A requalificação do
adro penso que é pacífica para a maioria das pessoas de qualquer aldeia. E no
caso do nosso adro da igreja paroquial, vai ficar mais amplo, mais desafogado e
mais aberto e coloca a nossa igreja mais em harmonia com o espaço
envolvente. Para que isso seja assim, os
familiares que eram os donos legítimos da casa que vai ser demolida, por muitas
saudades e nostalgias possam ainda sentir, merecem um agradecimento e
consideração de todos.
Quando foi apresentada a ideia da
requalificação do adro, todos os que participavam na reunião concordaram e
apoiaram a iniciativa. A intenção e as ideias para as obras que ali irão
decorrer, devem ser coordenadas por pessoas credíveis e com experiência na área
de planeamento e arquitectura. Um dos elementos que vai fazer parte das obras é
uma escultura alusiva aos carvoeiros de Malcata. Esse elemento tanto pode ser
uma estátua, como até um painel exposto e integrado num suporte, por exemplo,
na parede da casa que vai ali
continuar a existir e que tem entrada pela Rua da Ladeirinha. Assim se pode
transformar o adro valorizando o património da freguesia. Como sabem, o adro
noutros tempos era o palco das festas, da arrematação de bens para as pagar,
era lugar de encontro e conversas. Hoje é um espaço vazio, confinado e sem
grandes vistas para o horizonte. Tal como no passado, acreditamos que depois
das obras,
voltaremos a ter ali um espaço de encontro, de conversas, de manifestações
culturais.
O adro para além do seu símbolo
religioso que representa, ao ter melhores acessibilidades das pessoas à igreja,
à Casa Mortuária e sanitários, vai também servir de homenagem aos carvoeiros,
uma das actividades que tanta dinâmica e importância trouxeram à freguesia.
O primeiro passo já foi feito com a compra da casa que vai ser demolida.
O local já mereceu a visita de uma arquitecta credenciada e bem-conceituada
neste género de obras. Depois de reunir com a AMCF e a Fábrica da Igreja,
estando presentes todos os membros, incluindo o sr. Padre Eduardo, mesmo
debaixo da chuva, fomos visitar o lugar e recolheu informações e imagens, que
mais tarde a ajudarão na elaboração do projecto. Falta só dizer o nome da
arquitecta que, achamos ser uma boa escolha: Andreia Garcia Rodrigues.
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quarta-feira, 14 de maio de 2025
MALCATA: A PROCISSÃO VAI NO ADRO
domingo, 23 de março de 2025
ARES DE MUDANÇA EM MALCATA?
Malcata está a ficar diferente, está transformada numa aldeia onde há casas recuperadas, umas do agrado de todos, mas outras só os seus donos parece gostar. Também alguns dos monumentos da freguesia mudaram de feições, alguns mudaram também de poiso, como é o caso do Cruzeiro de São Domingos e o Nicho da Senhora dos Caminhos. Este último caso foi mesmo destruído, esbarrondado pelas máquinas que andavam a trabalhar nas obras da barragem da Sra. da Graça (muitos era este nome escolhido), mas a mando de quem estava na Junta de Freguesia, penso eu que assim foi! Ainda pensei que esse nicho tão invulgar e tão respeitado pela população, fosse deslocado do lugar onde foi construído para não se perder aquele património e respeitar as crenças religiosas dos habitantes da aldeia. Assim pensava eu, por isso, quando visitei a aldeia pela primeira vez depois das obras de desmatação e limpeza da futura albufeira, apercebi-me que o nicho da Senhora dos Caminhos tinha desaparecido do local onde sempre o vi, que era a uns metros antes da ponte, no lado direito da berma da estrada para quem sai da aldeia e vai em direcção ao Sabugal ou Santo Estevão.
Eu ainda pensei “se
não está aqui, devem-no ter levado para outro lugar”. Pensei ainda “foi mais para cima daqui”.
Mas não, o nicho
antigo desapareceu e foi mandado fazer outro nicho, novo mas completamente diferente,
construído com pedra de xisto e granito, sendo a obra principal e central do
novo jardim que ali nasceu. Este novo nicho foi uma oferta dos mordomos da
Senhora dos Caminhos, que em 2004, se a memória não me falha, decidiram avançar
com a obra e cuja inauguração veio a tempo da festa.
Como tratam de ti,
minha Malcata!
O que havia na
aldeia era simples, mas único e não conhecíamos coisa igual aquela. E não
pensem que não gosto do novo nicho, é apenas a constatação de um facto que
transformou para sempre a aldeia, neste caso, um mau exemplo daquilo que deve
ser a preservação, manutenção e respeito por aqueles que nos precederam,
pessoas dedicadas, trabalhadoras e crentes em fazer o melhor para todos.
José Nunes Martins
segunda-feira, 8 de julho de 2024
OBRAS VÃO CONDICIONAR O TRÂNSITO EM MALCATA
240 DIAS COM TRÂNSITO
CONDICIONADO
PARA MALCATA
AVISO COM IMPORTÂNCIA A QUEM CIRCULAR
NA ESTRADA MUNICIPAL PARA MALCATA
A Câmara Municipal do Sabugal publicou este aviso:
A PARTIR DE 8 DE JULHO DE 2024 ATÉ 10 DE JANEIRO DE 2025 o trânsito na estrada de Malcata
vai manter-se condicionado por causa das obras da instalação dos tubos para abastecimento de água
da rede pública à nossa aldeia.
Saiba mais aqui:
https://www.cm-sabugal.pt/aviso-execucao-de-adutora-a-malcata/?fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTAAAR07UMNvwywMlgrmqHJFFDJjJMi_AvnbnWD4JPtH5hq1Rw8uEVaM7T52W0k_aem_jAKTX-59_InZ3i6f_71ZBg
Neste aviso da Câmara Municipal do Sabugal vem, em anexo, alguma informação que, dada a sua importância, deve ser amplamente divulgada.
A empreitada é longa, tendo um prazo previsto de 240 dias. A sinalização da obra vai acompanhar o andamento da mesma. Segundo foi decidido a obra é para começar no princípio da estrada, à "placa" e acompanha o traçado da via até passar a ponte sobre a albufeira da barragem e sempre pela berma da estrada, quando isso o permitir.
A entrada e saída de viaturas vai acontecer muitas vezes. Circular com cuidado mesmo quando for avistado o "sinaleiro".
Os sinais de trânsito condicionado também vão contribuir para a segurança de todos.
Para mais informações, ou qualquer outro esclarecimento,
contacte a Divisão de Obras e Serviços Municipais do Sabugal, através do
seguinte contacto telefónico: 271 751 040.
terça-feira, 23 de janeiro de 2024
MALCATA: OBRAS NA RUA DE BAIXO
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Rua de Baixo condicionada ao trânsito durante as obras de drenagem das águas.Esta é a última notícia divulgada pela Junta de Freguesia de Malcata: |
AVISO | No âmbito da empreitada "Requalificação da rede
pluvial e drenagem da água do tanque - Rua de Baixo - Malcata", vimos
comunicar que será condicionada a circulação rodoviária, a partir do próximo
dia 22 de janeiro de 2024 (segunda-feira), nas condições descritas na planta em
anexo. Durante o período de 15 dias a sinalização temporária permanecerá no
local, sendo monitorizada pela empresa adjudicatária.
Agradecemos a sua compreensão face aos incómodos causados
Link para ficheiro: https://www.jf-malcata.pt/ficheiros/fic32_1705926885.pdf
sábado, 28 de janeiro de 2023
MALCATA: OS HOMENS PARTEM E AS OBRAS PERMANECEM
Lar na freguesia de Malcata
Na nossa aldeia, todos ou quase todos,
se conhecem, sabem o nome e a família uns dos outros. Ora para quem sabe estas
coisas, é uma vantagem em relação aquelas pessoas que sendo naturais da mesma
terra, cedo foram viver para fora da freguesia. No meu caso, por ter saído,
tinha eu doze anos, mesmo a regressar à aldeia nos períodos de férias escolares, não é
fácil relacionar as pessoas e as famílias a que pertencem.
A saída de gente da nossa terra ainda hoje acontece. Continuam a ficar os mais idosos e quem nunca lhes passou pela
cabeça deixar o seu canto. Com naturalidade encontramos pessoas a viver
sozinhas, os filhos já casados e pais de filhos vivem e trabalham longe, nas
grandes cidades portuguesas e francesas.
Em boa hora nasceu o lar. Esta instituição
presta serviços básicos quanto a cuidados de higiene e saúde, alimentação e
apoio social. São os funcionários do lar que, nas visitas diárias aos idosos
que solicitaram os Serviços de Apoio Domiciliário que alertam para as
necessidades diárias, são muitas vezes a única visita a casa, levam as
refeições e a roupa lavada, limpam a casa de habitação, vigiam a tomada de
medicação, são os anjos desta gente. Se o lar encerrar ou interromper o serviço
que presta à população idosa, as consequências seriam catastróficas e a paz e a
tranquilidade dos familiares destes idosos, seriam seriamente abaladas.
Em boa hora, o grupo de pessoas
liderados pelo Carlos Clemente, decidiram avançar com a construção do lar da
freguesia de Malcata.
segunda-feira, 18 de abril de 2022
O QUE VAI ACONTECER AQUI?
Caso 1- Não há aviso nenhum para alertar os condutores do perigo que ali existe. Nas duas vezes que estive na aldeia vi o que se passa na Rua Braz de Carvalhão. Quando comentei com um conterrâneo a situação, fiquei informado que «só vão arranjar aquilo quando deixarem de passar os camiões com materiais para as obras lá para cima»!
«Aquilo são pedras soltas da calçada e areia e já toda a gente sabe que está assim»! - atalhou outra pessoa que ali descia a rua, contornando o perigo.
Para mim, a situação está clara e mostra a forma como a autarquia trata destas questões. Não haverá uns sinais que usam nas obras ou nas vias públicas para alertar o cidadão e os motoristas que passam ali? Os autarcas até podem pensar que só um maluco passa de forma a calcar os paralelos soltos, a sua obrigação é desviar-se e continuar viagem como se nada fosse. A verdade é que se trata de uma via pública, sendo dever da junta manter a rua em total segurança. A junta de freguesia tem a obrigação de resolver aquela situação perigosa, quanto mais rápido melhor, nem que deixe para mais tarde a atribuição e responsabilização dos custos da intervenção.
+++
Caso 3 - A falta de informação quando se começa uma obra é uma
prática generalizada. Claro que qualquer pessoa percebe que andam a fazer obras
na freguesia, porque vemos máquinas, ferramentas e materiais de construção que
os operários precisam para trabalhar. Onde está o painel de informações
relativas às obras em curso?
Esburacar ruas, colocar uma ou outra barreira
metálica e sinais de informação de obra na via pública não chega. Eu tenho a
certeza que a autarquia sabe que em todas as obras têm que ser respeitadas e
cumpridas as normas de segurança, higiene e em todas deve ser colocado em local
visível ao cidadão, um painel informativo sobre a obra em causa.
Mas esta falta de informação encontro-a pelo concelho todo. Dá para perguntar,
se a mentalidade dos políticos e dos construtores pode ser posta em causa?
Informação à vista, sem necessidade de perguntar mas apenas encontrar e ler,
saber o objecto da obra, o preço que vai custar, os prazos de execução que foram
acordados para acabar a obra, etc. . . .
E se aos particulares obrigam a colocar avisos com informação sobre a obra, sendo de lei, também as obras públicas devem respeitar.
Termino como comecei: a informação nas
obras é útil e faz falta ao cidadão. Senão vejamos estes três exemplos onde a falta de informação (AVISO) está em falta:
Foto A - Obra da Estrutura Caprina ? |
Foto B - Obras de pintura? |
Foto C - Escritório para promotora de obra? |
Será que eu sou a única pessoa que fica escandalizado com a pouca-vergonha de algumas construções e obras no nosso concelho, em especial na nossa freguesia? A falta de informação quando começa uma obra é uma prática generalizada e como isso se repete em muitas das obras, o cidadão comum acha normal e nem se dá ao trabalho de saber de informações a que tem direito e até para o caso de ter necessidade de intervir na defesa da coisa pública ou pessoal.
Eu estive lá e vi que nestes casos estava em falta informação relevante. Parabéns ao dono da obra particular que está devidamente avisada!
O que vai acontecer aqui?
José Nunes Martins
domingo, 10 de outubro de 2021
BEM VINDOS À FREGUESIA DOS BURACOS
Rua da Fonte, em Malcata |
Há nova atração: buracos nas ruas.
O buraco da Rua da Fonte já conta com um mês de vida. A nossa aldeia passou a poder organizar umas caminhadas pelas ruas para dar a conhecer a localização dos buracos...é claro que eu e vós, sabemos que uma ruptura numa conduta de água pode ocorrer a qualquer altura do dia ou da noite. Depois de reparada a avaria, o mais lógico é repor o piso como estava antes, ou seja, tapar bem a cratera e colocar novamente os cubos de granito. A realidade é que não é isso que está a acontecer em Malcata. Cada dia que passa, aumenta o número de buracos nas ruas. Sabemos quem os abriu, mas há um desinteresse total para os tapar devidamente. Onde andam os fiscais das obras?O cidadão paga impostos para quê? Já vi buracos a ser abertos e imediatamente a serem fechados, deixando a rua como estava, mas não foi na nossa terra. Disseram-me que só quando a terra estiver bem calcada é que recolocam os paralelos...
Senhores da Junta de Freguesia e da Câmara façam o vosso trabalho e façam com que estas situações sejam resolvidas o mais breve possível; acabem com o martírio dos malcatenhos e daqueles que vêm a Malcata.
Fotos:
Rua do Soitinho |
Rua da Escola Primária José Nunes Martins |
sábado, 25 de janeiro de 2020
AJUSTES DIRECTOS COM O POVO
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Ajustes Directos |
Como já se aperceberam, a Freguesia de Malcata adjudicou duas obras. São duas obras de grande vulto e importantes para a nossa freguesia. Há muito que são inseridas nas promessas eleitorais, mas por razões que se desconhecem não têm passado disso, de promessas. Bem desta vez alguma informação já é conhecida. Mas essa informação é tão escassa e tão irrelevante que me deixa preocupado. Basta constatar a ausência dos cidadãos nas reuniões da assembleia de freguesia, o lugar certo para esclarecimentos sobre a vida autárquica. E se o cidadão não pergunta, não coloca as suas dúvidas e sugestões é porque tudo está bem. Eu não penso dessa forma e já até já sugeri a realização de uma reunião pública para a Junta de Freguesia informar devidamente todos os cidadãos acerca das obras que vai realizar. Refiro-me mais concretamente à empreitada do "Centro Interpretativo do Lince" e aquele rebanho de cabras sapadoras "Cabras Serranas". Sendo duas obras de grande vulto para a freguesia, prometidas em várias campanhas eleitorais e se a estas juntarmos a "Sala das Memórias", sendo todos projectos comunitários, não acham que o povo devia estar mais esclarecido, mais envolvido nestes projectos? É que contrariamente ao pensamento e convencimento do senhor presidente, o povo pouco ou nada sabe acerca destas obras. E há perguntas cujas respostas podem levar a mais perguntas cujas respostas são importantíssimas: onde e porquê ali e não aqui? Como garantir o sucesso do investimento? Por exemplo, parece que o Centro Interpretativo do Lince vai para junto do antigo quartel. Quais as razões desta escolha? Será um ponto de chegada ou um ponto de partida à descoberta ?
Eu tenho estas perguntas. Outros terão perguntas diferentes e ideias diferentes, mas obras desta envergadura e importância, devem ser apresentadas, discutidas e esclarecidas antecipadamente e com abertura do poder local. Se este meu apelo tiver resposta positiva da junta e a participação do povo, então a freguesia sairá a ganhar.
José Nunes Martins
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
MALCATA: VAMOS CONVERSAR?
Malcata ainda continua a ser terra de emigrantes e de imigrantes. Porque será? Porque não mudam as coisas na freguesia, na nossa região? Há tanto território por explorar, penso até que a nossa freguesia ainda não aprendeu a aproveitar a sua riqueza natural, a sua natureza, o petróleo que muitos procuram e não encontram.
Malcata tem nome nacional e internacional porque criaram à sua volta a Reserva Natural da Serra da Malcata. Hoje a nossa aldeia possui dezenas de quilómetros de margem com água da albufeira e tem continuado a crescer de costas para o magnífico espelho de água. Malcata tem hoje nas suas mãos e ao seu redor mais condições para ser uma atração de investimentos. Basta pensar nas potencialidades que a albufeira da barragem e da Reserva Natural, naquilo que é hoje e o que pode ser no futuro. É tudo uma questão de visão e estratégia para contrariarmos o imobilismo, o deixar andar e quem quiser que apareça e meta as mãos na massa.
Sempre gostei de voltar a Malcata, de regressar às minhas origens, é a forma que eu encontrei para não deixar apagar as memórias do sítio onde nasci. É verdade que eu também abalei e deixei a aldeia. Cresci e tenho vindo a somar várias experiências profissionais, conheci muitas pessoas, andei por muitos lugares, molhei os pés na água do mar e brinquei com a neve lá para Espanha. Há pessoas que sabem onde vivo com a minha família e outras que nem sabem se trabalho ou se me reformei.
Nasci em Malcata e foi o local onde tudo começou. A minha vida tem sido dividida pela aldeia e pela área em redor da cidade do Porto, Matosinhos e às vezes, Viana do Castelo.
O novo ano começou com o acender da esperança de mudança e no querer acreditar que estamos bem orientados para a concretização dos dois investimentos que a Junta de Freguesia tem em mãos. Refiro-me ao rebanho das “Cabras Serranas” e ao “Centro Interpretativo do Lince”. E se a vontade não esmorecer, embalados pelo querer cumprir o prometido, agendamos uma visita à Sala das Memórias e entramos com mais largueza na Rua de Baixo.
A ver vamos e o que desejo, é que seja feita a vontade do povo, vontade assumida e alicerçada no diálogo, na informação objectiva e clareza que se exige nestas coisas de administrar a coisa pública para o bem-estar da comunidade.
José Nunes Martins
sexta-feira, 22 de novembro de 2019
OBRAS PÚBLICAS OU PRIVADAS?
Foto do Google Maps |
Como se processava a coisa? Primeiro, dizia o jornalista, “eram feitas as obras, apenas com o compromisso de boca dos autarcas. Depois, mais tarde, eram forjados os procedimentos de contratação pública destinados aos pagamentos”.
A notícia do jornal referia-se aos autarcas de um concelho que não é o do Sabugal. Mas esta forma de proceder faz-me lembrar as obras de calcetamento, sem especificar os nomes das ruas e as localidades, foram adjudicadas pela Câmara Municipal por ajuste directo. Lembro-me da intervenção de um presidente de junta numa das Assembleias Municipais, interpelar o senhor presidente do município as razões de tais procedimentos, pois, para esse autarca, o anunciar e adjudicar obras em grupo, ou seja, o arranjo de calçadas, era pouco esclarecedor e ninguém tinha como saber a que obra concreta se referia o ajuste directo. Daí que este autarca solicitava à Câmara para ser mais transparente e publicitasse com mais clareza essas obras e outras do género.
Em 2017, uns meses antes das eleições autárquicas, na nossa aldeia foram realizadas obras de arranjos e calcetamento que suscitaram alguma agitação e foi contestada por alguns cidadãos. Tratou-se de satisfazer um compromisso pessoal com um morador a quem a autarquia garantiu calcetar o acesso à sua casa e em troca garantir o apoio político? A obra foi feita por um empreiteiro e ninguém tem conhecimento dos custos e em que adjudicação está incluída.
Esta foi uma obra que foi contestada naquela mesma altura em que estava a ser feita. Infelizmente, parece não ser uma situação de excepção, dizem que já aconteceu mais vezes, noutras ocasiões e campanhas eleitorais. Tem sido, ao que parece, um dos esquemas utilizados pelos políticos que permite satisfazer os pedidos feitos por particulares, em contrapartida de apoios políticos. Se esta maneira de proceder assim é, somos levados a pensar que para além das juntas de freguesia, também o município e o seu departamento de obras estão em incumprimentos.
Só assim é que se pode entender algumas obras de calçadas nas nossas aldeias. E se a lei é igual para todos, eu pergunto porque é que a autarquia paga as obras de calcetamento, justificando-se, que pelo facto de possuir saneamento básico, aquilo que foi espaço privado durante anos, se transforma em via pública e toma decisão contrária numa outra obra da mesma freguesia e também com saneamento básico, hoje com calçada, mas paga pelos moradores desse lugar?
José Nunes Martins
quarta-feira, 14 de agosto de 2019
MALCATA: Associação Cultural e Desportiva em dia de FESTA
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ACDM-Sede |
Esta cerimónia da inauguração esteve programada para o dia 7 de Abril, mas por motivos alheios à direcção da associação, só agora serão inauguradas.
Como todos os sócios sabem, a sede da ACDM está a funcionar no edifício da antiga escola primária e é também o Salão da Junta de Freguesia de Malcata. A sala possui um palco de reduzidas dimensões e não tem uma cortina que é fechada para mudança de cenários, tempo ou final da apresentação. O espaço funciona como “multiusos”, ou seja, naquela sala tem sido possível servir almoços, jantares, jogar às cartas, ouvir cantar o fado, orientar workshops, ver filmes, bailes e festas de fim de ano, etc.,etc.
Ao longo dos anos os sócios lá se têm acomodado e pouco ligam, por exemplo, às condições de conforto ou de ambiente. Felizmente não é o único local da nossa aldeia onde as pessoas se encontram, por exemplo, para tomar um café, apesar de alguns estabelecimentos comerciais terem encerrado, ainda permanecem abertos quatro cafés e um minimercado. O meu receio é que, depois destas obras na sede da ACDM e outras que já se fizeram iguais noutras associações, para além de uma boa lareira, pouco mais interessou melhorar.
As obras ao que me disseram tiveram a ajuda da Câmara Municipal do Sabugal, tendo em conta a importância que a ACDM tem para a freguesia e da sua importância como ponto de união da aldeia.
Ora sendo aquele espaço também da junta de freguesia, com mais cuidado e visão estratégica se deve ter nos momentos de ali fazer obras.
Lembro que este ano é ano de eleições e que a prudência na propaganda de promessas de obra, inaugurações e soluções há muito aguardadas, devem fazer reflectir aqueles que exercem cargos públicos.
Não contesto as obras feitas e os atrasos, porque uma casa sem telhado não serve, uma sala de espectáculos sem um palco, sem luz e escuridão, sem uma plateia bem instalada em cadeiras confortáveis leva ao afastamento das pessoas, razão da existência das associações e dos artistas e todos os profissionais e divulgadores culturais.
Em vésperas de inauguração e da Festa do Sócio, venho lembrar que tenham também presente a necessidade da existência naquele espaço dos equipamentos de segurança e protecção individual em casos de catástrofes naturais, de incêndio ou outros e que esses mesmos equipamentos ajudem efectivamente a proteger e a salvar a vida humana.
Costumamos ouvir dizer que “o seguro morreu de velho” e tendo presente algumas tragédias em espaços como o que ocupa a ACDM, deixo aqui estes alertas.
Viva Malcata.
José Nunes Martins
segunda-feira, 1 de abril de 2019
OBRAS CONDICIONAM ESTACIONAMENTOS EM MALCATA
ACTUALIZAÇÃO : É claro que esta notícia não é verdadeira! Dia 1 de Abril, mentiras mil!
ESTACIONAMENTO PAGO
NA ALDEIA DE MALCATA!
Durante a última reunião da autarquia foi decidido implementar o estacionamento pago na Praça do Rossio, Torrinha e Largo de Camões. A partir do dia 1 de Maio, nestes locais da freguesia e enquanto durarem as obras que ali vão ter lugar, a fim de haver espaço livre para estaleiro e máquinas, todas as viaturas estranhas às obras terão que pagar caso ali estacionem. No caso da Praça do Rossio, o executivo aceitou a proposta apresentada por um dos presentes que isenta o táxi do pagamento pelo tempo em que ali permanecer a aguardar serviço.
José Nunes Martins
josnumar@gmail.com