11.5.17

MALCATA: O FUTURO DECIDE-SE HOJE

   


    Em Outubro deste ano vamos votar para escolher quem nos próximos quatro anos fica com a responsabilidade de liderar o poder político autárquico.
   Três pessoas já se apresentaram ao cargo de Presidente da Câmara Municipal:
   Alberto Martins Luís Paché, independente e apoiado pelo CDS/PP, António Dionísio apoiado pelo PS e António Robalo, apoiado pelo PSD e vai para o seu
terceiro mandato.
   De quatro em quatro anos lá vai o povo participar na democracia. Por todo o país vão sendo conhecidos os candidatos e as respectivas listas. Por Malcata com certeza que também deve estar a acontecer o mesmo. A pergunta a fazer é esta:
   Quem são os candidatos à presidência da Junta de Freguesia?
   É sabido que Vítor Fernandes está impedido pela lei eleitoral de concorrer ao cargo de presidente. Ouvi uns murmúrios que este ano haverá candidatos apoiados pelo PSD e candidatos apoiados pelo P.S. . Nas últimas eleições, em 2013, também houve uma lista independente. E este ano como será?
   Outubro já não é assim tão longe como parece. É chegado o momento de o povo ser informado do que se vai passar, das pessoas que se vão candidatar. Isto é também uma atitude democrática, de os candidatos se apresentarem e começar a dizer ao que vêm.
   Para que os malcatenhos possam escolher a melhor equipa têm que saber quem são e o que querem fazer nos próximos anos por Malcata.
   E para mim as verdadeiras questões são estas:
   Sabem os malcatenhos o que querem?
   Que caminhos deve seguir Malcata?
   Para onde e por onde é que lá chegamos?
   Queremos uma aldeia que saiba acolher novas gentes, novas ideias, novos negócios, ou queremos uma aldeia com quatro cafés e um minimercado, uma aldeia com cada vez mais casas vazias e em ruínas, com pessoas sem ambição e sem futuro?
   É importante que quem está a pensar candidatar-se que escreva e apresente o seu programa eleitoral e que o assuma como o documento orientador durante o mandato. A ausência de um programa orientador é meio caminho andado para governar a freguesia dia a dia e isso não leva os malcatenhos a lado nenhum.
É agora o tempo para estar a discutir os programas e pedir esclarecimentos aos seus autores ou até contribuir para o enriquecimento desses mesmos documentos.                                                  
                                                              José Nunes Martins
                                                             josnumar@gmail.com
   

4.5.17

É URGENTE O DIÁLOGO






    Há uns tempos atrás falei-vos do que pensava acerca de alguns nomes atribuídos a algumas ruas de Malcata. Longe de mim imaginar que ia causar tantas reacções e comentários por ter expressado apenas a minha opinião.

   Para mim são águas que já desaguaram na albufeira da barragem. Fiquei com a sensação que pior do que não concordar e falar sobre determinado assunto, seja de que natureza for, é não estar de acordo com isto ou com aquilo e ficar calado. Para mim até é mais sossego ficar calado, deixar as coisas andar e fazendo de conta que tudo está bem, tudo está em paz. Só que na verdade essa paz é uma paz podre e não beneficia ninguém, é como se vivêssemos com a cabeça enterrada na terra para não observar o que se passa à nossa volta.
        Mas digam-me lá uma coisa, o ficar calado ou olhar para o lado, andando pelas ruas da aldeia de olhos postos nas pedras da calçada, não caminhando a olhar para a frente ajuda a esquecer ou falar sobre aquilo que nos incomoda? Analisemos então friamente e sem preconceito de espécie alguma o que tem acontecido nestes últimos anos na nossa terra. Começo por vos referir aquelas reuniões que se fizeram com a ZIF de Malcata, a reunião que a Junta de Freguesia convocou para esclarecer a população sobre a instalação da antena de telemóveis. Já sei que alguns pensam que estes assuntos não lhes dizem respeito, não vos quereis chatear, tendes receio de melindrar alguém ou então não sabem como lhes falar dos assuntos. E o mais fácil é fazer vista grossa. Só que com o passar do tempo, muito silêncio sobre muito silêncio, enchem o copo e vai chegar o momento de substituir a toalha que ficou molhada porque deixaram encher demasiado o copo vazio. Ora com toalha molhada a seguir podemos continuar a entornar a tigela da sopa, aumenta o desconforto, os nervos revoltam-se e lá se vai aquele ambiente de paz e está tudo bem. Chegados aqui, vêm as divisões, as vinganças e a raiva. Tudo isto misturado resulta numa autêntica salada russa, misturamos alhos com bugalhos, um assunto com o outro e um assunto nada tem a ver com o que naquele momento se está a falar ou a esclarecer.
        Ó quantas e quantas vezes já falei e escrevi e ninguém disse que escrevi isto ou aquilo!
        Eu sou dos que acreditam naquela ideia de que Malcata se pode transformar e acredito que as boas relações institucionais, o diálogo e a união é sempre uma possibilidade. Mas para isso acontecer há que cada um de nós e todos em comum beber os copos cheios, deixar os copos vazios, deixar esvaziar as más memórias. As memórias de dor e voltar a beber à saúde de todos para o bem de todos.
   

José Nunes Martins
josnumar@gmail.com







     

3.5.17

VIZINHOS...MAS AFASTADOS !


   VIZINHOS MAS...CADA UM POR SI!




   Quem são os vizinhos da nossa terra?
   Quadrazais e Meimão pela sua proximidade marcam pontos e como vizinhos até nem nos damos mal uns com os outros. De quando em vez lá se encontram aqui e ali, numa festa, num encontro de amigos e cada terra lá vai percorrendo o seu caminho.
   Lembro que em 2015, quando da realização da I Audição Pública de Malcata, organizada pela AMCF, este assunto da "vizinhança" foi bem apresentada pela senhora presidente da Junta de Freguesia de Quadrazais. E se pensarmos um pouco e tivermos em conta Quadrazais ( Ozendo ), Meimão e Malcata a cooperar uns com os outros, os benefícios mereciam maior atenção por parte destas povoações.
   É importante virar a página e abrir os braços aos nossos vizinhos.
   É importante construir relações de cooperação com Quadrazais e Meimão.
   Digam de vossa justiça!


                                                                                                        José Nunes Martins

                                                                                                              


      

2.5.17

COMUNICAÇÃO E TRANSPARÊNCIA


   Quem como eu visita frequentemente a página oficial da Junta de Freguesia de Malcata em busca de informações úteis acaba por encontrar duas páginas oficiais da junta. Ora temos esta:
   
Primeira página da J.F.Malcata


http://www.malcata.sabugal.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=22&Itemid=54

      E também temos esta:


                                                     Segunda página da J.F.Malcata
 
http://www.malcata.org/

   
Chegados aqui e sendo verdade que  ambas as páginas se encontram abertas, facilmente verificamos que ambas estão desactualizadas. Notícias de eventos, fotografias da aldeia e de actividades que se vão realizando na nossa terra e ficamos por aqui abundam e são uma maneira de promover a nossa aldeia. Lembram-se das 7 maravilhas e do vídeo de promoção? Valeu ou não essa forma de comunicação?

   A facilidade de acesso à informação digital faz da internet uma excelente ferramenta para comunicar com as pessoas. Hoje praticamente todas as instituições públicas dispõem de página na internet e como podemos ver, a Junta de Freguesia de Malcata até tem duas.
   No meu entender e desde que foi lançada a primeira página, nenhuma das juntas de freguesia se preocupou em aproveitar da melhor maneira o potencial deste veículo de informação para melhorar o serviço prestado aos malcatenhos, estejam onde estiverem a viver e a trabalhar.
   O poder local tem o dever de garantir o acesso à informação através de documentação arquivada na sede da junta, mas também garantir e facilitar informação a todos os visitantes da página na internet.
   É mau para a imagem pública da nossa freguesia verificar tanta falta de informação e para estar como está para pouco serve.
   É verdade que também outras freguesias do nosso concelho não ligam quase nada a isto da internet. Daí não me surpreender ao ler os resultados de um estudo realizado sobre o índice de “Transparência Municipal”, estudo feito pela Universidade do Minho e de Aveiro, onde fiquei a saber que relativamente ao concelho do Sabugal, ocupa o 88º lugar!
   Serei o único malcatenho que sinto necessidade de saber, estar ao corrente, precisar por exemplo, de resolver um assunto através da internet?
   Não será uma falta de massa crítica na nossa aldeia e por parte dos malcatenhos espalhados por este país e por este mundo?
   Ninguém mais se questiona porque estão assim ou assado estas coisas?
   Então para que serve a internet, a fibra óptica que existe em Malcata?
   Todas as juntas de freguesia deviam olhar para a internet como mais uma
ferramenta de trabalho que ajuda os autarcas a melhorar a informação e a aproximar mais os cidadãos.
   
                                                                                                    José Nunes Martins,
                                                                                                     natural de Malcata