Mensagens

A mostrar mensagens com a etiqueta memórias

MEMÓRIAS DE MALCATA-1

Imagem
   Uma das casas mais vistas em Malcata    Uma recordação de outros tempos. Uma casa grande, onde entrei só porque me abriam a porta.     Eu adorava estar na cozinha. Gente boa que ali vivia na casa grande. Como está ao lado do adro da Igreja Paroquial, é uma das casas mais vistas da aldeia. Por onde andarão os que nela viveram?

MALCATA: MEMÓRIAS ESQUECIDAS

Imagem
                       MALCATA NAS MEMÓRIAS PAROQUIAIS DE 1758      Todos nós temos lugares onde nos sentimos sempre bem. São locais que já pertencem ao nosso roteiro afectivo. Malcata, Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia, Viana do Castelo são alguns desses lugares.    Malcata, a terra onde um dia nasci, será sempre um lugar especial. Pelas ruas e caminhos, becos e quelhas, fragas e ribeiras, lameiros ensopados no Inverno, batatais e searas ao vento, amoras silvestres e míscaros, tanto onde ir e ficar!    A aldeia nunca parou, mesmo quando penso que não está a andar, há sempre movimento, vida e histórias. E como a aldeia não é minha, é uma terra de todos que hoje vivem dentro ou lá nasceram, viveram e ficaram para sempre.    Como todas as aldeias, também Malcata tem uma história, com os costumes e tradições que as nossas gentes viveram e foram passando a quem quis continuar.    Em 1758, três anos depois do grande terramoto de 1755, sentido duramente em Lisboa e com mais ou men

MALCATA: MEMÓRIAS COMUNITÁRIAS

Imagem
    MEMÓRIAS quem as não tem?   Em que canto da aldeia se escondem? Andamos tão consumidos com a pandemia e à espreita, para ver se vimos passar o vírus, que esquecemos o nosso passado. O que fica para lembrar depois? Para recordar depois? O que vai ficar para os mais novos assimilarem as raízes e a identidade malcatenha? O pouco que resta é a memória dos mais idosos. Até quando? É urgente ouvir e gravar as memórias das pessoas que ainda vivem e avançar com o tal projecto da Sala das Memórias. Se não fizermos nada, se continuarmos a fazer de conta, vamos mesmo perder muitas das memórias da nossa comunidade. É muito triste perder a história, perder o caminho de onde viemos. Se isso acontecer, se esquecermos de onde viemos, como vamos saber para onde vamos?     Este é um, entre outros assuntos com importância para a comunidade malcatenha, que  aqui vou querer partilhar convosco.          A Memória Colectiva da comunidade de Malcata é algo mais abrangente que as ferramentas de trabalha

MALCATA TEM MEMÓRIAS COM ALMA

Imagem
    Em tudo na vida, de tempos a tempos, a pessoa precisa parar para ver, para ouvir, para conversar e reflectir sobre aquilo que se está a passar na zona onde ela se encontra. O mesmo devemos nós, os cidadãos que vivem ou têm alguma ligação importante a Malcata fazer uma pausa e olhar com mais cuidado e tempo para o que se vai passando na nossa aldeia. E esse olhar deve estender-se para lá do perímetro urbano, olhar para as zonas à volta da aldeia, porque também por lá aparecem situações que têm a ver com a alma da aldeia, com a história e a identidade das pessoas e dos lugares.    Malcata é hoje uma aldeia com uma alma e uma identidade construída ao longo de muitos anos, pelas pessoas que nela nasceram, viveram e morreram. Também há que juntar a estes construtores todas as pessoas que nasceram e partiram em busca da felicidade. Todos juntos constituímos a alma da nossa pequena aldeia e ninguém deve ser ignorado nesta história.    Estamos a viver o segundo mês deste ano de 20

MEMÓRIAS DA NOSSA HISTÓRIA

Imagem
  A obra "As Memórias Paroquiais de 1758" tem uma parte referente às freguesias dos concelhos do Distrito da Guarda. Foram 257 anos dificeis, com guerras pelo meio com vários anos de turbulências sociais, políticas, económicas e ambientais. Ora as guerras acabaram por condicionar o desenvolvimento deste terrritório, obrigando as pessoas a abandonar as suas terras e quem ficou, foi sobrevivendo. Depois das guerras de 1640-1668 ( 28 anos de guerra ) e 1702-1714, restaram ruínas, campos abandonados, casas vazias, castelos e fortalezas a desmoronarem-se, o comércio quase inexistente e pouco rentável.    E hoje como esão as freguesias dos concelhos do Distrito da Guarda?    Quais são as queixas que ouvimos na rua e nos cafés?    As mesmas de há 257 anos: despovoamento, terrenos ao abandono, agricultura de subsistência, fraca economia...ou seja, continuamos a queixar-nos dos mesmos problemas de antigamente, o problema afinal não é de agora e não é tão recente como às vezes nos di

MALCATA: CASA DAS MEMÓRIAS

Imagem
Continuo num desassossego que não me deixa sossegado. Estou bem distante da minha terra, mas dou comigo a pensar no que se estará a passar por aí. Não sei se estou a raciocinar bem ou se estou a interpretar devidamente aquilo que se está por aí a passar. Mas mesmo longe daí ando preocupado com as pessoas, com o que outras pessoas andam a querer fazer contra a vontade de muitos. Malcata está a ficar irreconhecível e os mais novos já não fazem ideia como viveram os seus avós, ou os seus pais. Por isso, há que fazer alguma coisa para preservar a memória e para que ela não se perca totalmente. Uma das maneiras de guardar esses tempos de outrora seria a Junta de Freguesia de Malcata adquirir uma ou várias casas em pedra de xisto, por exemplo, uma daquelas casas da Rua da Ladeirinha. Não seria uma boa aposta e uma forma de guardar e poder mostrar o passado da nossa aldeia? Entrar numa casa antiga, toda restaurada e poder ver a cantareira, o lavatório, as bancas na cozinha, as candeias e

MEMÓRIAS DE MALCATA: JORNADAS DO CARVÃO

Imagem
Cartaz da Jornada do Carvão OS CARVOEIROS DE MALCATA     Quem ainda se lembra dos carvoeiros de Malcata? Em termos económicos, por volta dos anos sessenta, o negócio do carvão foi uma actividade que teve bastante importância na freguesia. Eram célebres os carvoeiros que exploravam a serra da Malcata e que se deslocavam de burro para comercializarem o seu produto nas freguesias vizinhas, e tinham como alvo preferencial os ferreiros. Antes do fenómeno da emigração na década de 60, que afectou bastante a freguesia e toda a região, era frequente o contrabando de alguns produtos, como azeite, ferramentas, tecidos e outros, comprados em Espanha e vendidos em Malcata por habitantes da aldeia, geralmente com grandes dificuldades económicas. O transporte dos produtos era feito a pé ou utilizando o burro. Além do caminho ser muito árduo, havia ainda o perigo de serem apanhados pela guarda fiscal. A mercadoria apreendida aos contrabandistas era leiloada em praça pública.      

A MORTE É CERTA

Imagem
     “O culto aos mortos deve ser controlado, para não exceder a nossa capacidade emocional e não ficarmos prisioneiros das emoções. A vida é bonita e complexa porque tem no seu âmago ternura, amor, recordações, mas, principalmente, tem muito de imprevisível e inesperado que nos choca, entristece, deslumbra, fazendo-nos sucumbir ante tanto sofrimento. São as frustrações e o sofrimento, consequentes da vida. Por isso, temos que saber viver com sobriedade, gerindo inteligentemente essas emoções.    Não devemos ficar deslumbrados e desnorteados com as alegrias ou com as dores, como a borboleta perante a luz.    O homem tem a tentação de ser guloso da vida, pensando que será permanentemente adoçado com o torrão de mel que, de vez em quando, a vida lhe proporciona. O ser humano tem de aceitar que terá de suportar dor e amargura, constantes da vida.    No cemitério devemos privilegiar o respeito e a meditação para nos tornarmos melhores, ante as memórias benditas que os entes queri

MALCATA É RICA EM PATRIMÓNIO

Imagem
As referências culturais da aldeia de Malcata são uma riqueza patrimonial que necessita de atenção especial por parte de todos os seus habitantes, em especial, a Associação Cultural ( e Desportiva ) da aldeia. Esta associação tem sabido, ao longo dos seus 25 anos de vida, transmitir aos mais novos alguns desses valores imateriais que foram passados de geração em geração. A transmissão oral tem sido um dos veículos mais usados pelas pessoas, mas à medida que se tornam mais idosos, as memórias dos saberes e as vivências correm sérios riscos de se perderem. As lendas, os mitos, as orações, as rezas, os responsos, as mezinhas caseiras são algumas das formas de cultura popular. Com as rápidas alterações da vida quotidiana de Malcata, onde o abandono dos trabalhos campestres e o desaparecimento das pessoas, elas que têm sido os verdadeiros guardadores desse património, ameaçam seriamente a cultura deste povo. A maior parte das pessoas que vivem na aldeia já são de idade avançada, não têm f

CONTA-ME COMO FOI

Imagem
   Eis o cavaleiro de Malcata que ouvia o sino da torre do relógio e sempre que a forneira aquecia o forno, a sua casa transformava-se num borralho.Lembram-se da foto da semana passada ( guitarra )? Para além de gostar de música, em particular de guitarra, o senhor Abílio Martins, adorava cavalos e toiros. Quem não se lembra do Ti Zé Marrão? Ele foi um criador, negociador e empresário que trazia os bois para as touradas raianas. “ Ti Zé Marrão”, uma figura que marcou muito o concelho pelo entusiasmo que ele colocava no negócio que escolheu, era comerciante de vacas, cavalos e principalmente de bois que seriam toureadas nas touradas organizadas em várias parte do País. Pois o Ti Zé Marrão, era irmão da minha avó paterna, era também o mais novo dos cinco filhos, nascidos todos em Malcata. Casou no Meimão daí a vida dele estar muito ligada a esta aldeia, parecendo natural de lá. Ele também fez parte desta proximidade que há entre Malcata/Meimão/Sabugal. Era um tio de quem eu gosta

MEMÓRIAS QUE NÃO SE APAGAM

Imagem
Quem se recorda deste monumento? Com a construção da Barragem do Sabugal e o enchimento da albufreira ficou tudo debaixo de água. Ora bem, tudo menos a imagem da Sra.dos Caminhos. Se olharmos para o lado direito desta fotografia conseguimos ver o nicho da Sra. dos Caminhos, ainda antes da construção da barragem. Hoje, esta área está toda submersa pela água da albufeira.