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POR QUEM TOCAM OS SINOS EM MALCATA?

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    Tocar os sinos da igreja      Ouvem-se por toda a aldeia.   A tradição está a perder-se e isso nota-se na diminuição da importância que muitos de nós damos a este fantástico meio de comunicação.    Sempre que os sinos da igreja tocam, vêm-me muitas memórias da minha infância e do respeito que as pessoas tinham quando tocavam.   No que diz respeito aos sinos das igrejas, encontrei algumas curiosidades interessantes, como a de ver uma mulher a tocar os sinos. Isto porque as pessoas acreditavam que a mulher que se atrevesse a tocar o sino, ficaria condenada à esterilidade até que casasse e o marido cravasse os dentes num badalo. Talvez aqui esteja explicado o facto de, em Malcata, a tarefa de tocar os sinos, fosse sempre a cargo de um rapaz ou homem. Antigamente, os fundidores e os modeladores de sinos, trabalhavam junto à igreja, ermida ou catedral e ali permaneciam até terminar o serviço contratado. Naquele tempo, não havia meios de transporte capazes de poderem transportar os sinos

QUANDO OS SINOS TOCAM EM MALCATA

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       Os sinos da minha aldeia  continuam a ouvir-se, apesar de já não terem a importância que tinham no passado. Na nossa freguesia há os sinos da igreja e o sino da Torre do Relógio. Não se confundem os seus toques e cada um tem a sua função e quando tocam a mensagem é enviada para todos os cidadãos.   Os toques dos sinos da igreja mudam-se conforme a mensagem que se pretende transmitir. Sempre que o sino grande tocava a rebate desordenadamente, sem jeito e as badaladas soavam repetidamente sem parar, era sinal que estava a acontecer uma situação de perigo, de alguém que necessitava urgentemente de ajuda. Podia ser um fogo numa habitação, num palheiro ou numa meda de pão e o "toque a rebate" era a forma de clamar por auxílio. Nos casos de fogo, fosse lá quem estivesse aflito, todo o povo largava o que estava naquele momento a fazer e com baldes e caldeiros nas mãos, corria até ao local da tragédia e imediatamente formavam uma fila, passavam de mão em mão as vasilhas cheias

SÁBADO DE ALELUIA EM MALCATA

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Os sinos do campanário da igreja de Malcata           Chegou o Sábado de Aleluia. Na aldeia de Malcata no Sábado de Aleluia era costume celebrar-se uma missa por volta da meia-noite. Era uma cerimónia bastante participada e animada. As pessoas levavam consigo campainhas e chocalhos que ainda hoje os ouço a badalar ao mesmo tempo que os sinos do campanário da igreja repinicavam e se anunciava a Ressurreição de Jesus Cristo, enquanto os fieis cantavam “Aleluia, Aleluia, Aleluia, Cristo Ressuscitou”.    E no fim da Missa de Aleluia toda a gente regressava a suas casas alegres e bem-dispostos.    Era assim o Sábado de Aleluia na minha aldeia, quando eu ainda era garoto.    Em 2007 a Marta comentava com estas palavras o tocar dos sinos:     " O raio dos sinos que não nos deixaram dormir...    Tocaram toda a noite, os sinos de Malcata!"    E hoje como vai ser?       CRISTO RESSUSCITOU!     ALELUIA, ALELUIA,ALELUIA!

OS SONS DE MALCATA

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 Quais são os sons de Malcata?  O que se ouve na nossa aldeia quando paramos para ouvir o que se passa à nossa volta? Alguns ruídos, música e silêncio sentimos quer queiramos ou não.   Malcata tem  património sonoro?   O que distingue ou distinguiu a paisagem malcatenha das outras?    Olhamos muitas vezes para a paisagem que nos rodeia, mas raramente a escutamos.    Hoje os sons de Malcata começam a ser outros. Antigamente, por exemplo, em Agosto, lançavam-se muitos foguetes, tocavam-se muitas vezes os sinos da igreja. Hoje em Agosto deixámos de ouvir o estoirar dos foguetes e os sinos da igreja já não tocam tantas vezes, até durante as procissões deixaram de se ouvir.    É desejável saber ouvir a paisagem, os seus sons e os seus silêncios, as pessoas e os animais em Malcata.    

SABER VALORIZAR

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Vivemos numa sociedade dominada pelo dinheiro, pelos bens materiais, por coisas descartáveis e que depois de usadas se deitam para o lixo. A sociedade de consumo e as evoluções tecnológicas dominam praticamente a nossa vida. Felizmente que vão surgindo testemunhos que nos mostram que nesta sociedade também há coisas que são imunes às influências do tempo, que podemos preservar o nosso direito à alegria, à sabedoria e à humanidade. Os sinos do campanário da Igreja de Malcata também têm influenciado a vida das pessoas desde há muitos anos. As novas gerações estão mais voltadas para os computadores e as consolas de jogos. Na minha adolescência e quando estava na aldeia, sempre que ouvia as badaladas dos sinos da igreja, ficava assustado e corria a perguntar à minha mãe o que se passava. É que quando os sinos tocavam era porque alguma coisa aconteceu ou ia acontecer na aldeia. Cada toque tinha o seu significado. Pelo toque do sino as pessoas ficavam a saber se alguèm morreu, se era hor