28.1.23

MALCATA: OS HOMENS PARTEM E AS OBRAS PERMANECEM

 

  

Lar na freguesia de Malcata



   Na nossa aldeia, todos ou quase todos, se conhecem, sabem o nome e a família uns dos outros. Ora para quem sabe estas coisas, é uma vantagem em relação aquelas pessoas que sendo naturais da mesma terra, cedo foram viver para fora da freguesia. No meu caso, por ter saído, tinha eu doze anos, mesmo a regressar à aldeia nos períodos de férias escolares, não é fácil relacionar as pessoas e as famílias a que pertencem.
   A saída de gente da nossa terra ainda hoje acontece. Continuam a ficar os mais idosos e quem nunca lhes passou pela cabeça deixar o seu canto. Com naturalidade encontramos pessoas a viver sozinhas, os filhos já casados e pais de filhos vivem e trabalham longe, nas grandes cidades portuguesas e francesas.
   Em boa hora nasceu o lar. Esta instituição presta serviços básicos quanto a cuidados de higiene e saúde, alimentação e apoio social. São os funcionários do lar que, nas visitas diárias aos idosos que solicitaram os Serviços de Apoio Domiciliário que alertam para as necessidades diárias, são muitas vezes a única visita a casa, levam as refeições e a roupa lavada, limpam a casa de habitação, vigiam a tomada de medicação, são os anjos desta gente. Se o lar encerrar ou interromper o serviço que presta à população idosa, as consequências seriam catastróficas e a paz e a tranquilidade dos familiares destes idosos, seriam seriamente abaladas.
   Em boa hora, o grupo de pessoas liderados pelo Carlos Clemente, decidiram avançar com a construção do lar da freguesia de Malcata.
    

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