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4.2.10

A IMPORTÂNCIA DA NOSSA CASA












O lince inspirou a mais célebre campanha de conservação da Natureza que até hoje se fez em Portugal. Apesar disso, o animal acabou por desaparecer da Serra da Malcata, não se importando em nada que lhe tenham criado, por decreto, uma reserva natural, que já lhe pertencia.

O animal não aguentou que lhe andassem a mexer no seu ninho. Nos idos anos 1960 a 1980 foram muitos os intrusos que incomodaram o sossego do bicho. A empresa de celulose, Portucel, lançou-se na plantação de pinheiros bravos, mansos e de eucaliptos e acabou por limpar aqueles matagais que existiam e que ajudavam os coelhos a viver e a esconderem-se do lince. As pessoas que vivem ao redor da serra, pelo avançar da idade e por mudanças nos seus hábitos, abandonaram a agricultura tradicional, deixando de limpar e usar a lenha da serra. Depois, apareceram aquelas doenças da mixomatose e da pneumonia hemorrágica viral, matando enormes coelhadas  e outros animais, que serviam de alimento ao lince. Para agravar um pouco mais as condições do habitat do lince vieram alguns homens de espingarda e se algum lhes aparecia na mira só pensavam em ganhar o troféu. Mas apesar da sua caça ter sido proibida a partir de 1973, não evitou o seu desaparecimento da serra.




 Lince embalsamado


O Jornal “Público” noticiou que  Caribú, um lince espanhol, foi detectado no território português, lá para os lados de Moura-Barrancos. O animal passou a fronteira e as autoridades espanholas andam a tentar capturá-lo para poderem trocar as baterias do sistema transmissor que transporta. As autoridades portuguesas e espanholas andam desde a última semana de Janeiro à procura do lince “perdido” aos encantos da nossa floresta. Caribú, com cinco anos de idade, foi libertado na área protegida de Doñana no final de 2008. Graças a um colar localizador os técnicos espanhóis têm seguido as pegadas ao longo destes anos.
   Entretanto, no passado dia 1 de Fevereiro morreu o Garfio, o “patriarca”  dos linces nascidos em cativeiro, tendo sido o primeiro macho adulto a ingressar no programa ibérico de criação em cativeiro.
Pode ler mais aqui:



1.10.07

DIA MUNDIAL DO HABITAT
























Hoje é o Dia Mundial do Habitat.

Por iniciativa das Nações Unidas, comemora-se em todo o mundo, na primeira segunda-feira do mês de Outubro, o Dia Mundial do Habitat.

Este ano o tema é:

"Uma cidade segura é uma cidade justa"

O habitat é o lugar onde vive uma espécie ou uma comunidade de espécies, que possuem um conjunto de características particulares. Mudanças nas condições ambientais do habitat provocam alterações nas espécies que vivem nesse habitat.
Acontece que muitas vezes, as mudanças são tão abruptas e a maior parte dessas alterações são provocadas pela acção do Homem acabando por expulsar ou extinguir alguns seres vivos desse espaço. As pessoas frequentemente provocam alterações nos habitat's quando desenvolvem aldeias, cidades e indústrias. E quando um habitat sofre alterações muito profundas é possível que algumas espécies que lá vivam o abandonem.




Aconteceu com o Lince Ibérico na Serra da Malcata. A destruição do seu habitat causada pelos incêndios, pela caça ilegal aos coelhos, seu principal alimento, erros na reflorestação por parte de empresas de celulose(Portucel), abates desmedidos de árvores sem uma correcta e atempada renovação, acabaram por destruir o habitat do Lince Ibérico.
Entre 1999 e 2003, o projecto LIFE
"Recuperação do Habitat e presas do Lince Ibérico na Serra da Malcata", teve como principal objectivo a recuperação do bosque mediterrânico, o repovoamento de coelho-bravo e começou a fazer-se uma maior e melhor vigilância à área.



Contudo, não é tudo o que se pode fazer. Há mais, muito mais, trabalho para que o habitat volte a ser como era. Hoje, a Serra da Malcata, é uma Reserna Natural. Para já, deixou de ser o habitat do lince ibérico. A Herdade das Santinhas, em Sines, vai receber o primeiro Centro de Recuperação de Lince em cativeiro. Para que serviu o LIFE e o viveiro de plantas e tudo o que ali foi enterrado?

O habitat natural do Lince Ibérico também é na Serra da Malcata. Essa história de "compensações pela construção da barragem de Odelouca" não me convence. Nas barbas da Reserva Natural da Serra da Malcata, também construiram uma barragem(ou aquilo que fizeram ao Rio Côa e ao habitat que o rodeava nesta zona não deu em barragem nenhuma?!). Quem conheceu Malcata e o Rio Côa nesta área, antes da barragem, sabe muito bem a destruição que a obra provocou. Coitados dos seres vivos, que neste habitat viveram e aqueles que hoje ali sobrevivem, convencidos que vivem.

Destruiram o habitat natural do lince ibérico, do coelho bravo, da águia real, da coruja, do lobo, do javali...dos habitantes da aldeia, que viram as suas férteis terras a ser engolidas pela água da albufeira, os moinhos de água, em troca de uma mísera indemnização (obrigatória) deixando de poder viver no habitat que tanto lhes custou a construir e a preservar. Malcata sofreu com a a profunda alteração do habitat que rodeava a aldeia. Acredito que, se hoje a aldeia tem seres vivos, é porque não há outro habitat que os acolha.... Mas já que as alterações nos foram impostas, porque não levantar a cabeça, olhar para o céu e quem sabe...Ele nos dá a coragem de construir um habitat(Malcata) melhor.