21.6.06

VERÃO E CALOR

Hoje é o dia mais longo do ano. Chega hoje o Verão e "trás" com ele o dia mais longo do ano. Com a chegada do Verão chega também o aumento das temperaturas. Por isso sabe bem um passeio á beira rio, á beira mar ou passear num parque florestal. Hoje, às 13:26 entramos na estação de Verão e vai durar até à madrugada de 23 de Setembro.
VIVA O VERÃO.

20.6.06

MOINHOS PASSADOS

Os moinhos, com o sistema de rodizios, que com a força da água da "ribeira" e que hoje todos chamam Côa, já passaram á história. Ainda me lembro do moinho do Ti Quim Nita...os meus avós também tiveram um. Quantas vezes vi os burros carregados com as sacas de "pão e trigo" que iam para moer. Depois da moagem vinham em talegas de farinha. Era com esta farinha que as pessoas coziam o pão e a broa.
Algumas vezes fui ver como funcionava o moinho. Sempre me meteu medo quando pisava o chão de soalho em madeira, com alguns buracos por onde conseguia ver a água...que medo eu tinha de por descuido cair e desaparecer na corrente da água que a levada trazia.
Claro que enquanto as mós de pedra moíam o grão e o transformavam em farinha, o moleiro e os familiares tratavam das culturas que tinham semeado nos terrenos á volta do moinho. Ainda me lembro das melancias e melões que por vezes vinham de lá. Pois, é que naqueles terrenos não faltava sol nem água.
Outro passatempo era fazer de pescador. Não era necessário grande cana. Bastava uma vara das vacas com uns metros de fio de pesca e o anzol na ponta. Estava a cana de pesca montada e claro com canas assim...e gafanhotos ou minhocas a servir de isco...nunca fui bem sucedido. O mesmo já não acontecia com o Porfírio ou com o Joaquim António. Eles sim, tinham arte e paciência para dar banho á minhoca e pescar algum barbo ou truta.
Era o tempo dos moinhos...que a barragem levou.

18.6.06

GRANDE PANORÂMICA


Uma boa panorâmica da barragem do Sabugal com Malcata lá ao fundo.

13.6.06

ASSOCIAÇÃO SOLIDARIEDADE DE MALCATA

A Associação de Solidariedade Social de Malcata é uma instituição que Malcata acolheu e apoia desde o seu nascimento. É nesta associação que as pessoas mais idosas depositam as suas vidas. Os anos passam e o corpo humano fica mais velho, mais cansado. É nesta casa que os idosos da aldeia repousam e vivem o seu dia a dia.
Louvo todos os funcionários da instituição pelo trabalho que nesta casa desenvolvem diariamente. Graças a eles os mais idosos têm uma qualidade de vida muito melhor e mais hipóteses de viverem mais anos.
Este é um bom exemplo de desenvolvimento rural. Todos ficamos benefeciados e quem se preocupa com o bem estar dos outros merece sempre ser louvado e apoiado.

12.6.06

FUTURO DAS ALDEIAS PORTUGUESAS

As aldeias portuguesas estão a ficar vazias e desertas.
Os habitantes das pequenas aldeias, principalmentes as situados no interior do país, deslocam-se para os grandes centros urbanos do litoral. São várias as causas que justificam estes movimentos silenciosos. Não se fala muito nestes movimentos mas está a provocar alterações sérias e muito graves nas aldeias portuguesas. Ficam as aldeias vazias de pessoas activas, dinâmicas, pois os que ficam, ficam porque não lhes resta outra alternativa senão acabarem as suas vidas no meio de ruas desertas, casas vazias, campos ao abandono, floresta tomadas por matagais...é um desconsolo que faz doer a alma. Portugal desenvolveu-se nestes últimos anos. Isso é visível aos olhos de toda a gente.Pena é que esse desenvolvimento esteja a ser feito como está.
Há um abismo entre as zonas do litoral e as zonas do interior. Quem vive no litoral desconhece a realidade das pessoas que vivem no interior. Há falta de muita coisa e coisas essenciais ao bom desenvolvimento de um país. Não me refiro aos centros comerciais, aos estádios ou ás filas de automóveis que tanta falta fazem no litoral...para as gentes do litoral isto chama-se desenvolvimento. Estas coisas para as pessoas do interior chama-se confusão, barulho, rouba porta-moedas e tudo aquilo que eles não aspiram. O ar puro do campo é dos bens mais preciosos que as pessoas têm ao seu dispor. Pelo menos nas aldeias do interior ar puro não falta. As pessoas têm necessidade de outras coisas bem mais importantes para as suas vidas.
As escolas primárias estão a fechar em muitas aldeias portuguesas.
Este facto está a ajudar a desertificação das aldeias. É uma das consequências do encerramento das escolas. O mesmo se está a passar com o encerramento de creches ou jardins infantis.
E Malcata como tem sabido sobreviver a estas mudanças?
Qual o futuro das crianças que nascem e vivem em Malcata?
Malcata tem futuro?

11.6.06

PETRÓLEO VERDE EM MALCATA

Há petróleo verde em Malcata.
A descoberta foi feita esta semana por um grupo de agricultores de Malcata.
A notícia está a correr rapidamente pelas aldeias vizinhas. São centenas de curiosos que estão a deslocarem-se a Malcata para de perto observarem a descoberta.
Malcata tem agora um futuro risonho e todos andam eentusiasmados com a nova batata biológica,a fresca e tenra alface e o saboroso cabrito serrano.

PETRÓLEO VERDE?
EM MALCATA?

Sim, há petróleo verde em Malcata.
Vamos lá pensar em voz alta: agora a moda da agricultura o que é se não os produtos de agricultura biológica? Também chamada cultura ecológica e nomes assim parecidos. Quem tem melhores terrenos do que os agricultores de Malcata? São situados aos pés da Serra de Malcata (Reserva Natural), região onde não há fábricas, poluição, cultivo intensivo...tudo a favor da ecologia.
Pode ou não a agricultura biológica ser o petróleo que nos falta?
Olhem para o exemplo da queijaria tradicional que produz queijo. A produção está vendida por natureza. Porquê? Porque a qualidade do produto é de ponto de honra.
O mesmo pode suceder com a batata que se semeia em Malcata. Melhor não conheço. E porque não as alfaces, os pimentos, os tomates e muitos legumes que poderiam ser cultivados em maior quantidade e colocados á venda como produtos naturais.
Gente de Malcata pensem neste furo, neste tipo de petróleo. Que tal juntarem-se dois ou três vizinhos com as terras e começarem a trabalhar para o mesmo...