30.4.06

FORNINHOS (Reserva Natural de Malcata)

 
 
 
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JARDINS DE MALCATA

 
 
 
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26.4.06

CAMINHO RURAL MALCATA para MEIMÃO

Com início junto ao campo de futebol da A.C.D.M. este "Caminho Rural" passa pelas Ferrerias e vai terminar na aldeia de Meimão. percurso está todo asfaltado, mas muito cuidado na condução, pois é uma estrada rural estreita, sinuosa e com inclinações acentuadas. Tanto no Inverno como nas outras estações do ano é necessário muita atenção dos condutores. As margens têm uma paisagem magnífica o que pode distrair o melhor condutor.
É uma obra que fazia falta para quem desejasse conhecer a Reserva Natural de Malcata. No dia 14 de Abril tive a oportunidade de percorrer todo o caminho e fiquei encantado. De registar que no dia seguinte voltei lá e cruzei-me com cinco ciclistas de btt...passa a ser uma boa via para os amantes da natureza e não só. Posted by Picasa

CONSTRUÇÃO DA ETAR DE MALCATA II

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CONSTRUÇÃO DA ETAR DE MALCATA

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16.4.06

A "ÁGUA FRESCA QUE VEM DESDE 1937"


BOM EXEMPLO DE RECUPERAÇÃO


Recordam-se do "Comércio do Ti Varandas"?
Claro que sim. Todos sabem que esta casa foi durante muitos anos um comércio, um posto de correio e também um "centro de saúde".
Para além do negócio, o Ti Varandas ajudou muitas pessoas dando-lhes as injecções que os médicos lhes receitavam. Então, ao início da noite, quem precisava da dita" pica" ia ao comércio do Ti Varandas e esperava pacientemente pela sua vez.
Outro serviço prestado pelo comércio era a entrega das cartas ao seu destinatário. E como na época havia muita gente que não sabia ler nem escrever, o correio era lido em voz alta para que a carta fosse entregue a quem de direito. Nesses tempos, o carteiro(melhor dizendo, a carteira, ia de burro ao Sabugal,( sede de Concelho a 10Km da aldeia de Malcata)levar e levantar o correio na estação dos CTT regressando com as notícias . E funcionou.

RUA DO CARVALHÃO

Posted by Picasa Rua do Carvalhão (recuperada)

Esta rua há uns anos atrás mais parecia um caminho. Quem não se lembra da estreita que ela era...para além de ser empedrada (mas mal) era tão estraeita que só cabia um carro de vacas. E quando vinha a altura das malhas? Lembram-se do Ti Coxo suar as estopinhas para conseguir passar com a malhadeira? Agora está muito mais larga e toda em paralelos. Foi pena terem desaparecido os carvalhos que ali existiam há muitos anos...(talvez esses carvalhos lhe tivessem dado o nome). Fica a memória deles e da sombra que no Verão davam a todos os que ali passavam.

8.4.06

A "Burra"

Posted by Picasa A "burra" servia para tirar a água do poço. Com a ajuda de um balde colocado na ponta da vara, retirava-se a água do poço para regar as batatas, as couves...a horta. Era fácil porque na outra ponta da vara havia uma pedra a fazer peso facilitando a subida do balde cheio de água.

Alguitarra

Antigo alambique portátil
para fazer aguardente
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2.4.06


PATRIMÓNIO

Do património de Malcata, realça-se a área habitacional típica, com as casas construídas em xisto e o seu interior todo em madeira da região, formando um conjunto de grande valor arquitectónico e histórico, já que a sua antiguidade é evidente. A Igreja Matriz de Malcata, de estilo barroco, com campanário adossado à fachada, duas aberturas sineiras e acesso exterior a partir do alçado lateral. A sacristia é adossada ao alçado lateral. Possui uma capela lateral dedicada ao Senhor dos Passos; arco triunfal de volta perfeita e três altares com retábulos de talha oitocentista. A Capela de São Domingos, situada a mil metros da povoação, rodeada pela floresta, é um local de culto que, pela sua localização, é muitas vezes aproveitado pelos visitantes e mesmo pelos residentes para merendas dominicais e outros convívios. A Torre do Relógio, o fontanário, o chafariz e o busto de Camões são igualmente dignos de menção. Outros locais de interesse são o miradouro, no sítio da Machoca, na Serra da Malcata; os moinhos do rio Côa que constituem uma referência na paisagem do Côa e que eram, outrora, abastecidos pela água retida nos açudes; a barragem da Senhora da Graça, com uma altura máxima de 56,5 metros e capacidade para 114 milhões de metros cúbicos de água, serve o abastecimento de água dos concelhos de Pinhel, Sabugal e Almeida; e o parque de merendas. Mais importante ainda é a Reserva Natural da Serra da Malcata, património natural de grande alcance ecológico. Abrange uma área de 21000 hectares, a qual se localiza na parte setentrional do Concelho de Penamacor e no extremo sudeste do Concelho do Sabugal. O seu ponto mais elevado tem uma altitude média de cerca de 800 metros. Aqui nascem o rio Côa, a ribeira da Meimoa e a ribeira da Bazágueda. A flora da serra caracteriza-se pela presença de folhados, carquejas, sargaços, algumas aveleiras, carvalhos cerquinhos ou cerejeiras bravas, castanheiros e sobreiros. Perto de barrancos e ribeiras existem amieiros, salgueiros e imponentes freixos. No que diz respeito à fauna, o açor, a águia-caçadeira, a águia-real, o chapim, a felosa, o rouxinol, a cegonha negra, e, mais raramente, o lagarto-de-água, o melro aquático, a lontra, o javali, o lobo e o lince ibérico fazem parte da paisagem da Reserva. Foi o lince ibérico, em grave perigo de extinção, que constituiu a razão principal de criação da Reserva Natural. Espécie que vive em locais tranquilos, cobertos de uma densa vegetação e que tem como base da sua alimentação os coelhos bravos, viu a sua sobrevivência ameaçada pela substituição do seu habitat por pinheiros e eucaliptos.
USOS E COSTUMES
O passado de Malcata tem sido objecto de várias explicações lendárias, sendo a seguinte uma das mais relatadas de boca em boca, pela população. Conta a lenda que, há muitos séculos atrás, desaparecia todos os anos uma pessoa da freguesia, sem existir qualquer explicação para o facto. A população, alarmada com tal situação, resolveu reunir-se e decidiu, então, cumprir uma promessa: ir em romagem a uma ermida, situada no limite de Malcata, dedicada ao Divino Espírito Santo. A partir dessa altura, nunca mais ninguém desapareceu. As Festas de São Domingos, da Senhora dos Caminhos, da Senhora do Rosário e a Festa do Sagrado Coração de Jesus realizam-se de quatro em quatro anos, no segundo domingo de Agosto. A Festa da Carqueja tem lugar no segundo domingo de Maio e a Queima do Madeiro celebra-se todos os anos, a 24 de Dezembro. As danças e cantares fazem a alegria de um povo. Nos meses de Janeiro e Fevereiro, as gentes de Malcata juntam-se para cantarem as Janeiras. Eis Em relação a jogos tradicionais, na Quaresma era tradição jogar o chacharoz, o cântaro, a chona e o cinto. Actualmente, no mês de Maio, os jogos mais praticados são o jogo da malha, da raiola, do cântaro, do arco, a subida ao pau ensebado e a corrida dos sacos.

HISTÓRIA


Descritivo Histórico Malcata é uma acolhedora aldeia, situada junto à serra do mesmo nome, que por esse meio deu fama à freguesia. Freguesia do concelho de Sabugal, distrito da Guarda, fica situada ao fundo da Serra da Malcata, distando 9 km da sede de concelho. Abrange uma área de 2182 hectares e tem como freguesias limítrofes Meimão, pertencente ao concelho de Penamacor, Quadrazais, Sabugal e Aldeia de Santo António, do concelho de Sabugal. Pensa-se que será uma freguesia muito antiga, uma vez que se diz que aí existiu uma muralha, embora não existam vestígios da mesma. No ano de 1757, a freguesia era constituída apenas por 73 fogos, tendo em 1946, 180 fogos. Em 1851 Malcata foi desanexada do concelho de Sortelha, passando a pertencer ao concelho de Sabugal, por extinção do primeiro. Em termos económicos, por volta dos anos sessenta, o negócio do carvão foi uma actividade que teve bastante importância na freguesia. Eram célebres os carvoeiros que exploravam a serra da Malcata e que se deslocavam de burro para comercializarem o seu produto nas freguesias vizinhas, e tinham como alvo preferencial os ferreiros. Até ao início do fenómeno emigratório da década de 60, que afectou bastante a freguesia e toda a região, era frequente o contrabando de alguns produtos, como azeite, ferramentas, tecidos e outros, comprados em Espanha e vendidos em Malcata por habitantes da aldeia, geralmente com grandes dificuldades económicas. O transporte dos produtos era feito a pé ou utilizando o burro. Além do caminho ser muito árduo, havia ainda o perigo de serem apanhados pela polícia aduaneira. A mercadoria apreendida aos contrabandistas era leiloada em praça pública. A maior parte dos habitantes de Malcata que emigraram para o estrangeiro, conseguiram melhorar o seu nível de vida, e muitos acabaram por ficar por lá. Em consequência disso, a economia da freguesia melhorou, devido às remessas enviadas regularmente por estes emigrantes, permitindo a construção de novas casas, ruas novas, e a dinamização de alguns sectores económicos. Barnabé Nunes é uma das personagens históricas da freguesia. Nascido em Malcata, foi o assassino de Alferes Brito. O crime serviu de inspiração ao poeta Guerra Junqueiro para uma composição poética. O orago da freguesia é São Barnabé. Embora não fosse um dos doze Apóstolos, mereceu ser designado como tal pela Sagrada Escritura. Segundo a tradição, Barnabé foi martirizado em Chipre, terra em que nascera.