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A CULTURA MAL TRATADA NA GUARDA

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O concerto "Naturalismos" do passado dia 27 de Junho de 2010 vai ficar para a história cultural da Guarda. A Fundação Borboleta Azul de certo que não estava à espera que a sua iniciativa fosse boicotada da maneira como foi. Como dizia a publicidade, se todos tocássemos as vuvuzelas, ouvir-se-iam na África do Sul. O assunto é demasiado sério para deixar cair no ridículo e  no esquecimento. A cultura na Guarda pode regredir aos tempos dos regedores e dos  políticos pós 25 de Abril, que mudam de partido conforme as circunstâncias lhes são mais favoráveis. O Teatro Municipal da Guarda, festejou o seu 5º aniversário há pouco tempo. Nestes cinco anos o TMG, sob a direcção do senhor Américo Rodrigues, conseguiu abrir portas e janelas, criando espaços aos criadores. Hoje, a Guarda é falada, lida e visitada por gente que deseja conhecer os trabalhos apresentados no TMG. Manuel Poppe, escreveu ontem, no Jornal de Notícias, uma crónica a que deu o título "A GUARDA EM PERIGO"

O PAÍS ESQUECIDO

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"Quando iniciei a subida para a Beira, aconteceu o milagre: redescobrir a vida. Soltava-me, libertava-me. À minha volta, o mundo reanimava-se. Havia árvores, espaços, silêncios, intimidade. ...Trazia comigo todas as infecções e defeitos da "civilização". Claro que revi o afortunado Jacinto (o do Eça), a subir a serra e a exclamar: "Que beleza!". Mas eu ia de automóvel e vinha poluido. Não merecia. Arriscava-me a estragar tudo e a espalhar por ali infames, implacáveis, o betão e os centros comerciais e soltar por montes e vales as filas deprimidas, escanzeladas, cinzentas, destruídas, a massa desolada dos que constróem o "progresso"- o cortejo resignado dos novos escravos. E no entanto, eu atravessava o Interior abandonado, o tal Portugal que o poder esqueceu. O ra, em vez de o lam entar, pensei, pensei isso!, que a Beira deveria proclamar, urgentemen te, a independência, estabelecer mais do que uma fronteira, um cordão sanitário - e salvar o que