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8.9.23

MALCATA: À ESPERA DA PROVA DOS NOVE

  

Banda da música na Festa da aldeia de Malcata,
quando ia a casa dos mordomos dar as boas vindas.
(Carvalhão, dois mordomos ali viviam)

   

   Então como foi a festa?
   A resposta é tão variada e tão geral que se resume a uma frase:
   "Fala-se que...olha, não quero saber disso"!
   Até agora, a Comissão de Mordomos de 2023, passados estes dias todos, ainda não apresentou todas as contas relativas à festa em honra de São Barnabé (foi assim que o arraial foi divulgado como podemos ler no cartaz).
   A falha na apresentação das contas, dar conhecimento do que se fez com o dinheiro da comunidade, está a ser um erro grande. É que o dinheiro existente na conta e o que entretanto foi angariado, não pertence à Comissão de Mordomos e muito menos é uma bolsa de crédito ao dispor dos membros da  comissão de mordomos. Todos sabem que, o dinheiro está à guarda dos mordomos e que eles(as), aceitaram voluntariamente a missão de organizar uma festa, contando para isso com o dinheiro. O que se espera das comissões de mordomos, é que tenham e exerçam uma gestão responsável, na forma como usam o dinheiro,  o destino que lhe vão dando. É por isso que, é de suma importância uma constante prestação de contas e das actividades que se vão desenvolvendo nos meses anteriores à festa, dando a saber e publicar os diversos movimentos de dinheiro. E como existe muita gente que vive fora da aldeia, é ainda mais importante e necessário explicar como se está a usar!  chegando mesmo ao mundo das redes sociais, para informar. Todos têm o direito a essas informações periódicas, porque quem vive na aldeia e ainda mais os que vivem fora, ao perceberem  como os mordomos vão gastando o dinheiro, como é o meu caso, que vivo muito distante daqui, se tiver acesso a informação séria e actualizada, acabamos por nos sentir mais parte da comunidade, sentimo-nos acarinhados e sensibilizados por,  mesmo longe, contam connosco. A falta de prestação de contas tem como consequência o aparecimento de falatórios e de criticas negativas, arrastam sentimentos de desconfiança e incertezas, aumentando o desânimo na aldeia.
   Ver as contas, não é sempre sinal de transparência e mesmo quando não há contas apresentadas, aumentam as desconfianças, vêm os desânimos e cada vez maiores.
   Quando há dinheiro envolvido, seja muito ou pouco, a atitude a ter é, que se trata de dinheiro da comunidade,  um recurso que os mordomos precisam de usar  respeitando os valores da transparência e responsabilidade. É que não há outra forma de organizar uma festa e no fim ter êxito. Fazer as coisas com transparência e não esquecendo as obrigações legais quanto aos contratos de bens e serviços. Dando periodicamente informação, mesmo quando não a pedem, é assunto que interessa a todos, porque agindo nestes moldes tudo é mais fácil de controlar e ao mesmo tempo estamos a fazer as contas aos poucos e com controlo apertado. Gerir bem o dinheiro é não ter medo de apresentar as contas, nada para esconder, porque é tudo claro, assinado e conferido. E sempre que surgem dúvidas, alertas e avisos, é necessário parar para pensar e antes de continuar a ignorar, com o intuito de no fim esclarecer, procurar deixar tudo claro, com o conhecimento de toda a equipa. Ficar calado e não dizer nada, ou, fazer de conta e ficar à espera da próxima escorregadela, é no meu entender, atitude irresponsável, porque o erro, ou a falha, quanto mais depressa se anular, melhor.
   Viver o espírito de mordomo é trabalhar em equipa.
   Ora pensem comigo um pouco:
   Uma Comissão de Festas organiza um baile, procura apoios e encontra. Tudo pronto, divulga o programa, os preços e os objectivos que quer alcançar. Para chamar gente, contratam quem anime e quem cozinhe. Há trabalho, há mesas prontas e espaço preparado para receber os convidados pagantes, pois o fim do baile é angariar dinheiro para pagar a festa mais lá para a frente.
   A festa/baile/caminhada/encontro ou o que lhe queiram chamar, acontece e decorre no local indicado e na data anunciada. Nunca mais se ouviu falar do baile, do dinheiro que conseguiram angariar…quanto dinheiro fizeram??? Só depois de alguns “ais” e “diz-se que…fala-se que” e aparecem as contas, fica-se a saber que a organização, apesar das ajudas dadas, tiveram prejuízos. O que vai pensar o povo dessa freguesia?
   A resposta é simples: “Assim, não vamos a lado nenhum”
   As coisas aconteceram e todos se calaram. Porque se calaram todos? Quem percebeu que tinha havido má gestão, porque não pediram a apresentação das contas?
   Este foi o início do que mais tarde viria a repetir-se?
   O risco de assim acontecer, era enorme! Só não viu quem não quis e nunca quis saber, salvando-se aqueles valentes e corajosos mordomos que bateram a tempo com a porta e saíram.
   Há valores na vida humana que nunca devemos abdicar deles. E agora Malcata?

    

                            José Nunes Martins


25.8.23

AS CONTAS E AS CONSCIÊNCIAS

Registo das contas da Confraria do Santíssimo em Malcata estão 
acessíveis no Arquivo Distrital da Guarda



 

   Todos têm a obrigação de prestar contas nas instâncias próprias. Ora as festas das aldeias também envolvem verbas e as mordomias das festas têm o dever de apresentar contas. E, regra geral, isso é feito, com a consciência de terem prestado um serviço a toda a comunidade que em seu tempo lhes atribuiu essa missão. Mas, aqui e ali,ouvem-se histórias do arco da velha. E a corrupção tem muitas caras, muitas formas e artimanhas sob a aparência da honradez. Há sempre quem pense que tem o direito de cozinhar o que lhe apetecer tendo em conta apenas a sua honestidade, o seu saber e sabores. Casos de enjoos e de estômagos enfartados por causa da comida desses cozinheiros, há muitos por todo o lado. E a má disposição não passa com nada, nem com água com bolhinhas, nem com "ricard" e muito menos com uma copita de aguardente.
   Não vou atear mais a chama que anda aí pela nossa aldeia. Respeito as pessoas e os erros, só tenho de lamentar se alguém está a ser acusado injustamente e também lamento e condeno quem passe dos limites do respeito mútuo e da presunção da inocência, antes de serem conhecidas as provas e as circunstâncias dos factos.

   É importante sim assumir que precisamos de formar consciências. E quando existem contas a fazer, mais vale fazer as contas de bem com os homens do que andar zangado com Deus e os santos. Quem tem consciência madura não é qualquer cabra ou cabrão (bode) que lhe ferra os dentes a pensar que se trata de erva verde.

    Tudo na nossa vida se resolve. Com diálogo, boa fé e confiança mútua é o caminho a percorrer, porque todos desejamos viver alegres e felizes. 

                                                           José Nunes Martins




 

27.8.15

APRESENTAÇÃO DAS CONTAS DA FESTA

Contas da Festa Malcata 2015

   Desde o passado dia 15 de Agosto, que se encontra exposto na porta da Torre do Relógio, um comunicado da Comissão de Festas de Malcata 2015 com as contas da festa deste ano. Conforme se pode ler na imagem, que me foi hoje enviada por um malcatenho, a festa teve um saldo positivo digno de registo, são 9.060 euros que sobraram depois de descontadas as despesas efectuadas. Deste saldo positivo, a Comissão da festa deste ano vai entregar 2.800 euros à Comissão de 2016 e o restante será para obras a efectuar nas casas que têm servido de apoio às festas, ou seja, 6.260 euros aproximadamente.
   Recorrendo às minhas notas de arquivo, lembro que a Comissão de 2013 deixou para a de 2014 uma quantia de 1.230 euros e a Comissão de 2014 entregou à de 2015 uma quantia no valor de 1.650 euros.  Como já referi, a comissão de festas de 2015 vai entregar à comissão de festas de 2016 uma quantia no valor de 2.800 euros.
   
E aqui estão os números da festa deste ano.
   Parabéns à Comissão das festas de Malcata 2015. Votos de bom trabalho e boas ideias para a Comissão de Festas Malcata 2016.