MALCATA : AS PALMAS A QUEM AS MERECE
Acesso à sede da Junta de Freguesia de Malcata |
Bater palmas quando leio um Edital da Assembleia de
Freguesia ou da Assembleia de Compartes de Malcata? Esse não é meu costume. Apenas
estão a fazer a que têm obrigação e para o qual foram escolhidos.
Ambos os órgãos atrás referidos são
parte da gestão da coisa pública, da freguesia de Malcata. E, portanto, está em
causa a gestão dos recursos ou dinheiro que são de todos os fregueses, de todos
os malcatenhos, logo também são meus.
E esta maneira de ver as coisas públicas
leva-me a criticar quando os responsáveis gerem mal aquilo que é de todos. Esta
tem sido a minha postura e como penso pela minha própria cabeça, felizmente
tenho ainda capacidade para fazer analisar, sugerir e criticar. Desde que não
falte ao respeito às pessoas e às instituições que representam, não me sinto
obrigado a acenar que sim com a cabeça quando, no meu entender, também mereço ser
criticado com o mesmo respeito. Nem mais, nem menos, só a medida igual.
E não é querer mal às pessoas ou só
querer dizer ou fazer mal à freguesia. De uma vez por todas, volto a reafirmar
que as pessoas devem ter a capacidade de saber separar as águas. Ou seja, a
pessoa e a sua vida pessoal não tem que se misturar com as críticas que faço e
nunca é meu objectivo desrespeitar a integridade e a honra dessa pessoa, apenas
critico determinada acção quando ela se relaciona com a gestão comum de órgãos legalmente
constituídos e para os que foram eleitos.
Tem sido por estas razões que
critiquei as juntas de freguesia, quando, por exemplo, tentaram instalar a
antena da NOS, sem ouvir primeiro os moradores, começar a obra e só depois das
críticas e das assinaturas é que convocaram o povo, critiquei a junta quando,
em plena campanha eleitoral, mandou fazer um vídeo pago com dinheiro de todos,
sobre a freguesia e as obras que realizou, esquecendo todas as outras coisas e
instituições existentes na freguesia e só porque não tinham o cunho do dito executivo,
não fizeram parte desse vídeo que se pretendia promotor da aldeia. E quando se
apresenta apenas um dos lados da freguesia...algo parece estar errado! Também a
situação da praia fluvial, da piscina e das sessões de zumba levantaram muitas
críticas e ataques pessoais impensáveis. Longe de mim imaginar que as coisas
alcançariam aqueles patamares. E aquela “contraordenação sobre a estrutura
flutuante” e que levou o presidente da Câmara a andar um mês com o senhor
presidente de junta para resolver o problema, situação nunca revelada a todos
os membros da assembleia de freguesia. Ainda hoje não se sabe na freguesia se
foi pago algum dinheiro, mas sou apontado como o culpado disso ter acontecido,
o que eu desminto e apenas me limitei a divulgar parte da acta da Câmara onde
esse episódio é mencionado, três meses depois do acontecimento. Critiquei e critico a junta de freguesia
quando se esquece de hastear as bandeiras, aos domingos e feriados nacionais,
no edifício da junta, mas orgulha-se de o fazer nas agro-raias e feiras dos
santos. Critico quando se pinta uma paragem da carreira ao lado de um busto, com
o lince, símbolo de respeito e que ali, no meu parecer, está em concorrência desigual,
a disputar e a ocupar um espaço toponímico que não é o seu habitat natural,
ficando ainda a faltar uma equilibrada requalificação daquele local. Critiquei
a colocação do cartaz do bar na Torre do Relógio, simplesmente porque no mapa
só se promovia um único estabelecimento comercial e mais nada da freguesia, apesar
do mapa das ruas ser bem visível, a informação do cartaz só defendia os
interesses comerciais de um empresário em detrimento e omissão deliberada dos
outros existentes na mesma freguesia, daí o abuso e o meu pedido para que fosse
retirado e mais importante, estava a lutar pela preservação do património da
aldeia!
Infelizmente, não foi assim que outros entenderam a minha atitude. E as
críticas apareceram quando mataram o chorão à entrada da ponte nova, quando
cortaram o pinho manso no jardim da junta, critiquei a demora da abertura da
Sala das Memórias, na antiga escola primária, dá dó olhar para o que está
amontoado nas traseiras do edifício. Ultimamente tenho vindo a divulgar as
obras da instalação das cabras nos baldios. Ainda hoje esse investimento está
envolto em nevoeiro. Afinal quem é o dono da obra? É um investimento da Junta
de Freguesia ou da Assembleia dos Compartes? E quem são os nomes da Lista de
Compartes dos Baldios da Freguesia de Malcata?
Enfim, critico porque há críticas a
fazer e eu entendo que as devo revelar!
E mesmo depois de tantas críticas,
cada vez que o faço, não há ninguém que venha contrapor os meus argumentos,
talvez porque eu tenha razão, mas são incapazes de o dizer ou escrever, embora
eu saiba que muitos passam os olhos por aquilo que aqui escrevo. Limitam-se a
ficar caladinhos e quando me encontram na aldeia, mais não sabem dizer que eu
critico muito e que não mereço ser de Malcata. E ainda este mês de Março isto
tive que ouvir e como não adiantava, fim de conversa e ler com olhos de querer
saber e ler o que escrevo e não o que falam. A estes e aos outros, se me
permitem, deixo um recado. Que vos parece pedir, à vossa junta de freguesia,
para fazer menos asneiras e dizer ao povo o que vão fazer e depois vão reparar
que as minhas críticas vão ser muito menos...é que uma atitude leva à outra.
Que acham deste meu recado?
O que escrevi atrás não conta tudo,
apenas algumas das situações que originaram críticas da minha pessoa em relação
à execução das funções que, por sua honra e lealdade, se comprometeram cumprir.
José Nunes Martins
Amigo José Nunes Martins não se desgaste ... não há nada a fazer perante gente arrivista que tudo faz para se manter na política e dela beneficiar. Em Malcata mais não se faz do que aplicar a cultura política que o PSD instituiu no Sabugal. Nunca responder. Nunca debater. Ficar caladinho. Desgastar a imagem de quem faz frente com todas as armas: Divulgação de mentiras e de boatos assassinos servindo-se de videirinhos manipulados que giram à sua volta e que apanham migalhas sem disso darem conta. Gente má ... Quando assim é José Nunes Martins só há uma via... ir em frente e continuar o caminho digno, ditado pela nossa consciência, aplicando a mensagem desta quaresma: “ Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto tivermos tempo, pratiquemos o bem para com todos” .... acrescento eu, incluindo quem nos faz mal e nos magoa”. Porque José Nunes Martins felizmente em Malcata há gente boa, de bom coração, altruísta, que merece o melhor.
ResponderEliminar(José Escada da Costa)