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23.3.09

AS NOSSAS ORIGENS

Rui Nabeiro é um homem conhecido por muitos portugueses e não há um habitante de Campo Maior que não saiba da sua existência. Este empresário colocou no mapa da cabeça de muitos uma Vila e uma empresa, sem nunca esquecer as suas origens.
As Selecções "Reader's Digest" deste mês de Março entrevistou esta ambiciosa e tranquila pessoa e eu não resisti em dar a conhecer algumas passagens dessa entrevista.

Arraia: "Na arraia, diz Rui Nabeiro, temos de procurar nas veredas o caminho que queremos
atingir."
Fronteira: " A fronteira é um posto avançado onde está a aduana, a guarda, as autoridades."

"São mais audazes as pessoas que vivem na arraia: têm de procurar, de descobrir como é que se podem infiltrar." Guiavam-se pelas sete estrelas. Apuraram os sentidos."

...Nessa altura, o contrabando não era contrabando. Era uma transação de mercadoria de primeira necessidade- azeite, açucar, arroz, café. Às autoridades tinha-lhes sido dito que deviam fechar os olhos. Outros tempos houve em que era devido um imposto. E por isso existia a distinção entre fronteira e arraia.

"Uma pessoa que investe na educação e na saúde está a investir em si própria."

"Quem é bom não é quem quer. É quem Deus pretende, quem Deus encaminha para o ser."

"Uma semente que uso: quem não fizer hoje,
amanhã é tarde."

"O verdadeiro capital é o que é distribuido."
"Nunca se deve fugir das suas origens."

Rui Nabeiro nasceu num recanto no interior e sentiu que a sua terra podia ser diferente, que podia servir de exemplo, e isso é extraordinário.

Os bons exemplos devem ser divulgados e servirem para aprendermos a sonhar.

23.6.07

SÃO JOÃO EM MALCATA


Foto retirada do blog
"Sabugal Tarrento"
junho 2006


Festejar o São João.
Quinze dias antes do dia de São João, os rapazes e as raparigas reuniam-se para preparar a festa de São João(Baile).
Os rapazes tratavam de ir aos campos e colher rosmaninhos. Eram transportados nos carros de vacas para o Rossio e aí ficavam a secar.
As raparigas reuniam-se às noites para fazerem flores e bandeiras de papel. Com as flores de papel faziam arcos com que enfeitavam o recinto da festa e as bandeiras de papel eram colocadas no pinheiro que espetavam no Rossio e que cobriam de rosmanhinhos secos. Tinha que ser um pinheiro alto, direito e sem ramos nenhuns. Para segurar os rosmaninhos aplicavam-lhes uns “ramos” sem rama (paus) que ajudavam a segurar (a vestir) o tronco . Na parte mais alta do pinheiro era colocado um boneco de trapos, contendo no seu interior algumas “bombas” de foguetes para rebentarem na altura devida. No final, o pinheiro ficava todo engalanado, cheio de rosmaninhos e bandeiras de papel.
Para enfeitar melhor o espaço e os arcos ficarem mais bem esticados, espetavam quatro pinheiros mais pequenos nos cantos do largo. Ao contrário do pinheiro grande, estes mantinham os ramos todos. Davam um ar de frescura e verde ao espaço e o arraial ficava com outra graça.
Recordo-me do cheiro agradável que os rosmaninhos lançavam no ar.
O baile tinha início à noite.Assim que o relógio da torre desse as badaladas da meia-noite, lançava-se o fogo ao pinheiro. Era um espectáculo fantástico e dava imensa alegria aos festejos. O tocador da concertina tinha tocado as modas que todos alegremente dançaram. O povo saía á rua e era noite de São João em Malcata.