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MALCATA: NÃO, NÃO FICOU TUDO IGUAL COMO ESTAVA!

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         Começo por falar sobre as últimas eleições, aquelas em que fui delegado pela primeira vez.    Foram muitos os que votaram e muitos nem sequer documento de identificação apresentaram. Para esses é normal e costume não apresentar o bilhete de identidade, ou cartão de cidadão, muito menos a carta de condução. Como é uma aldeia, toda a gente se conhece e nem é preciso nada destes documentos. E como a Lei diz que se pode votar sem qualquer documento de identificação, basta que as pessoas presentes na mesa da assembleia a reconheçam como eleitor, sem confirmar nome e número de cidadão, de carta de condução ou outro...mesmo que se confunda algum nome, tudo é normal e está-se a cumprir a lei. O problema e a confusão surgem, mas sob protecção legal, logo nada atrapalha.    A realidade que vivi é gritante e reveladora de um total desrespeito e aceitação da excepção como regra e nunca o contrário.    Pela primeira vez participei numas eleições no papel de delegado de uma candidatura.

O QUE É QUE MALCATA TEM?

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       O que é que a nossa aldeia tem e  que as outras aldeias não têm e gostariam de ter?    Um ambiente tranquilo e pacato, convívios, coisas simples e naturais, ar puro e andorinhas a esvoaçar no céu?    Isto são características que todas as aldeias do nosso concelho oferecem. Hoje toda a gente sabe que as aldeias do interior são bons carregadores de baterias, são um bálsamo para o corpo e para a alma.    Malcata tem aquilo que tem. Mais, eu digo que hoje a aldeia já tem algumas ofertas que as outras aldeias não têm e nunca irão ter. Haja projectos e vontade de os construir, sejam eles projectos municipais e da junta de freguesia, das associações ou de investidores particulares.    Todos são bem-vindos, porque há muito a fazer na nossa aldeia e pela nossa freguesia. E não importa que residam em Malcata ou que nela tenham cá nascido. Venham, porque serão vistos como um estímulo aos habitantes e também aos que tendo nascido cá, andam pelo mundo fora. É sabido que quem nasce

ACABAR COM A CORJA

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   Quem está certo?    Nasci em Malcata, mas até poderia não ter nascido sequer, nasci no lugar onde a minha mãe vivia. Como ela vivia na aldeia de Malcata, foi lá que eu nasci. Desde os meus onze anos que abalei da aldeia para estudar, mas nem por isso me considero estrangeiro ou um estranho quando estou em Malcata. Sinto orgulho e honra de ser malcatenho, filho de gente honrada, trabalhadora, humilde e eu apesar de estar a viver há muitos anos na cidade, sempre me interessei pela aldeia onde nasci, procuro conhecer melhor as suas gentes, os seus modos de vida, os seus lugares e a história que os acompanha e procura tudo o que seja importante para a sua própria identidade, a actual, a que já foi e que em muitos momentos da minha vida eu mesmo vivi, senti e até já transmiti às minhas filhas Inês e Sara. Da história desta aldeia recordo-me de algumas vivências de infância, outras que me foram contadas pelo meu pai e pela minha mãe. Foram tempos difíceis, alguns muito difíceis me

MALCATA: JUNTAR PESSOAS E ÁGUA

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    Visita à aldeia de Malcata    O concurso de ideias “Juntar água para a autossustentabilidade” é parte integrante de um projecto muito mais ambicioso conhecido pelo nome de “Malcata-Aldeia Autossustentável”, apresentado em Dezembro de 2016.     Da autoria de José Escada Alves da Costa, presidente da AMCF ( Associação Malcata Com Futuro), homem formado em engenharia, com uma ligação de longa data com a EDP. Entre 1982 e 1995 foi quadro superior do grupo e entre 2004 e 2006 foi também adjunto do conselho de administração da EDP Produção e vogal em sete conselhos de administração de empresas participadas do grupo EDP, nomeadamente a Turbogás, a LBC tanquipor,a Soporgen, a Energin, a Enerfin, a carriço Cogeração e Centro de Biomassa para a Energia.   Licenciado em Engenharia Mecânica, pelo Instituto Superior Técnico, e mestre em Política, Economia e Planeamento Energético pelos ISEG/IST, este responsável foi ainda, entre 2011 e 2004, vogal executivo do Conselho de Adminis

MALCATA SEGURA-PESSOAS SEGURAS?

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   “Aldeia Segura-Pessoas Seguras” é um programa que foi aprovado pelo governo português e está orientado para as aldeias que corram risco de incêndios florestais.    São as Juntas de Freguesia que têm a responsabilidade de identificar os locais para servirem de abrigo ou refúgio, que é para onde as pessoas da aldeia devem ir em caso de incêndio.    Li hoje no Boletim Municipal que no passado dia 4 de Maio, no Salão Nobre da Câmara Municipal do Sabugal, tinha sido apresentado este programa. Nessa apresentação estiveram presentes diversas individualidades a representar diversas entidades dos concelhos do Sabugal, Almeida e Guarda.    Desde a apresentação até hoje, que eu tenha informação, não foi realizado qualquer exercício prático simulando uma situação real. E a pergunta que tenho para fazer é esta: Quem é o “Oficial de Segurança” da aldeia de Malcata? Como sabemos, a nossa aldeia é uma parte integrante da Reserva Natural da Serra da Malcata. À volta da povoação existe muita flo

OS SONS DE MALCATA

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 Quais são os sons de Malcata?  O que se ouve na nossa aldeia quando paramos para ouvir o que se passa à nossa volta? Alguns ruídos, música e silêncio sentimos quer queiramos ou não.   Malcata tem  património sonoro?   O que distingue ou distinguiu a paisagem malcatenha das outras?    Olhamos muitas vezes para a paisagem que nos rodeia, mas raramente a escutamos.    Hoje os sons de Malcata começam a ser outros. Antigamente, por exemplo, em Agosto, lançavam-se muitos foguetes, tocavam-se muitas vezes os sinos da igreja. Hoje em Agosto deixámos de ouvir o estoirar dos foguetes e os sinos da igreja já não tocam tantas vezes, até durante as procissões deixaram de se ouvir.    É desejável saber ouvir a paisagem, os seus sons e os seus silêncios, as pessoas e os animais em Malcata.    

MALCATA: CAMINHAR EM NOITE DE LUAR

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Foto de acdmblogspot.com    Sábado, a de Agosto a Associação Cultural de Desportiva de Malcata, desafia-nos para participar numa aventura diferente: uma caminhada nocturna em Malcata. O que a ACDM nos propõe é uma caminhada "aberta a todos os interessados mas com uma atenção especial à participação dos nossos emigrantes. Vamos ao encontro da lua, percorrendo os diversos caminhos, saboreando as belíssimas paisagens que iremos visualizar, com "olhos de lince", sob um requintado manto de luar. A serra, a barragem, as povoações próximas e longínquas, os sons, os silêncios, os rumores, os odores; as lendas, as estórias e os contos - são um apelo à participação e ao convívio. Com sorte, até podemos encontrar "nharros", linces e até algum lobisomem" . Foi com estas palavras que o presidente da ACDM, Rui Chamusco, explicou ao Jornal Cinco Quinas a ideia e os objectivos desta iniciativa.    O início da caminhada vai ter lugar na sede da ACDM, na Rua da Esc

VELHOS SÃO OS TRAPOS

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A 3ª idade: Uma força a ter contaVelhos são os trapos!... A velhice é uma força! A 3ª idade é uma força a ter em conta. Chegar aos 65 anos menos ou mais e ser beneficiado por uma reforma de direitos adquiridos em dinheiro ou em condições, é algo muito bom e com certeza bem merecido. A velhice é um posto! É verdade… Quantos não desejaram ou desejam chegar quanto antes à idade da reforma. Para gozarem os rendimentos, para terem mais tempo, para cuidar dos netos, para viajarem e conhecer o mundo… tantos e tantos desejos que o tempo da reforma poderá proporcionar. Os mais novos lamentam que, por este andar, quando eles chegarem a velhos, já não haverá condições para usufruírem destes benefícios. Oxalá Deus não os oiça!... A velhice é um dom! É uma etapa da vida característica, em que o sabor das recordações, a vivência de cada momento e a perspectiva do futuro se acentuam e se entrelaçam. Quem não gosta se ser velho (idoso), de contar os dias e os anos, de celebrar aniversários de 100, 1

MALCATA É RICA EM PATRIMÓNIO

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As referências culturais da aldeia de Malcata são uma riqueza patrimonial que necessita de atenção especial por parte de todos os seus habitantes, em especial, a Associação Cultural ( e Desportiva ) da aldeia. Esta associação tem sabido, ao longo dos seus 25 anos de vida, transmitir aos mais novos alguns desses valores imateriais que foram passados de geração em geração. A transmissão oral tem sido um dos veículos mais usados pelas pessoas, mas à medida que se tornam mais idosos, as memórias dos saberes e as vivências correm sérios riscos de se perderem. As lendas, os mitos, as orações, as rezas, os responsos, as mezinhas caseiras são algumas das formas de cultura popular. Com as rápidas alterações da vida quotidiana de Malcata, onde o abandono dos trabalhos campestres e o desaparecimento das pessoas, elas que têm sido os verdadeiros guardadores desse património, ameaçam seriamente a cultura deste povo. A maior parte das pessoas que vivem na aldeia já são de idade avançada, não têm f

NÃO PODEMOS ESQUECER

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Eu não sei se na altura em que foram dados os nomes às ruas de Malcata houve ou não uma Comissão de Toponímia, mas o mais provável é ter havido! A verdade é que os nomes que são dados a ruas, becos, praças e largos têm sempre alguma ligação com o nome da pessoa que ali reside, com o tipo de imóvel ali existente ou com outras situações. E alguns nomes bem que necessitavam de ser alterados. Agora acho que alguns malcatenses mereciam ter o seu nome atribuído a uma rua. Por exemplo, o caso do senhor Varandas, ( mais conhecido por Ti Varandas, que era casado com a D. Deolinda e ambos mantiveram durante muitos anos o Comécio aberto ao povo de Malcata. Para quando a homenagem a este senhor que tanto ofereceu a Malcata?