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22.11.22

PERGUNTAR NÃO OFENDE

 Quando escrevo sobre a nossa freguesia pretendo apenas emitir a minha opinião e contribuir para o desenvolvimento da freguesia, ajudar a que as pessoas se unam, em nome de melhor qualidade de vida para todos. E já que os malcatenhos vivem calados, falam, mas muito baixinho, não querem ser incómodos e desagradáveis com o poder instituído, vou dando voz aos que a não querem usar.

   É realmente triste verificar que na nossa aldeia, muitas placas toponímicas estão partidas, com as letras sem tinta, algumas das ruas não têm as placas, as casas em ruínas para não cair pedras para a rua, chapadas de cimento e basta. Como se pode ver, há situações que não estão bem e como tal, têm que se falar delas, pois se ninguém o fizer, as vergonhas continuam escondidas e não vem à tona, não são do conhecimento de todos os malcatenhos.

       É preciso e é importante saber o que se passa na freguesia. E por isso faz falta saber e falar das coisas boas e falar também das que estão menos bem e que devem ser corrigidas. Como perguntar não é para ofender, há perguntas que se repetem.


   











 Volto a fazer esta pergunta: quem é o dono do rebanho das cabras sapadoras? É a Junta de Freguesia ou a Assembleia de Compartes? O que todos sabemos é que a Assembleia de Compartes delegou a administração dos baldios da freguesia no executivo da Junta de Freguesia. Como não sei o que se tem passado nas Assembleias de Compartes, tenho algumas dúvidas quanto aos últimos desenvolvimentos relativos à exploração dos baldios, através da introdução das cabras. Trata-se de um projecto importante e com interesse para toda a freguesia.





  

  
   Quem tem conhecimento dos acordos assinados entre a Assembleia de Compartes e a Junta de Freguesia? Como está planeado a exploração do rebanho? Quais os deveres e os direitos de cada entidade? Em que ponto está a primeira fase da exploração caprina?
   Como podem reparar há muitas perguntas cujas respostas eu não sei e penso que muitos dos malcatenhos estão como eu. Ficamos à espera que nos respondam? Eu assim vou fazer.
                                         José Nunes Martins



21.12.11

CANTO E CORELA

Os nomes dos lugares, sítios, caminhos, ruas, becos, travessas, praças, avenidas ou de quaisquer outros espaços urbanos ou rurais constituem uma referência, quase sempre associada à história da localidade, que importa preservar como património cultural. Por vezes, o topónimo tem um valor expressivo de singular beleza e profundo significado. Alguns nomes de lugares sofreram alterações, consoante as designações do povo ou os registos escritos. Mas outros persistiram, sobretudo porque, consensualmente, a população os aceitou e os transmitiu às gerações seguintes.
 
   Os topónimos constituem, pois, marcas de identidade que merecem ser salvaguardadas.
   Na actualidade, a Junta de Freguesia confronta-se com a necessidade imperiosa de dar nome a todas as artérias da aldeia, para mais eficaz localização dos domicílios. Nesta tarefa de atribuição de nomes, há, no entanto, que respeitar as antigas designações e incorporá-las nos novos arruamentos e não, precipitadamente, colocar nas placas toponímicas ilustres desconhecidos ou com reduzida projecção local.
   Além disso, compete à Junta de Freguesia zelar para que as placas toponímicas das ruas sejam claras, sem erros ortográficos e facilmente compreendidas por toda a gente, mesmo as pessoas que venham à aldeia de Malcata pela primeira vez.
   Hoje venho chamar a atenção para dois casos que podem levar os menos atentos ao engano.
                                       
CASO 1


                             A) Rua Canto? Esta rua sempre foi conhecida pelo nome de Rua do Canto.
                             Ora bem escrito é o nome da Rua da Fonte. É um pormenor, mas um pormenor importante porque a preposição de ou a sua contracção com o artigo definido do, da, dos, das, podem alterar radicalmente o significado de um nome de rua, avenida ou qualquer topónimo.
                              B) Qual é a Rua Canto ( Rua do Canto ) e qual é a Rua da Fonte ? Eu que conheço a aldeia não me engano. O mesmo já não digo de uma pessoa que venha à procura de uma destas ruas. O mais certo é ter que perguntar a alguma pessoa que viva na aldeia.

CASO 2

   Ora neste segundo caso, temos uma placa toponímica bem colocada a indicar o início do Beco da Corela. O mesmo já não acontece com a placa colocada para informar o seu fim. E isto mais complicado fica quando quisermos percorrer este arruamento. Se iniciarmos o passeio pela Rua do Carvalhão, quando chegarmos junto à casa da família do senhor António Rato ( TiTó) damos conta que só podemos continuar a caminhar até à Rua da Fonte, mas passando ao lado da casa da família da minha Ti Esperança. Ora, a outra placa, ali ao lado da casa da família do senhor Raúl Coelho não tem ligação com a casa da família referida atrás. Ou será que há dois "Becos da Corela"? Na minha infância os garotos da minha idade quando queriam jogar a bola combinavam encontrar-se na Corela. Lembram-se daqueles jogos de bola ali naquela terra ao lado da casa da Ti Dulce e do Ti Coelho? Mesmo com uma inclinação do terreno, as duas equipas chutavam na bola e não faltava entusiasmo. Esta era a Corela que pertencia ao Ti João...não me lembro do apelido. A outra terra, que actualmente está ocupada com moradias, além de castanheiros, servia de eira para colocar o centeio no tempo das malhas.


 Beco da Corela ( pela Rua do Carvalhão )


 Beco da Corela ( Pela rua da Fonte )
   Também tenho a dizer que as placas toponímicas já estão colocadas há uns anos e estes dois casos não é da responsabilidade da actual junta. Mas uma vez que é a Junta de Freguesia a entidade responsável pela sua manutenção e conservação, convinha que corrigissem estes pequenos erros.
   Ainda um dia voltarei ao assunto dos jogos de bola na Corela. Talvez o Mário, o Zé Manel, o Tó, o Vitor, o João, o Fausto, o Carlos, o Manel da Corela...me ajudem a lembrar esses campeonatos de jogar a bola com balizas que não tinham poste e muito menos barra!