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OS FORNOS DE COZER PÃO EM MALCATA

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   O pão foi durante muitos anos tão importante na vida das pessoas como era ter boa saúde. Ainda hoje é um alimento presente em todas as casas e refeições.  Para haver pão à mesa, não precisamos de ter nas nossas casas um forno. O número de padarias é grande e o pão podemos comprá-lo em muitos estabelecimentos ou sair de casa e esperar pela carrinha do padeiro, que percorre as ruas da nossa aldeia a vender pão e outros produtos de fabrico diário.    Mas é preciso dizer que noutros tempos, para haver pão na mesa lá de casa, a minha mãe, primeiro tinha que semear o grão, ceifar, malhar, entregar ao moleiro e depois de moído, a farinha ainda se tinha de amassar, deixar levedar e combinar o dia para o cozer no forno. Muitas voltas que se davam para o pão ficar cozido no forno do Rossio, não é verdade?    Os ventos trouxeram mudança de hábitos quando as pessoas abalaram para fora da aldeia. A povoação ficou cada vez mais espaçosa e sem pessoas com vontade de continuar todo este longo ciclo

O PÃO DAS BOCHAS

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Bocha de pão ainda em crescimento         Todos conhecemos a importância do pão na alimentação. Conheço até quem não coma a refeição se faltar pão na mesa. Hoje para comer uma fatia de pão não dá lá assim muito trabalho, há muitas padarias próximas de Malcata que diariamente nos levam o pão a casa. Antigamente era necessário pôr mãos à obra e começar a trabalhar em  Novembro para em Junho ou Julho se poder ceifar o pão, malhá-lo, entregar as sacas ao moleiro e depois marcar um dia para o cozer no forno do povo.     Sendo eu filho de Malcata e não sendo a minha família muito abastada em terras agrícolas nem por isso deixou de semear pão e trigo, nomeadamente ao Poceirão e na Relva das Casas, terrenos cuja área e clima eram propícios para cereais.    José Rei, no seu livro "Malcata e a Serra" no capítulo "As actividades de subsistência" na página 44 dedica a sua atenção à Ceifa. Durante os meses de Junho e Julho poucas horas de descanso havia para as gent

O FORNO DO POVO: ENCONTRO DE SABERES

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    Em todas as aldeias havia o forno do povo onde as pessoas coziam o seu pão. E Malcata lá teve durante muitos anos o seu forno do povo e outro forno muito utilizado também por muita gente da aldeia. O forno público era o do Rossio, felizmente recuperado e pronto a ser usado sempre que é necessário. O outro forno estava localizado na Rua da Moita, ao lado da casa da Ti Narcisa, mesmo ali ao início da rua, do lado direito em direcção à Moita. Forno do Povo ( Rossio ) recuperado Os dois fornos eram aquecidos com lenha que os lavradores acarrejavam dos montes com os carros de vacas. Carregavam gestas, carvalhos, freixos, urgueiras, carquejas e guardavam a lenha numa divisão anexa aos fornos, ficando abrigada da chuva e assim estava sempre seca para melhor arder quando fosse enfiada no interior do forno. Porta do Forno do Povo recuperada ( Rossio )    O pão era levado para o forno, por mulheres, num tabuleiro de madeira, normalmente em madeira de castanho, envolto em pan

FESTA DA CARQUEJA EM MALCATA 3

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O Jornal Cinco Quinas também esteve presente na Festa da Carqueja em Malcata. Cedo, muito cedo, as pessoas começaram a amassar, a carregar as maceiras para o forno, que um grupo de pessoas já tinham aquecido com a lenha vinda da serra. A aldeia parece ter regressado ao princípio deste século. É com estas iniciativas e com estes trabalhos jornalísticos que preservamos o nosso património imaterial da aldeia. Obrigado Cinco Quinas.