Mostrar mensagens com a etiqueta novembro. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta novembro. Mostrar todas as mensagens

1.11.11

VIDA E MORTE

Eis a questão:
É ou não é a morte o fim de tudo?

"Se é o fim, assume o carácter de uma terrível mutilação; se não é, a nossa morte adquire uma dimensão extremamente nova.
Um sereno confronto com a morte - esse momento crítico da nossa vida que teremos de enfrentar sozinhos - situa-nos perante tudo ou nada, perante o sentido ou sem sentido da nossa existência. Ou Deus ou o vazio infinito. O segredo da vida e da morte coincide com o mistério de Deus. Assim como o meu "eu" pessoal, único, irrepetível não encontra qualquer explicação satisfatória na Física, na Química ou na Biologia, assim também não encontro uma resposta sobre Deus com o método das Ciências Naturais. Só temos nas mãos uma coisa: a esperança. A esperança que, até ao nosso último alento, nos dá a alegria de viver".

Autor: Phil Bosmans, no livro AMAR, editado pela EPS, Porto.

1.11.07

NOVEMBRO


Por estes dias os cemitérios ficam engalanados com flores. Reunem-se os vivos aos mortos no mesmo lugar. Passam algumas horas a pensar uns nos outros, mas não se podem encontrar fisicamente. A morte separaram-nos e a alegria de viver dos vivos ficou destruida. A morte aparece como um desmancha prazeres que estraga qualquer sentimento de satisfação, destrói as nossas certezas. O pior de tudo, é que nem eu nem ninguém sabe como tratar a morte.


Hoje não se fala na morte em casa. As pessoas morrem cada vez mais no hospital e cada vez menos nas suas casas.Tentamos esquecer que a morte é dolorosa e as lágrimas são prova de amor.


Porquê?


"Acabei de lhe dar o lanche. Comeu bem, ficou bem! Mas quando agora entrei na enfermaria, já tinha morrido"- disse o Auxiliar de Acção Médica ao Enfermeiro.


Ainda esta semana, no serviço de internamento onde trabalho como auxiliar, morreram dois jovens de oitenta e tal anos. A morte vem e muitas vezes vem pela calada da noite e ninguém dá conta.


É ou não a morte o fim de tudo?


Se é o fim, assume o carácter de uma terrível mutilação; se não é, a minha morte adquire uma dimensão extraordinariamente nova.


Só tenho nas mãos uma coisa: a esperança.