MALCATA NAS MEMÓRIAS PAROQUIAIS DE 1758 Todos nós temos lugares onde nos sentimos sempre bem. São locais que já pertencem ao nosso roteiro afectivo. Malcata, Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia, Viana do Castelo são alguns desses lugares. Malcata, a terra onde um dia nasci, será sempre um lugar especial. Pelas ruas e caminhos, becos e quelhas, fragas e ribeiras, lameiros ensopados no Inverno, batatais e searas ao vento, amoras silvestres e míscaros, tanto onde ir e ficar! A aldeia nunca parou, mesmo quando penso que não está a andar, há sempre movimento, vida e histórias. E como a aldeia não é minha, é uma terra de todos que hoje vivem dentro ou lá nasceram, viveram e ficaram para sempre. Como todas as aldeias, também Malcata tem uma história, com os costumes e tradições que as nossas gentes viveram e foram passando a quem quis continuar. Em 1758, três anos depois do grande terramoto de 1755, sentido duramente em Lisboa e com mais ou men