COMÉRCIO DE PROXIMIDADE
Malcata aos olhos de muitos parece uma aldeia Viva e cheia de pujança. Só pensa assim quem não vive diariamente na aldeia, pois quem lá passa os dias e as noites sente as dificuldades de ali ter que ficar e ao mesmo tempo sente-se incapaz de encontrar outros caminhos.
Fechou a "Fonte"em Malcata
As eleições já passaram e vai continuar tudo como estava. Neste final de Setembro e início de Outubro fica marcado pelo encerramento do mini-mercado "A Fonte". Helena e Joaquim tiveram que optar pelo fecho do comércio, que tanto trabalho lhes deu e que agora se viram impotentes para contrariar a baixa de vendas. Todos estamos a sofrer na pele a falta de dinheiro, o encarecimento dos bens materiais. Se a este problema lhe juntar-mos a diminuição da população residente em Malcata, a inauguração de novos supermercados na cidade do Sabugal e um novo comportamento por parte das pessoas que trabalham fora da terra, que muitas vezes transportam nos seus automóveis as compras que efectuaram perto dos seus locais de trabalho, somando o envelhecimento acentuado das pessoas que realmente vivem na aldeia, algumas beneficiando ( e bem ) dos apoios do Lar, estão explicadas algumas das razões sentidas pelos pequenos negócios que existem na aldeia.
As eleições já passaram e vai continuar tudo como estava. Neste final de Setembro e início de Outubro fica marcado pelo encerramento do mini-mercado "A Fonte". Helena e Joaquim tiveram que optar pelo fecho do comércio, que tanto trabalho lhes deu e que agora se viram impotentes para contrariar a baixa de vendas. Todos estamos a sofrer na pele a falta de dinheiro, o encarecimento dos bens materiais. Se a este problema lhe juntar-mos a diminuição da população residente em Malcata, a inauguração de novos supermercados na cidade do Sabugal e um novo comportamento por parte das pessoas que trabalham fora da terra, que muitas vezes transportam nos seus automóveis as compras que efectuaram perto dos seus locais de trabalho, somando o envelhecimento acentuado das pessoas que realmente vivem na aldeia, algumas beneficiando ( e bem ) dos apoios do Lar, estão explicadas algumas das razões sentidas pelos pequenos negócios que existem na aldeia.
Lamento o fecho da Fonte, pois é menos oferta para a população, o que vai obrigar as pessoas a percorrer mais distâncias para poder efectuar as compras dos bens essenciais.
O despovoamento e o envelhecimento da população significa que as pessoas estão cada vez mais velhas e vão ter mais dificuldades em se deslocar para esfectuar as suas compras. Por isso é necessário criar incentivos e apoios aos pequenos negócios das aldeias, como por exemplo, estes mini-mercados. A sua presença em Malcata com as portas abertas, contribuem para melhorar a qualidade de vida de toda a população. E se são importantes para a aldeia, também deviam ser merecedores de receberem apoios para se modernizarem, para se renovarem e apostar em novas formas de fazer negócio. Sou levado a pensar que quando na nossa aldeia uma porta de um negócio se fecha, todos nos devemos interrogar sobre os motivos que levaram a esse desfecho. É claro que todos também devemos compreender que ninguém investe, seja em que negócio for, para perder dinheiro.
Em Malcata as pessoas vão vivendo ou sobrevivendo com o que resta: uma Junta de Freguesia, um Centro de Dia e Lar, quatro cafés, um minimercado, uma serralharia e uma casa paroquial, agora novamente ocupada por um jovem padre. Lembro portas que fecharam: escola primária, creche, queijaria tradicional. Quantas continuarão abertas e até quando? Talvez algumas não fossem encerradas se a solidariedade fosse mais praticada entre as várias associações existentes na aldeia. E olhem que são mais do que pensam! Talvez se o verdadeiro espírito de partilha e a transparência de certos responsáveis dessas instituições fosse mais vezes tido em conta na gestão das suas necessidades de bens e serviços, levando a outras opções que não apenas os preços desses mesmos bens e serviços, contribuíssem efectivamente para a manutenção e fortalecimento de pequenos negócios que tanta falta fazem ao povo.
Em Malcata as pessoas vão vivendo ou sobrevivendo com o que resta: uma Junta de Freguesia, um Centro de Dia e Lar, quatro cafés, um minimercado, uma serralharia e uma casa paroquial, agora novamente ocupada por um jovem padre. Lembro portas que fecharam: escola primária, creche, queijaria tradicional. Quantas continuarão abertas e até quando? Talvez algumas não fossem encerradas se a solidariedade fosse mais praticada entre as várias associações existentes na aldeia. E olhem que são mais do que pensam! Talvez se o verdadeiro espírito de partilha e a transparência de certos responsáveis dessas instituições fosse mais vezes tido em conta na gestão das suas necessidades de bens e serviços, levando a outras opções que não apenas os preços desses mesmos bens e serviços, contribuíssem efectivamente para a manutenção e fortalecimento de pequenos negócios que tanta falta fazem ao povo.
Olá João (José)! Li o teu artigo sobre o comércio de proximidade. Claro que estou de acordo com o que escreveste, mas fazes insinuações às associações (numa das quais eu estou envolvido) que era bom que tu esclarecesses. Então os estabelecimentos fecham por falta de entendimento das associações?... Explica-te melhor e, já agora um repto: envolve-te também ativamente em alguma. Escrever qualquer um, com jeito, pode escrever. Dar ideias é bom e agradecemos. Dar o corpo ao manifesto, com tudo o que isso envolve. esta a parte mais difícil. Coragem e um abraço
ResponderEliminarComo vai sendo raro encontrar interessados no "tema" aqui vai acesso a documento produzido:
ResponderEliminarhttp://www.regeneracaourbana.cip.org.pt/irj/go/km/docs/site-manager/www_regeneracaourbana_cip_org_pt/documentos/pt/estudos/informacao/Estudos/5.%20Com%c3%a9rcio%20de%20Proximidade.pdf
Rui, agradeço o teu comentário. Tenho a esclarecer que não me refiro à ACDM(Associação Cultural e Desportiva de Malcata) da qual és presidente de direcção e que todos os sócios te reconhecem os valores da solidariedade e da partilha. Não atiro as culpas para as associações pelos resultados negativos dos estabelecimentos comerciais existentes na nossa aldeia. E deixo claro que me foi informado que existiram boas relações comerciais entre os comércios e a ACDM e também o mesmo aconteceu com os caçadores e pescadores. E num meio tão pequeno como é a nossa aldeia, cada vez com menos pessoas, com projectos prometidos e não concretizados, sabendo o sufoco económico de muitas famílias, qualquer estabelecimento comercial está mais frágil e aumentam as dificuldades para manter as portas abertas. Os comércios, os cafés, as associações, são pontos de encontro das gentes que vivem ou que visitam a terra.Todos trabalham para o bem de todos. Não quis atacar nenhuma das associações, apenas lançar um alerta para a importância que elas têm na manutenção dos negócios na nossa terra.Quando soube que a Fonte tinha encerrado as portas fiquei triste, um pouco revoltado. Pensei naqueles grandes eventos de atletismo, de ciclismo, de aniversários e inaugurações, de festas de emigrantes e de feijoadas.Muitas pessoas,muita animação, alegres, bem recebidas, quase sempre os eventos acabam em convívio e comida. Ora aqui está uma boa forma de apoiar o desenvolvimento de Malcata, levando por arrasto um aumento do volume de negócios nos comércios e nos cafés.Para que assim aconteça é bom pensar em todos os cidadãos de Malcata e optar por comprar no comércio dos nossos vizinhos, conterrâneos ou amigos. O mesmo penso que em relação aos cafés.
ResponderEliminarQuanto ao meu envolvimento no movimento associativo da aldeia tenho a dizer que a minha vida profissional e familiar ainda não me permitiu colaborar mais vezes. Mesmo vivendo a longa distância, sigo sempre com interesse as actividades que por aí se vão realizando. Algumas partiram de sugestões minhas ( Cãominhada ) e a participação de duas artistas malcatanhas no Pintar Malcata (apesar do convite da organização, não participaram),mas colaborei na melhoria da exposição dos quadros deste evento e é certo que quando tenho a informação atempadamente, divulgo-a na auto estrada global.
Ou seja, vou trabalhando com as ferramentas que posso ter ao meu dispor e sonhando que algum dia também ofereço o meu corpo ao manifesto, com tudo o que isso poderá envolver. Para já, vivo longe, mas atento ao que vou apanhando aqui e ali.