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12.3.24

MALCATA: CHEGA GANHOU AO PSD(AD)

          ELEIÇÕES PARA A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
      PS ganha - Chega salta para segundo e AD desce para terceiro!
         


Resultados das eleições 2024 para a AR na freguesia de Malcata



               Resultados comparativos das eleições para a AR em 2024 e 2022 na freguesia de Malcata


  As eleições para a nova composição da Assembleia da República já passaram, embora haja ainda resultados por oficializar. Eu lá me dirigi à minha secção de voto do costume para exercer um dos direitos que há 50 anos (ou quase) se decretou neste jardim à beira-mar. 
   Entrei quando me foi dado autorização para o fazer. Foi tudo muito sequencial e dois a três minutos depois já estava de saída da sala. E logo entrou outro eleitor, ficando mais dois a aguardar a sua vez à porta da sala da escola, estabelecimento de ensino onde havia 49 secções como a 44, que foi onde votei.
   Por aqui as coisas funcionam seguindo as regras da Comissão Nacional de Eleições e os eleitores só entram quando são autorizados a fazê-lo, saindo logo após realizados todos os passos para votar. Na sala não há pessoas a mais, somente as que ditam as leis eleitorais e também não existem balcões de atendimento aos fregueses, pois nas escolas esses assuntos resolvem-se nas secretarias e nas eleições,
pedem-se informações a quem ocupa o "balcão" devidamente identificado, bem afastado das sessões de voto, cumprindo a sua função de ajudar os que precisam. Como vêm não tem nada a ver com os métodos e as regras que presenciei na nossa freguesia, onde estive no papel de delegado para fiscalizar e garantir o cumprimento da lei eleitoral, lei essa muito desconhecida por muitos eleitores e como isso se repetiu várias vezes e nunca os elementos da mesa se pronunciavam, quando eu intervinha o ambiente ficava azedo e sarcástico por estar a alterar os costumes de muitos eleitores. A sorte deles foi não ter ido mais além e chamar as autoridades que têm poder de impor a ordem e a legalidade. Mas, adiante que isso já são águas passadas e em Malcata já não há moinhos e os burros estão em vias de extinção. No domingo passado, dia das eleições, não sei se choveu ou se fez sol durante o dia em Malcata. Das eleições, sei apenas o que vi na internet e na televisão sobre as eleições no Continente e nas Ilhas, porque o Ultramar já passou à história. Como é costume aí de Malcata é raro chegarem notícias frescas e importantes, ao contrário de reportagens sobre convívios e almoços, dando a sensação que por essas bandas só importa dar notícias cor de rosa ou de apreciadores de boa comida e bebida.
  Já olharam e leram os resultados destas eleições, com principal atenção aos números que se verificaram na nossa freguesia? Mais uma vez, o Partido Socialista venceu as eleições em Malcata! A surpresa das surpresas foi a subida do Chega que ultrapassou o PSD(AD) e ainda os que votaram ADN.
Como é que calcaram tanto os laranjas, os que foram heróis quando ganharam as eleições autárquicas?
Porque é que nas legislativas ganha o PS e o PSD perde? Será que só o PSD sabe governar uma junta de freguesia? Que é caso de estudo, lá disso não tenho dúvidas. 
  Há outra "temática" política que ando a tentar compreender. É relativa à constituição da mesa de voto. A este propósito a Comissão Nacional de Eleições, na sua página da internet, esclarece que:
-"As mesas de voto são compostas por cidadãos indicados por todos os partidos ou coligações que concorrem às eleições".
- "A CNE intervém sempre que tenha conhecimento de situações em que não esteja garantida a pluralidade na composição das mesas de voto".
   
Nestas eleições para a Assembleia da República foi ou não devidamente composta a mesa de voto na nossa freguesia? A dita mesa foi assim constituída:

   
   


É bom lembrar que até o Salazar defendeu e viveu numa República! Também nesse tempo já havia eleitores, com uma particularidade que fazia toda a diferença, que era a de os eleitores serem chefes de família e tinham de saber ler e escrever! E as mulheres também tinham deveres, mas não podiam votar.

Fica este pequeno registo e voltarei ao assunto mais daqui a uns dias.




15.10.21

FREGUESIA DE MALCATA: OPOSIÇÃO PRECISA-SE!

 


  A vitória do PSD/PP na freguesia de Malcata era mais que esperada porque era a única força política que se tinha apresentado para a Assembleia de Freguesia. Toda a freguesia sabia quem ia ganhar, quando assim acontece, não há como mudar o sentido do voto. Talvez por ser conhecido antecipadamente o vencedor, a campanha eleitoral não passou de casa em casa, também não foi necessário tocar a reunir o maior número de eleitores,
não fossem as candidaturas à Câmara Municipal e Assembleia Municipal entrarem pelas ruas da nossa aldeia em caravana automóvel e teria sido um vazio eleitoral.
   Mais uma vez a história repete-se e a nossa freguesia devia ser um caso de estudo político, pois nem é preciso fazer campanha, apresentar um programa de trabalho para quatro anos, basta uma folha com o nome e fotografia dos candidatos. Bem, é a democracia que se respira na nossa terra. O vencedor nada fez para vencer, mas perante a ausência de alternativas, o povo limitou-se a votar no único candidato e que já em 2017 tinha sido atirado à água, cheia de crocodilos, que o fizeram nadar até 2021, pois não tinha como voltar atrás. Agora ganhou-lhe o gosto e o hábito de marcar presença nos dias em que a porta da sede da junta abre para atendimento geral, pode levantar o troféu durante mais quatro épocas, sem adversários que o possam incomodar.
   Foi dado um mal sinal nestas eleições autárquicas. Algo vai mal na nossa freguesia para que não tenha aparecido mais candidaturas à Junta de Freguesia. Que estamos a perder muitas pessoas é uma realidade e contra a morte ninguém vence. Se juntarmos a esta triste realidade, a juventude desinteressada pela política, os eleitores que só se lembram que o são, quando um candidato os mobiliza, os que votam porque “sempre assim foi”, “é o costume” ou contaram com ajuda, a situação é mesmo trágica.
   Desta vez, a oposição não apareceu. Eu pessoalmente, não sei as razões, se foi por demasiadas dificuldades na formação da lista, se essa dificuldade foi porque os malcatenhos estão satisfeitos com o trabalho feito de 2017 a 2021 e sentem-se embalados e convencidos que não há alternativas, pois não sei se tiveram medo das batalhas que teriam que vencer.
   A Assembleia de Freguesia foi empossada no dia 11 de Outubro. Para além do Edital que informava sobre este acto, não há qualquer informação visível no site da junta de freguesia. Situação a que já nos habituou durante quatro anos e parece ter continuidade, vamos continuar sem conhecer as decisões da Assembleia de Freguesia e da Junta de Freguesia. É que nem a força da lei os consegue obrigar a manter a página na internet actualizada e com informação útil e disponível ao cidadão.
   Quem se vai atrever a contrariar o “chefe”?
   Quem se ateve a pedir fiscalização do trabalho e das decisões?
   Lembram-se como foi imposto o cabeça de lista em 2017?
   É necessário alimentar a mente para não perdermos a memória. A democracia que vivem os residentes em Malcata está a transformar a nossa sociedade local e estamos a regressar ao tempo das famílias dominadoras, gente que exerce a sua influência e domínio com o pensamento único e certo.
   A oposição tem agora pela frente quatro anos de trabalho para reaparecer.
   E pode começar por saber a resposta a estas perguntas:
   Qual é a constituição da Assembleia de Freguesia?
   Qual é a composição da Mesa da Assembleia de Freguesia?

                                               José Nunes Martins
                                                     (Josnumar)

Propostas para 4 anos


12.10.21

MALCATA: NÃO, NÃO FICOU TUDO IGUAL COMO ESTAVA!

   


   


Começo por falar sobre as últimas eleições, aquelas em que fui delegado pela primeira vez.

   Foram muitos os que votaram e muitos nem sequer documento de identificação apresentaram. Para esses é normal e costume não apresentar o bilhete de identidade, ou cartão de cidadão, muito menos a carta de condução. Como é uma aldeia, toda a gente se conhece e nem é preciso nada destes documentos. E como a Lei diz que se pode votar sem qualquer documento de identificação, basta que as pessoas presentes na mesa da assembleia a reconheçam como eleitor, sem confirmar nome e número de cidadão, de carta de condução ou outro...mesmo que se confunda algum nome, tudo é normal e está-se a cumprir a lei. O problema e a confusão surgem, mas sob protecção legal, logo nada atrapalha.
   A realidade que vivi é gritante e reveladora de um total desrespeito e aceitação da excepção como regra e nunca o contrário.
   Pela primeira vez participei numas eleições no papel de delegado de uma candidatura. Foi uma experiência que me enriqueceu e me fez compreender muitas situações vividas nos meios rurais. Só vos digo que foi cansativo e passei o dia a tomar notas. Descobri, ao fim de tantas eleições, que para votar basta entrar e tudo se resolve, mesmo aos que perante o pedido de identificação, respondem não ser preciso, aqueles que agarram nos boletins de voto e vão perguntar aos autarcas como fazer a cruzinha, outros que ficam zangados porque são avisados para sair depois de votar, mesmo que se trate de assuntos que têm a ver com saúde, perguntar por fulano e cicrano, etc.
   Vi muita cara conhecida por trás da máscara e sei que muitos não conheci e nem eles a mim. Outros sabiam que desta vez não podiam falar, estava lá eu para fiscalizar e as regras eram para cumprir.
   Foi uma experiência à qual voltarei a falar sobre ela. Até porque vi alguns boletins com bonecos, mensagens, recados para a assembleia de freguesia, até daqueles símbolos das Caldas havia e até com a cruz no partido que nem sequer candidatura havia, mas o eleitor acrescentou com a lapiseira e fez o quadradinho para a cruzinha no seu partido.
   
   Dos 388 inscritos no caderno eleitoral, votaram 187, ou seja, menos 50 pessoas que nas eleições autárquicas de 2017. Dos 187 eleitores que votaram nestas últimas eleições autárquicas ficaram assim distribuídos: 28 votos em branco e 17 votos nulos. Há a registar que a maior parte dos votos nulos continham “recados” que revelaram o descontentamento dos que assim votaram.

   Com estes números e sem grandes e profundas análises aos resultados, podemos concluir que metade dos malcatenhos optaram por ficar lá por casa ou lá pelas terras onde habitam e passaram a desinteressar-se pelo acto eleitoral, pois só podia haver um vencedor no que toca à Assembleia de Freguesia. E claro. Em vez de irem votar e lutar pela defesa dos seus interesses e os dos seus filhos e primos, tios, madrinhas e padrinhos, deixaram-se ficar quietos.
   Também é graças a estes eleitores de ocasião que Malcata vai continuar nos próximos quatro anos, em direcção a nenhures e rumo ao definhamento.
   Para os 142 malcatenhos está tudo bem e para os restantes também está, porque nem se atreveram a apresentar uma lista alternativa. Assim sendo, os próximos quatro anos vão ser sossegados, sem membros da oposição na assembleia de freguesia para querer saber, reclamar das ruas sujas e com buracos, das faltas de água na fonte da Torrinha ou da piscina que não pode ser utilizada...etc., etc.
    Concluindo...porque carga de água é que, agindo estas pessoas da mesma forma do costume, esperam obter resultados diferentes do costume? 


                                                                                   
                                                                                                  (Josnumar)
                                                                                                  José Nunes Martins

30.9.21

MALCATA: O MARASMO VAI CONTINUAR!




 

   As eleições autárquicas já são um acontecimento passado e agora é tempo de pensar, reflectir e tentar encontrar explicações para as opções que havia e as razões de assim ter acontecido.
  
   Vamos continuar sem oposição e vamos continuar a assistir à tomada de decisões, mesmo aquelas que são de publicação obrigatória, mas que não chegam ao conhecimento de toda a população de Malcata. E nos próximos quatro anos, sem a oposição presente nas assembleias de freguesia, parece não existir ninguém com vontade de fazer o que quer que fosse para que estas situações fossem mudadas. Depois, vêm queixar-se e lamentar-se quando as medidas tomadas ou a forma de as implementar, só servem os interesses dos detentores do poder local.
   O pior disto e até incompreensível, os resultados destas eleições não foram fruto do trabalho político e das obras feitas ao longo dos quatro anos de mandato. As outras forças políticas parece que estiveram ausentes nestes quatro anos e nem se empenharam na procura de alternativas e desistiram pelo caminho.
   Podem dizer o que entenderem. A verdade é que se continuarmos assim, jamais Malcata conseguirá sair do marasmo em que se encontra.

28.9.21

AS ELEIÇÕES NA FREGUESIA DE MALCATA: FAZER O QUE AINDA NÃO FOI FEITO

Autárquicas 2021- A.F.Malcata
    

   Pela primeira vez exerci a função de delegado à Assembleia de Voto. Aceitei a designação e agradeço ao CDS/PP, a confiança que depositou na minha pessoa para desempenhar as funções que a lei eleitoral concede aos diversos intervenientes tarefas diferenciadas, todas elas importantes e dignas para contribuírem para o normal funcionamento do acto eleitoral, sempre no cumprimento da lei. A todos os cidadãos que participaram neste acto eleitoral e a todos os membros da Assembleia o meu louvor e agradecimento por termos conseguido os objectivos, ou seja, a assembleia abriu à hora e ence
rrou à hora, portanto, a nossa missão foi realizada.

   Agora é tempo de reflectir sobre os procedimentos e sobre todos os factos ocorridos durante todo o tempo de funcionamento da assembleia de voto e outros serviços de apoio, acerca do comportamento dos eleitores, dos comportamentos dos elementos presentes nas instalações da Junta de Freguesia.
No meu entender, como cidadão, como eleitor e como malcatenho, é urgente e importante que nos debrucemos seriamente sobre este assunto da instalação e do funcionamento da Assembleia de Voto no concelho do Sabugal e em particular na nossa freguesia de Malcata e também da necessidade de elevar estes actos do exercício da democracia e dos valores que todos devemos defender e assegurar a todos os cidadãos.
   Voltarei a este importante assunto e contem com o meu apoio para melhorar todos os actos eleitorais na nossa freguesia, como sabem, são momentos únicos e demonstrativos da liberdade de pensamento e decisão de cada cidadão.
  

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14.9.21

CAMPANHA ELEITORAL NO CONCELHO DO SABUGAL

   



   Começa hoje mais um tempo de campanha política, que dá continuidade à pré-campanha eleitoral para a eleição do poder autárquico até 2025.
 O concelho do Sabugal mais parece um território sem regras, com destaque para gente politiqueira que ignora os valores que a democracia exige. Essa gente está tão obcecada e tão agarrada ao poder, que engavetou a ética, os princípios e a moralidade.  O que deviam ter feito em quatro anos e não fizeram, é motivo para pressionar tudo e todos nos últimos meses do seu mandato. Prometeram trabalhar durante os quatro anos, ou seja, mais ou menos 48 meses. Falharam o compromisso e há cerca de seis meses que não deixam descansar os empreiteiros e os seus chefes de departamentos.
   Hoje, o senhor vice-presidente da Câmara Municipal do Sabugal, no papel de candidato a Presidente da Câmara, começa a sua campanha eleitoral e no programa podemos ler que às 19H30 estará em Águas Belas. Vejam só a pontaria do nosso “caçador de votos”:



Ajuste de obra
   
      

   Como podemos ler, esta obra é mais uma “Repavimentação da Estrada à Quinta dos Clérigos” pelo valor de 109.500,00 euros. Recordo-vos que, por “despacho exarado em 19-08-2021, assinado pelo senhor Vice-Presidente da Câmara, Vítor Proença, agora candidato a presidente do município, o ajuste directo foi assinado no passado dia 9 de Setembro e publicado na plataforma www.base.gov.pt em 10 de setembro de 2021, na sexta-feira da semana passada. Trata-se de uma obra para tapar buracos e estender um tapete novo até à Quinta dos Clérigos, dando assim razão aos “alertas” dos residentes e da junta de Freguesia de Águas Belas. 

    Nada tenho contra a obra, pelo contrário, os protestos e chamadas de atenção valeram a pena e as pessoas têm razões de estar contentes.
   O meu protesto e estas palavras de desacordo, tem a ver com o uso e abuso dos Ajustes Directos que o município está a realizar, muitos do conhecimento do vice-presidente Vitor Proença, que se está a aproveitar claramente das vantagens que o seu posto lhe dá, não se interessando pela violação dos princípios da igualdade e imparcialidade.
   Será que os cidadãos não sabem o que se está a passar?
   E assim andamos cá pelo Sabugal!

   
                             
                                       José Martins

  

24.8.21

PARA GANHAR BASTA NÃO DESISTIR

 


   

  É difícil entender o estado de acomodação da gente das nossas aldeias. A maioria das pessoas que residem habitualmente nas aldeias do nosso concelho, facilmente se esquecem da herança daqueles que lhes precederam. E aqui não me refiro aquelas heranças dos prédios (terrenos e casas), mas às riquezas culturais, aquelas heranças que não se cultivam nos campos e guardam nas arcas de madeira.
  Estou cá com uma vontade de tocar os sinos e chamar o povo, os bons e os menos bons, os falsos e falsas, as beatas e os ateus.
  O que se passa no nosso concelho é desconhecido pela maioria das gentes. Uns por desinteresse e alheamento, outros porque têm a convicção que o assunto relacionado com a administração da “coisa pública” está entregue aos autarcas e são eles que sabem como resolver.
   Estamos a um mês das eleições autárquicas e ontem saiu nas redes sociais uma informação que me deixou preocupado e parece que o que aí vem, é  até assustador. Estou a referir-me à notícia que li e divulgava que em 15 das 30 freguesias do concelho do Sabugal, nestas eleições autárquicas de 2021, só se apresentou uma única lista. Dessas 15 freguesias, 10 são listas do PSD, 1 freguesia a única lista é do PS e 4 freguesias apresentaram-se só independentes. Tendo em conta que este grupo de 15 constituem 50% das pessoas que vão governar as juntas de freguesia e também a ser membros da Assembleia Municipal, qualquer leigo em questões políticas tira a mesma conclusão ou pelo manos há uma forte tendência para acontecer.
   Portanto, o cenário que temos no nosso concelho é este e não é nada bom. Algum de vós ficou chocado com esta situação? Isto assim como está, prova que as pessoas que vivem nestas freguesias raianas não se apercebem em que terra vivem. Quando se escolhe um rei fraco, os súbditos deixam-se fraquejar. E a verdade é que nas
democracias, para o bem e para o menos bem, a responsabilidade das escolhas dos líderes políticos está no voto das pessoas, do povo. 
   Como vai responder o povo ?
                                                            José Nunes Martins

15.8.21

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2021 EM MALCATA

 




      LISTA À ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE MALCATA

 As eleições autárquicas vão realizar-se no dia 26 de Setembro de 2021. No que à Assembleia de Freguesia de Malcata diz respeito, há apenas uma candidatura ao próximo acto eleitoral, protagonizada pelo PSD.
   Eis a lista de candidatos à Assembleia de Freguesia de Malcata:

   

1-   João Vítor Nunes Fernandes

2-   Carlos Alberto Martins Vaz

3-   Palmira Martins Gonçalves Corceiro

   4-Carlos Alberto Antunes Nabais

5-   Carla Sofia Fernandes

6-   Jorge Manuel Antunes Gonçalves

7-   Bruna Rafaela Fernandes Almeida

8-    José Augusto Santos

9-   Maria Conceição Lourenço Fernandes

10-  Joaquim Augusto Varandas      

11- Licínio António Afonsinho Varandas

   12- Sara Corceiro Duarte

   13- Porfírio Nabais da Cruz

 

 

5.8.21

ALGUÉM SABE ALGUMA COISA?





Não foi hoje, nem no ano passado ou nem sequer em 2013, que mantenho este blog sobre a terra onde um dia nasci. Aqui tenho expressado o que é para mim a freguesia de Malcata. Sei que são muitos os malcatenhos e pessoas amigas, outras nem tanto, que me visitam periodicamente e eu reconheço não ser o único malcatenho a gostar desta terra beirã. Há com certeza muita gente que gosta da aldeia tanto quanto eu, ou até mais, pelo menos assim pensam! Contudo, sendo malcatenho por direito e não por “geminação”, tenho esse privilégio e até o dever de olhar para esta terra à minha maneira, que tanto pode ser igual como ser bastante diferente da de outras pessoas. Chegados aqui, a Agosto de 2021, tenho o direito, como malcatenho, de perguntar aos malcatenhos se, já sabem alguma coisa acerca das próximas eleições para a Assembleia de Freguesia de Malcata?

José Nunes Martins

4.5.21

A DEMOCRACIA TEM COR?

 


  Desde 1976 que as dinâmicas de transformação social, económica e cultural da nossa freguesia estão a ocorrer no mesmo sentido político. O percurso feito até hoje é que nos levou ao ponto onde nós estamos. Nestes 45 anos de democracia a inexistência de verdadeiros debates de ideias
são para mim motivo de preocupação e inquietude, revelando o domínio do pensamento único e comum a toda a comunidade. Esta realidade merece uma reflexão longa, aprofundada e séria. Esta não é a democracia da liberdade, da pluralidade, mesmo que ela pareça existir, é palpável a sua ausência.
  A insatisfação sentida por alguns dos cidadãos da nossa freguesia e aquela sensação de que faz falta mudar algumas coisas para restabelecer uma democracia participativa, plural, respeitadora das ideias de cada pessoa ou grupo.
  O que acontece é o mesmo em todas as eleições autárquicas. Independentemente das pessoas, dos projectos e das ideias, independentemente das promessas feitas e dos resultados alcançados, é muito mais importante e decisivo a cor do símbolo partidário. Malcata é uma freguesia que vive resignada e num comodismo tal, que não é difícil adivinhar o seu futuro. Preocupa-me a falta de ideias e de confronto dessas mesmas sem que acabe em acusações e desavenças. Talvez por isso as alternativas tenham muitas dificuldades em serem aceites. Esta forma de entender a democracia é diferente da democracia da liberdade de pensamento e acção. Quando um povo, ou a sua maioria, se acomoda e desiste de apresentar alternativas, aceita aquilo que determinado grupo político apresenta, sem sequer colocar a mais pequena dúvida, sem qualquer sentido crítico, é um povo aprisionado por livre vontade. Mesmo que se sinta uma ligeira e legítima sensação e insatisfação e sentimento que alguma coisa devia mudar e tentar restabelecer a confiança das pessoas na democracia mais participativa e abrangente, os medos e as inseguranças deitam por terra esses desejos.
  Na nossa freguesia repetem-se as promessas e não as acabam, insistem nos mesmos erros e o que nasceu torto não se endireita e para espanto de alguns a escolha recai no mesmo na esperança de que agora vai mudar.
   A nossa freguesia já se acostumou a viver assim e cresce a apatia e o desinteresse pelas políticas governativas.
  Olharmos para o passado com um pensamento crítico e focar o andar no caminho a seguir é o que deve ser feito. Conhecer e compreender o passado, o que foi e não foi feito, deve fazer-nos reflectir no que realmente desejamos e queremos ser, fazer e ter na nossa freguesia.
  A democracia vive da pluralidade e da liberdade, do debate e do confronto de ideias. Respeitar as ideias de todos e escolher as melhores em qualidade é o que nos espera daqui a uns meses. O passado é importante e está muito para além dos acontecimentos que já passaram. Os resultados e o valor acrescentado à nossa aldeia, beneficiando as pessoas é o que realmente importa. Reconhecer erros e comunicá-los em vez de os esconder, reivindicar e apresentar verdadeiras alternativas é a atitude que se necessita. Fazer melhor, fazer mais e melhor é um bom princípio, mas tem que se juntar o compromisso e a transparência devida.
              por Josnumar       
            
José Nunes Martins
  

27.3.21

MALCATA: AI SE AS PEDRAS FALASSEM

 


   Nos últimos 16 anos, Malcata tem assistido impávida e serena a sucessivas promessas, algumas megalómanas, que não têm fim à vista.
   Os malcatenhos dizem que sabem tudo e tudo se vai passando como se nada lhes diga respeito, quem se mete nas aflições e imbróglios políticos é que se têm que se desenrascar. Continuamos com os cotovelos apoiados no parapeito da janela, vemos e ouvimos o que se vai passando, enquanto os cães ladram e a caravana vai andando.
   Há uns tempos fiquei a saber que, António, um dos primeiros presidentes da Junta de Freguesia de Malcata, meteu as mãos na massa e de forma apaixonada, combativa, mostrando grande vontade, conseguiu mobilizar todo o povo na defesa dos interesses da freguesia e sem medo de vozes do contra, mesmo da Câmara Municipal, conseguiu que a aldeia passasse a ter uma fonte e com duas bicas a jorrar água.
   Olhando para a nossa freguesia, seja em que ponto for, deparo-me com situações já esquecidas, outras mal explicadas e outras ainda que explicadas, parecem ter interesses um pouco estranhos e duvidosos, mas como satisfazem as carências de quem necessita de ter determinadas coisas e serviços, acabam por aceitar a ajuda e entram no jogo. Aqui nesta terra, quem tem um olho de esperteza, torna-se facilmente num rei que só olha para o que pode ganhar e aposta forte na falta de memória e discernimento do cidadão comum.
   Estamos muito próximos das eleições autárquicas. Um povo sem medo, sem vergonha de qualquer espécie, deve exigir aos partidos políticos, que escolham aqueles cidadãos que acrescentem e não diminuam a freguesia.
   Recuar 20 anos é lembrar promessas, projectos ambiciosos e porta bandeira dos políticos e que nunca saíram dos gabinetes. Já nos basta! Mas vou lembrar alguns:
a barragem e a construção do açude, o Ofélia Club, em que, ao contrário do que nos disseram, não foi a distância em metros da água, a que devia ficar o “hospital” , porque o pedido da alteração da distância foi aprovado e a obra não se fez; os terrenos estão hoje na posse da Câmara Municipal e nunca mais se falou do assunto; o Núcleo Identitário de Malcata, há uma dezena de anos que o povo espera poder visitar e recordar tempos passados, objectos e memórias que se estão a perder;  as indefinições quanto ao antigo quartel, o abafado e silenciado Centro Interpretativo do Lince, tanto segredo estão a fazer e que não compreendo; e o alargamento daquela rua principal, quando acontece? E as cabras lá para a serra? A Exploração Caprina está a mexer, pelo menos no número de ajustes directos e em euros. Algum cidadão comum de Malcata, tirando os membros da junta, viu o projecto e os pormenores da obra? Já disseram como vai ser gerido e por quem?
    E se não bastasse, dou-vos a saber que, ainda este mês, no passado dia 17 de Março, a Freguesia de Malcata foi tema de uma Aula Aberta na Universidade da Beira Interior, na cidade da Covilhã. O silêncio incompreensível, da participação da nossa freguesia, com participação directa do senhor presidente da Junta, e a participação directa de uma associação com sede na freguesia, que naquele dia celebraram o lançamento de uma publicação de enorme qualidade e valor, fruto de um protocolo de colaboração com a Universidade da Beira Interior, a associação e a Freguesia de Malcata, representada  na pessoa do senhor presidente do executivo, cooperação que tem elevado o bom e o melhor das potencialidades da nossa terra, não merecesse sequer uma simples divulgação, informação à comunidade, dando conta dos frutos dessa magnífica cooperação, que a acreditar nas palavras do senhor presidente de junta, são para continuar e reforçar. A verdade é que nem uma letra encontro nas páginas oficiais da internet e redes sociais.
   A população de Malcata tem direito à informação e divulgação de todos os acontecimentos, projectos, obras, documentos...e os políticos têm que perceber que não podem continuar a governar assim. Como cidadão e malcatenho, estou cansado.

                                                                  José Nunes Martins

  

29.1.21

MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL

 

   



 

Vivemos tempos difíceis e cheios de incertezas. Por causa dos confinamentos as pessoas estão muito mais tempo nas suas casas. Como passar as horas sem aborrecimentos e sestas no sofá? Há muitas formas de “matar” o tempo. Mesmo confinados nas nossas casas, freguesias, concelhos e mesmo sem poder ir a França rever a família, as redes digitais aí estão ao alcance de muitos.
   As redes digitais são ferramentas fantásticas e contribuem para aproximar pessoas, entidades, instituições, abertura de comunidades virtuais mas com pessoas reais. A internet é hoje um meio óptimo para uma pessoa exercer cidadania activa, participativa, sendo uma forma de “poder”, de união e reforço do bem comum, do interesse pela nossa terra e do que as pessoas estão a passar.

 

  Desde 2006, mantenho a página “Malcata.net” (www.aldeiademalcata.blogspot.com).
  Nela vou colocando à vista de todos as situações que delas vou sabendo, histórias, opiniões, que de outra forma nunca seriam do conhecimento geral, fazendo de conta que tudo vai bem.   O poder político local está limitado a um grupo restrito de gente, que muda de roupagem conforme o maior número de vantagens que podem ser alcançadas, garantida que está a vitória. As cores nada importam porque os programas políticos e as formas de os executar são iguais, o importante é ganhar de qualquer maneira e feitio. Por isso e por outras motivações o que interessa é que passe o tempo, manter as aparências de que houve mudanças de figuras, mas mantendo interesse em que os cidadãos continuem a confundir os eleitos com os não eleitos porque a lei os impediu de o ser. E agir, disfarçadamente mas com o horizonte sempre em mente, aparecendo nos lugares públicos para ver o andar das coisas, ajuda a manter aquela ideia de nunca deixar de mandar, mandando mais do que aqueles que foram eleitos. E ajudar a empurrar os problemas com a barriga, o tempo vai passando, a aparência deixa de ser porque os rodeios começarão a ser mais intensos, as aparições começarão a ser mais frequentes, distribuindo sorrisos gratuitos como forma de mensagem de vitória.
   Agora que já escolhemos o Presidente da República, será que vão começar a surgir listas para concorrer às autárquicas? 
                                        José Nunes Martins

   

6.8.20

LAR DE MALCATA PREPARA AS ELEIÇÕES

                                   


  

                                   UM DIA UM HOMEM SONHOU...

      Eu sei que não gozo da simpatia de algumas pessoas da nossa aldeia e de outras, que apenas têm familiares a viver na aldeia, visitando a terra de vez em quando, tal como eu. Não gosto de mandar, ao contrário de certas pessoas, que têm um fascínio pelo poder e pelos privilégios que esse status lhes confere, prolongam  essa forma de estar, mesmo após o fim desses ciclos que, legitimamente, desempenharam. Continuam a sentir-se com legitimidade para mandar, sabendo que já não a têm. Inconscientemente ou por medos, os súbditos acatam e cumprem as ordens como se fosse normal continuar a mandar. 

   Eu não sou assim e é por eu não ser assim tão submisso, que algumas dessas pessoas, quando puxo o assunto, ficam caladas e não me dirigem a palavra porque não perdoam o meu atrevimento, porque sou contra estes comportamentos e sou um inimigo a abater, assim  haja oportunidade de o fazer.
   É muito fácil marcar pontos na campanha eleitoral para o lar.   Constou-me por aí em Malcata que um dos líderes da lista “surpresa” andou (e anda) de porta em porta e de rua em rua, a convidar os sócios a votar na sua pessoa... porque o senhor Carlos Clemente vai sair e o fulano vai entrar para o seu lugar. Ou seja, anuncia-se como o candidato que irá substituir o presidente actual. A verdade é que a mentira tem perna curta e é muito fácil apanhar uma pessoa a enganar e a manipular. E quem se deixa manipular acaba por ser enganado, sem se dar conta que foi numa cantilena falsa. O povo e os sócios do Lar sabem que há uma lista liderada pelo actual presidente da ASSM, senhor Carlos Clemente. Essa conversa de dizer às pessoas que sai um para entrar outro é mentira. Porque para um entrar, outro terá que sair e todos sabem que cabe aos sócios decidir no dia 16 de Agosto quem irá ser presidente da ASSM.
   Que podem os sócios esperar de campanhas de um nível tão baixo? 
   A fome de poder é tanta que não dispensa vestir a pele de cordeiro manso, afável, atencioso para com todos e, ao mesmo tempo, sorrateiramente, vai de pés juntos às pernas do adversário com quem está a disputar o mesmo lugar. 
   Mas enfim, pouco ou quase nada do que possa acontecer até ao dia 16 de Agosto, será surpresa para mim. É caso para perguntar aos sócios da ASSM(Lar)
onde encontramos a seriedade, a solidariedade, a generosidade de gente trabalhadora, dedicada ao amor ao próximo, sem pedir nada em troca e sem usar o poder da manipulação? 
   A obra é visível e real, não se trata de promessas ou desenhos. Os utentes recebem os apoios necessários e possíveis e nunca lhes ouvi falar de guerrilhas ou de que foram entregues aos cuidados de outra instituição. Não tenho conhecimento da existência de sócios a exigir uma devolução, porque simplesmente, as IPSS’S da espécie da ASSM são construções edificadas sobre alicerces fortes, sólidos e se durante os 29 anos conseguiu aprender a andar, crescer e ainda continuar com ambição de melhorar, esqueçam algumas pedras e areias soltas que resultaram no aparecimento de pequenas fissuras, nunca com a capacidade de colocar a estrutura em eminente estado de ruína ou degradação. 
   Quando o homem sonha e trabalha, a obra nasce e o mundo pula e avança.
   E o que é um sonho? O que é a realidade? O que é hoje a realidade ASSM, começou em 1991 com um sonho.
   Pelo sonho é que vamos...                  
                                                                 
                   José Nunes Martins
                                                                                           Sócio ASSM


21.7.20

ELEIÇÕES PARA O LAR DE MALCATA

 

    Realiza-se no dia 16 de Agosto a eleição dos novos órgãos de gestão da ASSM para o próximo quadriénio, acto ao qual concorrem, para já duas listas. O actual presidente da instituição, Carlos Clemente, recandidata-se ao cargo de presidente.
    

   Carlos Clemente disse-me que quer continuar com uma boa administração e uma gestão responsável, manter a confiança e boas relações com os trabalhadores, os familiares  e os utentes do lar e trabalhar para consolidar a ASSM como uma instituição de referência.

 Quanto à outra lista, tenho a informação, não confirmada oficialmente, que Vítor Fernandes será o líder e diz-se que quer ganhar a presidência,  nada mais sei sobre o que pretende fazer.

                                                                                      José Nunes Martins
                                                                                                                                                                     Sócio AMSS
   

                                                                

   

    




 


   


  

20.11.19

AS PROMESSAS


   


   Na altura das eleições os candidatos prometeram muito. Sabemos, porém, que nem sempre essas mesmas promessas são cumpridas. Umas não realizadas por motivos alheios ou porque houve alterações que lhes tiram a razão de serem cumpridas.
Contudo, há promessas que não se concretizaram ou algum dia se concretizarão, porque apenas foram feitas para conquistar o voto dos eleitores.
Desde as últimas eleições autárquicas já passaram dois anos. Quem ainda se lembra das promessas eleitorais dos que venceram as eleições? Como estão o estado de cada uma dessas promessas? Quantas já foram realizadas? E as que não foram ainda concretizadas, não o foram porquê?
   Deixo-vos aqui o desafio de se manifestarem aqui em relação às promessas da junta de freguesia em exercício. E para vos facilitar a vossa reflexão, deixo-vos a lista dessas 14 promessas eleitorais:
         PROPOSTAS DO PSD (Malcata) PARA 2017 ATÉ 2021:
- Projecto agrícola “Cabra Serrana”- Candidatado ao PDR2020
- Alojamento local – Requalificar as instalações do quartel e reabilitar as casas da Junta de Freguesia.
3ª - Sala de memória colectiva – Conclusão do projecto e exposição de peças de natureza etnográfica.
4ª - Centro interpretativo do Lince da Malcata – Criação em parceria com o Município.
5ª - Implementação de painéis e placas informativas em locais de interesse (Património cultural, elementos de atração turística, entre outros).
6ª - Zona de Lazer – Manutenção, ampliação, melhoramento dos espaços e aquisição de novos equipamentos;
7ª - Promover e divulgar a actividade “Mãos na massa – O ciclo do pão”, proporcionando actividades didácticas e de interacção social;
8ª - Solucionar as necessidades de abastecimento e drenagem de água;
9ª - Requalificar
e ampliar a Rua de Baixo;
10ª - Melhorar a área afecta ao acolhimento de caravanistas, tornando-a mais atractiva e funcional;
11ª - Apoio Social – Assistência médica, aulas de actividade física, apoio na inclusão social e profissional, potenciar o desenvolvimento de formações;
12ª - Cooperar com associações e comissões de festas;
13ª - Representar os cidadãos junto do Município, na resolução de problemas ou outras questões;
14ª - Serviços de proximidade a toda a população de Malcata, na resolução dos problemas diários.
 
   Estas são as 14 promessas, para os quatro anos de mandato do executivo da Junta de Freguesia de Malcata. Os cidadãos têm aqui a oportunidade de se pronunciarem sobre estas 14 promessas.

4.10.17

OS DETALHES QUE FIZERAM A DIFERENÇA

OS DETALHES QUE FIZERAM A DIFERENÇA


Estas eleições, no que respeita a uma freguesia, merece ser registada na história política do nosso concelho e dessa aldeia.
Uma candidatura apresenta no Auditório Municipal o seu líder, o seu candidato a presidente. Em campanha, distribuíram um folheto com fotos e programa. Desconheço se o líder ajudou ou não na sua entrega aos eleitores. Com os eleitores com que tive oportunidade de conversar, diziam-me que não conheciam o candidato, não os visitou durante a campanha eleitoral e mesmo no dia de eleições, só depois de votar é que o viram sentado na assembleia de voto e quando me encontraram disseram "olha, já sei quem é, estava sentado lá na sala"!
Enquanto o líder se resguardava, o actual presidente, que por limitação de mandatos concluídos, está impedido de candidatar-se a outro, trabalhou no duro, deu o corpo e tudo o mais que tinha acessível para garantir a vitória ao cabeça de lista. E conseguiu a eleição do seu líder que mais parecia não querer  vencer!
O que aconteceu nesta freguesia é caso de estudo, pois os eleitores votaram no ex-presidente e não no novo candidato a ocupar-lhe o lugar.
É verdade que foi o povo que votou e não quis mudar as coisas. Ficou provado que para ser eleito presidente, basta que os membros da candidatura, familiares e amigos se unam e com mais uns truques de magia,  o jogo está ganho. Com uma abstenção de 45,52%, dos 435 inscritos só votaram 237. Onde andam os outros 198 ? Na sua maior parte não ficaram em casa, porque talvez nem existam! Dos 237 que votaram, 65,82%, ou seja, 156 eleitores escolheram o candidato apresentado pelo PSD. Os números não deixam dúvidas a ninguém. Surpreendeu-me a ausência de participação activa do líder e a estratégia preparada pelo ex-presidente da autarquia para alcançar a vitória. Vou aguardar pelo desempenho do agora presidente da minha freguesia e cá estarei para registar os factos e os números para memória futura. Termino com um pensamento do grande político
que foi Francisco Sá Carneiro, fundador do PPD - (PSD):
"A política sem risco é uma chatice,
mas sem ética é uma vergonha".

                                                                                                   José Nunes Martins

2.10.17

OS JUSTOS VENCEDORES



   "SE VIRES UM HOMEM COM FOME À BEIRA DO RIO
    NÃO LHE DÊS UM PEIXE, ENSINA-O A PESCAR"

 

      Peço aos leitores que façam uma leitura do artigo escrito pelo professor José Ramos Pires Manso, da Universidade da Beira Interior, Economista e responsável do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social, que o Jornal Cinco Quinas publicou recentemente.
   
             

29 Setembro, 2017

  A execução de uma estratégia nacional para o turismo militar e o alargamento a todo o país do programa de ciclismo e passeios a pé no Algarve são medidas da Estratégia para o Turismo 2027. Esta resolução foi hoje (quarta-feira dia 27/9) publicada em DR. Apreciando com cuidado o diploma alguma coisa se pode depreender no que diz respeito ao seu alargamento ao interior do país, como a inclusão de rotas como a das aldeias históricas, das aldeias de xisto, das aldeias de montanha, das terras com castelo, das terras da raia, cidades com história, judiarias, …
Esta resolução do Conselho de Ministros, hoje (quarta-feira dia 27/9) publicada em Diário da República (DR), foi aprovada na reunião do CM da passada quinta-feira. Entra em vigor na próxima quinta-feira. Segundo o Governo, a estratégia hoje publicada pretende proporcionar um quadro de referência estratégico para o turismo nacional, num horizonte de 10 anos. Pretende ainda, assegurar a estabilidade e assumir compromissos quanto às opções estratégicas para o turismo nacional, promover a integração das políticas setoriais, gerar uma contínua articulação entre os vários agentes e agir com sentido estratégico no presente e no curto/médio prazo.
Uma das metas da Estratégia do Turismo 2027 é conseguir 80 milhões de dormidas, o que se traduz num aumento de 31 milhões dormidas entre este ano e 2027, com uma taxa de variação média anual de 4,2%. No que diz respeito a receitas turísticas, é a intenção é crescer 14 mil milhões de euros até 2027. O Governo pretende ainda aumentar as qualificações dos trabalhadores na atividade turística, através da duplicação de 30% para 60% do nível de habilitações do ensino secundário e pós-secundário no turismo. Pretende ainda ter turismo durante todo o ano e reduzir o índice de sazonalidade de 37,5% para 33,5%. Para o conseguir está previsto alargar a todo o país o projeto piloto ‘Cycling and Walking’ da região do Algarve, além de investir nos Caminhos de Fátima, Caminhos de Santiago e na rede de Turismo Militar. Para além dos bons resultados, o Governo garante que o turismo tem que se afirmar cada vez mais como uma atividade sustentável ao longo do ano e ao longo do território, que valorize os recursos naturais de que Portugal dispõe e que contribua para a criação de emprego e de riqueza e para a promoção da coesão territorial e social.
A resolução aprovada pelo Governo definiu como mercados estratégicos a Espanha, Alemanha, Reino Unido, França, Brasil, Holanda, Irlanda e Escandinávia. Na lista de “mercados de aposta” da estratégia contam os Estados Unidos da América, China e Índia, enquanto são classificados como “mercados de crescimento” a Itália, Bélgica, Suíça, Áustria, Polónia, Rússia, Canadá. Por último, o Governo define ainda sete “mercados de atuação seletiva”: Japão, Austrália, Singapura, Coreia do Sul, Índia, Israel e países da Península Arábica.
Da estratégia nacional às estratégias regionais e locais do Interior
Com especial interesse para o interior a Resolução do Conselho de Ministros, elenca algumas medidas como (i) a revitalização e dinamização económica de aldeias e centros rurais com vocação turística está também prevista na estratégia, que aposta nas redes temáticas e nos recursos endógenos dos territórios, como as Aldeias de Xisto, as Aldeias Históricas e as Aldeias Vinhateiras, (ii) a realização de ações de valorização turística e de promoção dos lagos e águas interiores, rios, albufeiras, nascentes e águas/estâncias termais ficam prometidas e (iii) a disponibilização de rede wi-fi (sem fios) gratuita nos centros históricos, por forma a melhorar a experiência de usufruto do património nacional.
Do que se disse se depreende que a estratégia nacional dirigida às regiões do interior passa, entre outras, pelas seguintes ações:
– Alargar o projeto piloto ‘Cycling and Walking’/Ciclismo e Passeio da região do Algarve a todas as regiões do interior do país, designadamente às planícies, planaltos e montanhas, regiões protegidas como parques e reservas naturais, margens dos rios e vales, rotas diversas (para observação de paisagens e aves, por exemplo) em veículos de duas rodas e por aí fora.
– Investir nos Caminhos de Fátima, nos Caminhos de Santiago e na rede de turismo militar. Com um bocadinho de imaginação local, pode juntar-se a essa lista os caminhos das romarias tradicionais do interior como a Sr.ª da Ajuda na Malhada Sorda (Almeida), a Sr.ª da Póvoa (Penamacor), a Sr.ª do Almurtão (Idanha a Nova), a Sr.ª dos Prazeres Soito e em diversos locais desta região, a Sr.ª das Dores do Paul, A Sr.ª dos Remédios de Lamego, a Sr.ª do Castelo de Mangualde e tantas outras que por aí há.
– A revitalização e dinamização económica de aldeias (aldeias históricas, aldeias do xisto, dos rios Zêzere e Coja, aldeias de montanha, aldeias com castelo, aldeias, vilas e cidades com judiarias,…) e centros rurais com vocação turística está também prevista na estratégia, que aposta nas redes temáticas (como a rotas dos judeus, rota dos castelos de Riba-Côa e outros, a rota das aldeias de fronteira, festivais de gastronomia, rotas da caça e pesca, …) e nos recursos endógenos dos territórios, como as Aldeias de Xisto, as Aldeias Históricas e as Aldeias Vinhateiras, a que acrescentamos as Aldeias de Montanha da Serra da Estrela, as Aldeias dos Parques e Reservas Naturais como as da Serra da Estrela, da Serra das Mesas/Malcata (do lince), da Serra da Marofa e da Gardunha, do Caramulo e por aí fora….
– Estão ainda previstas ações de valorização turística e de promoção dos lagos e águas interiores, rios (como o Tejo, Douro, Guadiana, Côa com as suas gravuras rupestres, Sado, Mondego, Zêzere rios do alto Minho,…), albufeiras (como as do Alqueva, da Serra de Estrela, das Barragens do Castelo de Bode e de St.ª Luzia, Fratel, do Sabugal no Rio Côa,…), nascentes e águas/estâncias termais (como as do Cró (Sabugal), Unhais da Serra (Covilhã), … (Almeida), Longroiva… (Figueira de Castelo Rodrigo), Fonte Santa (Manteigas), de Alcafache (Viseu), Vidago (Chaves) e tantas outras pelo país fora.
Disponibilização de rede wi-fi gratuita nos centros históricos das cidades, vilas e aldeias, por forma a melhorar a experiência de usufruto do património local. Encontram-se neste caso todas as cidades, vilas e até algumas aldeias com centros históricos como Guarda, Viseu, Coimbra, Covilhã, Castelo Branco, Leiria, Aveiro e muitas outras…
José Ramos Pires Manso
Prof Catedrático, UBI, Economista e responsável do
Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social





   O artigo dá a conhecer a  estratégia para o TURISMO nacional num horizonte a 10 anos. Trata-se de uma decisão do Governo e dada a sua importância para as aldeias do interior, as Aldeias com albufeiras, reservas naturais,
uma estratégia que uma associação em Malcata já vinha a defender desde 2016, que depois de apresentada a ambas as candidaturas, apenas tive interesse e acolhimento por uma e conscientes da importância que tem para o futuro da aldeia de Malcata, incluíram-na no programa de candidatura das eleições autárquicas de 1 de outubro de 2017, destacando com uma frase: "PROMOVER O TURISMO SUSTENTÁVEL E A AUTOSSUSTENTABILIDADE DA ALDEIA ( Malcata )"!
   Hoje, 2 de outubro, sabemos que o povo não aprovou esta e outras propostas que foram amplamente apresentadas e deixando a decisão  de escolha nas mãos de cada pessoa eleitora.
As pessoas optaram por dar mais atenção à voz do candidato que não podia ser candidato e ficaram saciadas, pelo menos temporariamente, com o pão oferecido, pois quando voltar a apertar a fome, terão que ir ao encontro da família real, aí haverá manjedoura farta.
   Esta é a minha opinião, livre de tudo e sem rodeios.
   Sonho com uma aldeia diferente, os que  me conhecem sabem que tenho uma obsessão: sou obcecado pela terra onde nasci, onde cresci e pelo bem de todos, não quero poder, não quero dinheiro nem sou vendedor de banha da cobra. Sou um malcatenho que se sente triste, profundamente triste por mais uma vez,
verificar que não posso obrigar uma pessoa a aprender a autossustentar-se e um povo que se vende por tão pouco, que diz sim a uma proposta e na hora da verdade risca não. Onde mora a honestidade intelectual? Fico-me por aqui a pensar na minha infância e nos meus sonhos.
   Parabéns aos justos vencedores, aqueles que respeitam liberdade, a honestidade, a seriedade e caminham de cabeça erguida; parabéns aqueles que apesar da derrota de número de votos, ganharam a medalha mais ambicionada por qualquer atleta.
                                                   
                                                      José Nunes Martins

                                                               
   
                                  EIS OS VENCEDORES JUSTOS: