FESTAS DE MALCATA: OS TEMPOS SÃO OUTROS
As festas da nossa freguesia têm de ser rijas, barulhentas, com muita música, diversão e bar aberto. Têm sido assim as Festas de Malcata nestes últimos tempos, bem diferentes das festas que eu vivi na minha infância. Nesses anos 60,70 e 80, era uma festa simples, humilde, em que participavam os moradores da nossa aldeia e os filhos que trabalhavam fora, mas que queriam marcar a sua presença na festa. Dias de festa e de muita devoção, muito trabalho para os mordomos e as suas famílias, as contas só se faziam no fim, mas havia duas ou três coisas que não podiam faltar: alvorada de foguetes, banda da música e procissão, missa solene e outra procissão, as duas em volta da aldeia. E ainda havia outra coisa que era fundamental ser feita e bem: o Ramo, com música de concertina e da banda da música, que muito contribuíam para animar-nos e o sucesso da arrematação das ofertas das pessoas. Pouco importava se a rua era de terra batida ou de pedra polida e gasta ou o Rossio se...