27.10.21

QUANDO A LUZ SE VAI, CHEGA A ESCURIDÃO

 


A IMPORTÂNCIA DA LUZ



  O Nicho da Senhora dos Caminhos está a pouco mais de um quilómetro da povoação. Por ali passa muita gente de dia e também de noite, esteja o tempo como estiver. Desde 2004, que foi o ano da inauguração daquele novo lugar, tornou-se num espaço ajardinado, algumas árvores dão sombra aos bancos e o chafariz até lá se enquadra e quando a sede aperta é só abrir a torneira. Durante a luz do dia é um lugar tranquilo e calmo e há pessoas que vão até lá para descansar, ler, rezar...ouvir e ver aquelas andorinhas que se apaixonaram pela ponte e ali vivem.
   Acontece que, durante o dia, quem por ali passa de automóvel ou a pé, reconhece a beleza daquele espaço e gosta do que lá está. Quando vem o entardecer vai-se a luz e chega a noite e tudo parece que se esfuma, com toda a serenidade quem ali está fica envolto juntamente com a noite. Ora se é de noite, o normal é ficar escuro à nossa volta! É o mais natural que acontece em qualquer lugar deste mundo, a não ser, e lá vem a excepção, haja luz que ilumine o lugar e o caminho.
   Quer isto dizer que aquele espaço fica escondido durante a noite e também dificulta a passagem dos que, a caminhar, por ali passam. E sendo um sítio de ida e passagem, as pessoas que têm o saudável hábito de fazer uma caminhada ao fim da tarde, assim que vai a luz e chega a noite, ou ligam o botão da lanterna e continuam a ver por onde caminham, ou então continuam mais devagar, colocando pé ante pé, até passar a Senhora dos Caminhos às escuras.
   Eu sei que alguns de vós estais a murmurar, mas também sei que outras pessoas pensaram na necessidade de alumiar aquele lugar e a Senhora dos Caminhos.
   A coisa até nem parece que seja assim tão dispendiosa e se todos pensarmos um pouco, com certeza que encontraremos outras razões, também elas importantes, para que se ilumine aquele lugar durante as noites de Verão e de Inverno.
                                            
                                      Josnumar
                             
(José Nunes Martins)

Antigo Nicho da Senhora dos Caminhos, Malcata
                                                    (Fotos de Maria Lourenço, in internet )



25.10.21

MALCATA: APESAR DE HAVER FIBRA ÓPTICA, A PÁGINA DA JUNTA DE FREGUESIA DE MALCATA ESTÁ OFF LINE, OU QUASE ! ATÉ QUANDO?

       

                                     Uma página que pouco se alterou e em 2021 continua
                                    com défice de informação e de aproximação ao cidadão.
                    

      PRECISAMOS DE UMA AUTARQUIA MAIS ON

   É habitual que os malcatenhos pouco ligam à gestão da junta de freguesia e muito menos ao que faz ou manda fazer a Câmara Municipal. E pior ainda é que não há quem se preocupe ou pelo menos, tenha a curiosidade, de seguir mais de perto aquilo que a junta faz. Ainda há dias, decorreu no dia 11 de Outubro a instalação dos novos elementos da junta e da Assembleia de Freguesia. Bem, sendo praticamente as mesmas pessoas que já estavam, ainda menos interesse despertou. Eu, infelizmente, não me foi possível estar presente nessa cerimónia que tem importância para os malcatenhos, ou devia ter. Como passado uma semana não encontrei notícias acerca da dita cerimónia, perguntei, através da internet, o que se tinha lá passado. E não é que a resposta foi dada pouco depois, na página oficial da Freguesia de Malcata, que existe numa das redes sociais?! Agradeço desde já a informação disponibilizada, não só para mim, mas para todos os leitores e malcatenhos que quiserem saber.
   Para mim há mais a exigir a esta junta de freguesia. É que a página  https://www.freguesiamalcata.pt/ continua muito desactualizada e ainda lá consta a anterior Junta de Freguesia. E custa abrir esta página e ler “informação em breve”, as Notícias ainda são as de Setembro de 2019, pasmem-se! Malcata, naturalmente, não é isto e promessas como esta de
       “Bem-vindo à página oficial da Freguesia de Malcata. Com novos conteúdos,     mais rica em informaçãomais atualizada” ; ou esta mensagem:
   “ queremos que esta seja uma ferramenta útil aos habitantes de Malcata mas também um cartão de visita e uma plataforma de promoção da nossa região”!!!
    Mas o que é isto? Qual é o problema de inserir informação actualizada, que seja importante para o cidadão, que incentive o cidadão a interagir com as novas formas de comunicação e no conforto da sua casa, escritório situe-se ele na Guarda, Coimbra, Lisboa ou em Paris? Não consigo compreender o desinteresse pelas novas ferramentas de comunicação. Fico a pensar por que raio publicam o anúncio de uma corrida ou uma Feira e anúncios em nome das produtoras de cinema e matérias mais importantes que a Junta de Freguesia deve divulgar e disponibilizar, simplesmente nada de nada. Quem quiser andar informado, dirija-se naqueles dias de atendimento ao público, caso contrário, só com carta registada e cumpra-se a lei. A democracia e o poder local já não funciona assim! Em Malcata talvez nem se interessem, mas não lembrem-se que o cidadão também usufrui de direitos. E não bastam aquele tipo de justificações, do género, a junta que lá está é a mesma dos últimos quatro anos, já sabem como é e quando estão abertos. Não, não é resposta que se dê ao cidadão.
   Pergunto eu: vão ou não empenhar-se na actualização e utilização da página oficial que a Junta de Freguesia abriu na internet?
   Há anos que protesto contra este marasmo. Dois exemplos:
 
https://aldeiademalcata.blogspot.com/2017/06/entre-quem-vier-por-bem.html

 https://aldeiademalcata.blogspot.com/2019/08/afinal-para-que-serve-internet-em.html

                                                                                  Josnumar
                                                                           ( José Nunes Martins )


 

24.10.21

OS ESPAÇOS PÚBLICOS NA ALDEIA DE MALCATA

 

  

Muitas vezes é assim!
                          

                                                           MAIS LIMPEZA É PRECISA

   A Praça do Rossio, que é composta pelo Rossio e Largo da Torrinha, é a “sala de visitas” da nossa freguesia, espaço de que muitos nos orgulhamos.
   Pena é que nem sempre o aspecto do espaço se apresenta nas melhores condições. Já é tempo de olharmos com mais cuidado e atenção e por exemplo, já era tempo de se retirarem definitivamente os contentores metálicos onde se deposita o lixo doméstico e outros objectos de maior dimensão ali encostados à parede ou ao próprio contentor. Muitas vezes o chão do Rossio está inundado de lixos diversos, a sua maioria empurrada pelos ventos. Também o abrigo da paragem dos transportes públicos se apresenta muitas vezes num abrigo de aranhas e outros lixos que o vento e as pessoas para ali empurram.
   É deveras desolador, pelo menos para os que apreciam a nossa aldeia, o aspecto que nos oferece esta praça, pela falta de limpeza e aprimoramento. Impõe-se que os habitantes da nossa aldeia, exijam da autarquia e de cada cidadão, um pouco mais de brio e que aquele amor à freguesia os leve a verificar que o desleixo e o abandono dos espaços públicos em nada contribuem para o bom nome da terra.
   Exige-se o bom nome da aldeia e dos espaços públicos.
                                                    José Nunes Martins

     Este foi o cenário que encontrei no interior da paragem das camionetas que está na Praça do Rossio ( Torrinha ). Perante aquilo que se observa, lá se arranjam formas de afixar informação oficial da autarquia sem perturbar quem ali faz de lar!


                                     Fotos de Josnumar, a 8 de Setembro de 2021
Nota:  Caso alguma pessoa se sinta ofendida ou que esta "achega" é dirigida para ela
            ou qualquer outra, é pura coincidência, pois limitei-me a fotografar e a escrever 
            sobre o que observei e que é necessário dar uma solução melhor. Se isso acontecer, ganha a freguesia e ganham os residentes na nossa aldeia e agrada a quem nos vem visitar e deseja ter vontade de repetir.
                                                                          Josnumar
                                                                ( José Nunes Martins)




23.10.21

MALCATA: MEMÓRIAS COMUNITÁRIAS

 


  MEMÓRIAS quem as não tem?

  Em que canto da aldeia se escondem? Andamos tão consumidos com a pandemia e à espreita, para ver se vimos passar o vírus, que esquecemos o nosso passado. O que fica para lembrar depois? Para recordar depois? O que vai ficar para os mais novos assimilarem as raízes e a identidade malcatenha? O pouco que resta é a memória dos mais idosos. Até quando? É urgente ouvir e gravar as memórias das pessoas que ainda vivem e avançar com o tal projecto da Sala das Memórias. Se não fizermos nada, se continuarmos a fazer de conta, vamos mesmo perder muitas das memórias da nossa comunidade. É muito triste perder a história, perder o caminho de onde viemos. Se isso acontecer, se esquecermos de onde viemos, como vamos saber para onde vamos?
   
Este é um, entre outros assuntos com importância para a comunidade malcatenha, que aqui vou querer partilhar convosco.    
   A Memória Colectiva da comunidade de Malcata é algo mais abrangente que as ferramentas de trabalhar a terra ou o cântaro de barro. É através das memórias colectivas que os descendentes de malcatenhos podemos criar a nossa identidade comum. E como cada povo tem as suas memórias, são elas que alimentam o sentimento de pertença, de partilha e união fortalecendo os laços entre todos.   Escrever sobre o passado de Malcata, sobre o presente e perspetivar, na medida do possível, sobre o futuro, porque temos que ser nós, os malcatenhos, a fazer algo que salvaguarde para o futuro de uma forma digna e responsável. E é por isso que continuo a divulgar e a tornar público e acessível a todos os conhecimentos e as informações que possuo ou que me chegue às mãos.

                                                            José Nunes Martins

      

                                                    
    
            


                                                 

19.10.21

INFORMAR É UM DEVER

 

Tomada de posse na Assembleia Municipal do Sabugal de
João Vítor Nunes Fernandes, representante de Malcata
(Foto via facebook on line)

 

 

   O que queremos para a nossa freguesia para os próximos anos?
   Nas eleições de há quatro anos ganhou o PSD/PP, sob a batuta de um pai zeloso que muito trabalhou para o seu filho vencer. Em 2021, João Vítor candidatou-se novamente ao lugar de representante da freguesia. Sem adversários pela frente, facilmente conseguiu vencer e com maioria absoluta, pois não se esperava outro resultado dado o número de participantes nesta corrida ao trono autárquico.
   A tomada de posse dos novos órgãos políticos e administrativos da nossa freguesia, ocorreu no passado dia 11 de Outubro. Estamos a 19 de Outubro, oito dias se passaram e ainda não foi disponibilizada informação respeitante à tomada de posse dos elementos da Junta de Freguesia e os membros da Assembleia de Freguesia. Provavelmente foi afixado edital a informar do sucedido e mais nada. Seria maçador e pedir muito que divulgassem informação sobre a instalação dos dois órgãos da freguesia, através da página da internet, que a Junta de Freguesia diz ter aberto? Todos sabemos quem ganhou as eleições. E até podemos imaginar os lugares que cada um irá ocupar, mas não há melhor informação que a vinda da própria autarquia, pois os malcatenhos que vivemos afastados da freguesia, é através da internet que vamos estando ligados a essa terra e a essa gente.
   Mesmo sabendo que o PSD/PP ganhou folgadamente e imagino que a vitória nem teve um sabor divinal, o único que há a fazer é aceitar os resultados e respeitar a confiança depositada pelos 142 eleitores que neles voltaram a confiar para governar a freguesia de Malcata.
   É assim a vida e agora não adianta lamentar o sucedido. Fica para a história política de Malcata. A verdade, é que com este tipo de atitudes e de impasses em não apresentar mais candidatos interessados na gestão pública da nossa aldeia, não porque os não haja, porque os há e com competências, ideias e força para o exercício dos cargos, temo que a falta de valentia e coragem lhes vai custar a perda de alguma credibilidade, aumentando ainda mais o desinteresse por estas coisas e só contribui para que a abstenção aumenta ainda mais.
   Obviamente para quem não vive permanentemente na freguesia e a quem apontam a estrada de saída, porque não sou daqui, também não tenho que me queixar ou criticar o quer que seja, deixa-me triste, muito triste mesmo. É que, eu sei que eles sabem como eu sei, que nasci em Malcata.

                                                                   José Nunes Martins
                                                                        (Josnumar)


15.10.21

FREGUESIA DE MALCATA: OPOSIÇÃO PRECISA-SE!

 


  A vitória do PSD/PP na freguesia de Malcata era mais que esperada porque era a única força política que se tinha apresentado para a Assembleia de Freguesia. Toda a freguesia sabia quem ia ganhar, quando assim acontece, não há como mudar o sentido do voto. Talvez por ser conhecido antecipadamente o vencedor, a campanha eleitoral não passou de casa em casa, também não foi necessário tocar a reunir o maior número de eleitores,
não fossem as candidaturas à Câmara Municipal e Assembleia Municipal entrarem pelas ruas da nossa aldeia em caravana automóvel e teria sido um vazio eleitoral.
   Mais uma vez a história repete-se e a nossa freguesia devia ser um caso de estudo político, pois nem é preciso fazer campanha, apresentar um programa de trabalho para quatro anos, basta uma folha com o nome e fotografia dos candidatos. Bem, é a democracia que se respira na nossa terra. O vencedor nada fez para vencer, mas perante a ausência de alternativas, o povo limitou-se a votar no único candidato e que já em 2017 tinha sido atirado à água, cheia de crocodilos, que o fizeram nadar até 2021, pois não tinha como voltar atrás. Agora ganhou-lhe o gosto e o hábito de marcar presença nos dias em que a porta da sede da junta abre para atendimento geral, pode levantar o troféu durante mais quatro épocas, sem adversários que o possam incomodar.
   Foi dado um mal sinal nestas eleições autárquicas. Algo vai mal na nossa freguesia para que não tenha aparecido mais candidaturas à Junta de Freguesia. Que estamos a perder muitas pessoas é uma realidade e contra a morte ninguém vence. Se juntarmos a esta triste realidade, a juventude desinteressada pela política, os eleitores que só se lembram que o são, quando um candidato os mobiliza, os que votam porque “sempre assim foi”, “é o costume” ou contaram com ajuda, a situação é mesmo trágica.
   Desta vez, a oposição não apareceu. Eu pessoalmente, não sei as razões, se foi por demasiadas dificuldades na formação da lista, se essa dificuldade foi porque os malcatenhos estão satisfeitos com o trabalho feito de 2017 a 2021 e sentem-se embalados e convencidos que não há alternativas, pois não sei se tiveram medo das batalhas que teriam que vencer.
   A Assembleia de Freguesia foi empossada no dia 11 de Outubro. Para além do Edital que informava sobre este acto, não há qualquer informação visível no site da junta de freguesia. Situação a que já nos habituou durante quatro anos e parece ter continuidade, vamos continuar sem conhecer as decisões da Assembleia de Freguesia e da Junta de Freguesia. É que nem a força da lei os consegue obrigar a manter a página na internet actualizada e com informação útil e disponível ao cidadão.
   Quem se vai atrever a contrariar o “chefe”?
   Quem se ateve a pedir fiscalização do trabalho e das decisões?
   Lembram-se como foi imposto o cabeça de lista em 2017?
   É necessário alimentar a mente para não perdermos a memória. A democracia que vivem os residentes em Malcata está a transformar a nossa sociedade local e estamos a regressar ao tempo das famílias dominadoras, gente que exerce a sua influência e domínio com o pensamento único e certo.
   A oposição tem agora pela frente quatro anos de trabalho para reaparecer.
   E pode começar por saber a resposta a estas perguntas:
   Qual é a constituição da Assembleia de Freguesia?
   Qual é a composição da Mesa da Assembleia de Freguesia?

                                               José Nunes Martins
                                                     (Josnumar)

Propostas para 4 anos


13.10.21

É PRECISO CUIDAR DO PATRIMÓNIO

Cuidar é preciso

    

   A fonte-velha, é em certa medida, o exemplo concreto do desmazelo e abandono a que foi votada durante os últimos executivos de Junta, antes e depois de 2017.
   É certo que a água desta fonte há muito que só tem servido para regar os campos e as hortas e cada vez são menos os agricultores, mas sempre teve muita importância e como tal faz parte da história da nossa aldeia, uma memória colectiva que importa preservar.
   E como diria alguém, ainda sou do tempo em que diariamente se despejava a presa e muitas famílias dali levavam a água para dar a beber aos animais da loja, porque nesse tempo ainda não havia a rede de distribuição de água ao domicílio.
   Os tempo mudaram e os costumes também. Mas isso não explica o estado em que se encontra aquele lugar, pois sendo público, a autarquia tem a missão de zelar com limpeza e uma manutenção regular. É que nem sequer na altura das obras realizadas na Fonte de Mergulho, foram capazes de se interessar pelo embelezamento daquele espaço. Enfim, uma situação triste e que apenas vem dar razão aos que em surdina me dizem que a junta de freguesia não faz e pouco cuida do que já está feito.
   Com a tomada de posse da Assembleia de Freguesia, espero que se abra um novo ciclo, onde se exige mais respeito pelas coisas da comunidade. E há tanto para cuidar e arranjar!
                                           José Nunes Martins
                                           
              (Josnumar)

12.10.21

MALCATA: NÃO, NÃO FICOU TUDO IGUAL COMO ESTAVA!

   


   


Começo por falar sobre as últimas eleições, aquelas em que fui delegado pela primeira vez.

   Foram muitos os que votaram e muitos nem sequer documento de identificação apresentaram. Para esses é normal e costume não apresentar o bilhete de identidade, ou cartão de cidadão, muito menos a carta de condução. Como é uma aldeia, toda a gente se conhece e nem é preciso nada destes documentos. E como a Lei diz que se pode votar sem qualquer documento de identificação, basta que as pessoas presentes na mesa da assembleia a reconheçam como eleitor, sem confirmar nome e número de cidadão, de carta de condução ou outro...mesmo que se confunda algum nome, tudo é normal e está-se a cumprir a lei. O problema e a confusão surgem, mas sob protecção legal, logo nada atrapalha.
   A realidade que vivi é gritante e reveladora de um total desrespeito e aceitação da excepção como regra e nunca o contrário.
   Pela primeira vez participei numas eleições no papel de delegado de uma candidatura. Foi uma experiência que me enriqueceu e me fez compreender muitas situações vividas nos meios rurais. Só vos digo que foi cansativo e passei o dia a tomar notas. Descobri, ao fim de tantas eleições, que para votar basta entrar e tudo se resolve, mesmo aos que perante o pedido de identificação, respondem não ser preciso, aqueles que agarram nos boletins de voto e vão perguntar aos autarcas como fazer a cruzinha, outros que ficam zangados porque são avisados para sair depois de votar, mesmo que se trate de assuntos que têm a ver com saúde, perguntar por fulano e cicrano, etc.
   Vi muita cara conhecida por trás da máscara e sei que muitos não conheci e nem eles a mim. Outros sabiam que desta vez não podiam falar, estava lá eu para fiscalizar e as regras eram para cumprir.
   Foi uma experiência à qual voltarei a falar sobre ela. Até porque vi alguns boletins com bonecos, mensagens, recados para a assembleia de freguesia, até daqueles símbolos das Caldas havia e até com a cruz no partido que nem sequer candidatura havia, mas o eleitor acrescentou com a lapiseira e fez o quadradinho para a cruzinha no seu partido.
   
   Dos 388 inscritos no caderno eleitoral, votaram 187, ou seja, menos 50 pessoas que nas eleições autárquicas de 2017. Dos 187 eleitores que votaram nestas últimas eleições autárquicas ficaram assim distribuídos: 28 votos em branco e 17 votos nulos. Há a registar que a maior parte dos votos nulos continham “recados” que revelaram o descontentamento dos que assim votaram.

   Com estes números e sem grandes e profundas análises aos resultados, podemos concluir que metade dos malcatenhos optaram por ficar lá por casa ou lá pelas terras onde habitam e passaram a desinteressar-se pelo acto eleitoral, pois só podia haver um vencedor no que toca à Assembleia de Freguesia. E claro. Em vez de irem votar e lutar pela defesa dos seus interesses e os dos seus filhos e primos, tios, madrinhas e padrinhos, deixaram-se ficar quietos.
   Também é graças a estes eleitores de ocasião que Malcata vai continuar nos próximos quatro anos, em direcção a nenhures e rumo ao definhamento.
   Para os 142 malcatenhos está tudo bem e para os restantes também está, porque nem se atreveram a apresentar uma lista alternativa. Assim sendo, os próximos quatro anos vão ser sossegados, sem membros da oposição na assembleia de freguesia para querer saber, reclamar das ruas sujas e com buracos, das faltas de água na fonte da Torrinha ou da piscina que não pode ser utilizada...etc., etc.
    Concluindo...porque carga de água é que, agindo estas pessoas da mesma forma do costume, esperam obter resultados diferentes do costume? 


                                                                                   
                                                                                                  (Josnumar)
                                                                                                  José Nunes Martins

10.10.21

BEM VINDOS À FREGUESIA DOS BURACOS

 

Rua da Fonte, em Malcata


   Bem-Vindo à Freguesia de  Malcata!
   Há nova atração: buracos nas ruas.
   O buraco da Rua da Fonte já conta com um mês de vida. A nossa aldeia passou a poder organizar umas caminhadas pelas ruas para dar a conhecer a localização dos buracos...é claro que eu e vós, sabemos que uma ruptura numa conduta de água pode ocorrer a qualquer altura do dia ou da noite. Depois de reparada a avaria, o mais lógico é repor o piso como estava antes, ou seja, tapar bem a cratera e colocar novamente os cubos de granito. A realidade é que não é isso que está a acontecer em Malcata. Cada dia que passa, aumenta o número de buracos nas ruas. Sabemos quem os abriu, mas há um desinteresse total para os tapar devidamente. Onde andam os fiscais das obras?O cidadão paga impostos para quê? Já vi buracos a ser abertos e imediatamente a serem fechados, deixando a rua como estava, mas não foi na nossa terra. Disseram-me que só quando a terra estiver bem calcada é que recolocam os paralelos...
   Senhores da Junta de Freguesia e da Câmara façam o vosso trabalho e façam com que estas situações sejam resolvidas o mais breve possível; acabem com o martírio dos malcatenhos e daqueles que vêm a Malcata.
   Fotos:


Rua do Soitinho

      Rua da Escola Primária                                                                         


Rua da Escola Primária

                                                                             José Nunes Martins
                                          


4.10.21

MALCATA: COMO ESTAMOS DE ÁGUA ?

Fonte da Torrinha em Malcata

    SERÁ VERDADE QUE A ÁGUA DA FONTE DA TORRINHA
    PODE SER UM PERIGO PARA A SAÚDE PÚBLICA ?


   A água da fonte da torrinha, onde praticamente toda a população da nossa aldeia recolhe água para beber, pode estar contaminada e a Junta de Freguesia pode vir a ter que colocar um aviso na fonte a avisar as pessoas da possível contaminação.
   A verdade é que as pessoas da aldeia ignoram os perigos que correm, o papel das análises lá continua à vista de todos e nele se diz que a água é boa para beber, ou seja, as pessoas e quem visita a aldeia e por ali passa, continuam a abastecer-se e a consumir aquela água.
   O consumo da água não causa problemas imediatos, mas com um consumo continuado, pode causar problemas reais de saúde, por exemplo, aumento das quantidades de ferro, lesões em alguns dos órgãos internos, etc. Esta é uma fonte com 84 anos e ao longo de décadas foi a maior fonte de abastecimento da nossa freguesia e de muitas pessoas de outros lugares.
   A água da Fonte da Torrinha sempre foi apreciada por todos, era uma água cristalina, pura e fresca. Ainda agora, depois da instalação da rede de abastecimento público de água ao domicílio, há quem continue todos os dias a vir buscar água para beber.
   Quase ninguém liga aos constantes enchimentos da mina das Eiras com água da rede pública, chegando a ser feito 1 vez por semana. Até parece que fazem um milagre, porque de cada vez que lhe injectam a água com a mangueira, assim que o ar sair (eu diria que quando o poço das Eiras encher) sai água com fartura. Sim, sai tanta água que deixa alegres e felizes os crentes. Eu sabendo da “fórmula milagrosa” para fazer sair água nas bicas, registo e sigo o meu caminho, convencido de que vou ter que continuar a comprar a água para beber.
   Sei que a água é periodicamente analisada e a Junta de Freguesia, e bem, afixa os resultados no espaço destinado a isso. Ora as últimas foram realizadas em Julho de 2021. Não contesto os resultados expressos no papel. Hoje, esses podem não estar certos e as características da água estarem diferentes. Basta ter em conta as vezes que os senhores da Junta de Freguesia já encheram o   das Eiras (mina) com água da rede pública para eu ter receio e deixar de beber dessa água, que deixa de ser água cristalina, pura e fresca, como aquela boa, cristalina e fresca de 1937 e anos seguintes.
   É urgente uma tomada de decisão séria e duradoura, por parte da Junta de Freguesia de Malcata. Saber que, a água que hoje sai daquelas bicas, é ou pode ser, água imprópria para beber ou consumir sem ferver, que me pode originar graves problemas de saúde, porque a consumo há muitos anos, é razão mais que suficiente para as entidades tomem medidas e resolvam de uma vez por todas o problema desta fonte, cuja idade e finalidade de dar de beber a quem tem sede, é a razão de ali continuar a existir, contribuindo para o bem-estar dos fregueses.
   Daqui lanço o alerta para se tomarem medidas urgentes e também para que a população ande atenta a qualquer sinal de alerta.
                                                                   José Martins