Eólico, estudo que se justifica, de todo, porque não foram feitos EIA na devida altura. Nessa medida consideramos que estamos perante um desrespeito pelas directivas relacionadas com a Rede Natura 2000 (Aves, Habitats, e fauna, nomeadamente o Lince Ibérico) sendo evidente a não referência a medidas de compensação ambiental, de valorização e recuperação dos habitats, a monitorização de açudes tradicionais, de exclusão do pastoreio, etc.

·         Não apela à necessidade de envolver minimamente as comunidades locais, associações e proprietários.

Sr. Comissário, a população de Malcata considera que está em causa o seu supremo bem-estar, a sua qualidade de vida, o futuro da sua aldeia. O que legitimamente pretendemos é que o Estado Português considere as nossas preocupações e a nossa vontade de continuar a viver condignamente na terra que é nossa e que muito amamos: Malcata. O que desejamos é que as autoridades ambientais portuguesas desenvolvam um processo de  EIA “à posteriori” que, de uma maneira séria e completa, considere os efeitos ambientais conjugados dos dois empreendimentos – Barragem e Parque Eólico, uma vez que ambos decorreram à margem de princípios do direito comunitário.



Pelo Movimento “ Malcata Pro-futuro”

6.1.15

MALCATA PRÓ-FUTURO QUEIXA-SE À UE


Povo de Malcata

continua a sua luta contra mais eólicas!

O Movimento "Malcata Pró-Futuro, apresentou uma queixa à União Europeia sobre o Estado Português por causa do sobreequipamento do Parque Eólico de Penamacor 3B, que a Lestenergia pretende levar a cabo na aldeia de Malcata.

Perante ausência de resposta das autoridades nacionais
Movimento “MALCATA PRO-FUTURO” apresenta queixa á União Europeia sobre o Estado Português
Depois de várias exposições e abaixo-assinados dirigidos ao Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, sem obter qualquer resposta, o Movimento “Malcata Pro-Futuro” apresentou uma queixa à Comissão Europeia sobre o Estado Português e mais concretamente sobre a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) por considerar que a emissão da DIA (Declaração de Impacto Ambiental) é omissa em relação aos seguintes aspectos:
• Não atende às preocupações da população relativamente ao ruido, não prevendo a localização de medidores em locais significativos e não preconizando medidas que garantam o cumprimento escrupuloso do Regulamento do Ruído;
• Não apela a alternativas à instalação do sobreequipamento, como sejam, a não instalação, o armazenamento, a relocalização para longe da população de Malcata;
• Não considera os efeitos ambientais conjugados da Barragem e do Parque Eólico, estudo que se justifica, de todo, porque não foram feitos EIA na devida altura. Nessa medida considera que estamos perante um desrespeito pelas directivas relacionadas com a Rede Natura 2000 (Aves, Habitats, e fauna, nomeadamente o Lince Ibérico) sendo evidente a não referência a medidas de compensação ambiental, de valorização e recuperação dos habitats, a monitorização de açudes tradicionais, de exclusão do pastoreio, etc.
• Não apela à necessidade de envolver minimamente as comunidades locais, associações e proprietários.
A população de Malcata considera que está em causa o seu supremo bem-estar, a sua qualidade de vida, o futuro da sua aldeia.
O que legitimamente pretende é que o Estado Português considere as suas preocupações e a sua vontade de continuar a viver condignamente nas suas terras.
O que deseja é que as autoridades ambientais portuguesas desenvolvam um processo de EIA “à posteriori” que, de uma maneira séria e completa, considere os efeitos ambientais conjugados dos dois empreendimentos – Barragem e Parque Eólico de 19 aerogeradores - uma vez que ambos decorreram à margem de princípios do direito comunitário.
http://malcataprofuturo.blogspot.com/

18.12.14

MALCATA CONTESTA EÓLICAS




Habitantes de Malcata
Contestam Expansão de Parque Eólico!


 Parque Eólico de Penamacor 3B
( Até os animais da Quinta do Ramalhas deixaram de ter sossego)






Ler mais em: 
http://www.cmjornal.xl.pt/cm_ao_minuto/detalhe/habitantes_de_aldeia_do_sabugal_contestam_ampliacao_de_parque_eolico.html

E também podem ler aqui:
Ler mais: http://visao.sapo.pt/habitantes-de-aldeia-do-sabugal-contestam-ampliacao-de-parque-eolico=f804761#ixzz3MI8MfrZG
Também é importante saber que:
Em 2011 o Parque Eólico de Penamacor produziu 269.263 MWh o que corresponde a uma facturação de 27.255M€. Quanto deste dinheiro beneficiou a aldeia de Malcata?
A Lestenergia iniciou em 2010 os procedimentos necessários ao sobreequipamento ( expansão ) do Parque Eólico de Penamacor. O Parque de Penamacor é composto por vários Subparques e o de Malcata é designado por Sub-Parque de Penamacor 3B. Neste momento já estão instalados e em laboração 19 aerogeradores. E apesar de a Lestenergia escrever no seu relatório de actividades de 2011 a expansão do Parque de Penamacor, os habitantes da aldeia de Malcata foram mantidos no esquecimento e só em 2014 é que conheceram as verdadeiras intenções dos promotores do parque eólico. Embora no que diz respeito ao licenciamento do sobreequipamento, a Câmara Municipal do Sabugal tivesse solicitado a elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental, o povo não foi devidamente informado. Para além do atraso do início desta obra por causa da exigência da Câmara do Sabugal, que atrasou o processo de licenciamento, no Relatório de Actividade de 2011 da Lestenergia também podemos ler que a empresa teve dificuldade na obtenção de financiamento.


25.11.14

NÃO A MAIS EÓLICAS EM MALCATA

   Não sou contra as energias renováveis e amigas do ambiente, logo não sou contra os parques eólicos. O que não entendo é a localização de alguns desses parques eólicos e de algumas decisões tomadas quanto à expansão desses mesmos parques.
   As 19 torres eólicas que avistamos nos montes de Malcata parece que vão ganhar mais 6 novas espécies e desta vez ainda mais altas e mais perto das habitações da aldeia.
   Malcata, terra conhecida pela Reserva Natural da Serra da Malcata, cujo 31ºaniversário da sua criação foi recentemente lembrado a 16 de Outubro, está a passar por momentos difíceis no que respeita ao seu ambiente natural. Hoje todos sabemos que o Lince Ibérico escapou para as florestas espanholas e por Malcata restam algumas memórias que os mais velhos guardam desses outros tempos. Os habitantes de Malcata ainda não esqueceram a acusação que sobre eles foi feita quanto à destruição e descaracterização da serra provocada pelo fabrico do carvão, pelo corte de madeira, pelas caçadas ao javali, aos coelhos e outras espécies. Desde a criação da Reserva Natural muita coisa mudou e os habitantes de Malcata foram os que mais souberam  respeitar a floresta, a fauna e a flora que rodeia a aldeia. O mesmo já não podem dizer os promotores e os defensores da energia eólica. Basta olhar para o cume dos montes, olhar para a serra da Malcata, ali nos Alísios e muito perto da Machoca e rapidamente percebemos que não foram respeitadas as leis.


   Esta obra ( a expansão do Parque Eólico ) foi motivo de uma queixa apresentada à Comissão Europeia pela Sociedade Portuguesa Para o Estudo das Aves. A verdade é que as novas 6 torres eólicas que querem implantar obrigou a empresa a proceder a uma Avaliação de Impacto Ambiental.
É mais que sabido que a pressão é enorme para a aprovação deste sobreequipamento. O povo já mostrou o seu desacordo e deu a conhecer às autoridades as razões dessa posição contrária à expansão do parque eólico.
   Para além dos benefícios das rendas que estão a receber os proprietários dos terrenos onde as torres eólicas estão ( ou vão estar ) e do benefício de 2,5% que recebe a Câmara Municipal do Sabugal, que outras contrapartidas ganhou a freguesia? Que se saiba, a freguesia de Malcata não recebe nada. Mas se o que escrevo não é verdade, é importante que seja dado a conhecer os benefícios recebidos devido à instalação destas torres eólicas.
   Os efeitos negativos que esta obra provocou na paisagem de Malcata, o facto das pessoas terem que viver a ouvir aqueles ruídos que, embora digam ser uns zumbidos ou assobios, dada a sua existência durante longos períodos do dia e da noite, podem causar más interferências na saúde das pessoas que residem mais perto das torres ou que porque possuem campos de cultivo para aqueles lados e têm de por ali passar horas seguidas, dizia eu que, são questões a ser faladas e a serem estudadas. Um ambiente natural, verde, sossegado, está a ser transformado num pólo industrial barulhento que serve para aumentar os lucros da Tecneira e não traz mais valias para Malcata e para os seus habitantes.
   É por isto que eu sou contra a expansão do Parque Eólico em Malcata.

16.11.14

OS RUÍDOS QUE INCOMODAM E NÃO SE OUVEM

OS RUÍDOS QUE INCOMODAM E NÃO SE OUVEM

   O sobreequipamento, ou ampliação, do Parque Eólico de Penamacor 3B, fica localizado na freguesia de Malcata, concelho do Sabugal e da freguesia de Meimão, no concelho de Penamacor. Estas duas freguesias vizinhas e amigas estão actualmente rodeadas pelos moinhos eólicos. Dada a localização das duas aldeias, Malcata está muito mais próxima das torres eólicas que a população do Meimão. Tendo em conta que as 19 torres eólicas que actualmente constituem o parque eólico estão mais próximas  das habitações de Malcata, os moradores desta pataca aldeia beirã estão em polvorosa e a perder a paciência porque a empresa promotora do parque eólico quer instalar mais 6 torres eólicas, agora ainda mais perto da povoação.
E pelas notícias que me chegaram, as movimentações já começaram a sentir-se e os malcatanhos preparam-se para se oporem, cada vez mais, ao projecto do aumento do parque eólico.
   Os moradores de Malcata que se interessam e preocupam com a vida em comunidade, com a paisagem e o ambiente natural que rodeia a aldeia, que desejam continuar a viver uma vida calma e tranquila, estão a ficar indignados com o que se está a passar nos gabinetes da Agência Portuguesa do Ambiente, nos gabinetes da Câmara Municipal do Sabugal e também nos escritórios da Tecneira, através da sua Lestenergia que tanto quer expandir o negócio das energias renováveis.
   O Sobreequipamento em causa, dada a localização e a dimensão total do parque, obriga a que se faça uma Avaliação de Impacto Ambiental para obrigar a empresa a respeitar o ambiente, o ordenamento do território e que o projecto contribua para promover um desenvolvimento sustentável e equilibrado dos recursos naturais e contribua também para a qualidade de vida da população de Malcata.
   Palavras bonitas de escrever, mas que pelo que está a acontecer Malcata tem uma batalha para enfrentar. Ao contrário do que dizem e escrevem, as entidades públicas e os gabinetes de consultadoria parece que estão mais interessados em levar para a frente a continuação da destruição da paisagem e a degradação da qualidade de vida desta população humilde e muito resignada ao que os poderosos lhes mostram como a solução de um final de vida mais sereno e mais rentável. E é natural que assim pensem algumas pessoas que vivem em Malcata, pois a sua idade e a sua saúde já não lhes dá para recusar rendas que nunca sonharam receber. Mas não podemos esquecer a existência de outros cidadãos que nasceram nesta terra e escolheram livremente aqui viver. Contudo, são pessoas conscientes dos valores naturais e ambientais que rodeiam Malcata e também sabem os deveres e os direitos que têm, como os têm os outros portugueses.
   Ora, perante tamanha invasão dos territórios e da qualidade de vida os cidadãos de Malcata mostraram o seu desacordo quanto à obra da construção de mais seis torres eólicas.
   Começaram por ir ouvir os senhores espertos. Ouviram mas deram a sua opinião e assinaram para que se soubesse a real intenção das pessoas. Mas o inesperado aconteceu, pois a sua posição de considerarem negativo os efeitos na saúde das pessoas sobre  Ruído e a Paisagem, pura e simplesmente não foram considerados, porque não consideraram razões suficientes para parar o projecto.
   Ainda bem que há pessoas em Malcata que não se deixaram intimidar. Ainda bem que há pessoas em Malcata que duvidam dos estudos e dos resultados desses estudos que lhes falam como sendo bem feitos e sérios. Só quem não conhece os locais onde já instalaram as 19 torres eólicas e agora querem instalar mais seis, pode concluir que não há impactos negativos na saúde das pessoas, animais e aves e graves prejuízos no meio ambiente e na qualidade de vida das pessoas. Não acreditem, pois quem conhece Malcata sabe perfeitamente que nos estão a enganar e a deitar areia para os olhos. Mas porque tanto insistem em colocar mais eólicas onde já existe uma grande concentração? Porque não apresentam locais alternativos? Lá para Penamacor, mais próximo dos gabinetes da Lestenergia, não arranjam  terrenos para as lá colocarem? É que o Parque de Penamacor 3B está mesmo, mas mesmo instalado no limite do concelho de Penamacor, ficando a maioria das torres eólicas em terrenos do concelho do Sabugal. Ora esperto foi o autarca de Penamacor ao empurrar o parque para os limites do seu território, ali ao lado da Reserva Natural da Serra da Malcata. Mas porque existe um caminho em terra que separa este refúgio natural das torres invasoras, não desrespeita  a Rede Natura 2000, não viola as directivas comunitárias dos habitates do Lince Ibérico, do milhafre e do grifo. E se fossem pentear macacos?
   Quanto à necessidade de aumentar o actual parque eólico, pergunto se a instalação de 6 novas torres de 100m, é a única solução? Estudaram outras alternativas? Não sou perito na matéria, nem pouco mais ou menos, mas uma breve pesquisa pela internet deu para perceber que hoje em dia existem técnicas alternativas para o maior aproveitamento dos aerogeradores existentes num parque, por exemplo, recorrendo a baterias acumuladoras, modificação nas pás dos aerogeradores, etc. que permitem o sobreequipamento do parque eólico de penamacor sem a necessidade de construção de mais torres eólicas.
   A questão do ruído e da influência na saúde das pessoas também não podemos de nos interrogar sobre os estudos que fizeram ou que ainda vão fazer e que poderão continuar a fazer durante a exploração do parque. A verdade é que depois do mal feito, é mais difícil de o corrigir, pois já não há volta a dar e apenas se pode remediar.
   Os efeitos na saúde humana do ruído emitido pelos aerogeradores eólicos está devidamente estudado em Portugal? Já alguém se interessou em estudar a fundo os efeitos que estes ruídos podem provocar nas pessoas de Malcata, nos animais domésticos e nos animais selvagens que diariamente, dia e noite, têm que viver próximo do parque eólico? Dizer da boca para fora que a questão do ruído não se coloca, porque se fizeram medições em seis pontos estratégicos da povoação, só isso mesmo com apresentação de números, só isso não chega. Para começar, as medições foram efectuadas sem a presença das 6 novas torres eólicas. Ora é evidente que dessa forma os resultados só servem para registar os ruídos que se ouvem agora. Os valores reais do ruído só vão ser analisados após a instalação das 6 novas eólicas, apesar de tecnicamente poderem fazer projecções futuras. Mas que raio, depois de enterradas as eólicas, mesmo que sejam ruidosas e nefastas, mais complicado vai ser arranca-las e mandar o material para a sucata.
   Lá pela Dinamarca os autarcas decidiram não erguer mais torres eólicas até que o Governo apresente  estudos independentes sobre os efeitos na saúde das pessoas por causa do ruído das eólicas. Tudo começou porque os cidadãos dinamarqueses mostraram o seu descontentamento sobre os efeitos na saúde das pessoas.
   Em Portugal, porque é que o Governo, através dos Ministérios da Saúde e do Ambiente ,não patrocina um estudo transversal sobre os efeitos na saúde das torres eólicas?
 




























25.10.14

MAIS 6 TORRES EÓLICAS EM MALCATA



 Eólicas em Malcata


CONSULTA PÚBLICA ESTÁ A DECORRER DE 10 A 30 DE OUTUBRO DE 2014

http://www.cm-sabugal.pt/index.php/noticias/503-consulta-publica-sobreequipamento-do-parque-eolico-de-penamacor-3b-aia-2698

ATÉ AO DIA 30 DE OUTUBRO ESTÁ A DECORRER A CONSULTA PÚBLICA SOBRE O RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO RELATIVO AO SOBREQUIPAMENTO DO PARQUE EÓLICO DE PENAMACOR 3B.
( Diz respeito aos 6 novos aerogeradores ( torres eólicas ) que a Lestenergia pretende instalar em Malcata).
Todas as opiniões e sugestões apresentadas por escrito serão consideradas e apreciadas.

ATENÇÃO:
As 61 assinaturas que em tempos se manifestaram contra esta obra e cujas assinaturas foram enviadas num documento que a Junta de Freguesia de Malcata anexou, a Comissão de Acompanhamento concluiu que "não se identificaram impactos negativos e não minimizáveis possíveis de inviabilizar o projecto":


 Resultado das assinaturas que se manifestaram contra o projecto


Consultar aqui mais informação:
http://www.apambiente.pt/

TÊM ATÉ 31 DE OUTUBRO PARA CONSULTAR OS DOCUMENTOS SOBRE A INSTALAÇÃO DAS NOVAS TORRES EÓLICAS ( 6 ) QUE PRETENDEM INSTALAR EM MALCATA.
Os proprietários dos terrenos informem-se sobre os contratos, os preços e tenham atenção que se no terreno instalarem, para além da torre, uma "cabine" e/ou linha eléctrica há direito a receber mais dinheiro.
Um senhor de Sortelha disse estas palavras acerca de eólicas:
"Todas as eólicas que estão neste momento no concelho do Sabugal,
no concelho de Belmonte e uma parte da Guarda, são terrenos que eu 
aluguei a proprietários por 30 anos"

19.10.11

ACÇÃO POPULAR CONTRA AS EÓLICAS EM SORTELHA





ANÚNCIO PÚBLICO – Os advogados dr. Francisco Nicolau e dr. João Valente anunciam o patrocínio de uma acção popular contra as eólicas de Sortelha.
«Os advogados Dr. Francisco Nicolau (do escritório do Dr. Garcia Pereira, mas a título particular) e Dr. João Valente vão patrocinar acção popular pedindo a impugnação, por ilegalidade e nulidade de licenciamento dos parques eólicos de Sortelha, bem como dos concelhos limítrofes de Belmonte e Guarda, pelas razões e fundamentos já aqui aduzidos no Capeia Arraiana num anterior artigo de opinião, tanto mais que, corre voz pública, que o parque de Sortelha vai ser aumentado em mais seis torres geradoras.
Leia aqui:
http://capeiaarraiana.wordpress.com/2011/10/19/anuncio-publico/

31.7.10

MALCATA: NASCEM MAIS EÓLICAS E MENOS CRIANÇAS



Há dias, o Parlamento da Catalunha, aprovou uma proposta assinada por 180 mil pessoas que proíbe as touradas naquela região a partir de Janeiro de 2012. Touradas em Espanha são uma tradição secular, mas que aos poucos vai tendo gente que pensa de forma diferente.  E a votação do Parlamento foi o resultado de uma petição levada ao Parlamento por um grupo de cidadãos liderados pela plataforma Prou. A principal praça de touros de Barcelona, uma das mais antigas de Espanha, vai ficar vazia, uma vez que o apoio à petição ganhou tanta força que marcou a diferença. O movimento de cidadania ( não de pessoas irresponsáveis ), foi determinante na mudança da lei, como o também podia ser o movimento "Vamos Salvar Sortelha" caso houvesse mais vontade das autoridades em aceitar que por vezes erram nas suas decisões.
Esta decisão tomada pelo Parlamento da Catalunha é um exemplo para que "todos os cidadãos que acreditam e lutam que vale a pena exercer o direito de apresentar, individual ou colectivamente, aos  orgãos  de soberania. aos orgãos da nossa região ou a quaisquer outras autoridades petições, representações, reclamações ou queixas para a defesa dos seus direitos, da Constituição, das leis ou do interesse geral e, bem assim, o direito de serem informados, em prazo razoável, sobre o resultado da respectiva apreciação".-Artº52º(Direito de Petição e Direito de acção popular).
O movimento cívico "Vamos Salvar Sortelha" continua com uma petição online, tendo até este momento recolhido 1122 assinaturas, todas com o intuito de impedir a destruição da envolvente paisagística e histórica de Sortelha. As obras do parque eólico nas imediações da Aldeia Histórica de Sortelha estão a avançar a um ritmo assustador e têm recorrido ao uso de explosivos para destruir o meio ambiente, mesmo que de rochas se tratem. Não é uma obra no litoral algarvio, porque aí todos os lobbys do turismo sairiam em defesa dos seus hotéis, condomínios luxuosos ou montes paradisíacos dado que iriam afastar os turistas. Mas, Sortelha fica no interior, não há interesses a defender e fiados nas ilusões dos investidores baixam os braços e aceitam umas notas de euros para que os terrenos rendam já que o trabalho dá muita canseira.
Em Sortelha, pelos caminhos que servem as eólicas, o Presidente da Câmara do Sabugal, engenheiro, já rabiscou um projecto de por exemplo, cito frase da entrevista dada ao Capeiaarraiana:"para um centro interpretativo da energia ao longo da história".Fim de citação.

E que pensa fazer com os outros caminhos dos outros parques eólicos de Malcata, Aldeia Velha, Fóios...as aldeias estão a entrar num autêntico campeonato para ver quem consegue exibir mais torres eólicas!!! Nestes últimos tempos tenho visto nascer à volta das serras do concelho do Sabugal mais torres eólicas do que crianças nas maternidades da região. É duro, é triste, mas a realidade é mesmo esta. E eu não sou contra as energias renováveis. Eu sou contra a forma como estão a aparecer os parques eólicos, escondidos nos sub-parques, fugindo assim, a muitas condicionantes que reprovariam a construção dos mesmos. O pior é que as autoridades sabem destas jogadas e aprovam com pareceres favoráveis. O preço destas irresponsabilidades e destas "engenharias" vai ser muito caro e além do impacto visual e ambiental, a região poucos benefícios directos da energia eólica irá beneficiar. São os consumidores das grandes cidades do litoral, que são os grandes consumidores de energia, que beneficiarão, mas são as pessoas do interior a aguentar e a suportar os estragos. Infelizmente, muitas pessoas do interior, muitas pessoas das nossas aldeias beirãs, continuam a acreditar que o desenvolvimento está em ter barragens, auto-estradas, centros comerciais, parques eólicos. Aqueles que vivem no interior vivem demasiado concentrados a compararem-se com os que vivem no litoral. As pessoas do interior deviam era lutar pela vida, pelo aumento da natalidade, porque sem pessoas de nada serve tudo o que nos rodeia. Deviam lutar pela melhoria das estradas nacionais, por exemplo, a Nac.233(Sabugal-Guarda) e outras, pela coesão do concelho, pelo desenvolvimento das estruturas já existentes. O turismo é uma das alavancas para salvar a nossa região. Apoiar os empresários da nossa região, acarinhar e incentivar aqueles que diariamente trabalham para que as pessoas que nos visitam se sintam bem recebidas, comam e levem as nossas tradições, a nossa cultura e voltem mais vezes, simplesmente porque foram amados.
A região já tem as barragens e os parques eólicos suficientes. Abandonem esse campeonato de ser a aldeia que mais eólicas tem na sua terra. Preservem a paisagem, as culturas, as tradições e a história.
Mas será mesmo isso que todos queremos?