25.3.22

MALCATA MERECIA

  ANTES  DE...


   Freguesia de Malcata, viela de passagem pedonal entre duas ruas da aldeia: Rua da Tapadinha e Rua Chão da Lage, conhecida por muitos dos residentes em Malcata.


  Sempre que vou à aldeia, logo reparo o que se alterou desde a última vez que estive na freguesia. 
  Hoje quero deixar este registo que me pareceu bem e aprovo a obra feita há já uns tempos. De facto, aquela passagem merecia ser intervencionada, porque como se encontrava, só os mais novos se atreviam a subir ou descer aqueles degraus de tão altos que estavam. Esta passagem há muitos anos que se utiliza, em tempos, era até bastante usada por quem quisesse cortar caminho e ganhar alguns minutos no percurso. Lembro-me que uma das últimas descidas que ali fiz, só não fui com os joelhos ao chão por um triz, nem eu sei como não me estatelei, pois estava escuro como breu e as pressas iam terminando em atrasos e sei lá que mais.



DEPOIS DE ...





          Depois do que vi, já qualquer pessoa pode passar por esta “quelha” em segurança.
                     Se me é permitido fazer uma sugestão, aqui vai: à noite continua sem iluminação.
                     Uma vez que está os degraus estão entre dois muros, que tal a instalação de uma iluminação tendo como suporte dos “plafonier’s” um desses muros?

                                 José Nunes Martins




 

   

        










 

23.3.22

MALCATA: OS BALDIOS ONDE OS LOBOS UIVAM

  

Exploração Pecuária nos Baldios


   Os baldios pertencem a toda a freguesia e como tal, todas as pessoas têm direito ao usufruto dessas terras. E não me venham com lições e empurrões para fora das assembleias de compartes, porque como eu, nascido em Malcata, com ligação familiar e patrimonial à freguesia, também outras pessoas gozam desses mesmos direitos que os compartes residentes têm e se uns são compartes e não vivem na aldeia, também eu estou nessa mesma situação. O que a comissão de gestão já devia ter feito era publicar a lista dos compartes, convidar ou incentivar os cidadãos que por afinidades familiares e heranças, sempre estiveram ligados à freguesia e a ela vão de tempos a tempos. Uns vivem nas grandes cidades de Portugal e outros por países da Europa, mas não deixaram de ser malcatenhos e se houver um malcatenho que vivendo fora da freguesia, não tenha pedido a sua adesão, faça parte da lista de compartes, há que admitir todos os outros na mesma situação.

  Os baldios de Malcata são muito mais do que terras de pinhos e mato. São terras que fornecem madeira, caça, ervas aromáticas, resina, comida para os animais, espaços de lazer, ar limpo, água...qualidade de vida mais sustentável ao homem, etc..
  Hoje a gestão dos baldios tem que ser realizada por pessoas capacitadas e dispostas a trabalhar. A profissionalização da gestão é uma exigência que o povo de Malcata tem que fazer à Assembleia de Compartes. Os Baldios bem geridos exigem conhecimento, capacidade, tempo, vontade, contas organizadas, fiscalização periódica, planos de gestão bem elaborados por profissionais da floresta que estudaram e que  têm experiência no terreno, têm  objectivos ambiciosos, claros e que partilhados com todos os compartes criarão riqueza, valor acrescentado ao que já existe.
  Até agora tem sido a Junta de Freguesia a gerir os baldios da freguesia. Pessoalmente nada tenho contra, pois a decisão foi recentemente renovada pela assembleia de compartes.  Noutros baldios do país, por exemplo,  há muito que se apostou numa gestão profissionalizada. A comissão gestora tem que trabalhar e apresentar resultados, rendimentos, projectos, problemas, alterações.
  As receitas e as despesas são do conhecimento dos compartes e os ganhos têm que ser entregues / investidos pela assembleia de compartes nos baldios e na freguesia. É a assembleia de compartes que deve tomar as decisões da utilização dos recursos e não a Comissão de Gestão (que em Malcata é a Junta de Freguesia).
  Falando em gestão dos baldios de antigamente, as pessoas usufruíam da lenha, da folhagem, etc. e que grande jeito lhes fazia nos campos.  Quem dos compartes que não tendo tractor ou outro meio de transporte, ou porque é idoso e não goza de saúde, quem é que já recebeu lenha em casa, com conhecimento que era proveniente dos baldios e que devido às actuais circunstâncias, era para ele?
  E será que alguém disse a estes compartes, em cuja era da juventude acarrejaram carradas de lenha com a junta de vacas e encheram o curral, que continuam a ter esse direito, oferecendo os serviços dos compartes a execução  desse trabalho, fazendo parte da gestão democrática?

   Finalmente há obra visível nos Baldios da Freguesia de Malcata. Nos baldios está a crescer dia a dia a nova plantação e as instalações que vão alojar o rebanho das cabras. Tão pouco se sabe e se fala!
  Eu tenho acompanhado o andamento desta obra. Não tenho lido nada sobre os trabalhos e sobre os passos a dar no futuro por que não há, apenas as palavras quando foi divulgado pela Lusa o lançamento do concurso público. Por muito que pergunte, não há mais uma palavra sequer! Aquilo que sei é aquilo que investiguei e li. Eu sou ao que parece, dos poucos que tem algum interesse no assunto e  já me aconselharam a deixar andar...pois não sabem, não vão procurar saber! Vou aguardar a data da próxima visita à aldeia e voltarei ao bardo que vai abrigar a cabrada. Quando isso acontecer aqui vos darei conhecimento. E se tiverem alguma ponta de curiosidade de ir ver o novo "curral", metam o GPS ou procurem a Charca do lado direito quando sobem para a Machoca. Painéis a informar? Prazo de conclusão? Custo da obra? Quem plantou? Quem aramou? Isso não interessa a quem vive na freguesia e os outros sabem onde andam! Pois, no século XXI há pensadores deste calibre e as leis não são iguais para todos e para além não vai lá ninguém! Não acreditam que esta é a realidade? Vão até lá e não telefonem, vão pelos seus próprios meios e depois contem-me as novidades.

  
   José Nunes Martins



20.3.22

MALCATA : AS PALMAS A QUEM AS MERECE

 

Acesso à sede da Junta de Freguesia de Malcata

   Bater palmas quando leio um Edital da Assembleia de Freguesia ou da Assembleia de Compartes de Malcata? Esse não é meu costume. Apenas estão a fazer a que têm obrigação e para o qual foram escolhidos.
   Ambos os órgãos atrás referidos são parte da gestão da coisa pública, da freguesia de Malcata. E, portanto, está em causa a gestão dos recursos ou dinheiro que são de todos os fregueses, de todos os malcatenhos, logo também são meus.
   E esta maneira de ver as coisas públicas leva-me a criticar quando os responsáveis gerem mal aquilo que é de todos. Esta tem sido a minha postura e como penso pela minha própria cabeça, felizmente tenho ainda capacidade para fazer analisar, sugerir e criticar. Desde que não falte ao respeito às pessoas e às instituições que representam, não me sinto obrigado a acenar que sim com a cabeça quando, no meu entender, também mereço ser criticado com o mesmo respeito. Nem mais, nem menos, só a medida igual.
   E não é querer mal às pessoas ou só querer dizer ou fazer mal à freguesia. De uma vez por todas, volto a reafirmar que as pessoas devem ter a capacidade de saber separar as águas. Ou seja, a pessoa e a sua vida pessoal não tem que se misturar com as críticas que faço e nunca é meu objectivo desrespeitar a integridade e a honra dessa pessoa, apenas critico determinada acção quando ela se relaciona com a gestão comum de órgãos legalmente constituídos e para os que foram eleitos.
   Tem sido por estas razões que critiquei as juntas de freguesia, quando, por exemplo, tentaram instalar a antena da NOS, sem ouvir primeiro os moradores, começar a obra e só depois das críticas e das assinaturas é que convocaram o povo, critiquei a junta quando, em plena campanha eleitoral, mandou fazer um vídeo pago com dinheiro de todos, sobre a freguesia e as obras que realizou, esquecendo todas as outras coisas e instituições existentes na freguesia e só porque não tinham o cunho do dito executivo, não fizeram parte desse vídeo que se pretendia promotor da aldeia. E quando se apresenta apenas um dos lados da freguesia...algo parece estar errado! Também a situação da praia fluvial, da piscina e das sessões de zumba levantaram muitas críticas e ataques pessoais impensáveis. Longe de mim imaginar que as coisas alcançariam aqueles patamares. E aquela “contraordenação sobre a estrutura flutuante” e que levou o presidente da Câmara a andar um mês com o senhor presidente de junta para resolver o problema, situação nunca revelada a todos os membros da assembleia de freguesia. Ainda hoje não se sabe na freguesia se foi pago algum dinheiro, mas sou apontado como o culpado disso ter acontecido, o que eu desminto e apenas me limitei a divulgar parte da acta da Câmara onde esse episódio é mencionado, três meses depois do acontecimento.  Critiquei e critico a junta de freguesia quando se esquece de hastear as bandeiras, aos domingos e feriados nacionais, no edifício da junta, mas orgulha-se de o fazer nas agro-raias e feiras dos santos. Critico quando se pinta uma paragem da carreira ao lado de um busto, com o lince, símbolo de respeito e que ali, no meu parecer, está em concorrência desigual, a disputar e a ocupar um espaço toponímico que não é o seu habitat natural, ficando ainda a faltar uma equilibrada requalificação daquele local. Critiquei a colocação do cartaz do bar na Torre do Relógio, simplesmente porque no mapa só se promovia um único estabelecimento comercial e mais nada da freguesia, apesar do mapa das ruas ser bem visível, a informação do cartaz só defendia os interesses comerciais de um empresário em detrimento e omissão deliberada dos outros existentes na mesma freguesia, daí o abuso e o meu pedido para que fosse retirado e mais importante, estava a lutar pela preservação do património da aldeia!
Infelizmente, não foi assim que outros entenderam a minha atitude. E as críticas apareceram quando mataram o chorão à entrada da ponte nova, quando cortaram o pinho manso no jardim da junta, critiquei a demora da abertura da Sala das Memórias, na antiga escola primária, dá dó olhar para o que está amontoado nas traseiras do edifício. Ultimamente tenho vindo a divulgar as obras da instalação das cabras nos baldios. Ainda hoje esse investimento está envolto em nevoeiro. Afinal quem é o dono da obra? É um investimento da Junta de Freguesia ou da Assembleia dos Compartes? E quem são os nomes da Lista de Compartes dos Baldios da Freguesia de Malcata?
   Enfim, critico porque há críticas a fazer e eu entendo que as devo revelar!
   E mesmo depois de tantas críticas, cada vez que o faço, não há ninguém que venha contrapor os meus argumentos, talvez porque eu tenha razão, mas são incapazes de o dizer ou escrever, embora eu saiba que muitos passam os olhos por aquilo que aqui escrevo. Limitam-se a ficar caladinhos e quando me encontram na aldeia, mais não sabem dizer que eu critico muito e que não mereço ser de Malcata. E ainda este mês de Março isto tive que ouvir e como não adiantava, fim de conversa e ler com olhos de querer saber e ler o que escrevo e não o que falam. A estes e aos outros, se me permitem, deixo um recado. Que vos parece pedir, à vossa junta de freguesia, para fazer menos asneiras e dizer ao povo o que vão fazer e depois vão reparar que as minhas críticas vão ser muito menos...é que uma atitude leva à outra.
   Que acham deste meu recado?
   O que escrevi atrás não conta tudo, apenas algumas das situações que originaram críticas da minha pessoa em relação à execução das funções que, por sua honra e lealdade, se comprometeram cumprir. 

   José  Nunes  Martins
 
  

12.3.22

QUANDO É QUE VAI SER POSSÍVEL PARA TODOS ?

Quando irá ser possível estar ligado?
   
  A Anacom, entidade reguladora das comunicações, diz ter começado em Janeiro deste ano a identificar todas as “zonas brancas”, lugares onde a internet falha. O objectivo é ter até 2030 o território nacional coberto por inteiro por rede de alta velocidade, fibra. A nossa freguesia, apesar de estar instalada uma rede Wifi gratuita, a cargo da junta de freguesia, a aldeia muitas vezes não funciona, a falta de sinal para se trabalhar à distância é um sério problema. Hoje, com uma boa rede de internet, podemos trabalhar em qualquer parte do mundo e até a partir da nossa aldeia. Mas infelizmente não posso fazê-lo utilizando a rede Wifi gratuita da junta de freguesia. Há antenas espalhadas pela freguesia e duas vejo-as bem no cimo da torre do relógio, a uns 200 metros de distância. E apesar das antenas estarem ali tão perto e tão altas, sempre pensei que facilmente poderia aceder à internet. Na verdade, por muitas alterações e beneficiações e actualizações, entretanto levadas a cabo pela empresa responsável pela manutenção da rede Wifi da junta de freguesia, a realidade faz-me não acreditar naquelas antenas. As páginas até aparecem no monitor e consegue-se abrir algumas janelas. Mas a lentidão dessa abertura leva qualquer pessoa ao desespero e desiste porque nada garante que mesmo devagar e pacientemente termine um trabalho. A internet teima em não chegar a todos os cidadãos que residem na freguesia nas mesmas condições. No meu entender enquanto serviço gratuito, vindo da junta de freguesia, devia chegar a todo o cidadão por igual. Ver as antenas, saber que os vizinhos têm sinal forte e com velocidade aceitável, por que razão ou razões uns metros ao lado outros cidadãos não são igualmente servidos? É ou não uma rede Wifi para todos os fregueses? A tecnologia está constantemente a evoluir, mesmo a inteligência artificial por muito inteligente que seja, não será a resposta ao problema das falhas na rede Wifi da junta de freguesia. Ah, termino com esta curiosidade que se ligar ao sinal da casa do vizinho, também através da mesma rede Wifi da junta de freguesia, lá se vai navegando, navegando muito melhor! Parece que na nossa freguesia o sol quando nasce não é para todos, mas é só para alguns. Oxalá um dia a rede Wifi da junta de freguesia alcance a sua independência e como serviço público que é, chegue a todos os cidadãos nas mesmas condições.
 José Nunes Martins

MALCATA: OBRAS NOS BALDIOS DA FREGUESIA

 

Pavilhão para instalação do rebanho


  Volto a dar conhecimento aos nossos conterrâneos residentes e ausentes do estado em que estão a decorrer as obras de construção da Exploração Pecuária nos terrenos baldios da freguesia. No dia 11 de Março, aproveitando o estar na aldeia, fui saber como estavam a decorrer as obras das estruturas que vão alojar o rebanho de cabras. E fiquei agradado com o que vi. Foi simpaticamente recebido pelos trabalhadores espanhóis que ali andavam a trabalhar. A obra já se vê ao longe e é agora mais fácil de prever como vai ficar quando estiver concluída. Espero que dentro de poucos meses a obra esteja pronta, a qual será um passo importante para a instalação do rebanho. A freguesia vai sair beneficiada e ali pode estar um enorme activo para o desenvolvimento da nossa terra.

  A Exploração Pecuária de Malcata (Rebanho nos Baldios) é neste momento o maior investimento a ser feito na freguesia. Há necessidade de envolver  e dinamizar muito mais a população da freguesia,  para aumentar o interesse pelo rebanho e pelo que isso traz para toda a freguesia.       
 José Nunes Martins

  Galeria de fotos:












3.3.22

ASSINADO CONTRATO PROGRAMA AIGP-"Terras do Lince - Malcata"

   
  



  RNSM - Reserva Natural da Serra da Malcata,
  AIGP - "Terras do Lince" - Malcata -
  Decretar e atribuir nomes é muito fácil. O difícil é depois no terreno tudo continuar na mesma,
como antes. Se nada mudar, os nomes não servem de nada. E daqui a uns anos aparecerão com outros nomes e os mesmos propósitos. Estão os que estão e faltam os que também deviam estar: Quadrazais.
  

  Em 19 de Julho de 2021, decorreu a cerimónia da assinatura do Contrato da criação da Área Integrada de Gestão da Paisagem que foi assinada entre o Município do Sabugal e de Penamacor, em terras da Pampilhosa da Serra. A AIGP- “Terras do Lince-Malcata”, é uma área de 4824 hectares, com muita floresta, exposta aos perigos de incêndios que caso aconteçam, pode comprometer todo o enorme património natural e cultural que ali existe.
  Durante o mês de Fevereiro deste ano decorreram várias reuniões com a Comissão de Cogestão da Área Protegida da Reserva Natural da Serra da Malcata: Penamacor, Meimão, Meimoa, Malcata, Quadrazais, Fóios, Vale de Espinho, Sabugal.  Estes encontros tinham como objectivo envolver as pessoas com a Reserva, explicar-lhes o que é a cogestão, benefícios que se podem alcançar.... Ao mesmo tempo distribuíram-se inquéritos a várias entidades para ver como estão os conhecimentos e a satisfação das populações em relação a este território.
  Também no mesmo mês de Fevereiro, mais precisamente no passado dia 23 de Fevereiro, decorreu no Salão Nobre, da Câmara Municipal do Sabugal, a terceira reunião da Comissão de Cogestão da Reserva Natural da Serra da Malcata, composta pelas seguintes entidades:
- Município de Penamacor e Sabugal;
- Assembleia de Compartes da Freguesia de Malcata;
- Conselho Directivo dos Baldios dos Fóios;
- Instituto Social Cristão Pina Ferraz.
  Nesta reunião, discutiu-se qual o ponto da situação do plano de cogestão. Também foram apresentados os resultados das reuniões que tiveram lugar nas várias freguesias limítrofes à RNSM. Os inquéritos de opinião que foram feitos “aos agentes económicos”, “às forças vivas” também foram apresentados. Os participantes nesta terceira reunião, salientaram as sinergias conseguidas entre Penamacor e Sabugal e as outras entidades, na união de esforços e na dinâmica, para a cogestão.  Destacaram a AIGP- “Terras do Lince-Malcata”, a ZIF da Malcata e o projecto “Linx 2020”.

 Para este mês de Março, a reunião terá lugar na Freguesia de Malcata.

                                                                              José Nunes Martins