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20.12.20

APOIAR O COMÉRCIO LOCAL COM 30.000 EUROS, ATÉ 15 DE JANEIRO

    

Campanha de apoio ao comércio local
                                                       (Foto da CMS)

   As Câmaras Municipais estão numa de lançar campanhas de dinamização do comércio local. Os Vales ou "Vouchers" têm a preferência da maior parte dos municípios. Há quem disponibilize 200.000 €, 100.000€, 50.000€ ou 30.000€ ( por exemplo, Sabugal ). 
   Soubemos pelas palavras do senhor presidente da Câmara que o executivo decidiu "implementar  mais uma medida de apoio à economia local,
no valor de 30.000 euros, com a criação de um sistema de vouchers
que podem ser trocados por bens ou serviços no concelho.
   Estes vouchers serão atribuídos a cerca de 1500 pessoas,
todos os funcionários das Ipss's, forças de segurança, bombeiros, centro de saúde
e juntas de freguesia, por estarem na linha da frente no combate à pandemia,
bem como aos funcionários do município, neste caso também como 
substituição da festa de Natal do município". - palavras de António Robalo, presidente
da Câmara Municipal do Sabugal.

   Vamos a contas e analisar um pouco esta campanha.
   O que são 30.000 euros a distribuir por 1500 pessoas?
   Se os vouchers são para trocar, onde e em que estabelecimentos o cidadão sabe que 
receberá essa oferta?
   
O mini-mercado ( comércio ) da minha aldeia também vai ter vouchers?
   É importante apoiar o comércio local? É sim, muito importante e felizmente a Câmara Municipal lá vai canalizando verbas para esse fim. Este montante em vouchers é insuficiente, mas é importante e vai ajudar alguns comerciantes com negócios no nosso concelho. Perante o número de pessoas e as instituições que se pretende abranger, temo que também as considerarão insuficientes. E que me dizem da inclusão dos funcionários do Município, que como substituição da sua festa de natal, foi decidido que será desses 30.000 euros que sairá
o dinheiro em forma de vouchers?  
   Durante o ano houve muitas actividades que foram canceladas e que com certeza deixaram alguma margem financeira no orçamento. É normal que o cidadão se interrogue e ao mesmo tempo seja ajudado a ultrapassar algumas das dificuldades que esta pandemia lhe tem trazido desde Março. Bem, até 15 de Janeiro, procurem as lojas aderentes a esta campanha!
   
   

3.10.13

COMÉRCIO DE PROXIMIDADE





      Malcata aos olhos de muitos parece uma aldeia Viva e cheia de pujança. Só pensa assim quem não vive diariamente na aldeia, pois quem lá passa os dias e as noites sente as dificuldades de ali ter que ficar e ao mesmo tempo sente-se incapaz de encontrar outros caminhos.

             
Fechou a "Fonte"em Malcata


 

As eleições já passaram e vai continuar tudo como estava. Neste final de Setembro e início de Outubro fica marcado pelo encerramento do mini-mercado "A Fonte". Helena e Joaquim tiveram que optar pelo fecho do comércio, que tanto trabalho lhes deu e que agora se viram impotentes para contrariar a baixa de vendas. Todos estamos a sofrer na pele a falta de dinheiro, o encarecimento dos bens materiais. Se a este problema lhe juntar-mos a diminuição da população residente em Malcata, a inauguração de novos supermercados na cidade do Sabugal e um novo comportamento por parte das pessoas que trabalham fora da terra, que muitas vezes transportam nos seus automóveis as compras que efectuaram perto dos seus locais de trabalho, somando o envelhecimento acentuado das pessoas que realmente vivem na aldeia, algumas beneficiando ( e bem ) dos apoios do Lar, estão explicadas algumas das razões sentidas pelos pequenos negócios que existem na aldeia.


Lamento o fecho da Fonte, pois é menos oferta para a população, o que vai obrigar as pessoas a percorrer mais distâncias para poder efectuar as compras dos bens essenciais.
O despovoamento e o envelhecimento da população significa que as pessoas estão cada vez mais velhas e vão ter mais dificuldades em se deslocar para esfectuar as suas compras. Por isso é necessário criar incentivos e apoios aos pequenos negócios das aldeias, como por exemplo, estes mini-mercados. A sua presença em Malcata com as portas abertas, contribuem para melhorar a qualidade de vida de toda a população. E se são importantes para a aldeia, também deviam ser merecedores de receberem apoios para se modernizarem, para se renovarem e apostar em novas formas de fazer negócio. Sou levado a pensar que quando na nossa aldeia uma porta de um negócio se fecha, todos nos devemos interrogar sobre os motivos que levaram a esse desfecho. É claro que todos também devemos compreender que ninguém investe, seja em que negócio for, para perder dinheiro.
   Em Malcata as pessoas vão vivendo ou sobrevivendo com o que resta: uma Junta de Freguesia, um Centro de Dia e Lar, quatro cafés, um minimercado, uma serralharia e uma casa paroquial, agora novamente ocupada por um jovem padre. Lembro portas que fecharam: escola primária, creche, queijaria tradicional. Quantas continuarão abertas e até quando? Talvez algumas não fossem encerradas se a solidariedade fosse mais praticada entre as várias associações existentes na aldeia. E olhem que são mais do que pensam! Talvez se o verdadeiro espírito de partilha e a transparência de certos responsáveis dessas instituições fosse mais vezes tido em conta na gestão das suas necessidades de bens e serviços, levando a outras opções que não apenas os preços desses mesmos bens e serviços, contribuíssem efectivamente para a manutenção e fortalecimento de pequenos negócios que tanta falta fazem ao povo.
 
   

12.11.08

VIVACI PARA TODOS

























Vivaci na Guarda, Braga, Gaia, Setúbal, Évora e Vivaci nas Caldas da Rainha, Beja, Maia...



2.3.08

A MODA DAS CIDADES




Em Portugal as cidades medem-se pelo número de "obras" apresentadas. Há uns anos atrás, cidade que não tivesse uma "rotunda"digna desse nome, não era uma cidade moderna. E o resultado foi o aparecimento de rotundas à entrada e saída das cidades. Conheço uma que, coitada, é constantemente criticada porque uma das suas saídas não tem escapatória, ou seja, a estrada apenas tem uns metros de alcatrão e acaba num monte de terra. Bom, mas pelo menos a senhora rotunda veio dar a sua graça a quem visita a cidade do Sabugal.
Mas a moda agora mudou. A moda agora são os Centros Comerciais. E em Portugal existem já 89 centros comerciais. Lisboa e Porto estão a esgotar o espaço e as pessoas vivem nos e para os centros comerciais. Poucas são neste momento as capitais de distrito que não têm o seu Centro comercial.


O comércio nas cidades mexeu e de que maneira. Está a aontecer o mesmo quando surgiram os Hipermercados e os Inter e Eco mercados. É uma festa de arromba e claro que alguém acaba por sofrer com tanto estrondo.
Na zona da Guarda o comércio anda em reboliço. Para além dos Hiper, Super, Mini-super agora aparecem os Sierras, os Vivaci e outros que dizem vir desenvolver o comércio e dinamizar as cidades.
É verdade que com a abertura destes grandes comércios vão criar-se muitos postos de trabalho. Mas também é verdade que outros "comércios" acabarão por encerrar e engrossar o número dos negócios fechados e o número de desempregados. E a verdade é que nas cidades do Porto e Lisboa há já muitos centros comerciais às moscas.E que aconteceu aos comerciantes e aos empregados? Procuraram outras saídas, outros caminhos.
E no interior a moda dos centros comerciais vai esvaziar ainda mais as vilas e aldeias. A vida nas aldeias já é de sobrevivência. Veja-se o que está a acontecer em Malcata. Na época de 60/70 havia dois comércios abertos e três cafés. Nos anos 80/90 fechou o comércio do Ti Varandas(por morte dos proprietários) e abriram dois estabelecimentos novos. Hoje, na aldeia de Malcata há apenas um comércio, o do Sr.Armindo( antigo comércio do Ti Tó Rovino) e 4 cafés(Café Lince, Café Camões, Tasca do Manel e Bregas Bar). Todos vão tendo clientela e lá vão vivendo.