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VIRAR O CABRIL DE PERNAS PARA O AR

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           Há obras que lhes podemos chamar “obras do regime” e que prometeram aos malcatenhos há muitos anos. A primeira vez que na freguesia se ouviu falar de uma Sala/Museu das Memórias foi no executivo de Vítor Fernandes, era o PSD poder em Malcata. E não, não era o Núcleo Identitário de Malcata. Era uma espécie de museu na sala do primeiro andar da escola primária, onde estariam expostos ao público diversas peças ligadas ao mundo rural que se viveu na aldeia. Outra das obras do “regime” VF era o “rebanho de cabras”. Ambos os projectos não passaram de promessas, alguma coisa arrasou com os planos que estavam nas mentes do autarca. Por outro lado, foram abertos dois Parques, mas de merendas, como acontecia pelas outras terras do concelho, pois para a “bucha” há sempre maneira de dar um jeito. ogenitor, que tanto se esforçou para continuar a fazer o que ainda não tinha conseguido acabar em três mandatos de quatro anos. Reescreveram as duas obras e incluíram-nas no panfleto das prome

EM MALCATA : NÃO HÁ REBANHO SEM PASTOR

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       Foi em Junho de 2019, durante a Agro-Raia realizada em Malcata, anunciado, pelo senhor presidente da Junta de Freguesia de Malcata, João Vítor Nunes Fernandes, a aprovação da candidatura de instalação do rebanho de cabras nos baldios da freguesia.    Ler aqui:  https://www.noticiasaominuto.com/pais/1275658/freguesia-da-malcata-no-sabugal-promove-projeto-de-cabras-sapadoras     Passados quase três anos do anúncio oficial da obra o que foi concretizado? No meu entender, o cidadão comum, que vive em Malcata ou que a ela se encontra ligado por laços afectivos, familiares ou de negócios, a autarquia devia sentir o dever e a obrigação de divulgar informação sobre o andamento do projecto. E se isso acontecer, muitas das dúvidas e críticas que sobre ele possam ser ditas, ficavam esclarecidas para a esmagadora maioria da população. É que a prática que esta Junta de Freguesia nos habituou, que herdou de juntas anteriores, tem sido o silêncio sobre as suas actividades e a evolução das m

PERGUNTAR NÃO OFENDE

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 Quando escrevo sobre a nossa freguesia pretendo apenas emitir a minha opinião e contribuir para o desenvolvimento da freguesia, ajudar a que as pessoas se unam, em nome de melhor qualidade de vida para todos. E já que os malcatenhos vivem calados, falam, mas muito baixinho, não querem ser incómodos e desagradáveis com o poder instituído, vou dando voz aos que a não querem usar.    É realmente triste verificar que na nossa aldeia, muitas placas toponímicas estão partidas, com as letras sem tinta, algumas das ruas não têm as placas, as casas em ruínas para não cair pedras para a rua, chapadas de cimento e basta. Como se pode ver, há situações que não estão bem e como tal, têm que se falar delas, pois se ninguém o fizer, as vergonhas continuam escondidas e não vem à tona, não são do conhecimento de todos os malcatenhos.        É preciso e é importante saber o que se passa na freguesia. E por isso faz falta saber e falar das coisas boas e falar também das que estão menos bem e que devem s

MALCATA: OS BALDIOS ONDE OS LOBOS UIVAM

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   Exploração Pecuária nos Baldios     Os baldios pertencem a toda a freguesia e como tal, todas as pessoas têm direito ao usufruto dessas terras. E não me venham com lições e empurrões para fora das assembleias de compartes, porque como eu, nascido em Malcata, com ligação familiar e patrimonial à freguesia, também outras pessoas gozam desses mesmos direitos que os compartes residentes têm e se uns são compartes e não vivem na aldeia, também eu estou nessa mesma situação. O que a comissão de gestão já devia ter feito era publicar a lista dos compartes, convidar ou incentivar os cidadãos que por afinidades familiares e heranças, sempre estiveram ligados à freguesia e a ela vão de tempos a tempos. Uns vivem nas grandes cidades de Portugal e outros por países da Europa, mas não deixaram de ser malcatenhos e se houver um malcatenho que vivendo fora da freguesia, não tenha pedido a sua adesão, faça parte da lista de compartes, há que admitir todos os outros na mesma situação.   Os baldios

MALCATA: OBRAS NOS BALDIOS DA FREGUESIA

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  Pavilhão para instalação do rebanho   Volto a dar conhecimento aos nossos conterrâneos residentes e ausentes do estado em que estão a decorrer as obras de construção da Exploração Pecuária nos terrenos baldios da freguesia. No dia 11 de Março, aproveitando o estar na aldeia, fui saber como estavam a decorrer as obras das estruturas que vão alojar o rebanho de cabras. E fiquei agradado com o que vi. Foi simpaticamente recebido pelos trabalhadores espanhóis que ali andavam a trabalhar. A obra já se vê ao longe e é agora mais fácil de prever como vai ficar quando estiver concluída. Espero que dentro de poucos meses a obra esteja pronta, a qual será um passo importante para a instalação do rebanho. A freguesia vai sair beneficiada e ali pode estar um enorme activo para o desenvolvimento da nossa terra.   A Exploração Pecuária de Malcata (Rebanho nos Baldios) é neste momento o maior investimento a ser feito na freguesia. Há necessidade de envolver  e dinamizar muito mais a população da

MALCATA: REBANHO DO SÉCULO XI

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        QUEM QUER SER GUARDADOR DE CABRAS E DE SONHOS?    O projecto do rebanho das cabras sapadoras, que os Baldios estão a levar a cabo nos baldios da freguesia, já está no terreno, as máquinas e os homens lá andam para a serra a construir as estruturas de apoio: armazéns, sala de ordenha, escritório, instalações sanitárias, vedações, etc.   A entidade responsável pela gestão e acompanhamento da obra é a Junta de Freguesia, na pessoa do senhor presidente. Como é do conhecimento de todos, o rebanho vai ser instalado num terreno baldio. Como o conselho directivo dos compartes está entregue à Junta de Freguesia, entidade que já vem empurrando este empreendimento de há uns anos atrás, foi-lhe atribuído a responsabilidade de acompanhar permanentemente a obras contratada.   Para além das obras relacionadas com a construção das instalações de apoio, pouco mais sabemos sobre o próprio projecto e como é que se vai desenvolver no futuro.   Sabemos que se trata de um projecto financiado pelo

ESTAR PRESO SEM O SABER

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   Há factos que nos merecem uma atenção especial. Nas aldeias por vezes falam de “factos” que não correspondem à verdade e muitas pessoas ficam indignadas com alguns desses episódios. Uma coisa é aquilo que se diz e a verdade das coisas, dos verdadeiros factos.    Há por aí quem utilize estrategicamente e conscientemente métodos persuasivos e apresentam-se como se fossem um cordeiro manso e assim lá vão conseguindo influenciar o comportamento das outras pessoas, os seus pensamentos e as suas emoções. Dizem meias verdades, com aquele olhar de carneiro manso, falando das coisas e dos factos que são realmente verdadeiros, mas ao não dizerem toda a verdade e omitirem as partes verdadeiras dos factos, essas mesmas que ajudariam as pessoas a compreender as diferenças entre o “disse que disse” ou “ouvi dizer” e a informação correcta e clara de cada facto.    Na minha opinião, este tipo de estratégia já foi usada recentemente e conscientemente  na nossa aldeia. Pessoas detentoras de pode

O GUARDADOR DE CABRAS

   Ti Horácio, pastor de cabras A Primavera traz aos campos da aldeia de Malcata as cores das papoilas, das giestas, do rosmaninho, mas não consegue esconder o mal feito por um Inverno frio e seco.    O sol já quase abalou, está um vento frio e Ti Horácio deita os olhares para a pequena capela de São Domingos, ao mesmo tempo que a mão direita tira a boina da cabeça que uns segundos depois volta a tapar-lhe a cabeça. Continua a sua vida e olha para a nuvem de poeira provocada pelas cabras que regressam do Ozival para casa, depois de um dia inteiro a pastar.    - Nem no Verão elas levantam tanta poeirada! Nem no Verão isto está tão seco! Desabafa o Ti Horácio, um pouco irritado.    As cabras andaram desde manhã nos campos e nos caminhos à cata de mato e pequenas ervas. Mas nem as mais novas tiveram grande sorte e o pastor lança mais um desabafo:    - Ouve João, por esta altura do ano, era para andarem aos saltos além pela serra, a encher o bandulho. Mas este ano, a falta da á