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19.5.22

É PRECISO MAIS DO QUE A BELEZA NATURAL

Ainda me passou pela minha cabeça que, com a mudança de equipa na autarquia, a chegada de gente jovem, as coisas começassem a levar-nos para um futuro diferente. A realidade está à vista de todos e ainda nos falta muita informação sobre o que não está assim tão perto. Daí que...


   Uma caminhada em passo lento pelas ruas da nossa aldeia ou por becos e travessas dá para observar muitas coisas e fico com vontade de escrever sobre aquilo que vejo.
   E o que mais predomina é um silêncio longo, apenas perturbado pelos voos rasantes e livres das andorinhas. E junto com os silêncios e as andorinhas vejo paredes de antigas casas em derrocada desregulada, talvez forçada pelas raízes dos sabugueiros e carvalhos que ali vivem e se ocupam das manjedouras de outros animais.
   Na rua principal da aldeia abundam abusos e o cimento agora já não consegue disfarçar o abandono a que isto chegou. Se numas paredes era preciso para dar um ar de habitação cuidada e habitada, sobram colheradas em escadas e paredes que já tiveram escaleras. Bem, ao menos este mês deu-lhes para lavar a cara e a sede da nossa freguesia que bem fica vestida novamente de branco! Oxalá a Fonte Velha seja a próxima a beneficiar obras de restauro, porque a cara tem mesmo que ser mais bem cuidada. Por muito bonito que aquele lugar é, como ele se encontra, nem as andorinhas ali vão beber da água. E mesmo com árvores e copos que com todo o gosto as recebem, tanto desleixo é sinal de desinteresse e sendo assim, os beirais são mais práticos para criar família. São as andorinhas e sou eu que esperamos um dia, dentar no banco e à sombra da pérgula descansar, mesmo que por breves momentos, as pernas e a cabeça. Mesmo com a Fonte de Mergulho ali ao lado, não convida a descer aquela catacumba moderna e cinzenta, não é natural e à vista de toda a gente é que ela gostava de estar. Lá onde ficou, foi onde se criou, mas os seus anos fizeram sentido enquanto esteve descoberta, todos a viam e dela se serviam, gostavam de lá ir encher os cântaros, até as vacas, os burros que de nabos não tinham nada, só de nome e tanto eles trabalharam, puxaram mais cargas de milho e aguentaram a vagarosa vaca leiteira, sem nunca deixarem de ser burros.
   Eu não conheci a fonte de chafurdo, que à fonte de mergulho também lhe chamavam fonte de chafurdo! Alguém que tenha paciência e quem sabe venha aqui explicar a origem e as razões de lhe chamarem a esta fonte, a Fonte de Chafurdo!
E já que está com as mãos na massa, pode também, se souber é claro, contar-nos a história desta fonte.
   E como as crises vêm, na Fonte Velha tenho saudades do Minimercado a Fonte e de ser sempre bem servido. Ainda hoje gosto de usar aquelas facas pequenas que lá comprei. Foi um sonho e cá para mim, aquela história que venderam e que muitos acreditaram vir a ganhar com o futuro hospital, provocou alguns danos colaterais neste e noutros negócios. Mas isto são contas de outro rosário. Ainda não foi bem rezado, mas a fé é inabalável e a sua história um dia será do conhecimento de todos.
   E como a estrada me apareceu limpa, sem regos e altinhos de cimento para desviar a água das chuvas, ao caminhar em direcção ao poeta da pala num dos olhos, aquele olhar do lince quase me faz cair. Mas à medida que me aproximo cada vez mais do poeta e do bicho gato, fico tranquilo porque vejo que um é cego e o outro tem um cadeado que o prende da boca à pedra de cantaria que ali espetaram. Agora a aldeia também pode exibir a sua arte urbana. A terra que tem a serra com o mesmo nome, passou a estar presente na rota da arte urbana e dizem que é mais um ponto a favor da aldeia e mais um motivo para as pessoas visitarem a nossa aldeia. Poesia e pintura é arte, é cultura e quem não gosta, tem bom remédio, deixa na borda do seu prato. Olha o que eu agora me lembrei de escrever, mas eu estava só a fazer uma caminhada pela rua principal da nossa aldeia. Bem, vou terminar neste ponto e um dia destes continuo a caminhada. Preciso de parar para descansar os pés.  Vou sentar-me numa das cadeiras da esplanada do Café Camões, ser bem servido e saborear um bom café. Entretanto, vão olhando para estas imagens e quem sabe tenham alguma ideia de mudar a situação!

                                           
José Nunes Martins

   




 

10.10.21

BEM VINDOS À FREGUESIA DOS BURACOS

 

Rua da Fonte, em Malcata


   Bem-Vindo à Freguesia de  Malcata!
   Há nova atração: buracos nas ruas.
   O buraco da Rua da Fonte já conta com um mês de vida. A nossa aldeia passou a poder organizar umas caminhadas pelas ruas para dar a conhecer a localização dos buracos...é claro que eu e vós, sabemos que uma ruptura numa conduta de água pode ocorrer a qualquer altura do dia ou da noite. Depois de reparada a avaria, o mais lógico é repor o piso como estava antes, ou seja, tapar bem a cratera e colocar novamente os cubos de granito. A realidade é que não é isso que está a acontecer em Malcata. Cada dia que passa, aumenta o número de buracos nas ruas. Sabemos quem os abriu, mas há um desinteresse total para os tapar devidamente. Onde andam os fiscais das obras?O cidadão paga impostos para quê? Já vi buracos a ser abertos e imediatamente a serem fechados, deixando a rua como estava, mas não foi na nossa terra. Disseram-me que só quando a terra estiver bem calcada é que recolocam os paralelos...
   Senhores da Junta de Freguesia e da Câmara façam o vosso trabalho e façam com que estas situações sejam resolvidas o mais breve possível; acabem com o martírio dos malcatenhos e daqueles que vêm a Malcata.
   Fotos:


Rua do Soitinho

      Rua da Escola Primária                                                                         


Rua da Escola Primária

                                                                             José Nunes Martins
                                          


16.2.20

TOPONÍMIA: Rua do Carvalhão

Rua do Carvalhão, em 1994
 
   Encontrei esta fotografia e através dela recordo momentos de um tempo passado, de um lugar que foi um marco importante na história da minha vida e na história da aldeia de Malcata. A tão conhecida ‘’Rua do Carvalhão”, um lugar com passado e com história, uma rua que já foi cheia de vida e que agora não o é. Nasci e vivi nesta rua, ela faz parte de mim e do Porfírio, do Joaquim António, do Domingos e do David.  Todos fomos felizes nesta rua. Tenho na minha mente boas lembranças desta gente da minha idade, da outra gente mais velha mas muito sociável, eramos todos do Carvalhão. No Verão quando as pessoas vinham passar férias juntava-se muita gente à noite, sentavam-se em bancos de pedras, à sombra da figueira do Ti João e ali contavam as suas histórias de vida. Agora quando vou para ali, sinto cada vez mais o silêncio na rua do Carvalhão, pois cada vez há menos gente e sobram muitas casas vazias e sem viva alma no seu interior.
                                                                                                                                                 José Martins

12.11.18

A IMPORTÂNCIA DA TOPONÍMICA EM MALCATA


  


 
   É na Praça do Rossio que tem início a Rua da Fonte. Continua a ser a rua mais longa da aldeia, mas não a mais habitada como já foi noutros tempos. É a rua mais movimentada da aldeia, pois é por ela que mais pessoas e veículos entram e saem e tem ligações para as outras ruas ou becos. Por ser uma das ruas mais movimentadas e conhecidas da nossa terra e por ela andamos quase todos os dias e várias vezes, podem pensar que é uma rua que não nos escapa nada aos olhos. Mas andamos por ela tão depressa e tão ocupados com as nossa vidas, que não damos importância a pequenos mas importantes problemas que precisavam de ser resolvidos. A começar pela defeituosa e ausência de informação quanto ao seu início e ao seu final. Na Praça do Rossio, a falta da placa toponímica a indicar o início da Rua da Fonte há muito que acontece; segue-se a existência de casas com número de “polícia” repetido e mais à frente, na fonte velha, quantas vezes que passamos por cima da Fonte de Mergulho sem dar por isso. Ficou lá por baixo da calçada e do betão e de nada tem servido o quadrado envidraçado, porque ninguém no seu perfeito juízo, fica ali parado ou ajoelhado a ver e admirar o monumento, por muito interessante que ele seja e onde as pessoas enchiam de água os cântaros em barro para levar e colocar na cantareira lá de casa. Não pode haver o mais pequeno descuido, porque na rua circulam automóveis, camionetas e outros veículos motorizados. Há uns tempos ao passar por aquele local perguntei à Ti Benvinda o que havia ao fundo das escadas. A Ti Benvinda olhou para mim e apontando o seu dedo para o fundo das escadas respondeu assim:” Eu sei onde fica a Fonte de Mergulho! Basta desceres essas escadas e já vês tudo às claras. Olha João, lembraram-se de pôr aqui este painel solar e de noite dá luz para as pessoas verem. Verem o quê? Não há aqui escrito a indicar o que aqui está por baixo! Também eles bem podiam ter posto aqui uma daquelas placas, olha assim como aquelas que vês ali na Barreirinha a dizer “Junta de Freguesia” e escreviam “Antiga Fonte de Mergulho”! Se calhar assim vinham mais pessoas ver a fonte, a verdadeira fonte de mergulho.
Isto é trabalho de quem não quis dar-se ao trabalho de fazer as coisas como devem ser. Tanto dinheiro aqui se gastou e não puseram a fonte à mostra. Não pensam nas coisas, não perguntaram ao povo e olha aqui está a obra que ninguém quer ver, porque também não sabe que existe, só os da terra é que vão vendo. Podiam pensar melhor, ai isso podia.    A Rua da Fonte tem início na Praça do Rossio e termina onde? Já ouvi dizer que era ao chegar ao Camões. E existe o Largo de Camões? As placas toponímicas são afixadas ao início e ao fim da referida rua, no mínimo é assim que deve ser. Ao início não existe e a que existe a indicar o seu fim está na casa errada, pois a rua não acaba junto ao P.T. (antiga cabine da luz),mas muitas casas mais acima, ali ao Camões.

   Porque este pequeno problema se pode transformar num grande problema e numa grande confusão? Vou referir-me a apenas à correspondência do Estado, ou seja, Finanças, Tribunais,Escolas, Autoridades Policiais, Reformas, Cartas do Instituto Emprego, etc… por azar no dia da entrega é feita por um novo funcionário dos correios. Imaginemos que esse funcionário não conhece nada de Malcata, não tem o à vontade como o “velho” carteiro e não está para andar a perder tempo à procura do número da porta…não encontra, leva a correspondência para trás.

   Até pode não ser importante, mas também pode ser URGENTE e IMPORTANTE que o destinatário receba a correspondência!

                                                                             José Nunes Martins

24.8.18

AS RUAS DE MALCATA

Rua da Ladeirinha


  Uma das respostas ao despovoamento da aldeia passa pela requalificação de ruas e casas antigas. Ruas, praças, bêcos e casas que fizeram que a esta aldeia de Malcata, esteja ligada a identidade de todos os malcatenhos.
  Muitos malcatenhos, principalmente os que optaram por sair desta bela terra em busca de uma vida melhor, não esqueceram as suas origens. A aldeia até pode ter-se despovoado, mas temos de reconhecer que foi com a ajuda dos que saíram (que foram bastantes) que a aldeia cresceu e isso vê-se, quer pela quantidade de casas novas que construíram, quer pela preservação e recuperação de casas antigas. E sobre as ruas de Malcata, temos todos coisas que contar, mas é ali na Rua da Ladeirinha que se encontra o maior número de casas construídas em pedra de xisto, preciosidades que urge recuperar.

   E as pequenas casas da Rua do Meio, verdadeiros símbolos dos modelos de habitações que naqueles tempos se usavam, casas baixas e rasteiras, que nos deixam a pensar como naquele espaço moravam uma família.
   
Estas casas ainda são o testemunho daquela geração de pessoas que está a desaparecer. Há necessidade de fazer alguma coisa para preservar a identidade e a história de Malcata.
  Votos de um bom fim de semana.
José Nunes Martins



19.2.13

CONHECER MALCATA É PRECISO

   Como se chamam as ruas, becos, largos e praças da nossa aldeia? Todos conhecemos o seu nome? E os bairros, será que na nossa terra existem bairros?
   Hoje em dia todas as ruas, becos, praças, largos e bairros da terra estão identificados e têm o seu nome inscrito numa pequena placa rectangular de mármore. O mesmo acontece com as casas, todas possuem um número. Na altura em que este trabalho foi realizado não sei se nessa altura houve ou não a colaboração de uma Comissão Municipal de Toponímia, mas acredito que sim. A verdade é que alguns dos nomes dados às ruas de Malcata, becos e praças, têm sempre em conta alguma ligação com as pessoas que ali viveram ou ainda vivem, também têm a ver com o meio ambiente que rodeia a área ou até com outras situações.
    Vou começar por vos apresentar o Beco da Tapada. Este arruamento inicia-se ali junto aos tanques da Torrinha, em frente à casa onde durante muitos anos viveu o Ti Firmino, mesmo no princípio da Rua do Carvalhão e voltamos para a esquerda entramos no Beco da Tapada. Hoje um empedrado de paralelos em granito levam-nos até ao grande portão verde da casa onde viveu o Ti Abel Sacho, o homem do tractor David Brown e mais tarde o vermelho International. Ainda me lembro da malhadeira grande para os cereais (pão e trigo) e outra máquina mais pequena para debulhar as maçarocas do milho.Lembram-se do curral e do seu enorme tamanho?

   BECO DA TAPADA
Subir o Beco da Tapada 

 

Portão da Casa do Ti Abel
 
 Lembram-se de como era esta zona da tapada? O espaço estava muito mais vazio, não havia portões, varandas, muros. Lembro-me da casa da Ti Ana e do Ti Domingos Sarilho, lá para o fundo do largo. Aqui neste espaço, que serviu de "eira" no tempo das malhas, foi também a "praça" de algumas touradas à moda da raia. A última foi realizada neste largo e desde então não houve outra.


                                                            Antiga eira e Praça de touradas          



Tapada


Descendo o Beco da Tapada
   O tempo não parou e as pessoas que viveram nesta tapada, agora chamada de Beco da Tapada, algumas já não me lembro delas. Quem se lembra dessas pessoas, das suas famílias, de alguma história por ali vivida? O Beco da Tapada está vazio, muito silencioso e com muros que não me deixaram ver como eu o conheci. Aguardo os vossos comentários.

21.12.11

CANTO E CORELA

Os nomes dos lugares, sítios, caminhos, ruas, becos, travessas, praças, avenidas ou de quaisquer outros espaços urbanos ou rurais constituem uma referência, quase sempre associada à história da localidade, que importa preservar como património cultural. Por vezes, o topónimo tem um valor expressivo de singular beleza e profundo significado. Alguns nomes de lugares sofreram alterações, consoante as designações do povo ou os registos escritos. Mas outros persistiram, sobretudo porque, consensualmente, a população os aceitou e os transmitiu às gerações seguintes.
 
   Os topónimos constituem, pois, marcas de identidade que merecem ser salvaguardadas.
   Na actualidade, a Junta de Freguesia confronta-se com a necessidade imperiosa de dar nome a todas as artérias da aldeia, para mais eficaz localização dos domicílios. Nesta tarefa de atribuição de nomes, há, no entanto, que respeitar as antigas designações e incorporá-las nos novos arruamentos e não, precipitadamente, colocar nas placas toponímicas ilustres desconhecidos ou com reduzida projecção local.
   Além disso, compete à Junta de Freguesia zelar para que as placas toponímicas das ruas sejam claras, sem erros ortográficos e facilmente compreendidas por toda a gente, mesmo as pessoas que venham à aldeia de Malcata pela primeira vez.
   Hoje venho chamar a atenção para dois casos que podem levar os menos atentos ao engano.
                                       
CASO 1


                             A) Rua Canto? Esta rua sempre foi conhecida pelo nome de Rua do Canto.
                             Ora bem escrito é o nome da Rua da Fonte. É um pormenor, mas um pormenor importante porque a preposição de ou a sua contracção com o artigo definido do, da, dos, das, podem alterar radicalmente o significado de um nome de rua, avenida ou qualquer topónimo.
                              B) Qual é a Rua Canto ( Rua do Canto ) e qual é a Rua da Fonte ? Eu que conheço a aldeia não me engano. O mesmo já não digo de uma pessoa que venha à procura de uma destas ruas. O mais certo é ter que perguntar a alguma pessoa que viva na aldeia.

CASO 2

   Ora neste segundo caso, temos uma placa toponímica bem colocada a indicar o início do Beco da Corela. O mesmo já não acontece com a placa colocada para informar o seu fim. E isto mais complicado fica quando quisermos percorrer este arruamento. Se iniciarmos o passeio pela Rua do Carvalhão, quando chegarmos junto à casa da família do senhor António Rato ( TiTó) damos conta que só podemos continuar a caminhar até à Rua da Fonte, mas passando ao lado da casa da família da minha Ti Esperança. Ora, a outra placa, ali ao lado da casa da família do senhor Raúl Coelho não tem ligação com a casa da família referida atrás. Ou será que há dois "Becos da Corela"? Na minha infância os garotos da minha idade quando queriam jogar a bola combinavam encontrar-se na Corela. Lembram-se daqueles jogos de bola ali naquela terra ao lado da casa da Ti Dulce e do Ti Coelho? Mesmo com uma inclinação do terreno, as duas equipas chutavam na bola e não faltava entusiasmo. Esta era a Corela que pertencia ao Ti João...não me lembro do apelido. A outra terra, que actualmente está ocupada com moradias, além de castanheiros, servia de eira para colocar o centeio no tempo das malhas.


 Beco da Corela ( pela Rua do Carvalhão )


 Beco da Corela ( Pela rua da Fonte )
   Também tenho a dizer que as placas toponímicas já estão colocadas há uns anos e estes dois casos não é da responsabilidade da actual junta. Mas uma vez que é a Junta de Freguesia a entidade responsável pela sua manutenção e conservação, convinha que corrigissem estes pequenos erros.
   Ainda um dia voltarei ao assunto dos jogos de bola na Corela. Talvez o Mário, o Zé Manel, o Tó, o Vitor, o João, o Fausto, o Carlos, o Manel da Corela...me ajudem a lembrar esses campeonatos de jogar a bola com balizas que não tinham poste e muito menos barra!

6.11.11

OBRAS NA RUA

 Aqui termina a Rua Braz Carvalhão

 A Rua Braz Carvalhão termina ali ao fundo, junto ao poste que suporta os fios da luz (EDP). Vindo da Rua do Carvalhão entramos na Rua Braz Carvalhão temos que ter forças nas pernas para continuar até ao fim do arruamento. E já há bastante tempo que as pessoas da aldeia sentem e falam da necessidade de continuar esta rua até se encontrar com a Rua do Cabeço, mesmo ali junto à casa do senhor Mário e da sua oficina de serralharia, que depois nos leva ao antigo quartel da Guarda Fiscal.
 Todo este espaço ao lado direito do muro de cimento foi cedido pelos seus donos, aquando da construção das suas casas, para permitir a abertura da rua, deixando terreno suficiente para se abrir uma via normal e direita.
 O tempo foi passando e o novo arruamento nunca saiu das intenções das pessoas, apesar da grande utilidade e mais valia para a aldeia e em particular para os donos das terras desta zona. Tudo foi deixado fazer, ninguém alertou para a posição da casa que aqui foi construída.


  A foto mostra o erro de construção, pois este arruamento é estreito, não tem continuação e logo não tem ligação com aquele espaço que os outros senhores quiseram deixar livre para a eventualidade de alguma vez a Junta decidir abrir uma rua. Mas como se pode observar, ao lado direito desta casa há ainda terreno para alargar a rua. Interrogo-me porque razão essa opção não foi tomada pela Junta de Freguesia agora que decidiu construir o novo arruamento. E qual a razão deste acesso empedrado e pago pela população da aldeia e que apenas beneficia aqueles que agora se recusam a ceder terreno?



 Esta casa está, a meu ver, mal alinhada pelo espaço de terreno deixado pelos outros proprietários, por exemplo, pelos meus familiares, que na altura pensaram e bem, deixar espaço para futuramente construir-se uma rua como deve ser.

E AS OBRAS COMEÇARAM...mas o que vi, não vai ser assim

Foi o que eu ouvi falar em Outubro. Estive no local e surpreendeu-me a curva da nova rua. Mais tarde, fiquei a saber que a rua vai mais para baixo, alguém não concordou com o traçado e quer que o "mal" seja dividido por todos. Ou seja, a coisa é assim como que "se eu fico sem uns metros de terra, o outro também tem que dar o mesmo terreno"! E as obras estavam assim:








Não sei como vai ser o traçado desta rua, mas tudo isto podia ser evitado. As ruas antigas são como são e todos sabemos que às vezes estreitam demais para alguns tipos de viaturas que actualmente circulam na aldeia. Novos arruamentos têm que ser mais bem pensados e há que fazer um trabalho de sensibilização à população para que estas situações não se repitam. Vamos ver no que esta obra vai dar!