MALCATA: OS HOMENS PARTEM E AS OBRAS PERMANECEM
Lar na freguesia de Malcata
Na nossa aldeia, todos ou quase todos,
se conhecem, sabem o nome e a família uns dos outros. Ora para quem sabe estas
coisas, é uma vantagem em relação aquelas pessoas que sendo naturais da mesma
terra, cedo foram viver para fora da freguesia. No meu caso, por ter saído,
tinha eu doze anos, mesmo a regressar à aldeia nos períodos de férias escolares, não é
fácil relacionar as pessoas e as famílias a que pertencem.
A saída de gente da nossa terra ainda hoje acontece. Continuam a ficar os mais idosos e quem nunca lhes passou pela
cabeça deixar o seu canto. Com naturalidade encontramos pessoas a viver
sozinhas, os filhos já casados e pais de filhos vivem e trabalham longe, nas
grandes cidades portuguesas e francesas.
Em boa hora nasceu o lar. Esta instituição
presta serviços básicos quanto a cuidados de higiene e saúde, alimentação e
apoio social. São os funcionários do lar que, nas visitas diárias aos idosos
que solicitaram os Serviços de Apoio Domiciliário que alertam para as
necessidades diárias, são muitas vezes a única visita a casa, levam as
refeições e a roupa lavada, limpam a casa de habitação, vigiam a tomada de
medicação, são os anjos desta gente. Se o lar encerrar ou interromper o serviço
que presta à população idosa, as consequências seriam catastróficas e a paz e a
tranquilidade dos familiares destes idosos, seriam seriamente abaladas.
Em boa hora, o grupo de pessoas
liderados pelo Carlos Clemente, decidiram avançar com a construção do lar da
freguesia de Malcata.
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