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A MINHA HORTA NA ALDEIA

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    Todas as famílias tinham uma horta, mesmo pequena era o que se podia arranjar mais perto da habitação, com água por perto para garantir as regas necessárias para dali colher as hortícolas com que completavam as refeições. E mesmo quando a horta é pequena, exigem-se muitos cuidados e conhecimentos no momento de plantar, semear, regar e manter a horta arrumada e produtiva.   Na minha família quem tratava dos cuidados da horta era a minha mãe. Ficava a cinco minutos da casa, no chão do Vale da Fonte Velha. Ao fundo do chão a minha mãe reservava sempre umas leiras de terra para ali fazer a horta. Naquele sítio a água provinha da bica da Fonte Velha, que entre pedras e ervas descia barroca abaixo até ao lugar do chão e através de um buraco feito na parede entrava na terra para prosseguir a rega. E como todas as hortas, na nossa havia feijão verde, ervilhas de quebrar, alfaces variadas, cebolas, cenouras, tomateiros, pimenteiros, alho francês, morangos, etc…   As flores também havia se

A BURRA E AS HORTAS

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A BURRA                   No Vale da Fonte  muitas eram as hortas onde se cultivava de tudo um pouco: couves, cebolas, feijões, pepinos, nabos, tomates, pimentos… tudo o que faz falta à alimentação das pessoas. Há muito tempo que estas hortas deixaram de existir, sendo actualmente locais onde proliferam as ervas daninhas, as silvas e demais vegetação espontânea, restando ainda umas poucas. A água excedentária da Fonte Velha era guardada na presa que havia no início da barroca. As primeiras hortas do lado esquerdo tinham necessidade de fazer um poço com mais ou menos profundidade, conforme o local, dado que o terreno estava mais alto do que o fundo da barroca.  Para retirar a água desses poços usavam a "burra", também conhecida noutras terras pelo nome de picota ou cegonha. A  burra é um aparelho rudimentar, de elevar água dum poço para a superfície, normalmente com fins de irrigação das plantações vizinhas.  Mas noutras

A ÁGUA E O POÇO

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Esta foto é da minha autoria e retrata a Burra ( cegonha para alguns ) que está no Vale da Fonte. Já tem uns anitos e guardo-a como testemunho, pois hoje burras como esta eu já não conheço nenhuma. Ao clicar na foto a imagem aumenta e dá para observar o monumento mais em pormenor. Se o compararmos com a foto que apresento a seguir, compreenderão imediatamente da urgente necessidade de acautelar o seu futuro. Há quem não se interesse por estas "coisas", mas eu sim e gostava que estas coisas a que eu chamo monumentos não desaparecessem de vez. Os poços sempre estiveram presentes no dia a dia das pessoas da aldeia de Malcata. A água foi sempre um recurso abundante no subsolo dos terrenos da nossa aldeia. E para que a água pudesse ser utilizada as pessoas abriam poços e minas. A água das minas era fácil ficar armazenada numa presa, pois, bastava que houvesse um rego limpo que o desnível do terreno fazia o resto. O mesmo não se passou com a água que brotava no fundo dos poços. As