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MALCATA: NATAL SEM PINHEIRO

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     Fui apanhado de surpresa pelo ruído das motoserras que naquela manhã de sábado se ouviam na freguesia. Uma pessoa amiga disse-me que estavam a cortar o pinheiro existente no jardim da junta. Também me contou que a Junta de Freguesia estava a cortar a árvore por causa dos estragos que está a causar ao “muro e aos canos da rua”.    Sou contra o abate de árvores e a favor da floresta, dos espaços verdes e das relações sensatas entre o homem e o arvoredo em geral. O pinheiro manso começou por ser uma das árvores daquele espaço e hoje parece que se transformou num problema. Naquele tempo em que ali foi plantada, com as crianças a ajudar, todos pensaram na sombra e na beleza que a árvore iria oferecer.     Por muito boa intenção e vontade que eu possa ter, não devo plantar ou mandar plantar uma árvore em espaços públicos. Esta acção requer algum cuidado e o respeito pelas leis em vigor. É que nem todas as árvores são as adequadas para serem plantadas nos espaços urbanos, as distâncias t

VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO AMBIENTAL DE MALCATA

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Contra as espécies de crescimento rápido que invadiram a serra    No seu livro “Malcata e a Serra”, José Rei apresenta-nos uma proposta para valorizar a serra e o povo de Malcata, que se pode também aplicar às outras aldeias que estão próximas da serra da Malcata.    Passo a apresentar, então a proposta de valorização do património ambiental da serra da Malcata:    “A nossa proposta assenta numa valorização que passa pela sua ligação à vivência das populações e às expectativas de todos aqueles que visitam a nossa região.    A defesa do nosso património ambiental passa pela sua valorização que deve ter em atenção os interesses do povo e admitindo um certo desenvolvimento baseado nos parâmetros convencionados pela modernidade.    Mas como conciliar desenvolvimento com preservação?    Será isso viável?    Talvez! Possivelmente através de um ordenamento do território que entre em linha de conta com os interesses das pessoas que vivem e residem em Malcata, como também com a te

ENERGIA E POLÍTICA

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Nestes últimos anos muito se tem escrito, falado e muito se tem desenvolvido em Portugal a energia eólica. Aos poucos e poucos as serras vão-se transformando em "pólos industriais" a que vulgarmente chamam de parques eólicos. E desde o início que a energia eólica é-nos apresentada como uma energia verde, uma energia amiga do ambiente e das pessoas. Henrique Neto, empresário, fundador da Ibermoldes, a propósito da energia eólica escreveu este texto no Jornal de Notícias, em Dezembro de 2010: ENERGIA E POLÍTICA " A energia eólica está a ter um grande crescimento entre nós apenas porque houve um secretário de Estado do Governo de António Guterres fez essa opção, atribuindo à decisão um subsídio do Estado muitíssimo lucrativo para as empresas produtoras, que avançaram em força motivadas pelos lucros relativamente fáceis. Sem que tivesse havido a preocupação equivalente com o conhecimento técnico necessário ou com o desenvolvimento da conveniente capacidade industrial. Tra

TODOS POR MALCATA

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Malcata continua a ser notícia na comunicação social. Ultimamente tem-se escrito muito sobre o aumento do número de torres eólicas à volta da aldeia. Sabemos que alguns residentes em Malcata estão de acordo e afirmam que até são uma mais valia para a terra, são sinal de desenvolvimento e vieram valorizar terrenos que nada valiam. As eólicas não apareceram do dia para a noite, mas foram implantadas aos soluços e hoje já contamos 19 e querem instalar mais 6, desconhecendo se a coisa fica por aqui. Como é que a população da aldeia de Malcata tem lidado com a industrialização dos seus montes? Os residentes em Malcata são quem mais estão incomodados com a presença das torres metálicas, bem visíveis de qualquer canto da povoação e que a ninguém passam despercebidas. Daí existir mais  oposição dos habitantes de Malcata em relação os habitantes do Meimão. Já pensaram o que será daqui a 20, 30 ou 50 anos? Quando as torres eólicas ficarem obsoletas e já não derem lucro e for necessário de

TODOS JUNTOS POR MALCATA

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EXPANSÃO DO PARQUE EÓLICO EM MALCATA DOCUMENTAÇÃO OFICIAL Fonte:  http://siaia.apambiente.pt/AIA1.aspx?ID=2698 Nota: clicar nas imagens para melhor leitura. Carta assinada pelo nosso Presidente de Junta, senhor Vítor Fernandes, enviada à Agência Portuguesa do Ambiente, conjuntamente com a lista das assinaturas ( uma de outras posteriormente enviadas ):  Lista das 61 pessoas que se opõem ao Sobreequipamento do Parque Eólico de Penamacor 3B                                         ( São contra a instalação de mais 6 torres eólicas)  O Movimento "Malcata Pró Futuro" afinal não se restringe a meia dúzia de pessoas! Curioso é ver a forma de assinatura das duas últimas pessoas, pois, muito dignamente e com uma atitude de autênticos malcatenhos de alma e coração, usando a sua assinatura  através das suas impressões digitais, deram um exemplo de cidadania e de saber viver que muitos dos que sabem ler e escrever ignoram.

NÃO A MAIS EÓLICAS EM MALCATA

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   Não sou contra as energias renováveis e amigas do ambiente, logo não sou contra os parques eólicos. O que não entendo é a localização de alguns desses parques eólicos e de algumas decisões tomadas quanto à expansão desses mesmos parques.    As 19 torres eólicas que avistamos nos montes de Malcata parece que vão ganhar mais 6 novas espécies e desta vez ainda mais altas e mais perto das habitações da aldeia.    Malcata, terra conhecida pela Reserva Natural da Serra da Malcata, cujo 31ºaniversário da sua criação foi recentemente lembrado a 16 de Outubro, está a passar por momentos difíceis no que respeita ao seu ambiente natural. Hoje todos sabemos que o Lince Ibérico escapou para as florestas espanholas e por Malcata restam algumas memórias que os mais velhos guardam desses outros tempos. Os habitantes de Malcata ainda não esqueceram a acusação que sobre eles foi feita quanto à destruição e descaracterização da serra provocada pelo fabrico do carvão, pelo corte de madeira, pelas caçad

OS RUÍDOS QUE INCOMODAM E NÃO SE OUVEM

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OS RUÍDOS QUE INCOMODAM E NÃO SE OUVEM    O sobreequipamento, ou ampliação, do Parque Eólico de Penamacor 3B, fica localizado na freguesia de Malcata, concelho do Sabugal e da freguesia de Meimão, no concelho de Penamacor. Estas duas freguesias vizinhas e amigas estão actualmente rodeadas pelos moinhos eólicos. Dada a localização das duas aldeias, Malcata está muito mais próxima das torres eólicas que a população do Meimão. Tendo em conta que as 19 torres eólicas que actualmente constituem o parque eólico estão mais próximas  das habitações de Malcata, os moradores desta pataca aldeia beirã estão em polvorosa e a perder a paciência porque a empresa promotora do parque eólico quer instalar mais 6 torres eólicas, agora ainda mais perto da povoação. E pelas notícias que me chegaram, as movimentações já começaram a sentir-se e os malcatanhos preparam-se para se oporem, cada vez mais, ao projecto do aumento do parque eólico.    Os moradores de Malcata que se interessam e preocupam co

MALCATA: ESPAÇO NATURAL FRONTEIRIÇO

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   O Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial, AECT-Duero-Douro, para além do programa já muito falado das cabras "bombeiras", o Self Prevention, tem em mãos outro importante projecto a que deram o nome de "Fronteira Natural" que tem como objectivo a recuperação integral e sustentável das áreas naturais do seu território de actuação.    Numa primeira fase o projecto iniciou-se com a identificação das necessidades ambientais tendo-se para isso identificado os espaços rurais degradados e também a detecção das necessidades de espaços públicos urbanos. A seguir, desenvolve-se o Plano Municipal de Actuação Ambiental Integrada, que inclui o programa "Uma necessidade, uma actuação", pelo qual se procede à restauração dos primeiros 65 espaços degradados segundo a ordem estabelecida no Sistema de Intervenção Prioritária, estabelecendo um concurso de conservação rural ambiental. A última fase será a Gestão e Coordenação, garantindo a eficácia e eficiência do

MALCATA: NINHO DE CEGONHA

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   O ano passado, nas primeiras semanas de Março, um casal de cegonhas escolheu a aldeia de Malcata para nidificar.Chegaram e ocuparam a chaminé da casa do Ti Zé Manel da Ti Mari Recta, onde permaneceram até que as duas crias estivessem em perfeitas condições para voar em liberdade pelo nosso país fora. A rua da Barreirinha e a casa do Ti Zé Manel estiveram durante todo este tempo sob vigilância de toda a aldeia, tendo sempre respeitado a vida familiar desta aves. Eu também tive a oportunidade de presenciar o voo magnífico deste casal de cegonhas pelos céus azuis da aldeia. E que espectaculares eram aquelas aproximações ao ninho! Não precisavam de radares, de luzes de aproximação como nos aeroportos. As cegonhas lá do alto desciam, desciam e poisavam lentamente no ninho.    Um dia aconteceu a hora de partida das cegonhas e dos dois filhotes deixando intacto o ninho que os acolheu. A Junta de Freguesia e o Ti Zé Manel souberam respeitar esta classe de aves e com todo o cuidado procedera

O CÔA DOS DESENCANTOS DE ALGUNS

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Foi assim que eu vi as águas do Rio Côa, aquele que passa ao lado do Castelo do Sabugal, o único com uma torre de cinco quinas.    E se as imagens não são esclarecedoras, aqui vai um pequeno filme feito na manhã de 23 de Julho :     A poluição é visível a quem olha para o leito do rio. Essas substâncias oleosas vêm de algum lado, disso ninguém pode duvidar. Há que investigar e acabar com este atentado ao meio ambiente. E já agora, para quando a requalificação das margens do Rio Côa? Tanta beleza natural desperdiçada e sem utilidade para as pessoas que bem podiam passar uns momentos agradáveis à beira rio, desfrutando de um passeio, de uma sombra ou simplesmente ver as pedras polidas no fundo do rio e ouvir o chilrear dos pássaros.

PATRIMÓNIO DE MALCATA

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DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS Em Malcata encontra este património e muito mais. As imagens falam por si mesmas. A mensagem é só uma: O património rural inserido numa paisagem cultural requere esforços de protecção e conservação. O Homem, mesmo aquele que nasce, vive e morre na aldeia, tem direito a usufruir de uma vida num meio patrimonial e ambiental harmonioso. Malcata merece.